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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Mário Adelmo Varejão-Silva Versão digital 2 – Recife, 2006 82 (Fig. II.16), corrigida ou não do efeito de altitude. 8.2 - Gradiente térmico. O gradiente de uma propriedade escalar qualquer (α) é um vetor, representado pelo símbolo ∇ (nabla), definido como ∇α = (∂α/∂x) ri + (∂α/∂y) rj + ∂α/∂z) rk , (II.8.1) em que r i , r j e r k são os versores associados aos eixos coordenados do referencial local (Ca- pítulo I). Fisicamente, ∂α/∂x, ∂α/∂y e ∂α/∂z traduzem a variação espacial de α ao longo de cada um dos eixos do referencial local. As diferenciais utilizadas são parciais porque a grandeza α supostamente também varia com o tempo. Na prática, é costume considerar duas componentes: a horizontal (∇Zα ) e a vertical ( ∇XYα), da variável α, resultando: ∇Z α = (∂α/∂x) r i + (∂α/∂y) rj (II.8.2) ∇XYα = (∂α/∂z) r k (II.8.3) Os índices indicam as coordenadas que são mantidas constantes. Em certos casos é conveniente escolher, como eixo (L), a direção em que se dá a variação, obtendo-se o gradi- ente unidirecional (∆α/∆L). Fazendo α=T (T simboliza a temperatura) tem-se o gradiente de temperatura do ar, da água ou do solo, conforme o caso, ou seja: ∇T = (∂T/∂x) ri + (∂T/∂y) rj + (∂T/∂z) rk (II.8.4) A componente horizontal do gradiente de temperatura do ar à superfície ∇zT = (dT/dx) r i + (dT/dy) r j (II.8.5) nas vizinhanças de um ponto, é perpendicular às isotermas e aponta da menor para a maior temperatura. O transporte de calor se dá no sentido oposto. O módulo do gradiente de tempe- ratura será tanto maior quanto mais próximas estiverem as isotermas. O mesmo raciocínio se aplica no caso de isotermas que representem a distribuição vertical da temperatura do ar. En- tretanto, em Meteorologia, costuma-se exprimir a variação vertical da temperatura do ar (Γ) com o sinal contrário ao da componente vertical do respectivo gradiente. Define-se: Γ = –∇XYT = – (∂ T/∂z) r k (II.8.6)
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