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Infecção do Sítio Cirúrgico

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Infecção do Sítio Cirúrgico 1
Infecção do Sítio Cirúrgico
Conceito
Infecção na ferida operatória entre a PELE, TECIDOS MOLES e LOCAL/ÓRGÃO 
OPERADO
Considerações gerais
Como ocorre: quando a barreira epitelial é rompida, a flora residual existente na 
pele penetra em tecidos mais profundos.
Tempo de instalação: Até 30 dias após a cirurgia ou até 1 ano com 
próteses
Processo infeccioso pode ser originado: do próprio campo operatório, de outro 
procedimento invasivo ou de um foco a distância
Tipicamente manifestada por: rubor, calor, edema e dor no sítio 
cirúrgico, drenagem de fluidos anormais a partir da ferida operatória e deiscência, 
febre
💡 3ª maior causa de infecção hospitalar (primeiro de vias aéreas e segundo 
de vias urinárias)
O que ocorre na ferida operatória
→ Hipóxia 
→ Alteração do pH
→ Deposição de fibrina
→ Quebra da barreira epitelial de 
defesa contra os microrganismos por 
meio da incisão cirúrgica.
Classificação (por topografia)
Incisional superficial: pele e TCSC
Incisional profunda: tecidos moles profundos (aponeurose e músculos)
Infecção do órgão/cavidade: áreas anatômicas que são manipuladas no curso da 
operação
ISC envolvendo mais que um sítio específico: 
→ Infecção que envolve AMBOS sítios incisionais, superficial e profundo, é 
classificada como incisional profunda
Infecção do Sítio Cirúrgico 2
→ Infecção de órgão/cavidade que drena através da incisão é classificada como 
órgão/cavidade
ISC/infecção de próteses: Até 1 ano após inserção, mais 1 dos critérios:
→ Sinais clínicos/laboratoriais 
→ Dx pelo cirurgião 
→ Cultura positiva fluido local (cavitário) 
→ Evidencia de infecção em exames de imagem (RM, TC, US)
Não são considerados como infecção incisional superficial:
Abscesso do ponto: inflamação mínima ou drenagem confinada aos pontos de 
penetração da sutura 
Infecção de episiotomia ou de circuncisão do neonato
Potencial de contaminação
Classificação da cirurgia quanto ao potencial de 
contaminação:
1. Limpa: Atraumática; Inflamação não encontrada; Técnica Correta; Sem 
penetração nos tratos Respiratórios, Gastrintestinal e Urogenital
2. Potencialmente contaminada: Penetração nos tratos Respiratórios, 
Gastrintestinal e Genito- ‐urinário sem extravasamento excessivo; Penetração da 
Orofaringe; Penetração no trato Biliar sem a presença de contaminantes; 
Pequena alteração na Técnica Cirúrgica.
3. Contaminada: Grande alteração na Técnica Cirúrgica; Derramamento visível 
do trato Gastrintestinal; Ferimento traumático recente (menos de 04 horas após 
o traumatismo); 
Penetração nos tratos Genito- urinário ou Biliarna presença de secreção 
contaminada ou processo inflamatório/infeccioso;
4. Infectada: Inflamação bacteriana aguda detectada; Transecção de tecidos 
“limpos” para conseguir acesso cirúrgico a acúmulo de pus; Ferimento 
traumático com retenção de tecido desvitalizado, corpos estranhos, 
contaminação orgânica/fecal e/ou tratamento tardio (mais de 04 horas após a 
lesão).
Patogênese da ISC
→ A maioria das ISC é adquirida durante o ato operatório
→ Pele e mucosa do paciente
Infecção do Sítio Cirúrgico 3
→ Patógenos isolados dependem do procedimento 
cirúrgico:
Limpos: S. aureus e coagulase negativo 
Contaminados: polimicrobiano 
Organismos não usuais: de fonte exógena, incluindo equipe 
cirúrgica, fômites, ar e equipamentos
Fatores determinantes ISC:
→ Agente infeccioso – bactéria 
→ Defesas do hospedeiro – fatores sistêmicos/imunidade 
→ O meio no qual a infecção se desenvolve – sítio cirúrgico 
→ Fatores modificáveis e não modificáveis 
Bactérias
Flora residente: microrganismos da pele, remoção difícil 
Infecção: desequilíbrio entre agente e hospedeiro 
Flora transitória: vários microrganismos, virulência variada, não consistentes, 
facilmente removíveis 
Fontes: Próprio paciente, outro paciente, profissionais (médicos, estudantes, 
enfermeiros), instrumental (gazes, compressas, medicamentos), meio ambiente 
(poeira, insetos), uso de próteses (formação de biofilme)
Fatores de risco: 
→ Idade 
→ Alcoolismo/tabagismo 
→ DM, obesidade 
→ Neoplasias malignas 
→ Insuficiência hepática/cardíaca 
→ Desnutrição 
→ Imunossupressão 
→ Radio e quimioterapias 
→ Medicamentos: ATB, corticóides
Fator tecidual
Dependentes da condição dos tecidos locais, condições sistêmicas e técnica: 
→ Tipo de ferida operatória 
→ Condições clínicas do paciente 
→ Preparo tecidual e estrutura hospitalar 
Infecção do Sítio Cirúrgico 4
→ Técnica cirúrgica 
→ Protocolos de prevenção
Diagnóstico
Eminentemente clínico: 
→ Tempo de pós-operatório 
→ Tipo de cirurgia 
→ Inspeção da ferida operatória 
→ Estado geral 
→ Exames laboratoriais e microbiológicos 
→ Exames de imagem
Tratamento
→ Drenagem 
→ Desbridamento 
→ Remoção de corpos estranhos/próteses 
→ Amostras microbiológicas 
→ Antibioticoterapia (empírica, ajustar após culturas e antibiogramas) 
→ Curativos e drenos
Medidas clínicas:
→ Nutrição e homeostase 
→ Controle de fatores de risco (DM, cardiopatias, hipoxemia, hipotermia cirúrgica) 
→ Prevenção de fenômenos tromboembólicos
Prevenção
Paciente: Cuidadosa anamnese; identificação e compensação das 
comorbidades; estratificação do risco anestésico (ASA)
Fatores de risco: 
→ Tempo de hospitalização: hospitalização pré-operatória 
aumenta o risco de infecção 
→ Troca da flora: flora do paciente (comunitário) – flora do hospital 
→ Múltiplas cirurgias planejadas 
→ Evidência de inflamação/infecção de sítio distante
Antibioticoprofilaxia
→ até 1h antes da incisão, por 24/48h máx,
→ Tipo de ATB depende de protocolo
Infecção do Sítio Cirúrgico 5
Indicação: cirurgias potencialmente contaminadas, contaminadas e infectadas 
Limpas: cirurgias prolongadas, neurocirurgias, cirurgias cardíacas, uso de próteses/
órteses 
Profilaxia da endocardite bacteriana ou infecção da prótese: quando há incisão 
ou ressecção de mucosa
Preparo do paciente
→ Depilação se necessário, somente no momento da cirurgia e com tricotomizador
Antissepsia e assepsia:
→ Banho pré-operatório com solução antisséptica 
→ Agente tópico alcoólico (clorexidine ou PVPI) 
→ Movimentos centrífugos até os bordos do campo
→ Remover adornos antes da degermação 
→ Cuidados com unhas, unhas postiças proibidas 
→ Degermação padrão 
→ Soluções tópicas específicas são também aceitas 
→ Paramentação padrão 
→ Comportamento adequado em sala
CCIH
→ Comissão de controle de infecção hospitalar 
→ Educação e assistência ao corpo clínico e direção hospitalar nas tomadas de 
decisão para prevenção, diagnóstico e tratamento das infecções hospitalares
Estrutura hospitalar
→ Sala limpa/portas fechadas 
→ Somente número de pessoas necessárias, 1 circulante por sala 
→ Evitar entrar e sair, todo material em sala 
→ Temperatura de 20-22º 
→ Fluxo de ar controlado
Preparo e manutenção da sala
→ Pressão positiva em relação aos corredores e fluxo de ar laminar 
→ Manutenção preventiva do ar condicionado 
→ Limpeza após término da cirurgia
Fatores relacionados ao intraoperatório:
→ Hemostasia 
→ Eletrocautério 
Infecção do Sítio Cirúrgico 6
→ Tecidos desvitalizados/corpos estranhos 
→ Trocas de luvas e material cirúrgico antes do fechamento 
→ Técnica minimamente invasiva 
→ Transfusão sanguínea
Evitar: tração excessiva, isquemia, atenção com o uso de fios multifilamentares, 
espaço morto, substâncias químicas inadequadas em tecidos moles e cavidades, 
solução de continuidade através da pele, próteses, sondas e drenos
Medidas de controle pós operatório
→ Proteger ferida cirúrgica com curativo estéril 
→ Manipulação asséptica 
→ Lavagem das mãos
Protocolo por patologia
Derivação ventrículo peritoneal - estudo demonstrou que a técnica interefere nas 
taxas de infecção: taxas de infeção ao redor de 10%, protocolo de Marseille = 1%
Nathália Farias
@medicinathy

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