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Direito Civil - Apostila (121)

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PREPARATÓRIO PARA OAB
Professora: Dra. Claudia Tristão
DISCIPLINA: DIREITO CIVIL
Capítulo 9 Aula 5
DOS ALIMENTOS
Coordenação: Dr. Flávio Tartuce
01
Dos Alimentos
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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O dever de prestar socorro aos necessitados é do Estado, competindo ao Poder Público desenvolver a 
assistência e seguro sociais para manutenção dos desprotegidos. Mas, no intuito de aliviar-se desse 
encargo, ou mesmo na impossibilidade de cumpri-lo, o Estado transfere esse dever, por meio de 
determinação legal, aos parentes, cônjuges ou companheiros.
O dever de prestar alimentos é imposto por lei para que se possam garantir as necessidades vitais do 
alimentado. O direito aos alimentos é personalíssimo, não pode ser cedido a outrem, também é 
impenhorável e imprescritível e irrenunciável.
Em razão destas características é norma de ordem pública, cogente e imperativa, ou seja, as regras que 
regulam o instituto dos ALIMENTOS não podem ser alteradas pela convenção dos particulares. Não há 
poder de disposição como ocorre no mundo dos negócios da autonomia privada.
1. CONCEITO
Ao que dispõe o artigo 1.694, do Código Civil, entende-se por alimentos necessários ou naturais os 
destinados ao sustento, à cura, ao vestuário e à habitação, incluem-se também as necessidades com 
educação, se o alimentado for menor, além daqueles destinados a preservar a subsistência de modo 
compatível com a condição social do alimentado, também chamados de alimentos civis ou côngruos.
No Código Civil de 1916, o artigo 396 vinculava os alimentos à necessidade do alimentado para subsistir, e 
no novo Código, no artigo 1.694, afirmam que os alimentos devem atender às necessidades do credor para 
viver de modo compatível com sua condição social.
Quanto ao aspecto causal podem ser legítimos: quando devidos por força de lei, testamentários: se 
instituídos por disposição de última vontade, convencionais: 
se originados em estipulação negocial intervivos, ressarcitórios: quando destinados a indenizar vítima de ato 
ilícito, e judiciais: se estabelecidos por provimento judicial, é obrigação de alimentar com origem em outros 
departamentos do Direito Civil, decorrentes de testamento, contrato ou ato ilícito, fora do Direito de Família. 
É um dever mútuo e recíproco entre descendentes e ascendentes e entre irmãos, quem tem recursos deve 
fornecer alimentos em natureza ou dinheiro, para sustento dos parentes que não tenham bens e que não 
podem prover pelo seu trabalho a própria mantença. 
O dever de prestar alimentos tem caráter assistencial; entretanto, a partir do momento em que o legislador 
deu meios ao alimentado para acionar o alimentante e exigir socorro, surgiu uma obrigação de caráter 
jurídico e não apenas moral.
Capítulo 5
02
2. PRESSUPOSTOS ESSENCIAIS À OBRIGAÇÃO DE PRESTAR ALIMENTOS
Como explica José Ferreira Muniz, da junção dos artigos 1.694 e 1.695, ambos do Código Civil, temos que 
o pedido de alimentos está destinado a suprir uma situação de necessidade do alimentando que não tem 
condições de atender às exigências de sua vida mediante seu trabalho ou com a alienação de seus bens, 
sendo irrelevante a causa do estado da necessidade, seja ela decorrente da menoridade, do desperdício, da 
enfermidade, do desemprego, da prodigalidade. 
Mas os alimentos não são devidos às pessoas que têm condições de trabalhar e não o faz por comodidade. 
Também é preciso que a pessoa de quem se reclame alimentos possa fornecê-los, sem desfalque do 
necessário para seu sustento, pois ninguém é obrigado ao impossível (ad impossibilia nemo tenetur), 
cumprindo ao alimentando reclamar de outro parente a complementação. A obrigação de alimentar deve 
obedecer a uma proporcionalidade, relacionando as necessidades do alimentando e os recursos da pessoa 
obrigada, como, inclusive determina o § 1º, do artigo 1.694, do Código Civil.
A obrigação alimentar entre parentes é recíproca, no sentido de que, na mesma relação jurídico familiar, o 
parente que em princípio seja devedor, poderá reclamá-lo se vier a necessitar deles. A reciprocidade de 
prestar alimentos entre pais e filhos está estabelecida no artigo 229, da Constituição Federal de 1988 e no 
artigo 1.696, do Código Civil.
Daí extraímos que os pressupostos essenciais são:
a) o vínculo de parentesco, seja ela decorrente do casamento ou da união estável;
b) a possibilidade econômica do alimentante, principalmente nos critérios de proporcionalidade na fixação 
do quantum;
c) a necessidade do alimentando;
d) reciprocidade.
3. NATUREZA JURÍDICA
Apesar de um pouco controvertida a questão da natureza jurídica dos alimentos, Orlando Gomes, com 
grande propriedade, a vislumbra como um direito, com caráter especial, com conteúdo patrimonial e 
finalidade pessoal, intimamente ligada a um interesse familiar superior, apresentando-se como uma relação 
patrimonial de crédito e débito, feita pelo alimentando ao alimentante.
4. CARACTERÍSTICAS
Uma vez atendidos os requisitos, os alimentos constituem um dever para o alimentante, e pela sua natureza 
jurídica, são insuscetíveis de cessão, compensação ou penhora, como estabelece o artigo 1.707, do Código 
Civil. Dessa regra, permite a lei que o alimentando deixe de requerer os alimentos, mas lhe é proibido 
renunciar ao respectivo direito por ser norma de ordem pública.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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Podemos entender então, que a prestação alimentícia se apresenta com as seguintes características:
a) o direito a alimentos é personalíssimo, pois visa proporcionar ao alimentando condições mínimas de 
sobrevivência;
b) é transmissível por sucessão, visto que, como estabelece o artigo 1.700, do Código Civil, os alimentos 
poderão ser reclamados não só do devedor, mas também dos seus herdeiros;
c) é crédito incessível, por ser inseparável da pessoa do credor, se realizada a transferência, mesmo com 
anuência do credor, esta cessão será considerada inválida entre cedido e cessionário. No entanto, as 
prestações vencidas, como constituem dívida comum, poderão ser cedidas, como permite o artigo 286 do 
novo Código Civil;
d) são irrenunciáveis, pois o necessitado pode deixar de exercer o direito de exigir alimentos, mas a eles não 
pode renunciar;
e) são impenhoráveis, uma vez que se destinam a prover a mantença do necessitado, não pode responder 
pelas suas dívidas;
f) são indisponíveis, pela sua natureza personalíssima;
g) o direito a alimentos é imprescritível, pois, como declara o artigo 23, da Lei nº 5.478/68, a prescrição "só 
alcança as prestações mensais e não o direito aos alimentos", todavia, as prestações vencidas prescrevem no 
prazo de dois anos, como estabelece o artigo 206, § 2º, do Código Civil;
h) é incompensável, pois a compensação do crédito do alimentante, privaria o alimentando dos meios de 
sobrevivência.
i) é intransacionável, não pode ser objeto de transação o direito de pedir alimentos, como prescreve o artigo 
841, do Código Civil, mas o quantum das prestações vencidas ou vincendas é transacionável.j) é atual, porque o direito aos alimentos visa satisfazer necessidades atuais ou futuras e não as passadas do 
alimentando; logo, este jamais poderá requerer que se lhe conceda pensão alimentícia relativa às 
dificuldades que teve no passado;
l) são inderrogáveis por meio de convenção entre os particulares.
m) é irrestituível, pois uma vez pagos, os alimentos não devem ser devolvidos. Inclusive o § 2º, do artigo 588, 
do Código de Processo Civil, estabelece que os créditos de natureza alimentar, até o limite de 60 salários 
mínimos, são insuscetíveis de caução se se encontrar o alimentando em estado de necessidade.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
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5. QUEM DEVE PRESTAR ALIMENTOS? QUEM OS DEVE RECLAMAR? 
Determina o artigo 229, da Constituição Federal e o Código Civil o regulamenta nos artigos 1.694 a 1.710, 
que o direito à prestação alimentícia é recíproco entre os parentes, cônjuges e companheiros. Contudo, 
estabelece o § 2º, do artigo 1.694, do Código Civil, que os alimentos devem ser prestados apenas para 
atender às necessidades básicas do alimentando quando esta necessidade resultar de culpa de quem os 
pleiteia, entendendo-se culpa como ato decorrente do desperdício, prodigalidade ou comodismo. Portanto:
a) Devem fornecer alimentos os ascendentes aos descendentes, preferindo o parente de grau mais próximo 
ao mais remoto, e os descendentes aos ascendentes, seguindo-se a mesma regra; os colaterais do segundo 
grau, na falta de ascendentes ou descendentes, sejam de parentesco unilateral ou bilateral.
b) Tanto dá direito aos alimentos o parentesco legítimo como o ilegítimo, desde que legalmente reconhecido 
ou judicialmente comprovado, como determina o artigo 227, § 6º, da Constituição de 1988; 
c) o Código Civil reconhece direitos e obrigações alimentares tanto para os conviventes em uma união 
estável, quanto para os cônjuges, não por vínculo de parentesco, mas como entidade familiar.
6. DAS DIVERSAS ESPÉCIES DE ALIMENTOS
Segundo Maria Helena Diniz, os alimentos poderão ser classificados:
a) quanto à finalidade: caso em que podem ser: 1) provisionais ou acautelatórios, se concedidos antes ou 
concomitantemente da ação de separação judicial, nulidade ou anulação de casamento; 2) provisórios, se 
fixados incidentalmente no curso de um processo, ou liminarmente em despacho inicial; 3) regulares ou 
definitivos, se estabelecidos pelo juiz ou pelas partes, como estabelece o artigo 1.699, do Código Civil.
Os alimentos devidos entre os parentes, abrangem também o marido e a esposa, bem como aos 
conviventes.
De modo geral, o dever alimentar cessa para os pais com a maioridade dos filhos. Mas, caso estejam estes 
freqüentando curso universitário, a jurisprudência tem estendido tal obrigação até o término do curso ou até 
que completem os alimentandos 25 anos.
b) quanto à causa jurídica: os alimentos podem ter natureza 1) contratual, se resultantes de declaração de 
vontade inter vivos ou testamentária, se decorrente de causa mortis, sendo devidos em virtude de cláusulas 
de contrato ou testamento, obedecendo então aos princípios do direito das obrigações e podendo ser objeto 
de transação voluntária e de renúncia, dependendo, em cada caso, do modo pelo qual a cláusula foi 
redigida; 2) ressarcitórios, quando destinados a indenizar vítima de ato ilícito e os legítimos, impostos por lei 
em virtude do fato de existir entre as pessoas um vínculo de família.
Para Sílvio Rodrigues, por entender que no caso de separação judicial amigável, em que o marido 
convenciona pensão a ser dada à mulher, não se trata de obrigação alimentícia devida por força de 
parentesco, pois, marido e mulher não são parentes, é lícito à mulher renunciar aos alimentos.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
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c) quanto à natureza, podem ser 1) necessários ou naturais: se destinados exclusivamente à subsistência do 
alimentando, ou seja, ao sustento, à cura, ao vestuário e à habitação, ou 2) civis ou côngruos: se decorrentes 
a atender outras necessidades intelectuais e morais, como educação, instrução, recreação. 
7. EFEITOS JURÍDICOS DA OBRIGAÇÃO DE ALIMENTAR
A obrigação alimentar não é solidária. Assim, se o neto precisar de alimentos e tiver dois avós em condições 
de fornecê-los, deve agir contra ambos, repartindo o dever de fornecer alimentos entre os diversos 
alimentantes na proporção dos seus recursos. Se o ascendente mais próximo não tiver os recursos 
necessários, apelar-se-á para o ascendente mais remoto, e, não havendo mais ascendente, para os 
descendentes e, em seguida, para os colaterais de segundo grau (irmãos). Admite-se o rateio entre parentes 
do mesmo grau ou de grau diverso quando os mais próximos não tiverem bens suficientes para atender às 
necessidades do alimentando, devendo-se recorrer para os mais remotos.
As pensões são periódicas e fixadas geralmente em bases mensais, mas nada impede que sejam quinzenais, 
trimestrais ou até mesmo anuais.
A doutrina majoritária acompanhada pela jurisprudência dominante entende que o nascituro não é credor 
de pensão alimentícia, que só adquire personalidade após o nascimento com vida, contudo, a lei põe a 
salvo, desde a concepção o direito à vida, e conseqüentemente, direito próprio a alimentos, entendendo-se 
aqui, remédios, despesas médicas e, em geral, necessidades pré-natais, além de hospitalização e parto.
Admite-se a restituição dos alimentos quando quem os prestou não os devia, mas somente quando se fizer a 
prova de que cabia a terceiro a obrigação alimentar, pois o alimentado, utilizando-se dos alimentos, não 
teve nenhum enriquecimento ilícito. Quem forneceu os alimentos, pensando erradamente que os devia, 
pode exigir a restituição do valor dos mesmos do terceiro que realmente deveria fornecê-los.
Por igual, denotam-se irrepetíveis os alimentos quando são concedidos por mera liberalidade, com intuito 
apenas assistencial. 
Não se dão alimentos correspondentes ao passado. Se, todavia, o alimentando fez empréstimos para poder 
viver, tem o direito de reclamar os alimentos pretéritos para reembolsar os empréstimos que fez, mas somente 
os destinados a esse fim.
Pergunta-se: Na hipótese de o reconhecimento da paternidade vir a se dar após o falecimento do genitor, em 
virtude de sentença judicial, a quem incumbirá o pagamento das prestações alimentícias devidas durante a 
lide?
Há quem sustente que a obrigação estaria afeta ao espólio, o qual responderia apenas nos limites da força 
da herança. Se a herança se mostrar insuficiente para suprir as necessidades do filho reconhecido, poderá 
este demandar os alimentos de outros parentes próximos.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
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068. AÇÃO DE ALIMENTOS
A ação de alimentos é o meio técnico de reclamá-los e processa-se pelo procedimento ordinário e o foro 
competente é o do domicílio do alimentando, como permite o artigo 100, Inciso II, do Código de Processo 
Civil.
Ela se inicia com uma audiência de conciliação (Lei nº 968/49), na qual o juiz e as partes interessadas 
transigem sobre o direito e sobre o montante dos alimentos.
Chegando as partes a um consenso, os termos do acordo é lavrado em ata e homologado pelo juiz, 
tornando-se a sentença certa, líquida e exigível como título executivo judicial.
Como esclarece Caio Mário da Silva Pereira, na falta de entendimento, o juiz fixará, em apreciação sumária 
dos fatos, a importância com que o alimentante concorrerá para a mantença do alimentando na pendência 
da lide, partindo-se do pressuposto da necessidade de obter desde logo o indispensável à sua subsistência.
A Lei nº 5.478, de 25 de julho de 1968, estabelece rito especial e sumário para a ação de alimentos, 
permitindo a fixação dos alimentos provisórios, desde o despacho inicial, seguido da citação válida, além de 
concentrar os atos a ela inerentes em audiência de tentativa de conciliação, instrução e julgamento. 
Também, optando o requerente pela ação ordinária, lhe é permitida a formulação de pedido cautelar, 
incidente ou antecedente, de alimentos provisionais, como permite o artigo 852 e seguintes do Código de 
Processo Civil, facultando-lhe, ainda, alternativamente, o requerimento de tutela antecipada, prevista no 
artigo 273 do mesmo Código.
A lei estabelece como recurso para atender a uma necessidade atual e inadiável do alimentando, mesmo em 
caráter provisório, e mesmo que em audiência preliminar não tenha havido entendimento, o desconto de 
folha de pagamento, se o devedor for funcionário público, ou militar, ou exercer profissão regulamentada 
pela legislação do trabalho. 
9. ALIMENTOS PROVISIONAIS
Alimentos provisionais, também chamados ad litem, são concedidos antecipadamente, como providência 
cautelar. Devem ser arbitrados em valor suficiente para atender às despesas do alimentando, enquanto durar 
o processo, incluindo despesas judiciais.
Tal pensão visa ao sustento do autor durante a lide, mesmo nas ações de separação judicial, de divórcio, de 
anulação ou nulidade de casamento, de investigação de paternidade, e de alimentos, propriamente dito.
Por outro lado, os julgados majoritários firmaram o ponto de vista de que, mesmo não concedidos os 
alimentos provisionais a prestação alimentar é devida desde a citação inicial, não tendo efeito suspensivo o 
recurso de apelação. O mesmo raciocínio tem sido aplicado por alguns acórdãos aos casos de majoração.
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violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
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10. PRISÃO CIVIL 
O devedor de alimentos que não fizer o seu pagamento está sujeito a prisão civil pelo prazo de um a três 
meses, como determino o artigo 733, § lº do CPC. O cumprimento integral da pena de prisão não exime o 
devedor do pagamento das prestações alimentícias vincendas ou vencidas e não pagas, como estabelece a 
regra do artigo 733, § 2º, do mesmo Código.
Os alimentos pretéritos, ou seja, aqueles vencidos há mais de três meses, perdem, segundo a jurisprudência, 
a natureza alimentar, não justificando o decreto da prisão. A execução das prestações alimentícias atrasadas 
somente pode se processar na forma do artigo 733 do Código de Processo Civil, até o limite das três últimas, 
devendo as mais antigas, se existentes, serem cobradas na forma do artigo 732 do mesmo Código, em 
ordem a afastar a possibilidade do decreto de prisão, nesses casos, de forma coativa. 
Nesta hipótese, ou seja, recaindo a execução sobre alimentos pretéritos, admite-se a cisão, a divisão da 
execução em dois processos, observado, para a cobrança das prestações vencidas há mais de três meses, o 
rito do art. 732 do Código de Processo Civil, remanescendo, para as demais, o regime estabelecido pelo art. 
733 do Código de Processo Civil.
Esclareça-se, por outro lado, que, uma vez citado para a execução, caso o devedor ofereça o pagamento do 
débito atrasado em parcelas, não poderá mais ter, contra si, decretada a prisão. 
O não-cumprimento deliberado da obrigação alimentar por parte do alimentante sadio e capaz para o 
trabalho configura crime de abandono material previsto no artigo 244 do Código Penal. 
A figura delituosa só se descaracteriza na hipótese de o devedor de alimentos encontrar-se sem condições de 
prover à própria subsistência. Ressalte-se, também, que, em determinados casos, o descumprimento do 
dever alimentar pode acarretar, inclusive, a perda do poder familiar.
11. Lei n. 5.478, de 25-7-1968
a) Estabeleceu rito sumário para a ação de alimentos. 
b) Independe o processo de prévia distribuição e de anterior concessão do benefício de gratuidade, 
presumindo-se a pobreza do autor. 
c) O pedido deve ser apresentado em três vias, e o juiz concede desde logo os alimentos provisórios, salvo se 
o credor expressamente declarar que deles não necessita, remetendo-se ao réu a segunda via da petição 
inicial, mediante registro postal isento de taxa e com aviso de recebimento. 
d) Deve haver prova pré-constituída da obrigação alimentar, como no casamento e na filiação presumida ou 
reconhecida;
e) Se se tratar de alimentos provisórios pedidos pelo cônjuge e o regime de casamento for o da comunhão 
universal, deve o juiz determinar que parte da renda líquida dos bens comuns, administrados pelo devedor, 
seja entregue ao credor.
f) Em vez de um processo prévio de conciliação, realiza-se desde logo a audiência de conciliação e 
julgamento, apresentando cada parte as suas provas e aduzindo as suas razões para que, em seguida, possa 
o juiz proferir a sentença, da qual caberá apelação.
g) limitando-se o litígio exclusivamente à pensão alimentícia, esse processo tem seu curso normal com a 
instrução e julgamento, independentemente de eventual ação de separação judicial ou divórcio direto.
h) Inovação também de grande alcance foi trazida pelo artigo 24, que possibilitou àquele que deve 
alimentos tomar a iniciativa de judicialmente oferecê-los;
i) Do disposto na Lei n. 5.478, de 25-7-1968, também se podem valer aqueles que vivem em união estável, 
os quais devem comprová-la.
12. EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO ALIMENTAR
Cessa o obrigação de prestar alimentos:
a) pela morte do alimentando,
b) pelo desaparecimento de um dos pressupostos do artigo 1.695 do Código Civil, ou seja, da necessidade 
do alimentando ou da capacidade econômico-financeira do alimentante.
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