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Proteção Penal aos Interesses Sociais Art. 208 a 311, CP Título V Capítulo I- DOS CRIMES CONTRA O SENTIMENTO RELIGIOSO Art. 5°, VI, CF- “Art. 5. (...) VI - e inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;” Art. 208, CP Ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo Art. 208 - Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso: Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa. Parágrafo único - Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência. · Nome iuris: Ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo · Sujeito: · Ativo: qualquer pessoa · Passivo: pessoa determinada ou a coletividade, dependendo da modalidade · Precisa ser coletividade determinada · Tipicidade · Tipo misto cumulativo Se trata de um tipo misto cumulativo porque temos em um único artigo, 3 modalidades típicas distintas. Consequência: caso o agente pratique mais de uma modalidade, ainda que no mesmo contexto fático, responderá por todas em que tiver incorrido (praticado). No caso, se o agente praticar duas dessas modalidades de uma vez só, ele responderá duas vezes pelo mesmo artigo. Entretanto, trata-se de um caso à parte, tendo em vista que no CP não responde duas ou três vezes pelo mesmo artigo. · Modalidades: · 1) Escarnecer... Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa. Escarnecer é zombar e pode ser cometido por qualquer um, portanto trata-se de crime comum. Importante destacar que deve ser uma zombaria publica, ou seja, na frente de um número indeterminado de pessoas. Destaca-se, também, que sala de aula não possui número indeterminado de pessoas, portanto não caberia, mas, o agente responderia por crime contra a honra (difamação ou injúria). A zombaria, também deve ser feita por motivo de crença ou função religiosa, por exemplo por ser pastor. · Sujeito passivo · 2) Impedir ou perturbar... Impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso. Há diferença entre cerimonia e prática de culto para o Direito Penal. Atos religiosos mais solenes são cerimonias. Ex. casamento, missa. Atos religiosos menos solenes são cultos religiosos. Ex. catecismo, novena. · Ação múltipla Temos 2 núcleos, portanto essa modalidade se caracteriza como crime de ação múltipla. Impedir: não deixar que se realize. Ex. a missão ocorrera domingo as 18h. Um rapaz ateu ele não quer q a missa se realize. Ele vai até a porta da igreja, única porta de acesso dos fiéis, e coloca uma corrente com cadeado e lacra a porta da igreja, os fiéis não conseguem acessar a igreja, e por esse motivo a missa não se realiza. Esse rapaz impediu a prática de uma cerimônia religiosa. Perturbar: atrapalhar. Ex. a missa está sendo realizada, e o rapaz começa com gritaria com a intenção de atrapalhar o culto religioso, aí estaria perturbando o culto religioso, cumpre salientar que deve ser uma conduta DOLOSA. · Sujeito passivo · 3) Vilipendiar Vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso Vilipendiar: menoscabar- desprezar, lesionar. Publicamente: na frente de um grupo indeterminado de pessoas. Ex. Bispo começou dar soco na imagem de nossa senhora, ou seja, ele vilipendiou objeto de culto religioso. · Sujeito passivo · Elemento subjetivo: dolo · Consumação: depende da modalidade · Crime formal, primeira e terceira (escarnecer e vilipendiar): se consuma pela conduta, não precisa do resultado · Crime material, segunda (impedir e perturbar): para se consumar precisa do resultado · Tentativa: possível · Ação: ação penal publica incondicionada Capítulo II Art. 209, CP Impedimento ou perturbação de cerimônia funerária Art. 209 - Impedir ou perturbar enterro ou cerimônia funerária: Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa. Parágrafo único - Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência. · Nome iuris: Impedimento ou perturbação de cerimônia funerária · Sujeito · Ativo: qualquer pessoa, inclusive familiares · Passivo: a coletividade, bem como familiares Crime vago: aquele que não há uma personalidade jurídica definida (PF ou PJ). Coletividade é um exemplo de crime vago. · Tipicidade · Núcleos- crime de ação múltipla Temos 2 núcleos num único dispositivo. Impedir: não deixar que se realize. Perturbar: atrapalhar. · Enterro ou cerimônia funerária Enterro- é a transferência do morto para o local do sepultamento. - Cortejo fúnebre. Cerimônia funerária: ato de homenagem prestado ao falecido. - Velório · Em caso de missa de corpo presente? Ex. se tem o Padre rezando no velório, e chega uma doida gritando, ela será responsabilizada pelo 208, CP, pois está havendo um culto religiosos. Mesmo que não tenha um padre, todos se reúnam para uma oração, mesmo assim aplica-se o 208. Ex. se está ocorrendo um velório, chega uma doida gritando, ela será responsabilizada pelo 209, CP. · Consumação: com o impedimento ou perturbação · Crime material: para se consumar precisa do resultado. · Tentativa: possível · Ação: pública incondicionada Art. 210, CP Violação de sepultura Art. 210 - Violar ou profanar sepultura ou urna funerária: Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. · Nome iuris: Violação de sepultura · Sujeitos: idem art. 209, CP · Ativo: qualquer pessoa, inclusive família · Passivo: coletividade, bem como familiares e amigos. Obs.: crime classificado como crime vago, pois a coletividade é um ente sem personalidade jurídica. · Tipicidade · Núcleos- crime de ação múltipla, pois temos duas condutas. Violar: abrir Profanar: ultrajar, vilipendiar, ofender, menoscabar. · Sepultura ou urna funerária Sepultura: local que recebe o cadáver ou suas cinzas com ou sem urna funerária. Urna funerária: recipiente que recebe o cadáver ou suas cinzas, como por exemplo o caixão. Ex. individuo dolosamente urina no gramado de uma sepultura. Ele está profanando a sepultura. Ex. Você vai num cemitério e vê na sepultura de uma família de judeus que alguém pintou a suástica nazista. Isso se trata de uma violação ou uma profanação. Mesmo você não sendo da família, sabendo o que ocorreu, ficaria triste, por isso sujeito passivo se trata da coletividade. · Consumação: com a efetiva violação ou profanar · Crime material: a necessidade da ocorrência do resultado. · Tentativa: possível Ex. você está tentando abrir a urna funerária e chega um funcionário e vê, isso se trata da tentativa do crime, pois não ocorreu o resultado porque o funcionário apareceu impedindo. No momento que a pessoa abrir, se consumará o delito. · Ação: Ação penal pública incondicionada. Art. 211, CP Destruição, subtração ou ocultação de cadáver Art. 211 - Destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele: Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. · Nome iuris: Destruição, subtração ou ocultação de cadáver. · Sujeitos: idem art. 209, CP · Ativo: qualquer pessoa, inclusive família · Passivo: coletividade, bem como familiares e amigos. Obs.: crime classificado como crime vago, pois a coletividade é um ente sem personalidade jurídica. · Tipicidade · Núcleos: crime de ação múltipla, pois temos duas condutas. Destruir: destroçar Subtrair: retirar do local que se encontrava Ocultar: esconder · Cadáver ou parte dele Cadáver: ser humano inanimado (sem vida). O art. 211 absolve o 209, CP. Para a pessoa destruir, subtrair ou ocultar o cadáver, primeiro precisa violar ou profanar a urna funerária, a intenção do agente é de destruir, subtrair ou ocultar então diante disso, ele responde pelo art. 211, CP. · Furto? Furto- art. 155, CP “Subtrair para si ou para outrem coisa alheia móvel.” Como regra o cadáver não pode ser objeto de furto, salvo se o cadáver pertencer a alguém e isso só acontece quando o cadáver é direcionado a pesquisa, ex.na faculdade de medicina. · Consumação: com a destruição, subtração ou ocultação · Crime material: a necessidade da ocorrência do resultado. · Tentativa: possível · Ação: ação penal pública incondicionada. Art. 212, CP Vilipêndio a cadáver Art. 212 - Vilipendiar cadáver ou suas cinzas: Pena - detenção, de um a três anos, e multa · Nome iuris: Vilipêndio a cadáver · Sujeitos: idem art. 209, CP · Ativo: qualquer pessoa, inclusive família · Passivo: coletividade, bem como familiares e amigos. · Tipicidade: · Núcleo Vilipendiar: ultrajar, profanar, ofender. Ex. caixão aberto, e você dá uma catarreada no cadáver. · Cadáver ou cinzas Cinzas: produto (resultado) da cremação · Elemento subjetivo: dolo · Consumação: com o vilipêndio · Crime formal: basta a realização da conduta, não há necessidade do resultado. · Tentativa: possível · Ação: ação penal pública incondicionada Título VI- DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL Capítulo I- DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL Art. 213, CP Estupro Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. · Nome iuris: Estupro · Lei 8.072/90 O estupro é crime hediondo em todas as modalidades. · Sujeitos: · Ativo: qualquer pessoa · Passivo: qualquer pessoa · Sendo vulnerável, art. 217-A, CP · Tipicidade: · Tipo misto alternativo Tipo misto alternativo: caso o agente pratique mais de uma modalidade no mesmo contexto fático será responsabilizado uma única vez. O sujeito ativo aponta o revólver para vítima e pede para ela tirar roupa e ficar quietinha e aceitar tudo que ele vai fazer com ela. Mantem conjunção carnal com a vítima e manda ela virar e prática sexo anal com a vítima. Acontece dois atos sexuais no mesmo ato. Responsabilização antigamente: O agente respondia pelo art. 213 com concurso material com art. 214, respondia pelo estupro e atentado ao pudor. Responsabilização atual: responderá por estupro uma única vez. · Núcleo Constranger: obrigar, forçar. A pessoa constrangida contra a sua vontade, não há anuência, não há consentimento. · Rejeição/ não adesão Se a concordância, não há de que se falar em rejeição. Se houver rejeição, significa que ela foi constrangida, ou seja, obrigada. Não confundir com o convencimento: significa que a pessoa inicialmente poderia até não querer e foi convencida a querer. · Resistência heroica? Não se exige um ato heroico para que se determine o estupro. Ou seja, não precisa a mulher lutar e ficar com marcas para falar sobre estupro, apenas ter o constrangimento já dá a causa de estupro. Ex. Imagine que um casal está num quarto de hotel, mantendo relações sexuais. No quarto ao lado, a hospede é uma senhora idosa e de repente essa senhora escuta a moça ao lado gritando “Não, não, não, não”. Então a senhora liga para polícia e diz para enviar uma viatura para o local, em que ela está ouvindo um ato de estupro. O casal ao lado, estava praticando um ato sexual ou estava acontecendo um estupro? Havia adesão, pois tem que ter a rejeição seria. “Não” significa muitas coisas. Para que tenha o constrangimento a rejeição tem que ser seria. · Anuência durante todo o ato A anuência/ consentimento tem que permanecer durante todo o ato sexual. Se em qualquer momento não houver mais o consentimento, passa a ser estupro. “se ajoelhou tem que rezar” NÃO é porque ajoelhou e tem que rezar, a pessoa pode mudar de ideia e não terá que rezar. · Meios de execução Violência: é o emprego de força física capaz de dificultar, paralisar ou impossibilitar a real ou suposta capacidade de resistência da vítima, resultando em vias de fato ou lesão corporal. Grave ameaça: também denominada de violência moral é a promessa da prática de um mal a alguém, de acordo com a vontade do agente, consistente na ação ou omissão, capaz de perturbar a liberdade psíquica e a tranquilidade da vítima. · Ato sexual- modalidades · Conceito Conjunção carnal: penetração completa ou incompleta do órgão sexual masculino (pênis) no órgão sexual feminino (vagina). Ato libidinoso: manifestação corpórea tendente a satisfazer a lascívia. (=ato possível de satisfazer a luxuria/ desejo sexual). Ato libidinoso é o gênero (sexo anal, masturbação), a espécies é a conjunção carnal (+ conhecida). · Situações · Obrigado a assistir Não haveria responsabilização pelo art. 213, CP. Se responsabilizava: art. 146, CP · Beijo O beijo que se dá nos pais não é conjunção carnal e nem ato libidinoso. Beijo na namorada: é um ato libidinoso. Dependendo do beijo é um ato libidinoso. O beijo lascivo forçado comporta responsabilização por estupro (posição do professor) · Libido anormal Ex. uma pessoa que tem satisfação sexual com cheiro de meia no pé da pessoa. O agente aponta o revólver para vítima, e diz para ela tirar o sapato e ele começa a cheirar o pé da menina, ele até ejacula cheirando a meia. Ele será responsabilizado pelo estupro: ele constrangeu mediante grave ameaça, mas não houve conjunção carnal. Não constituiria ato libidinoso, pois o ato libidinoso tem que ser analisado o critério do homem médio. Responsabilização pelo art. 146, CP. · Consumação: com a prática do ato sexual · Tentativa: possível · §1° § 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos: Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. · Natureza jurídica: qualificadora Resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 ou maior de 14 anos. · §2° § 2o Se da conduta resulta morte: Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos · Natureza jurídica: qualificadora Resulta em morte. Não importa se a morte foi dolosa ou culposa. · Ação: vide comentários aula do art. 225, CP. Art. 215, CP Violação sexual mediante fraude Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa · Nome iuris: Violação sexual mediante fraude · Sujeitos: · ativo: qualquer pessoa · passivo: qualquer pessoa · Tipicidade · Núcleo Ter: realizar. Está diretamente relacionado ao consentimento. Aqui nesse artigo, houve o ato com consentimento, porém esse consentimento está viciado (vicio de consentimento). Conhecido como “estelionato sexual”, você é enganado. · Conjunção carnal ou ato libidinoso Conjunção carnal: penetração completa ou incompleta do órgão sexual masculino (pênis) no órgão sexual feminino (vagina). Ato libidinoso: manifestação corpórea tendente a satisfazer a lascívia. (=ato possível de satisfazer a luxuria/ desejo sexual). · Meios de execução · Fraude A fraude é a enganação. Ex.: A mulher sobe no elevador em que mora acompanhada do vizinho. No corredor do andar, o apto dela é o primeiro e o vizinho se despede dela e continua caminhando para o seu, porém ele percebe que ela não trancou a porta do apto dela. Após passar um tempinho, ele entra no apto da moça, e ela já tinha tomado banho e já tinha deitado para dormir. O moço se aproveitando disso, tira sua própria roupa e se deita com a moça. Ela pensando que fosse seu marido, mantem conjunção carnal com indivíduo. · Outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima- comentários art. 217-A, CP “Art.217-A, CP- § 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.” Essa última parte do art. 217-A §1° tem uma certa proximidade com a segunda parte do art. 215, CP. Tem que saber diferenciar as duas situações, que veremos quando abordar o art. 217-A, CP. · Consumação: com a prática do ato· Tentativa: possível · Ação: vide aula art. 225, CP Art. 215-A, CP Importunação sexual Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro: Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não constitui crime mais grave. · Nome iuris: Importunação sexual · Sujeitos: · Ativo: qualquer pessoa · Passivo: qualquer pessoa · Tipicidade · Núcleo Praticar: realizar Sem anuência Ex.: situações que correm em transporte público. Mulher dentro de um transporte cheio, e um homem atrás dela se aproveita da situação e se esfrega na mulher. Apenas de se esfregar já se consome, não precisa ejacular. · Sujeito passivo- vide · Elemento subjetivo do tipo: Satisfazer sua própria lascívia ou a de terceiro. · Consumação: com a conduta · Crime formal: não há necessidade do resultado para ocorrer o crime, se consome com a conduta. · Tentativa: possível · Ação: vide comentários art. 225, CP Art. 216-A, CP Assédio sexual Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função. Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos. § 2o A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos. · Nome iuris: Assédio sexual · Sujeitos: · Ativo: superior hierárquico · Crime próprio · Passivo: qualquer pessoa com vínculo de subordinação · Tipicidade · Núcleo: Interpretação Assediar: perseguição com insistência, de forma que coloca a vítima em um embaraço. Ex.: eu tenho uma secretária e eu mando flores para casa dela. No dia seguinte ela entra na minha sala com as flores que eu enviei para ela e agradece, mas diz que não pode aceitar por ser casada. No dia seguinte eu novamente mandou flores com bombons. Ela começa ficar aflita e isso se configura assedio sexual. Ter que insistir sendo um superior hierárquico – assédio sexual. · Nome iuris: perseguir com insistência · Especial finalidade: vide consumação · Sujeito ativo: · Consumação: com o assédio · Crime formal: não há necessidade do resultado para ocorrer o crime, se consome com a conduta. · Tentativa: possível · Ação: vide comentários art. 225, CP Art. 217-A, CP Estupro de vulnerável Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. § 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. § 2o (VETADO) § 3o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave: Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos. § 4o Se da conduta resulta morte: Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos. § 5º As penas previstas no caput e nos §§ 1º, 3º e 4º deste artigo aplicam-se independentemente do consentimento da vítima ou do fato de ela ter mantido relações sexuais anteriormente ao crime. · Nome iuris: Estupro de vulnerável · Lei 8.072/90 · Sujeitos · Ativo: qualquer pessoa · Passivo: qualquer pessoa menor de 14 anos ou §1° (doentes, deficientes mentais, qualquer pessoa que não possa oferecer resistência) · Tipicidade · Núcleo Ter: realizar. Conjunção carnal: penetração completa ou incompleta do órgão sexual masculino (pênis) no órgão sexual feminino (vagina). Ato libidinoso: manifestação corpórea tendente a satisfazer a lascívia. (=ato possível de satisfazer a luxuria/ desejo sexual). · Consentimento- não importa! Mesmo que haja o consentimento isso não faz com que o agente não responda pelo crime, pois a vítima é menor de 14 anos e não tem condições de dar qualquer consentimento. Haverá responsabilização criminal dando ou não dando o consentimento. · Sujeito passivo: menor de 14 anos · Em caso de erro? Ex.: você vai em um bar, e vê uma moça no balcão consumindo bebida alcoólica. Você a convida para ir até seu apto, ela aceita. Chegando lá mantem conjunção carnal e no dia seguinte você a leva para casa e vê um homem com um ferro na mão em frente a casa dela, e ela informa que é o pai dela, e ele ta bravo porque ela é menor de idade. Se trata de um erro de tipo, pois o agente não sabe que é menor de idade, tendo em vista que teve atitudes de uma pessoa maior de idade (beber álcool, estar num bar de madrugada). · §1°- equiparação ao vulnerável · Doentes · Deficientes mentais · Qualquer causa não possa oferecer resistência · Atenção à diferença com a 2° parte do art. 215, CP Exemplo 1: Imagine um indivíduo numa festa, e você quer ir ao banheiro, você vai até o andar de cima para usar um dos banheiros da suíte, e ao entrar você vê uma moça caída na cama, complemente embriagada de roupas curtas, e vai lá e mantem conjunção carnal com a moça que está “chapada”. – ESTUPRO DE VULNERÁVEL, pois a moça não tinha capacidade de resistência. Aplica-se o art. 217-A, CP Exemplo 2: imagine que você está em uma balada, e uma moça consome álcool e ela está não ao nível caindo, mas da resposta desconexa com que foi perguntado e mantem conjunção carnal com ela. Aplica-se o 215, CP 2ª parte, CP Exemplo 3: você sai para jantar com uma moça, você não bebe, pois está dirigindo e ela bebe algumas taças de vinho e vocês mantem conjunção carnal. FATO ATÍPICO, ela ainda tem plena capacidade para decidir sobre o ato. · Grau de resistência (ISSO QUE DETERMINA A DIFERENÇA) Art. 217-A, CP: não tinha grau de resistência Art. 215, CP: seriamente comprometido Fato atípico: existe capacidade para avaliar a situação. Capítulo IV Disposições gerais · Art. 225, CP Ação penal Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública incondicionada. · Ação penal: ação penal pública incondicionada · Art. 226, CP Aumento de pena Art. 226. A pena é aumentada: I – de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas; II - de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tiver autoridade sobre ela; III - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005) IV - de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado: Estupro coletivo a) mediante concurso de 2 (dois) ou mais agentes; Estupro corretivo b) para controlar o comportamento social ou sexual da vítima. · Natureza jurídica: causa de aumento de pena Título IX- DOS CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA Art. 286, CP Incitação ao crime Art. 286 - Incitar, publicamente, a prática de crime: Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa. · Nome iuris: Incitação ao crime · Sujeitos · Ativo: qualquer pessoa · Passivo: a coletividade (crime vago, pois o sujeito passivo é uma entidade sem personalidade jurídica). · Tipicidade · Núcleo Incitar: assoar, estimular. Ex.: caso do deputado que incitou as pessoas a praticarem atos contrários à ordem pública. · Publicamente: n° indeterminado de pessoas · Não sendo? O fato será atípico. · Prática de crime · e a contravenção? Fato atípico · Consumação: com a incitação · Crime formal: não importa se o resultado ocorrerá, apenas se consome com a conduta. · Ocorrendo o resultado? Quem foi incitado (influenciado) responderá pelo crime cometido, agora quem fez a incitação responderá por incitação em concurso com material com o delito praticado pela pessoa incitada (influenciada). Agora se a pessoa incitada não cometer o crime, não cabe a responsabilização de quem fez a incitação pelo crime, apenas se houver a incitação responderá por crime em concurso · Tentativa: possível Se foi praticado verbalmente não cabe tentativa, pois a conduta seria unissubsistente. A conduta para ter tentativa, tem que se fracionar em atos, caso contrário não se fala, ou seja uma conduta plurissubsistente. Ex. de crime que cabe tentativaincitar por meio de panfletos (modalidade escrita). · Ação: ação penal pública incondicionada Art. 287, CP Apologia de crime ou criminoso Art. 287 - Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime: Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa. · Nome iuris: Apologia de crime ou criminoso · Sujeitos · Ativo: qualquer pessoa · Passivo: a coletividade · crime vago · Tipicidade · Núcleo Fazer apologia: fazer elogio. Apologia: algo passado ≠ Incitação: algo futuro · Publicamente: n° indeterminado de pessoas · Não sendo? Fato atípico · Fato criminoso · Não contravenção ou imoral Fato criminoso, ele não fez menção de contravenção ou de fato imoral. · O fato não pode ser hipotético- fato atípico Esse fato criminoso tem que ser um fato criminoso concreto/ocorrido. · Autor de crime · Sobre crime praticado, e não atributos morais e intelectuais do criminoso. Recai sobre o crime praticado, não recai sobre questões morais ou pessoais. Ex.: se você elogia como pai o criminoso do PCC, não recai. você não pode incitar a prática do crime, elogiar o crime. Você pode opinar: ex.: sou a favor da legalização, não pode falar para pessoas usarem drogas. · Consumação: com apologia · Crime formal · Tentativa: possível Atenção para saber se o crime foi unissubsistente, em que não ocorre a tentativa. Só ocorre crime se for uma conduta plurissubsistente. · Ação: ação penal pública incondicionada Art. 288, CP Associação Criminosa Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes: Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se houver a participação de criança ou adolescente. · Nome iuris: Associação criminosa · Alteração Lei 12.850/13 Antes da reforma se chamava “quadrilha ou bando”. A diferença de quadrilha e bando estava na zona de atuação. Quadrilha era zona urbana e bando era na zona rural. · Sujeitos · Ativo: qualquer pessoa em associação com n° mínimo · Crime plurissubjetivo: tem que haver uma pluralidade de pessoas · E o inimputável? Mesmo havendo menor de idade na associação, continua sendo uma associação. Só vai ser computado para a contagem do n° mínimo, pois se trata de uma pessoa, ele será testemunha de acusação, pois ele só serve para computar o n° mínimo, pois ele não será acusado do crime. · Passivo: a coletividade · Crime vago · Tipicidade · Núcleo: estabilidade e permanência= vínculo associativo Associar: é o reunir-se. Para que tenhamos associação há a necessidade do chamado vínculo associativo. Vínculo associativo: quando essa reunião se estabelece, ela tem uma finalidade de que seja estável e permanente. Ex: eu me volto para o João e a Maria e digo vamos nos encontrar para falar sobre um assunto importante. Chegando lá falo para eles se eles topam assaltar os bancos da Avenida Sumaré, vamos assaltando conforme o tempo, mas já vão bolando o plano. E eles topam. Não importa se houve a prática do crime, responderá da mesma forma. Diferente do concurso de agente: a reunião se estabelece é meramente eventual, casual. Ex: imagine que eu encontrasse o João e falasse para fazermos um dinheiro rápido, assaltarmos uma pessoa e dividia o dinheiro. Foi uma reunião eventual, ou seja, se trata de um concurso de agente. Se ainda não correu o crime, só estavam se preparando para roubar, não tem punição. · Número mínimo: 3 pessoas ou mais. Se for um número inferior de 3, não há associação, e se tratará de concurso de pessoas. · Elemento subjetivo do tipo · Consumação: com a efetiva associação Inter criminis: cogitação, atos preparatórios, atos executórios e consumação. É um delito no que tange as etapas do Inter criminis, ele pula de atos preparatórios para consumação. Não existe tentativa, pois a associação é um ato preparatório, em que o legislador elevou a partir do momento da sua efetiva associação a ato consumado. · Crime permanente: consumação se prolonga com o tempo. · Tentativa: impossível · Parágrafo único · Natureza jurídica: causa de aumento de pena Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se houver a participação de criança ou adolescente. · Comentários · Concurso de agentes- art. 29 a 31, CP · Associação criminosa- art. 288, CP · Organização criminosa- Lei 2.850/13 · Mínimo 4 pessoas · Ordenado e caracterizado pela divisão de tarefas Ex.: PCC é uma organização criminosa, pois cada agente tem sua tarefa. você tem o líder, o soldado. · Ação: ação pública incondicionada. Art. 297, CP Falsificação de documento público Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. § 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte. § 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular. § 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório; II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita; III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. § 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3o, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços. · Nome iuris: Falsificação de documento público · Sujeitos · Ativo: qualquer pessoa · Passivo: o Estado · Tipicidade · Núcleos- crime de ação múltipla Falsificar: é a produção de um documento, em todo ou em parte. Alterar: mudar. Ex. apaga o ano de nascimento, e coloca outro para ser maior de idade. · Elemento normativo: documento público · Sendo documento particular- comentários art. 298, CP Documento: toda peça escrita que condensa o pensamento de alguém que pode ser utilizado como prova de um fato ou da realização de um ato. Público: produzido por funcionário público no exercício de suas funções. Se for produzido por um funcionário público que não estava no exercício de suas funções, ele se torna um documento particular. · Consumação: com a falsificação ou alteração · Crime formal · Tentativa: possível · Falsidade e estelionato- estelionato absorve a falsificação, responderá só pelo estelionato- Súmula 17 STJ · §2°- figuras equiparadas § 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular. · Ação: ação penal pública incondicionada Art. 299, CP Falsidade ideológica Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de réis, se o documento é particular. Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte. · Nome iuris: falsidade ideológica · Sujeitos · Ativo: qualquer pessoa · Passivo: o Estado · Tipicidade · Diferença entre falsidade material (art. 297 e 298, CP) e falsidade ideológica (299,CP) Falsidade material: recai sobre a forma. Falsidade ideológica: recai sobre o conteúdo. Para diferenciar falsidade material de falsidade ideológica o operador do direito deverá observar se quem realizou a falsificação tinha ou não atribuição para produzir. Caso tivesse, falsidade ideológica. Caso não tivesse, falsidade material. · Núcleos: crime de ação múltipla Omitir: deixar de colocar o que devia. Inserir: inserir informação falsa Fazer inserir: outra pessoa tem atribuição, mas eu que levo a informação para a outra pessoa. · Especial finalidade: elemento subjetivo do tipo Prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante · Situação especial · Papel em branco assinado Ler a diferença de falsidade material e ideológica. · Consumação: com a conduta · Possível a tentativa, nas modalidades comissivas Não cabe tentativa na omissão. · Ação: Art. 300 a 302, CP · Comentários Falso reconhecimento de firma ou letra Art. 300 - Reconhecer, como verdadeira, no exercício de função pública, firma ou letra que o não seja: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público; e de um a três anos, e multa, se o documento é particular. Certidão ou atestado ideologicamente falso Art. 301 - Atestar ou certificar falsamente, em razão de função pública, fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem: Pena - detenção, de dois meses a um ano. Falsidade material de atestado ou certidão § 1º - Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou alterar o teor de certidão ou de atestado verdadeiro, para prova de fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem: Pena - detenção, de três meses a dois anos. § 2º - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se, além da pena privativa de liberdade, a de multa. Falsidade de atestado médico Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso: Pena - detenção, de um mês a um ano. Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa. Art. 303, CP · Revogado tacitamente- Lei 6.538/78, art. 39 Reprodução ou adulteração de selo ou peça filatélica Art. 303 - Reproduzir ou alterar selo ou peça filatélica que tenha valor para coleção, salvo quando a reprodução ou a alteração está visivelmente anotada na face ou no verso do selo ou peça: Pena - detenção, de um a três anos, e multa. Parágrafo único - Na mesma pena incorre quem, para fins de comércio, faz uso do selo ou peça filatélica. Art. 304, CP Uso de documento falso Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302: Pena - a cominada à falsificação ou à alteração. · Nome iuris: Uso de documento falso · Sujeitos: · Ativo: qualquer pessoa · Passivo: o Estado · Tipicidade · Núcleo Fazer o uso: utilizar. · E o porte? Não haverá responsabilização. Existe apenas um documento em que porte constitui uso, a CNH na condução de veículo automotor. · Ocorrendo a falsificação e o uso? Quem falsificou, responde pela falsificação Quem usou, responde pelo uso. Quando a mesma pessoa falsifica e faz o uso, responde pela falsificação, pois a falsificação absorve o uso. A pena esta atrelada ao documento falso que você está usando. · Consumação: com efetivo uso · Tentativa: impossível · Ação: Art. 305, CP Supressão de documento Art. 305 - Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público ou particular verdadeiro, de que não podia dispor: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa, se o documento é público, e reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é particular. · Nome iuris: Supressão de documento · Sujeitos · Ativo: qualquer pessoa · Passivo: o Estado · Tipicidade · Núcleo: crime de ação múltipla Destruir: destroçar, a coisa deixa de existir na sua essência Suprimir: qualquer conduta de fazer desaparecer que não constitua destruição e ocultação. Ocultar: esconder. · Objeto material: documento público ou particular · Consumação: com a conduta, independente de prejuízo · Crime formal · Tentativa: possível · Ação: ação penal pública incondicionada Art. 307, CP Falsa identidade Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave. · Nome iuris: Falsa identidade · Sujeitos · Ativo: qualquer pessoa · Passivo: o Estado · Tipicidade · Núcleo Atribuir-se ou atribuir a terceiro. Ex: O Professor se apresenta com delegado de polícia, para ganhar alguma vantagem. · Identidade: São os dados que impossibilita a identificação e a individualização de uma pessoa. · Elemento normativo · Elemento subjetivo do tipo Obter vantagem de qualquer natureza ou causar dano a outro · Consumação: com a falsa atribuição · Tentativa: possível Possível, mas na conduta plurissubsistente, se fazer verbalmente se torna unissubsistente · Ação: ação penal pública incondicionada. Art. 308, CP Art. 308 - Usar, como próprio, passaporte, título de eleitor, caderneta de reservista ou qualquer documento de identidade alheia ou ceder a outrem, para que dele se utilize, documento dessa natureza, próprio ou de terceiro: Pena - detenção, de quatro meses a dois anos, e multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave. · Sujeitos · Ativo: qualquer pessoa · Passivo: o Estado] · Tipicidade · Núcleo- crime de ação múltipla · Objeto material- documento verdadeiro alheio Ex: você empresta a sua CNH para seu irmão usar, seu irmão que usou responde pelo 308 por ter usado e você responde pelo 308 por ter cedido · Consumação · Tentativa: possível na conduta de ceder · Ação: ação penal pública incondicionada
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