Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
É necessário conhecer o desenvolvimento da oclusão para obter êxito NO DIAGNÓSTICO, NA ELABORAÇÃO DO PLANO DE TRATAMENTO e NA EXECUÇÃO DE PROCEDIMENTOS CLÍNICOS EM CLÍNICA INFANTIL. o As coroas dos dentes decíduos são formadas com os seus tamanhos definidos precocemente. o O desenvolvimento dos incisivos e caninos precedem ao das estruturas ósseas que os contém. o Esta diferença explica a presença de apinhamentos desses dentes, intraósseos, antes, e ao nascimento. Quatro disposições diferentes dos dentes decíduos nos maxilares, antes do nascimento. Na maxila, os incisivos centrais são sempre orientados perpendicularmente ao plano mediano. Apinhamento primário Irregularidade presente na disposição dos incisivos permanentes, rotação e/ou deslocamento vestíbulo- lingual devido a discrepância dente/osso negativa. Apinhamento secundário Tem etiologia ligada a fatores ambientais como hábitos, perda de elemento dentário, dentre outros. Região intermediária dos arcos. Apinhamento terciário O crescimento dos segmentos anteriores da maxila e da mandíbula no período pré- natal não supera o tamanho dos incisivos. Isso ocorrerá durante o crescimento dos maxilares nos períodos 6 a 8 meses após o nascimento. A interação entre os fatores ósseo e dentário pode ser influenciada por diferenças raciais, familiares e, principalmente, pelos estímulos de amamentação, respiração e deglutição. APINHAMENTO DENTÁRIO PRIMÁRIO Localizado na região anterior do arco e observado geralmente na dentadura mista, podendo ser encontrado também na dentadura decídua. SECUNDÁRIO Diz respeito à localização na região intermediária do arco. TERCIÁRIO Também chamado de apinhamento tardio, gerlamente localizado na região anteroinferior, ocorre na dentadura permanente, na puberdade ou pré- adolescência Desenvolvimento da dentição decídua e mista Desenvolvimento da oclusão Período pré-natal Aspecto da sínfise mentoniana em recém-nascido. Nota-se separação entre a hemimandíbula, que se mineraliza entre 1 e 2 anos de vida 1 2 3 Trata-se de um problema multifatorial envolvendo o crescimento mandibular tardio e pode manifestar-se nos casos tratados e não-tratados ortodonticamente. Rodetes gengivais... Os rodetes gengivais inferiores encontram-se em uma posição distalizada em relação aos superiores. Com média de 2,7mm para o gênero masculino. 2,5mm para as crianças do gênero feminino. As relações máximas e mínimas são de 0 a 7mm. o Com o nascimento dos incisivos estabelece-se a primeira relação oclusal. Inicia-se a mudança da deglutição infantil para a madura. o Inicia-se o processo de remodelagem da ATM. o Nessa fase inicial, a relação dos incisivos caracteriza-se por sobremordida e sobressalência acentuadas. Não se deve considerar isso Maloclusão, porque será corrigida quando da erupção dos primeiros molares decíduos, aumento a dimensão vertical e o deslocamento da mandíbula para anterior durante seu processo de crescimento e desenvolvimento. o Os incisivos laterais decíduos emergem na cavidade bucal por volta de 1 ano de idade; os inferiores geralmente precedem os superiores. o Os primeiros molares decíduos irrompem em torno dos 16 meses de idade, criando um contato oclusal suportando verticalmente entre os dois arcos dentários. o Os caninos superiores e inferiores emergem nos espaços a eles destinados por volta de 20 meses de idade. As mudanças na posição destes dentes recentemente irrompidos são limitadas e a relação entre os dois arcos dentários se submete a pequena variação. Em vista vestibulolingual da arcada dentária inferior, o plano oclusal dos dentes decíduos é reto, sem curva de Spee. Os dentes dispõem-se verticalmente, e a cabeça da mandíbula (côndilo), quase na mesma altura do plano oclusal. Relação de oclusão dos molares decíduos em plano, sem a curva de Wilson, mostrando que o longo eixo desses Desenvolvimento da oclusão no período pós-natal Desenvolvimento da oclusão Do nascimento até cerca de 6 a 8 meses de idade, os maxilares crescem extensivamente. Os incisivos centrais superiores irrompem pouco meses depois dos inferiores. Características da dentição decídua dentes é paralelo e perpendicular no plano oclusal, diferentemente da oclusão dos molares permanentes. Vista oclusal da arcada decídua superior. A arcada descrita em uma circunferência passa pela borda incisal de incisivos, cúspide de caninos, passa pelo centro do primeiro molar e escapa pela cúspide distopalatina do segundo molar decíduo. Essa figura contém um triângulo equilátero com as bissetrizes dos ângulos ABC e BCA, que cortam a cúspide dos caninos. Vista oclusal da arcada decídua inferior. O arco descrito em uma circunferência passa pela borda incisal de incisivos, cúspide de caninos, cúspides vestibular do primeiro molar e no centro do segundo molar decíduo. Essa figura contém um triângulo equilátero com as bissetrizes dos ângulos A´B´C´ e B´C´A´, passando sobre a crista marginal mesial do primeiro molar decíduo. A forma da arcada decídua, de acordo com Barrow e White, pode ser cônica (A), oval (B) ou trapezoidal (C). Forma da arcada decídua superior do tipo II masculino (A) e inferior do tipo I feminino (B). Observa-se que ambas as arcadas são semelhantes e em forma de hipérbole. Aspectos da ATM em diferentes períodos da vida. A - Ao nascimento: cavidade articular quase plana e cabeça da mandíbula com aspecto tosco. B – Aos 3 anos, com dentição decídua completa: cavidade articular com pequena profundidade. C – No adulto, com sua forma definitiva. o As coroas dos incisivos permanentes estão posicionadas para lingual em relação aos ápices de seus predecessores. o As coroas dos caninos permanentes estão localizadas imediatamente acima (arco superior) ou abaixo (arco inferior) das raízes de seus antecessores, com as pontas de suas cúspides para lingual em relação aos ápices dos caninos decíduos. o As coroas dos pré-molares estão localizadas entre as raízes dos molares decíduos. Arco do tipo I de Baume – os incisivos decíduos apresentam espaços entre suas coroas, tanto na arcada superior quanto na inferior. Prevalência de 65,8%. Dentição decídua completa Tipo I de Baume Tipo Misto Arco misto – arco do tipo I na arcada superior (com diastema) e do tipo II na inferior (sem diastemas). Arco do tipo II de Baume – ausência de espaços entre as coroas dos incisivos, em ambas as arcadas. Prevalência de 17,1%. Os pré-molares apresentam menor dimensão mésio- distal coronária do que seus predecessores. O inverso se aplica aos incisivos e caninos. Discrepância dentária... ✓ Diferença de tamanho entre dentes decíduos e permanentes gera o espaço livre de Nance ou Lee way space; ✓ Espaço que surge com a erupção dos primeiros molares permanentes, pois o diâmetro disto- mesial somados do grupo de Caninos e Molares decíduos é maior do que os dentes que lhes irão substituir (Caninos e Pré-molares). Espaço Livre de Nance... É um dos recursos que a natureza colocou para facilitar a oclusão normal dos primeiros molares permanentes. Oclusão em Classe I de Angle. Dimensões no Espaço Livre de Nance... SUPERIOR = 1,8 mm (0,9 mm de cada lado) INFERIOR = 3,6 mm (1,8 mm de cada lado) Tipo II de Baume Espaço primata Espaço Livre de Nance Imagens que mostram o espaço livre em decorrência da diferença dos diâmetros mesiodistais de dentes decíduos e permanentes Lee way space maior no arco inferior Relação distal dos molares decíduos de acordo com Baume Classificação da dentadura mista 1. Primeiroperíodo transitório 2. Período intertransitório 3. Segundo período transitório Primeiro período transicional ✓ Sob condições normais, plano terminal terá um degrau mesial. O primeiro molar permanente inferior está posicionado suavemente mais para anterior do que o superior. ✓ Os dentes permanentes iniciam os movimentos de erupção somente quando a coroa está completa, correspondendo ao estágio 6 de Nolla; ✓ Passam pela crista alveolar com aproximadamente dois terços de raiz formada (estágio 8 de Nolla), rompendo a margem gengival quando três quartos de raiz estão completos (estágio 9 de Nolla); ✓ A aparição na cavidade bucal é o que popularmente se chama de época de erupção Erupção dos primeiros molares... Inicialmente, o longo eixo está voltado para trás; quando em oclusão com o inferior, volta-se para a frente. O inferior, no processo de erupção, segue o longo eixo de inclinação inicial do dente. Desenvolvimento do primeiro período transicional... Durante a irrupção, por volta dos 6 anos de idade, os primeiros molares permanentes podem conseguir imediatamente uma máxima intercuspidação. Oclusão normal... ✓ A dimensão mésio-distal da coroa do segundo molar decíduo inferior é maior do que a do superior; ✓ Os segundos molares decíduos antagônicos ocluem normalmente e demonstram o degrau mesial associado às suas superfícies mesiais; ✓ Entretanto, devido ao excesso em largura mésio-distal da coroa do segundo molar decíduo inferior, o plano terminal é reto. Oclusão normal... ✓ Após a erupção, os primeiros molares permanentes não atingem o máximo contato. O primeiro molar permanente superior torna-se suavemente mais dirigido para vestibular que seu antagonista. Na direção mesiodistal os dois dentes estão numa relação topo-a-topo. ✓ A relação sagital, o máximo contato e a intercuspidação dos primeiros molares permanentes não podem ser alcançadas antes que os molares decíduos sejam substituídos pelos pré-molares; ✓ O primeiro molar permanente inferior é então capaz de migrar mesialmente numa maior distância que o superior, uma vez que as coroas dos pré-molares oponentes têm geralmente a mesma dimensão mésio-distal da coroa. A diferença dos molares decíduos a esse respeito proporciona o espaço extra necessário para um 1 estabelecimento da oclusão dos primeiros molares permanentes.; Oclusão normal... ✓ As diferenças em altura dos dentes permanentes pouco se modificam desde o começo da formação. As bordas dos incisivos laterais permanentes superiores estão situadas mais próximas do plano oclusal do que as dos centrais; ✓ As coroas dos centrais permanentes situados lingualmente às raízes de seus antecessores e, em parte, sobrepondo-se às coroas dos laterais permanentes localizados por lingual. A localização das coroas dos caninos em formação determina a demarcação lateral do espaço disponível para os incisivos permanentes; Oclusão normal... ✓ O incisivos centrais inferiores decíduos são os primeiros a se esfoliarem. Algum tempo depois, seus sucessores emergem. Em seu movimento de erupção eles ultrapasssam os laterais. O diastema mesial aos caninos decíduos superiores reduz-se em largura, e mais espaço torna disponível no arco dentário para as coroas dos incisivos centrais permanentes ainda por irromper. ✓ Este aumento no espaço disponível é necessário, uma vez que as coroas dos incisivos centrais permanentes tem dimensões mésio- distais substancialmente maiores do que as dos seus antecessores. Oclusão normal... ✓ Os incisivos centrais superiores decíduossão perdidos e seus sucessores fazem erupção mais tarde. O movimento distal associado dos incisivos laterais decíduos superiores continua, e o diastema mesial aos caninos decíduos agora são fechados. ✓ A descida dos incisivos centrais permanentes superiores sem um concomitante movimento dos laterais, conduz à eliminação da sobreposição das coroas. Na mandíbula, os incisivos centrais permanentes atingem o nível do plano oclusal antes que os laterais iniciem a erupção. Oclusão normal... ✓ Os incisivos centrais permanentes superiores em irrupção continuam a movimentar os laterais decíduos distalmente. Isto movimenta os caninos decíduos, resultando num aumento na distância inter-caninos. Na mandíbula, as coroas dos incisivos laterais permanentes em erupção alcançam os caninos decíduos, e seus ângulos disto-incisais fazem contato com a superfície mesial dos últimos. ✓ Ocorre aumento da distânci inter-caninos nos dois arcos dentários simultaneamente. Os incisivos centrais permanentes superiores irrompem com espaço entre eles, em comparação com os incisivos centrais permanentes inferiores, os laterais irrompem mais para lingual em relação ao posicionamento de seus antecessores. Oclusão normal... ✓ Os incisivos laterais permanentes superiores não iniciam a erupção antes dos centrais terem alcançado o plano oclusal. Os ápices dos centrais podem mover-se distalmente, suas angulações mésio-distais seguem a mesma orientação, e suas coroas aproximar-se-ão. ✓ Os incisivos laterais permanentes superiores alcançam o plano oclusal por último. Então o primeiro período transicional está completo e inicia-se o período intertransicional. Muitas vezes os diastemas estão presentes na região anterior da maxila e algumas vezes na mandíbula. ✓ As raízes dos incisivos laterais permanentes superiores estão na íntima proximidade com as coroas dos caninos permanentes. Esta relação se altera quando estes iniciarem a erupção. Irrupção dos primeiros molares permanentes... Neste período os molares podem apresentar-se numa relação definitiva de classe I ou podem mostrar-se numa relação de topo a topo. A chave de oclusão decisiva para determinação da real relação sagital entre os arcos dentários continua sendo a relação canino. Esfoliamento dos incisivos decíduos... Irrupção dos incisivos permanentes... Apinhamento primário temporário – irregularidade momentânea dos incisivos permanentes que será corrigida espontaneamente com o aumento da distância intercanina. ✓ Juntos os dentes da maxila constituem um harmonioso arco dentário. Praticamente, sempre um diastema está presente entre os incisivos centrais. Algumas vezes os incisivos centrais e laterais estão em contato. Entre estes e os caninos decíduos, existe muitas vezes, um diastema. ✓ O primeiro molar permanente está localizado distalmente ao segundo molar decíduo. Inicialmente, existe espaço entre estes dentes após a erupção do primeiro molar permanente. Algum tempo depois, normalmente o contato é obtido entre o segundo molar decíduo e o primeiro molar permanente. ✓ O arco dentário mandibular também está harmoniosamente formado. Geralmente, apenas alguns diastemas estão presentes e estes estão concentrados sobretudo entre os caninos decíduos e os primeiros molares decíduos. ✓ Na maioria das vezes, os primeiros molares permanentes não ocluem bem nessa etapa do desenvolvimento. ✓ Os quatro incisivos superiores contactam com os quatro incisivos e caninos inferiores quando em oclusão. As bordas incisais dos quatro incisivos inferiores estão na mesma altura. No arco dentário superior as bordas incisais dos centrais estão ligeiramente abaixo das dos laterais. ✓ A coroa dos caninos permanentes ainda não erupcionados, limitam o espaço disponível às raízes dos incisivos superiores e inferiores. As Primeiro Período Transicional Desenvolvimento Período Intertransicional raízes dos laterais convergem apicalmente. Esta convergência é mais nítida no maxilar superior que no inferior. ✓ Com a atrição das faces oclusais, a intercuspidação dos molares é amplamente perdida. Durante o período intertransicional, uma estabilização sagital entre os doisarcos dentários, baseado na intercuspidação, geralmente está ausente. ✓ Esta estabilização antes foi provida pela intercuspidação dos molares decíduos ainda não abrasionados e será provida mais tarde pela forte intercuspidação dos pré-molares e caninos permanentes que ocluem similar a um sistema de engrenagem. Este período retrata um estágio pacífico da dentadura mista. A relação sagital entre os arcos dentários continua sendo determinada pela chave de canino. Os primeiros molares permanentes encontram-se em oclusão, mas a relação sagital entre eles pode alterar após a esfoliação dos segundos molares decíduos, no segundo período transicional. A presença simultânea dos incisivos e primeiros molares permanentes com caninos e molares decíduos, imprime uma conformação parabólica aos arcos dentários superior e inferior. O movimento irruptivo intra-ósseo do canino superior aproxima-o da raiz do incisivo lateral, reduzindo-o o espaço físico e provocando a mudança na posição do incisivo lateral adjacente – Essa situação inicia-se nesse período e estende-se até o final do segundo período transicional quando o canino emerge na cavidade bucal. O QUE É? o Caracteriza-se pela inclinação de incisivos centrais e laterais para distal, enquanto o canino AINDA não irrompeu. o Presença de sobremordida (overbite) exagerada, diastemas. Comprometimento estético o Não significa ocorrência de má oclusão, nem necessidade de tratamento ortodôntico. ORIGEM: o Durante a irrupção dos incisivos permanentes, o ápice de suas raízes tendem a convergir para a linha média; o Ocorre enquanto o canino ainda não irrompeu; RESOLUÇÃO: o Fase termina com o irrompimento do canino permanente reposicionando os incisivos: diastemas se fecham e há correção da inclinação exagerada. Ausência de reabsorção radicular. O canino não empurra os incisivos. o Vetores de crescimento maxilares atuantes na mesma época de formação dos caninos e reposicionam os incisivos laterais e centrais. Período Intertransicional Fase do Patinho Feio Evolução esquemática da fase do “patinho feio” Quadro clínico e radiográfico característico da fase do “patinho feio” – época de erupção dos incisivos permanentes. CONCLUSÃO A fase do “patinho feio de broadbent” representa uma fase de crescimento maxilar e posicionamento dentário. Sua correção não depende do contato físico entre canino e incisivo lateral superior, mas sim de vetores de crescimento, de cuja geração participam também os caninos. ✓ As raízes do pré-molares estão localizadas entre as raízes dos seus antecessores, que reabsorvem-se em concomitância com a erupção dos pré-molares. O segundo molar inferior tem uma dimensão coronária mésiodistal apenas suavemente maior do que o seu antagonista. ✓ De modo correspondente, o plano terminal apresenta um nítido degrau mesial. Em consequência, os primeiros molares permanentes intercuspidam em máximo contato e há uma firme oclusão sagital. ✓ Logo após a esfoliação do canino inferior decíduo, seu sucessor irrompe como o primeiro dente posterior permanente. No seu movimento eruptivo, o canino passa pelo primeiro pré-molar e há espaço suficiente disponível no arco dentário para o canino inferior permanente em erupção alcançar uma boa posição. ✓ O espaço extra necessário para sua coroa relativamente larga é proporcionado, em parte, pelo diastema que se encontrava na distal do canino decíduo. ✓ O canino superior decíduo é o último dente decíduo a ser esfoliado. Como na mandíbula, o sucessor irrompe logo em seguida. O canino permanente pode alcançar uma boa posição no arco dentário. ✓ O espaço extra necessário para sua coroa larga é proporcionado em parte pelo diastema originalmente presente na mesial do canino decíduo e em parte pela redução do diastema central e aqueles existentes entre os incisivos central e lateral, se presente. ✓ Após o estabelecimento do primeiro contato, a erupção dos pré-molares será guiada pela sua morfologia oclusal. Quando há mais discrepância positiva, sobra mais espaço e quando há discrepância negativa, falta espaço. Desenvolvimento do 2º Período Transicional Análise da dentadura mista Discrepância Nula = Espaço suficiente Dentição Permanente em Situação Normal ✓ Todos os dentes superiores contactam entre si e formam um arco dentário harmônico. ✓ Os dentes superiores ocluem levemente para vestibular com os dentes inferiores com uma pequena sobressalência na região incisal. ✓ Todos os dentes inferiores contactam entre si e formam um arco dentário harmonioso sobre o qual a maxila oclui. ✓ Todos os dentes inferiores contactam com dois dentes superiores oponentes com exceção dos incisivos centrais inferiores. ✓ Os incisivos laterais superiores são mais curtos do que os centrais, que por sua vez são excedidos em comprimento pelos caninos; ✓ As bordas incisais dos incisivos laterais maxilares estão ligeiramente mais superiores às dos centrais e as pontas das cúspides dos caninos; ✓ As raízes dos incisivos laterais superiores são anguladas distalmente bem como a dos centrais, mas numa menor extensão; ✓ As bordas incisais dos quatro incisivos inferiores estão num mesmo plano. As pontas de cúspides dos caninos inferiores ultrapassam aquele plano. ✓ Os caninos e pré-molares fazem intercuspidação de modo similar a um sistema de engranagem, com menor evidência dos molares permanentes; ✓ As raízes dos dentes superiores são anguladas distalmente, com exceção dos segundos pré- molares que são orientados aproximadamente perpendicular ao pleno oclusal. O mesmo se aplica aos pré-molares inferiores. As raízes dos caninos e molares são orientadas para distal. ✓ A localização final dos ápices dos dentes permanentes é determinada principalmente pela morfologia de ambos os maxilares e pela condição de espaço neles existentes. ✓ A localização das coroas e a inclinação vestíbulo- lingual dos dentes são determinados predominantemente pela língua e pela musculatura peri-bucal. Oclusão estável, sã e esteticamente atrativa: PRINCÍPIOS DE OCLUSÃO NORMAL: Chave 1 – Relação Molar: Chave 2 – Angulação Mesiodistal dos dentes: GEGNGIVA SADIA = rosada, sem sagramento e boa resistência Osso alveolar íntegro e sem reabsorções ATM livre de dor, ruído ou outras disfunções Dentição permanente O mais usual – 28 dentes corretamente ordenados nos arcos e em harmonia com todas as forças estáticas e dinâmicas que sobre eles atuam. A – linha que passa pela coroa e raiz do dente. B – o plano oclusal C – a corda que expressa a angulação mesiodistal dos dentes (Segundo Strang) Correta angulação mesiodistal com bom engrenamento Chave 3 – Inclinação Vestibulolingual dos dentes Inclinação axial (vestibulopalatina) dos dentes superiores. Chave 4 – Áreas de contato interproximal rígidas. Ameias vestibular (AV) e palatina (AP), espaço interdental (EI) e o sulco interdental Chave 5 – Conformação dos arcos dentais. Esquema demonstrando o contorno normal dos arcos dentais superiores e inferiores. Chave 6 – Ausência de rotações dentais Vista oclusal dos dentes superiores e inferiores quando em oclusão central Rotação do molar causando falta de engrenamento correto Para Strang, os planos inclinados cuspídeos exercem marcado efeito no posicionamento mesiodistal do longo eixo dos dentes, originando uma componente da mesialização. A linha que passa pela coroa e raiz dental configura uma curva de convexidade anterior necessária à estabilização de cada dente em particular e de todo arco em conjunto. A inclinação mesiodistal dos dentes corresponde à corda destacurva. No arco superior, quando observamos os dentes vestibulolingual notamos que a raiz dos incisivos centrais inclinam-se fortemente para palatino; diminui nos laterais e caninos, atingindo valores próximos à zero nos pré-molares e molares. Se, por motivos vários (cárie, má posição dental), estas áreas forem destruídas ou anormalmente dispostas, haverá ruptura do equilíbrio entre os dentes contíguos, acarretando traumatismos para o lado das estruturas de suporte dental. Chave 7 – Curva de Spee Chave 8 – Guias de Oclusão Dinâmica Segundo Saito, só teremos uma oclusão normal individual quando dentes, maxilares, articulações e músculos permaneceram em um estado funcional ótimo pelos seguintes requisitos: É necessário haver estabilidade mandibular, ou seja, para estável com contatos bilaterais simultâneos entre os dentes, em cêntrica (posição de máxima intercuspidação). Não deve existir interferência em qualquer dente posterior no lado de trabalho durante os movimentos de lateralidade. Para tal, precisamos obter: • Desoclusão do lado de balanceio nos movimentos de lateralidade; • Desoclusão de todos os dentes poste em movimento protrusivo; • Guia incisal e harmonia com os movimentos bordejantes; • Espaço funcional livre correto, permitindo uma função harmoniosa da oclusão com o complexo neuromandibular e ATM. Chave 9 – Equilíbrio dental; Os fatores mecânicos responsáveis pelo equilíbrio dental são: Equilíbrio Vestibulolingual: Musculatura labiolingual 1 e glossogenia 2, no equilíbrio dental. Para obtermos uma oclusão normal não podemos encontrar rotações dentais, pois estas modificam a harmonia do arco, alterando suas dimensões, dando como consequência falta de engrenamento correto entre os dentes antagonistas. Contatos prematuros, traumas oclusais, distúrbios na articulação temporomandibular são apenas alguns problemas advindos deste fato Curva de Spee côncava A, tendente o plano B e convexa C, evidenciando melhor intercuspidação em B. Caso a curva de Spee não fosse ligeiramente plana, os dentes de um arco estariam apinhados, enquanto os dos outros espaçados. Para os dentes posteriores, o equilíbrio é obtido, no estado estático, pela dupla ação da musculatura jugolingual, para os anteriores a situação é diferente. A dupla ação da musculatura labiolingual não somente realiza o equilíbrio estático como também o dinâmico Chave 10 – Harmonia Facial Só podemos considerar como completo o estudo da oclusão normal quando um componente estético à sua definição. Proporções divinas da face segundo Ricketts A harmonia das linhas faciais e um perfeito equilíbrio entre as partes, incluindo obviamente os dentes, são imprescindíveis para a compreensão e o verdadeiro objetivo da oclusão normal.
Compartilhar