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Suzana Feltrin - MED LVIII Dor Torácica ✓ É um dos sintomas mais comuns nos serviços de emergência, ambulatórios de cardiologia e clínica geral. ✓ Nem sempre é referido como dor, às vezes a queixa é de sensação de pressão ou desconforto torácico. ✓ Quando pensamos em dor torácica, vem logo a hipótese de síndrome coronariana aguda, mas outras podem ter o sintoma de dor torácica. Causas da dor torácica ✓ Cardíacas o Isquêmica o Não isquêmica ✓ Não cardíacas o Gastroesofagianas (refluxo gastroesofágico, por exemplo) o Não gastroesofaginas: Psicogênicas, pneumotórax ✓ Problemas benignos ✓ Causas potencialmente fatais o Pneumotórax o Embolia pulmonar o Dissecção de aorta o IAM o Rotura de esôfago Treinando o raciocínio clínico ✓ Quais as características semiológicas da dor torácica? ✓ Por essas características, qual o provável órgão/estrutura acometido? ✓ Quais os achados do exame físico? Eles corroboram para o raciocínio inicial? ✓ Qual o diagnóstico sindrômico? ✓ Quais os possíveis diagnósticos etiológicos e diferenciais? Características semiológicas da dor torácica ✓ Localização ✓ Duração ✓ Evolução ✓ Intensidade ✓ Qualidade ✓ Irradiação ✓ Fatores desencadeantes ✓ Fatores de melhora ✓ Fatores de piora ✓ Sintomas concomitantes Dor torácica típica ✓ Retroesternal, precordial ou epigástrica ✓ Sensação de peso, pressão, constrição (sinal de Levine) ✓ Pode irradiar para mandíbula, região cervical ou membro superior esquerdo ✓ Duração prolongada (>20 min) ✓ Piora com o esforço físico e melhora com o repouso ou nitrato (medicamento vasodilatador coronariano) ✓ Dor acompanhada de náuseas, vômitos, dispneia ou sudorese Aterogênese ✓ Lesões na camada íntima denominadas ateromas ou placas ateromatosas ✓ Essas placas protuam para a luz dos vasos como lesões elevadas com centro mole, amarelo e grumoso de lipídios com destaque a colesterol e ésteres de colesterol, recoberta por cápsula fibrosa branca ✓ Junto a capsula fibrosa encontram-se células musculares lisas, macrófagos, células espumosas e linfócitos ✓ No centro necrótico, encontram-se restos celulares, células espumosas e cálcio ✓ Aterosclerose: doença inflamatória crônica, de origem multifatorial que ocorre em resposta a agressão endotelial, acometendo a camada intima de artérias de grande e médio calibre ✓ Fatores de risco: ▪ Idade ▪ Colesterol alto ▪ Pressão alta ▪ Diabetes ▪ Obesidade ▪ Sedentarismo ▪ Tabagismo ✓ Consequências e complicações: o Aneurisma e ruptura de placa o Oclusão por trombo o Estenose critica Angina estável ✓ Dor ou desconforto em quaisquer das seguintes regiões: o Tórax o Epigástrio o Mandíbula o Ombro o Dorso o Membros superiores ✓ Resultante de isquemia miocárdica ✓ Desencadeada com atividade física ou estresse emocional ✓ Atenuada com repouso ou uso de nitrato ✓ Características dos sintomas: o Tipo: constritiva, aperto, peso, opressão, desconforto, queimação e pontada; Suzana Feltrin - MED LVIII o Localização: precordial. Retroesternal, epigástrio, cervical e dorso; o Irradiação: membros superiores, ombro, mandíbula, pescoço, dorso e região epigástrica; o Duração: segundos, minutos ou horas; o Fatores desencadeantes: esforço físico, atividade sexual, estresse emocional e espontânea; o Fatores de alívio: repouso, nitrato sublingual; o Sintomas acompanhantes: sudorese, náusea, vomito, palidez, dispneia, pré-sincope e sincope. ✓ Ocorre devido a um desequilíbrio transitório entre suprimento sanguíneo e demanda metabólica o Angina de demanda o Angina de oferta ✓ Classificação da dor torácica o Angina típica: desencadeada pelo exercício; dor retroesternal; aliviada com o repouso ou nitrato o Angina atípica: presença de somente dois dos fatores acima o Dor torácica não cardíaca: presença de somente um ou nenhum dos fatores acima ✓ Graduação da angina o Classe I a Classe IV ✓ Testes: o Exames bioquímicos o ECG repouso o Teste ergométrico o Medicina nuclear o Ecocardiografia o Angio tomografia de coronárias o Ressonância magnética cardiovascular o Coronariografia ✓ Síndrome coronariana aguda (SCA) ✓ Marcador de necrose cardíaca diferencia a angina instável do IAM sem supra-ST ✓ IAM possui troponina ↑ Angina instável ✓ Ruptura ou erosão da placa aterosclerótica coronária ✓ Subsequente agregação plaquetária e formação de trombo, levando à oclusao parcial da artéria comprometida o Angina em repouso o Angina em aparecimento o Angina em crescendo ✓ Avaliação inicial do paciente com dor torácica ✓ ECG - eletro normal - procura do supra de ST ✓ Troponina negativa descarta infarto IAM sem supra de ST ✓ SCA desencadeada por ruptura de placa aterosclerótica → agregação plaquetária → trombos → oclusão parcial da artéria ✓ Dor precordial ou retroesternal em aperto ou peso, pode ser intermitente e recorrente ou persistente, com duração de mais e 20 minutos, pode irradiar para o braço esquerdo, pescoço ou mandíbula e pode ser acompanhada por sudorese, náuseas, dispneia sincope ✓ ECG: depressão no segmento ST ✓ Elevação de marcadores de necrose miocárdica (troponina) IAM com supra de ST ✓ SCA desencadeada por interrupção completa do fluxo sanguíneo miocárdico regional devido a oclusão total da coronária ✓ Dor precordial ou retroesternal em aperto ou peso, persistente, com duração de mais de 20 minutos a varias horas, pode irradiar para o braço esquerdo, pescoço ou mandíbula e pode ser acompanhada por sudorese, náuseas, dispneia, sincope, sem alívio com nitroglicerina ✓ ECG: elevação do segmento ST e V3, em pelo menos 2 derivações contiguas ou BRE novo ✓ Elevação de marcadores de necrose miocárdica (troponina) ✓ Os marcadores de necrose miocárdica em pacientes com supra-ST não devem retardar o tratamento de reperfusão Diagnósticos diferenciais em pacientes com dor torácica ✓ Dissecção de aorta ✓ Pericardite ✓ Pneumotórax ✓ Embolia ✓ Pleurite ✓ Colicistite ✓ Pancreatite ✓ Dores musculo esqueléticas de parede torácica ✓ Dor psicogênica Suzana Feltrin - MED LVIII ✓ Dispepsia ✓ Tromboembolismo pulmonar ✓ Costocondral
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