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DOENÇAS OCUPACIONAIS

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DOENÇAS OCUPACIONAIS 
 
Doença ocupacional ou doença profissional e doença do trabalho 
• Toda moléstia causada pela realização do trabalho ou pelas condições do ambiente onde o mesmo é 
executado. 
Doença ocupacional X doença do trabalho 
• Doença ocupacional/profissional 
o Conhecidas como tecnopatias, são sempre causadas por características próprias da profissão exercida 
. Ex: soldador apresentando distúrbios visuais, bancário acometido por LER/DORT. 
• Doença do trabalho 
o Conhecidas como mesopatias, ocorrem quando o trabalhador é exposto a fatores ambientais que não 
são comuns a outros profissionais da mesma profissão. Ex: digitador apresentando surdez. 
 
 
 
Legislação trabalhista 
• P.P.R.A.: Programa de Prevenção de Riscos ambientais. Elaborado para detectar os riscos inerentes a cada 
atividade profissional 
• P.C.M.S.O.: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. Elaborado para determinar exames 
necessários para cada função 
• N.R.: Normas Regulamentadoras. Procedimentos relativos à Medicina do Trabalho, obrigatório às empresas 
regidas pela C.L.T. 
• C.A.T.: Comunicação de Acidente do Trabalho. Emitida quando se estabelece o nexo causal. 
• Adicional de insalubridade – Exposição habitual e permanente a agentes nocivos à saúde (químicos, ruídos, 
calor, poeira) que podem causar adoecimento. Valor de 10, 20 ou 40% sobre o salário mínimo 
• Adicional de periculosidade – Exposição a atividades perigosas ou que tragam risco de vida (inflamáveis, 
energia elétrica, explosivos, radiação). Valor de 30 % sobre o salário base. 
• E.P.I.: equipamento de proteção individual 
• Acidente do trabalho: lesão ocorrida no ambiente do trabalho ou no percurso para o mesmo 
• 
Riscos ocupacionais 
• Físicos: calor, radiação 
• Químicos: poeiras, solventes 
• Biológicos: vírus, bactérias, fungos 
• Ergonômicos: movimentos forçados 
• Acidentes: animais peçonhentos, traumatismos 
Doenças ocupacionais mais comuns 
• Doenças das vias aéreas (pneumoconioses) 
• Perdas auditivas induzidas por ruídos (PAIR) 
• Intoxicações exógenas 
• LER/DORT 
• Dermatoses ocupacionais 
Doenças das vias aéreas -Pneumoconiose 
• O termo vem do grego, onde pneumon significa pulmão e konis significa poeira 
• As pneumoconioses mais comuns são a silicose e a asbestose 
• Asma ocupacional 
• A área de permuta alveolar equivale a uma quadra de tênis com cerca de 130 m² 
 
Silicose 
• Cerca de 6 milhões de trabalhadores estão expostos no Brasil à silicose, em virtude do acabamento 
do granito e mármore. 
 
 
 
 
Asbestose 
• Asbestose é uma doença pulmonar causada pela aspiração de fibras de asbesto, também conhecido como 
amianto, que pode levar à falência respiratória, câncer de pulmão e ao mesotelioma maligno. 
• ASBESTO – AMIANTO 
• O asbesto (nome de origem grega) ou amianto (nome de origem latina) é uma fibra de origem natural, muito 
usada pela indústria devido a sua elevada resistência ao calor (até 1000ºC), a químicos e à tração, grande 
flexibilidade, durabilidade, isolamento sonoro e pelo seu baixo custo. O asbesto (amianto) é usado em várias 
áreas, como na mineração, construção civil, construção de navios, construção de ferroviária, indústria química, 
indústria automobilística, encanamentos, revestimentos à prova de fogo, isolamento acústico, fabricação de 
telhas de fibrocimento e mais de 2500 outros produtos. 
• Entre os profissionais com maior risco de exposição ao amianto encontram-se: 
o Encanadores 
o Soldadores 
o Zeladores 
o Eletricistas 
o Carpinteiros 
o Trabalhadores da construção civil e naval 
o Mineradores 
o Pessoas que trabalham com materiais isolantes 
• O amianto foi uma das principais matérias primas durante o processo de industrialização mundial no final do 
século XIX e primeira metade do século XX, período em que as doenças associadas ao contato com o pó de 
asbesto e as fibras microscópicas começaram a ser identificadas. Deste então, o asbesto passou a ser 
conhecido como a poeira assassina. 
→ Fibras de asbesto 
• Os materiais à base de amianto foram proibidos em toda União Européia e Austrália, porém, apesar de todo 
conhecimento dos riscos à exposição do asbesto, interesses econômicos ainda mantêm a produção de asbesto 
elevada em alguns países, principalmente Rússia, China, Cazaquistão, Canadá e Brasil, os cinco maiores 
produtores do mundo. 
• No Brasil, o amianto foi banido apenas parcialmente. A crisótila (amianto branco) ainda é explorada em vários 
estados do país. Apenas Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco e Rio Grande do Sul aboliram todas as formas 
de amianto. 
• A exploração do amianto do tipo crisótila sofre grande defesa no Senado e na câmara dos deputados pela 
chamada “bancada do amianto”. 
• Este grupo alega que não existem dados científicos que comprovem que esta forma de amianto (crisótila) seja 
nociva à saúde e, portanto, sua proibição prejudicaria uma indústria que movimenta algo em torno de 2,5 
bilhões de reais por ano. 
• Realmente o amianto crisótila é menos nocivo, porém, de modo algum é inofensivo. 
• O grande problema é que as doenças causadas pelo do asbesto atingem anualmente uma parcela muito 
pequena da população, enquanto que os lucros que esta atividade gera são exorbitantes. 
→ Asbestose 
• A asbestose é uma doença pulmonar causada pela aspiração de pó de asbesto. 
• O mineral quando inalado e absorvido pelos pulmões desencadeia uma reação inflamatória que, em última 
análise, leva a fibrose do pulmão, substituindo o tecido pulmonar saudável e funcionante por cicatrizes. 
• O desenvolvimento da asbestose depende do tempo de exposição, do tipo de asbesto exposto e da quantidade 
de pó inalada. 
• A asbestose é considerada uma pneumoconiose, ou seja, uma doença do sistema respiratório relacionada ao 
trabalho. 
• Asbestose → “pulmão de pedra” → endurecimento do parênquima pulmonar. 
• Sintomas 
o Só costumam aparecer após 2 ou 3 décadas da sua exposição, o que faz com que em alguns países a 
sua incidência esteja aumentando, uma vez que os pacientes estão manifestando hoje sintomas de 
uma doença que se iniciou nas décadas de 1970 e 1980, período em que ainda não havia um grande 
controle sob a exploração do asbesto. 
o Os primeiros sintomas da asbestose são a falta de ar e a intolerância aos esforços, causados pela 
fibrose pulmonar. 
o O surgimento de baqueteamento digital (dedos em forma de baquetas) é um sinal de doença 
pulmonar e má oxigenação crônica → FALTA DE AR. 
o O aparecimento de placas nas pleuras e o derrame pleural são outras manifestações comuns da 
asbestose → DERRAME PLEURAL. 
o A destruição do tecido pulmonar pode levar a hipertensão pulmonar, que por sua vez, leva aocor 
pulmonale, a insuficiência cardíaca causada por doenças do pulmão → INSUFICIÊNCIA CARDÍACA. 
• Não existe tratamento para curar asbestose. 
• Diagnóstico 
o O diagnóstico é firmado com base na história ocupacional e nas alterações radiológicas. 
o O RX do tórax revela pequenas opacidades irregulares. 
Câncer de pulmão → fatores de exposição ocupacional 
• Arsênio, asbesto, berílio, cádmio, cromo VI, cloreto de Vinila (PVC), sílica, radiação ionizante, níquel, 
formol, alumínio (fundição), névoa de óleos. 
• Pneumiconioses → métodos diagnósticos 
o História ocupacional 
o Questionário de sintomas respiratórios 
o Métodos de imagem 
✓ RX tórax 
✓ TC de alta resolução de tórax 
o Provas funcionais respiratórias 
o Biópsia pulmonar 
Asma ocupacional 
• Obstrução reversível ao fluxo aéreo e/ou hiperresponsividade brônquica devido a causas e condições 
atribuíveis a um determinado ambiente de trabalho e não a estímulos externos. 
• Trabalhadores com asma pré-existente podem ter o quadro agravado por estímulos inespecíficos do 
ambiente de trabalho → asma agravada pelo trabalho. 
• Epidemiologia 
o 394 casos de asma ocupacional procedentes de 5 serviços públicos da cidade se SP (1995-
2000). 
• Principaisatividades: 
o Serviços de limpeza 
o Manufatura de plásticos 
o Indústria química e farmacêutica 
• Sintomas 
o Os sintomas pioram à medida que a semana de trabalho progride e melhoram durante o fim 
de semana ou férias. 
o Falta de ar (dispneia) 
o Sibilos (sibilância) 
o Tosse crônica 
o Aperto no peito (desconforto) 
 
• Espirometria 
o A espirometria mede a obstrução aérea para ajudar a fazer o diagóstico definitivo de asma e 
DPOC. 
o Confirma a presença de obstrução das vias aéreas. 
o Avalia a gravidade da obstrução das vias aéreas. 
o Detecta obstrução das vias áreas nos fumantes que possam não ter ou tenham poucos 
sintomas. 
o Monitora a progressão da doença. 
o Avalia o aspecto da resposta à terapia. 
o Avalia prognóstico 
• Tratamento 
o Afastamento da exposição 
o Medicamentoso 
✓ Seguindo consensos e diretrizes para asma não-ocupacional 
o Fisioterapia 
Perda auditiva induzida por ruído (P.A.I.R. ou P.A.I.R.O.) 
• Causada pela exposição crônica ao ruído excessivo. 
• É sempre neurossensorial, afetando as células da orelha interna. 
• Quase sempre bilateral. 
• Quase nunca produz uma perda auditiva profunda. 
• Uma vez finda a exposição, não haverá progressão significativa da perda auditiva. 
• A exposição contínua ao longo dos anos é mais prejudicial que a exposição interrompida. 
• Uma vez instalada é irreversível. 
• Interrompida a exposição, cessa a lesão. 
 
 
• P.A.I.R. 
o Diagnóstico 
✓ Audiometria tonal na admissão e periódicas 
✓ Sempre investigar exposição a produtos químicos, vibração e medicamentos 
✓ Colher história pregressa de distúrbios auditivos 
o Tratamento/prevenção 
✓ Uso de E.P.I. individual e coletivo se necessário 
✓ Audiometrias periódicas 
✓ Respeitar o limite de decibéis preconizado para cada função 
o Audiometria 
✓ Exame utilizado para avaliar o quadro 
o Limite de tolerância para os ruídos 
✓ Ruídos/limite 
▪ 85 decibéis: 08 horas 
▪ 100 decibéis: 01 hora 
▪ 115 decibéis: 07 minutos 
▪ Explosão pode levar a perda definitiva da audição 
✓ Ruídos mais comuns 
▪ Conversa no ouvido – 20 Db 
▪ Relógio – 30 Db 
▪ Passarinho – 50 Db 
▪ Conversa – 60 
▪ Aspirador – 80 
▪ Carro – 85 
▪ Avião, moto – 115 
• Tipos de protetores auriculares 
o Protetor auditivo circum-auricular 
o Protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo. 
o Protetor auditivo semi-auricular 
 
Intoxicações exógenas 
• Conceitos → Consequência clínica e/ou bioquímica da exposição a substâncias químicas encontradas 
no ambiente ou isoladas. 
• Mais comuns: 
o Agrotóxicos 
→ Produtos químicos tóxicos ao homem e ao meio ambiente, utilizados para interagir com a 
fauna e a flora, visando preservá-la da ação danosa dos seres vivos e substâncias nocivas. 
→ Classificação dos agrotóxicos: 
✓ Quanto a sua estrutura química: 
▪ Inseticidas → Organoclorados, organofosforados, carbamatos, piretroides, 
neonicotinoides. 
▪ Herbicidas → Compostos bipiridílicos, compostos fenólicos, derivados do ác. 
Ariloxialcanóico, triazinas. O chumbinho é um herbicida que é usado para 
matar rato, é de alta toxicidade. 
▪ Fungicidas → Ditiocarbamatos, organomercuriais, derivados da tioréia. 
▪ Acaricidas. 
▪ Raticidas → Derivados da cumarina e da indadiona e derivados do ácido 
fluoroacético e brometo de metila. 
→ Tipos de intoxicação causados pelos agrotóxicos: 
✓ AGUDA → Os sintomas surgem rapidamente → Algumas horas após a exposição 
excessiva, por curto período, a produtos altamente tóxicos, Podem ocorre de forma 
moderada ou grave, a depender das quantidades de veneno absorvido. Os sinais e 
sintomas são nítidos e objetivos. 
✓ SUBAGUDA → Ocasionada pela exposição moderada ou pequena a produtos 
altamente tóxicos ou medianamente tóxicos. Tem aparecimento mais lento e os 
principais sintomas são subjetivos e vagos, tais como dor de cabeça, fraqueza, mal-
estar, dor de estômago e sonolência. 
→ EXPOSTOS → Trabalhadores mais expostos → Rurais, os da saúde pública, de empresas 
dessinsetizadoras, de transporte, comércio e indústria de síntese → A população em geral 
também está exposta, seja através de resíduos de alimentos e água, pela contaminação 
ambiental ou acidental. 
OBS: As intoxicações por agrotóxicos são de notificação compulsória e de investigação 
obrigatória independentemente de sua relação ou não com o trabalho. 
→ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
✓ Exposição oral ou respiratória → 3 hrs; Exposição cutânea → 12 hrs → OBS: Alguns 
compostos (lipofílicos) podem atrasar 5 dias e prolongar a intoxicação por mais de 1 
mês. 
✓ Intoxicação aguda → Efeitos de excesso colinérgico. 
✓ Acomete locais onde estão receptores NICOTÍNICOS e MUSCARÍNICOS. 
 
 
 
 
 
 
→TTO: 
✓ Medidas iniciais: 
▪ Lavagem gástrica → Intoxicação por via oral (<1 hr) → Sonda gástrica de grosso 
calibre, decúbito lateral E, SF 0,9% (100 – 250 ml) e deixar retornar o 
conteúdo. 
▪ Carvão ativado → Adsorve várias substâncias prevenindo sua absorção 
sistêmica (<2 hrs) → 1g/ kg (máx. 50 g), diluído em AD, SF ou manitol (8 ml 
cada 1 g de carvão), infundir na sonda gástrica. 
▪ NÃO REMOVIDOS POR HEODIÁLISE OU HEMOPERFUSÃO. 
▪ CONTRAINDICADO FORÇAR A ÊMESE. 
→ Causas relacionadas com a intoxicação: 
✓ Falta de treinamento dos trabalhadores. 
✓ Não utilização de EPI’s. 
✓ Não uso de receituário agronômico. 
✓ Uso excessivo de produtos e de produtos proibidos. 
✓ Presença de crianças e adolescentes. 
✓ Não fiscalização da aviação agrícola. 
→ Classificação toxicológica dos agrotóxicos: 
 
 
 
o Chumbo (Saturnismo) 
→ Intoxicação causada pela exposição ao chumbo inorgânico ou orgânico. 
→ Vias de entrada do chumbo: respiratória, digestiva (mais comum) e cutânea. 
→ Cerca de 4% de todas as crianças do mundo tem níveis elevados de chumbo no sangue. 
→ Contágio pode ser ocupacional ou acidental. 
→ Causa → Anemia sideroblástica, distúrbios renais, gastrintestinais e neurológicos. 
→ Chumbo está presente nas tintas, na poeira das indústrias e construção civil, fábricas de 
acumuladores, áreas próximas de grande tráfego de automóveis. 
→ QUADRO CLÍNICO: 
✓ Dor abdominal. 
✓ Constipação. 
✓ Parestesias. 
✓ Artralgias. 
✓ Irritabilidade. 
✓ Encefalopatia (convulsão). 
✓ Hipertensão. 
→ DIAGNÓSTICO/ TTO: 
✓ Valores normais de até 40mcg/dl no sangue. Limite de tolerância biológico de 
60mcg/dl. 
✓ Tratamento feito com quelantes, o mais usado é o EDTA (ácido etilenodiamino tetra-
acético), vitaminas B,C,D,E e minerais. 
 
o Mercúrio 
→ O mercúrio é um líquido extremamente volátil. 
→ Pode ser absorvido tanto pela via respiratória quanto através da pele íntegra (sendo o 
único metal absorvido em forma metálica). 
→ A intoxicação por mercúrio provoca lesão renal e grave alteração cerebral que causa 
tremores nas extremidades e dificuldade de andar, de escrever e falar. 
→ A maior parte do mercúrio elementar absorvido é excretada através da urina e a dosagem 
de Hg nesse meio biológico é usada como indicador de exposição ao metal em sua forma 
metálica. 
→ O valor de referência da normalidade é de 10 micrograma/ g creat., e o índice biológico 
máximo permitido para exposição ocupacional é 35 microgramas/ g creat. 
→ Hg → Presente em muitos materiais, incluindo, amálgamas e lâmpadas fluorescentes. 
 
→ Problemas ambientais com mercúrio → O mais conhecido foi o envenenamento em larga 
escala que ocorreu na Baía de Minamata (Japão, em 1952) → 397 pessoas foram intoxicadas 
e 68 morreram. 
→ FONTES DE EXPOSIÇÃO: 
✓ O mercúrio apresenta 3 formas → Elementar, inorgânico e orgânico. 
✓ Dentre as fontes de mercúrio elementar estão: 
▪ Produção de cloro-soda. 
▪ Instrumentos de medição (termômetro, manômetro, etc.). 
▪ Amálgama. 
▪ Lâmpadas fluorescentes. 
▪ Extração e tto de ouro e prata. 
▪ Tintas, laboratório fotográfico. 
▪ Indústria de componentes elétricos. 
▪ Produção de polpa de papel. 
▪ Indústria de jóias. 
→ DIAGNÓSTICO: 
✓ Levar em conta a históriada exposição ocupacional e quadro clínico. 
✓ A exposição deve ser considerada com cuidado, se possível inspecionando o local de 
trabalho, verificando o histórico de mercúrio urinário e o tempo de exposição total do 
indivíduo. 
✓ Não progride nem melhora, ficando o paciente estacionado no grau de alteração que 
possuía ao ser afastado. 
✓ Não há tto específico para os acometidos pela intoxicação crônica por mercúrio 
metálico. 
→ TTO: 
✓ QUELANTES 
→ Agente utilizado para capturar, transportar e/ou eliminar substâncias 
(principalmente metais) do organismo. 
→ No tto por envenenamento por metais (Pb e Hg), são administrados para 
“sequestrar” os íons metálicos, formando quelatos que são eliminados do organismo. 
→ São substâncias que complexam íons metálicos (Ca, Mg, Fe e Cu) inativando-os e 
impedindo sua ação danosa sobre os componentes da formulação. 
✓ DIMERCAPROL (BAL) 
→ É um agente que quela os grupos sulfidrilos do dimercaprol, formando complexos 
que serão excretados na urina. 
→ Indicado nas intoxicações por: 
▪ Arsênio. 
▪ Mercúrio. 
▪ Chumbo. 
▪ Ouro. 
▪ Outros metais pesados (antimónio, bismuto, crómio, cobre, níquel, tungsténio, 
zinco). 
 
 
LER/ DORT 
• Lesões por esforços repetitivos → Também denominada de distúrbios osteomusculares relacionados 
ao trabalho. 
• Reversível e prevenível. 
• Caracterizada como doença ocupacional ou profissional, quando estabelecido nexo causal 
(tecnopatia). 
• São causadas por movimentos repetitivos e/ou forçados, postura inadequada e vibração. 
• Trabalho sob pressão, erros de ergonomia, longas jornadas de trabalho sem intervalos potencializam 
as lesões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• QUADRO CLÍNICO: 
o “Dor no braço”. 
o Dormência nos membros superiores. 
o Despertar noturno com dor e sensação de choques nas mãos. 
o Perda progressiva da força muscular. 
o Hipotrofia muscular. 
• DIAGNÓSTICO: 
o Exame físico. 
o Ultrassonografia. 
o Eletroneuromiografia. 
o Exames laboratoriais. 
• TENDINOPATIAS INFLMATÓRIAS: 
o Tendinites. 
o Tenossinovites. 
o Dedo em gatilho. 
o Tenossinovite estenosante de De Quervain. 
• NEUROPATIAS COMPRESSIVAS PERIFÉRICAS: 
o Síndrome do túnel do carpo. 
o Síndrome do túnel ulnar. 
o Síndrome do canal de Guyon. 
 
• TTO: 
o Conservador: 
✓ Fisioterapia. 
✓ Imobilização. 
✓ Medicação. 
✓ Infiltração. 
✓ Afastamento do trabalho. 
✓ Repouso. 
✓ Acupuntura. 
o Cirúrgico: 
✓ Abertura do túnel do carpo. 
 
 
Dermatose ocupacionais 
• Toda alteração de pele, de mucosas e anexos causada direta ou indiretamente por tudo aquilo que 
seja utilizado na atividade profissional ou exista no ambiente de trabalho. 
• São lesões que afligem a pele dos trabalhadores que durante suas atividades precisam entrar em 
contato com produtos e agentes que causam irritação e alergia, mas não têm acesso á proteção 
adequada. 
• Na maior parte dos casos tais dermatoses são causadas pelo contato frequente com agentes 
químicos, muito comuns em indústrias e também no trabalho doméstico (por meio dos produtos de 
limpeza). 
• Alergia ao látex (Dermatite irritante de contato): 
o Resposta inflamatória. 
o Não-imunológica. 
o Dermatose ocupacional mais comum associada ao uso de luvas e lavagens repetidas das mãos 
com detergentes e desinfetantes. 
o Pele seca, avermelhada, com fissuras, descamação e prurido. 
o Perda da integridade da pele.

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