Buscar

Aula-02 Politica Nacional do Meio Ambiente

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 190 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 190 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 190 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aula 02
Direito Ambiental p/ AGU (Procurador
Federal) - 2021 - Pré-Edital
Autor:
Equipe Materiais Carreiras
Jurídicas, Luis Carlos Miranda de
Oliveira
01 de Fevereiro de 2021
00263561208 - JOSÉ AUGUSTO FERREIRA E SILVA JÚNIOR
Sumário 
1-Considerações Iniciais ..................................................................................................... 5 
2-Política Nacional do Meio Ambiente. Lei 6.938/81 .......................................................... 5 
2.1-Aspectos Introdutórios da Política Nacional do Meio Ambiente ................................................ 5 
2.2-Objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente ..................................................................... 8 
2.2.1-Compatibilização do Desenvolvimento Econômico Social com a Preservação da Qualidade do Meio Ambiente e 
do Equilíbrio Ecológico ................................................................................................................................................... 13 
2.2.2-Definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo 
aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, do Territórios e dos Municípios ......................................... 15 
2.2.3-Estabelecimento de Critérios e Padrões da Qualidade Ambiental e de Normas relativas ao Uso e Manejo de 
recursos ambientais........................................................................................................................................................ 15 
2.2.4-Desenvolvimento de Pesquisas e de Tecnologias Nacionais orientadas para o Uso Racional de recursos 
ambientais ...................................................................................................................................................................... 17 
2.2.5-Difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, a Divulgação de dados e informações ambientais e a 
Formação de uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio 
ecológico ......................................................................................................................................................................... 17 
2.2.6-Preservação e Restauração dos recursos ambientais com vistas à sua utilização racional e disponibilidade 
permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida ............................................... 18 
2.2.7-Imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados, e ao 
usuário, de contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos. ............................................... 19 
2.3-Princípios da Política Nacional do Meio Ambiente ................................................................... 21 
2.3.1-Ação Governamental na Manutenção do Equilíbrio Ecológico, considerando o meio ambiente como um 
Patrimônio Público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo ............................ 21 
2.3.2-Racionalização do Uso do solo, do subsolo, da água e do ar ................................................................................ 23 
2.3.3-Planejamento e Fiscalização do uso dos recursos ambientais .............................................................................. 24 
2.3.4-Proteção dos Ecossistemas, com a preservação de áreas representativas .......................................................... 26 
2.3.5-Controle e Zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras ................................................... 27 
2.3.6-Incentivos ao Estudo e à Pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos 
ambientais ...................................................................................................................................................................... 28 
2.3.7-Acompanhamento do Estado da Qualidade Ambiental ........................................................................................ 30 
Equipe Materiais Carreiras Jurídicas, Luis Carlos Miranda de Oliveira
Aula 02
Direito Ambiental p/ AGU (Procurador Federal) - 2021 - Pré-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
117329200263561208 - JOSÉ AUGUSTO FERREIRA E SILVA JÚNIOR
 
 
2 
 
2.3.8-Recuperação de Áreas Degradadas ....................................................................................................................... 31 
2.3.9-Proteção de Áreas Ameaçadas de Degradação ..................................................................................................... 34 
2.3.10-Educação Ambiental a todos os níveis do ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la 
para participação ativa na defesa do meio ambiente .................................................................................................... 34 
2.4-Conceitos Fundamentais definidos na Política Nacional do Meio Ambiente ........................... 39 
2.4.1-Aspectos Inicias ..................................................................................................................................................... 39 
2.4.2-Conceito de Meio Ambiente e Recursos Naturais ................................................................................................. 40 
2.4.3-Conceito de Degradação da Qualidade Ambiental ............................................................................................... 41 
2.4.4-Conceito de Poluição Ambiental e de Poluidor ..................................................................................................... 43 
2.5-Sistema Nacional do Meio Ambiente-SISNAMA ....................................................................... 45 
2.5.1-Aspectos iniciais sobre o Sistema Nacional do Meio Ambiente ............................................................................ 45 
2.5.2-Conselho de Governo – Órgão Superior ................................................................................................................ 49 
2.5.3-Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama ................................................................................................. 49 
2.5.4-Ministério do Meio Ambiente - Órgão Central do Sisnama .................................................................................. 57 
2.5.5-Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e o Instituto Chico Mendes 
de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) - Órgãos Executores do Sisnama ............................................................ 57 
2.5.6-Órgãos Ambientais dos Estados/DF – Órgãos Seccionais do Sisnama .................................................................. 60 
2.5.7-Órgãos Ambientais dos Municípios – Órgãos Locais do Sisnama .......................................................................... 60 
2.6-Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente ............................................................. 61 
2.6.1-Aspectos Iniciais sobre os Instrumentos da PNMA ............................................................................................... 61 
2.6.2-Estabelecimento de Padrões de Qualidade Ambiental ......................................................................................... 63 
2.6.3-O Zoneamento Ambiental ..................................................................................................................................... 64 
2.6.4-Avaliação de Impactos Ambientais - AIA ............................................................................................................... 65 
2.6.5- Licenciamento e Revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras .................................................. 65 
2.6.6-Incentivos à Produção e Instalação de Equipamentos e a Criação ou Absorção de tecnologia, voltados para a 
melhoria da qualidadeambiental ................................................................................................................................... 66 
2.6.7-Criação de Espaços Territoriais Especialmente Protegidos ................................................................................... 66 
2.6.8-Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente- SINIMA .................................................................... 67 
2.6.9-Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumento de Defesa Ambiental ..................................................... 70 
Equipe Materiais Carreiras Jurídicas, Luis Carlos Miranda de Oliveira
Aula 02
Direito Ambiental p/ AGU (Procurador Federal) - 2021 - Pré-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
117329200263561208 - JOSÉ AUGUSTO FERREIRA E SILVA JÚNIOR
 
 
3 
 
2.6.10-Penalidades Disciplinares ou Compensatórias ao não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou 
correção da degradação ambiental ................................................................................................................................ 72 
2.6.11-Instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro 
do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA ........................................................................................ 73 
2.6.12- Garantia da Prestação de Informações relativas ao Meio Ambiente ................................................................. 74 
2.6.13-Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ................................................................. 74 
2.6.14-Instrumentos Econômicos ................................................................................................................................... 77 
3- Zoneamento Ambiental ............................................................................................... 85 
3.1-Aspectos Iniciais do Zoneamento Ambiental ............................................................................ 85 
3.2-Normas Gerais sobre Zoneamento. O Decreto 4.297/2002 ..................................................... 87 
3.2.1-Objetivos e Princípios do Zoneamento Ecológico-Econômico do Brasil ............................................................... 87 
3.2.2-Elaboração e Execução do Zoneamento Ecológico-Econômico ............................................................................ 91 
3.2.3-Conteúdo do Zoneamento Ecológico-Econômico ................................................................................................. 95 
3.3-Zoneamento Industrial nas Áreas Críticas de Poluição. A Lei 6.803/80 ................................... 98 
3.3.1-Aspectos Iniciais sobre as normas que regulamentam o zoneamento industrial ................................................. 98 
3.3.2-Classificação das Zonas Industriais quanto à Natureza da Indústria ..................................................................... 98 
3.3.3-Classificação das Zonas Industriais quanto ao Grau de Saturação ...................................................................... 101 
3.3.4- Competência para licenciamento e classificação de zonas nas áreas críticas de poluição ................................ 102 
4-Avaliação de Impacto Ambiental - AIA ........................................................................ 105 
4.1-Considerações Iniciais sobre AIA ............................................................................................. 105 
4.2-Estudo Prévio de Impacto Ambiental – EPIA .......................................................................... 106 
4.2.1- Conceitos Gerais sobre o Estudo Prévio de Impacto Ambiental ........................................................................ 106 
4.2.2-Normas do Conama sobre o Estudo Prévio de Impacto Ambiental .................................................................... 111 
5-Questões de Concurso ................................................................................................ 122 
5.1-Questões Sem Comentário ...................................................................................................... 122 
5.2-Gabarito das Questões ............................................................................................................ 139 
5.3-Questões com comentário ...................................................................................................... 139 
6. Destaques da Legislação e da Jurisprudência ............................................................. 162 
6.1-Legislação Destacada .............................................................................................................. 162 
Equipe Materiais Carreiras Jurídicas, Luis Carlos Miranda de Oliveira
Aula 02
Direito Ambiental p/ AGU (Procurador Federal) - 2021 - Pré-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
117329200263561208 - JOSÉ AUGUSTO FERREIRA E SILVA JÚNIOR
 
 
4 
 
6.2-Jurisprudência Destacada ....................................................................................................... 173 
7-Resumo da Aula .......................................................................................................... 177 
8-Considerações Finais ................................................................................................... 188 
 
 
 
 
Equipe Materiais Carreiras Jurídicas, Luis Carlos Miranda de Oliveira
Aula 02
Direito Ambiental p/ AGU (Procurador Federal) - 2021 - Pré-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
117329200263561208 - JOSÉ AUGUSTO FERREIRA E SILVA JÚNIOR
 
 
5 
 
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE 
SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. ZONEAMENTO AMBIENTAL. AVALIAÇÃO DE IMPACTO 
AMBIENTAL. RESOLUÇÕES DO CONAMA. 
1-CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Na aula de hoje, vamos estudar a Política Nacional do Meio Ambiente-PNMA, instituída pela Lei 
6.938/81. 
O foco central é discorrer sobre as principais caraterísticas da PNMA, analisando seus objetivos, 
princípios e instrumentos. 
A partir daí, estudaremos alguns instrumentos dessa Política, como o Zoneamento e a Avaliação 
de Impacto Ambiental. 
Por fim, alerto para a importância de fazermos a leitura detida da Lei 6.938/91 e de seu 
regulamento Decreto n. 99.274/90, considerando que muitas questões para o concurso de juiz 
federal, notadamente na fase objetiva, têm se limitado à literalidade dessas normas. Não esqueça! 
A Lei 6.938/91 é, depois da CF/88, a norma mais importante de gestão dos recursos ambientais, 
estando presente em muitas provas de Direito Ambiental (Leitura obrigatória, sempre!) 
 Boa aula! 
 
2-POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. LEI 6.938/81 
2.1-Aspectos Introdutórios da Política Nacional do Meio Ambiente 
 
O surgimento da Lei 6.938/81 que instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente -PNMA se deu 
em um ambiente de forte pressão internacional acarretando uma mudança de paradigma na busca 
pela proteção do meio ambiente nos países. Destacou-se, em 1972, a elaboração de um relatório 
sobre questões ambientais desenvolvido pelo Clube de Roma, denominado “Os limites do 
Crescimento” arquitetado por uma equipe de cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts 
para avaliar a relação do crescimento econômico e o uso dos recursos naturais, chagando a 
conclusão de que se o ritmo de crescimento continuasse, teríamos os recursos naturais exauridos 
em até 100 anos (até 2072). 
Equipe Materiais Carreiras Jurídicas, Luis Carlos Miranda de Oliveira
Aula 02
Direito Ambiental p/ AGU (Procurador Federal) - 2021 - Pré-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
117329200263561208 - JOSÉ AUGUSTO FERREIRA E SILVA JÚNIOR
 
 
6 
 
Outro fato mundialmente conhecido foi a realização da Conferência de Estocolmo, em 1972, o 
primeiro grande encontro internacional dos líderes mundiais para debaterem as questões 
ambientais do planeta tendo como principal produto a elaboração da Declaraçãode Estocolmo, 
documento com 26 princípios que serviram de base para a confecção de várias normas internas 
pelos países signatários, constituindo-se na primeira norma a reconhecer o direito humano ao meio 
ambiente de qualidade . 
De fato, a Conferência de Estocolmo e a Declaração do Meio Ambiente, além de fixarem condutas 
que deveriam ser seguidas pelos Estados na busca pelo desenvolvimento, inauguraram um debate 
político no âmbito de cada país sobre a questão ambiental, resultando na elaboração de diversos 
diplomas normativos no Brasil, dentre eles a Política Nacional do Meio Ambiente em 1981. 
No âmbito interno, em resposta às pressões internacionais, a década de 1970/80 foi marcada pela 
criação de instituições destinadas ao tratamento de temas voltados ao meio ambiente, como, em 
1973, da Secretaria Especial do Meio Ambiente – SEMA (âmbito federal) voltada para a preservação 
do meio ambiente e do uso racional dos bens ambientais; o Ministério do Desenvolvimento, 
Urbanização e Meio Ambiente, em 1985; A criação do Sistema Nacional do Meio Ambiente-
SISNAMA e do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA em 1981. 
 
Cumpre destacar que a criação destas entidades, consoante Carlos Gonçalves1, foi mais uma 
resposta as pressões internacionais que uma preocupação com as questões ambientais pelo Estado 
Brasileiro. De fato, o Brasil vivia sob o governo de militares que tinham como meta principal a busca 
pelo desenvolvimento econômico e a captação de recursos estrangeiros para o crescimento do país, 
remetendo a segundo plano os temas ambientais. Assim, a criação das instituições ambientais no 
Brasil, naquele período, visava o alinhamento com as condicionantes impostas pelos bancos 
internacionais na tentativa de atrair investimentos estrangeiros e não pelo verdadeiro valor 
intrínseco da questão ambiental. 
 
É nesse cenário de mobilização mundial pela defesa do meio ambiente e a institucionalização da 
proteção ambiental no Brasil na década de 1970, que foi editada, em 1981, a Lei 6.938 que inaugurou 
a Política Nacional do Meio Ambiente, sendo o marco regulatório sobre a sistematização da 
proteção do meio ambiente no âmbito nacional. 
 
 
 
 
1 Gonçalves, Carlos Walter Porto. Os (des)caminhos do meio ambiente. 14ª ed. São Paulo: Contexto, 2010, p.15. 
Equipe Materiais Carreiras Jurídicas, Luis Carlos Miranda de Oliveira
Aula 02
Direito Ambiental p/ AGU (Procurador Federal) - 2021 - Pré-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
117329200263561208 - JOSÉ AUGUSTO FERREIRA E SILVA JÚNIOR
 
 
7 
 
 
 
 
 
(SEDUC-CE/Professor/UECE-CEV – 2018) O relatório conhecido como “Os limites do Crescimento” é 
uma importante publicação que trata da utilização indiscriminada dos recursos naturais e chama a 
atenção para um possível colapso destes recursos, caso medidas de planejamento, proteção e 
conservação não forem adotadas pela sociedade. 
Esse documento está associado 
(A)à Rio +20. 
(B)ao Protocolo de Quioto. 
(C)à Agenda 21. 
(D)ao Clube de Roma. 
 
Resposta. Item “D”. O Clube de Roma é uma organização não governamental que teve início em 
1968 como um pequeno grupo de 30 profissionais que se reuniram pela primeira vez em Roma para 
tratar de assuntos relacionados ao desenvolvimento econômico e o uso exacerbado dos recursos 
naturais do meio ambiente. O trabalho que deixou o Clube de Roma em evidência mundial 
aconteceu quatro anos depois de sua primeira reunião. Em 1972, o grupo pediu a uma equipe de 
cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, sigla em inglês), liderada por Dennis e 
Donella Meadows, para elaborar um relatório intitulado “Os Limites do Crescimento”. Este estudo 
utilizou sistemas de informática para simular a interação do homem e o meio ambiente, levando em 
consideração o aumento populacional e o esgotamento dos recursos naturais. A conclusão a que se 
Equipe Materiais Carreiras Jurídicas, Luis Carlos Miranda de Oliveira
Aula 02
Direito Ambiental p/ AGU (Procurador Federal) - 2021 - Pré-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
117329200263561208 - JOSÉ AUGUSTO FERREIRA E SILVA JÚNIOR
 
 
8 
 
chegou foi que se a humanidade continuasse a consumir os recursos naturais como na época, por 
consequência da industrialização, eles se esgotariam em menos de 100 anos2. 
 
2.2-Objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente 
A Política Nacional do Meio Ambiente-PNMA foi criada pela Lei 6.938/81 estabelecendo seus fins e 
mecanismos de formulação e aplicação, sendo reflexo da mudança de consciência ambiental no 
mundo durante a década de 1970 e das pressões internacionais do período. 
A PNMA é considerada o marco legal sobre as questões ambientais no Brasil sendo norma de 
referência servindo de elemento de integração e harmonização das políticas ambientais antes 
dispersas em legislações fragmentadas e assistemáticas. Tem como escopo central a efetivação do 
direito de todos a um meio ambiente ecologicamente equilibrado, buscando a melhor forma de 
compatibilizar o desenvolvimento socioeconômico com a escorreita utilização dos bens ambientais. 
Para isso, elencou e definiu uma gestão integrada dos recursos naturais estabelecendo órgãos, 
mecanismos e instrumentos destinados à tutela do meio ambiente. A norma busca alcançar o 
desenvolvimento sustentável que só se consolida com a edição da Constituição Federal de 1988. 
Consoante Paulo de Bessa Antunes3, a PNMA deve ser compreendida como um conjunto de 
instrumentos legais, técnicos, científicos, políticos e econômicos destinados à promoção do 
desenvolvimento sustentado da sociedade e das economias brasileiras. 
Nessa linha, a Lei 6.938/81 definiu os objetivos gerais e específicos da PNMA. O objetivo geral é a 
busca pela preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando 
assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança 
nacional e à proteção da dignidade da vida humana (art. 2º, da PNMA). É notório que a norma 
protetiva visa equacionar (harmonizar) a proteção ambiental com o desenvolvimento econômico. 
 
Objetivo Geral: Harmonizar meio ambiente e desenvolvimento socioeconômico. 
 
 
2 Pensamento Verde. Clube de Roma e o relatório “os limites do crescimento”. Disponível em 
https://www.pensamentoverde.com.br/sustentabilidade/clube-roma-relatorio-limites-crescimento-1972/. Acesso 
em 19/10/2019. 
3 Antunes, Paulo de Bessa. Direito Ambiental. 3ed. Rio de Janeiro. Lumen Juris, 2000, p.65. 
Equipe Materiais Carreiras Jurídicas, Luis Carlos Miranda de Oliveira
Aula 02
Direito Ambiental p/ AGU (Procurador Federal) - 2021 - Pré-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
117329200263561208 - JOSÉ AUGUSTO FERREIRA E SILVA JÚNIOR
null
null
 
 
9 
 
 
O art. 2º, da Lei da PNMA também fixa os princípios para consecução do objetivo geral na busca 
pelo desenvolvimento sustentável. É cediço na doutrina que embora o legislador tenha utilizado a 
expressão “princípios”, na verdade, trata-se de verdadeiras metas ou programas de atuação a serem 
executados pelo Estado para atingir os objetivos colimados pela norma, como por exemplo, a 
necessidade de o Poder Público proceder à proteção de áreas ameaçadas de degradação e à 
recuperação de áreas degradadas. 
Vejamos o normativo do art. 2º, da Lei da PNMA4: 
Art. 2º. A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da 
qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócioeconômico, 
aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes 
princípios: 
 
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um 
patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo; 
II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; 
III - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais; 
IV - proteção dos ecossistemas,com a preservação de áreas representativas; 
V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras; 
VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos 
ambientais; 
VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental; 
VIII - recuperação de áreas degradadas; 
IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação; 
X - educação ambiental a todos os níveis do ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-
la para participação ativa na defesa do meio ambiente. 
 
A concretude dessa visão harmônica sustentável só poderá ser possível se atendidos os objetivos 
específicos. São verdadeiras ações/procedimentos que devem ser realizados pelo Poder Público 
para consecução da preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, 
previstos no art. 4º, da PNMA. Vejamos o normativo: 
Art. 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará: 
 
I - à compatibilização do desenvolvimento econômico social com a preservação da qualidade do meio ambiente 
e do equilíbrio ecológico; 
II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio ecológico, 
atendendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, do Territórios e dos Municípios; 
III - ao estabelecimento de critérios e padrões da qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo 
de recursos ambientais; 
 
 
4 Para fins de concurso, notadamente de provas objetivas, devemos fixar o termo utilizado pela Lei, “princípios”, e não 
“metas” ou “programas” propostos pela doutrina. 
Equipe Materiais Carreiras Jurídicas, Luis Carlos Miranda de Oliveira
Aula 02
Direito Ambiental p/ AGU (Procurador Federal) - 2021 - Pré-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
117329200263561208 - JOSÉ AUGUSTO FERREIRA E SILVA JÚNIOR
null
null
 
 
10 
 
IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas para o uso racional de recursos 
ambientais; 
V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e informações ambientais e à 
formação de uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do 
equilíbrio ecológico; 
VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua utilização racional e disponibilidade 
permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida; 
VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados, e ao 
usuário, de contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos. 
 
Nos termos do art. 5º, da Lei 6.938/81, As diretrizes da PNMA serão formuladas em normas e 
planos, destinados a orientar a ação dos Governos da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Territórios e dos Municípios no que se relaciona com a preservação da qualidade ambiental e 
manutenção do equilíbrio ecológico, devendo todas as atividades empresariais públicas ou privadas 
serem exercidas em consonância com as diretrizes da PNMA. 
 
As questões de múltipla escolha têm cobrado a literalidade dos 
dispositivos, bem como fazem um amálgama dos princípios com os 
objetivos da PNMA, razão pela qual recomendamos que o candidato 
tenha uma leitura mais detida desses “princípios” e dos objetivos previstos na PNMA. Para 
sistematizar melhor o estudo, apresento uma tabela comparativa dos princípios (art. 2º, da PNMA) 
com os objetivos específicos (art. 4º, da PNMA) para fins de melhor entendimento. Cito como 
exemplo a primeira coluna que tem como tema “qualidade do meio ambiente”: se o tema versar 
sobre estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental, teremos um objetivo. Por 
outro lado, se a função for (programa de ação) acompanhamento do estado de qualidade ambiental, 
teremos um “princípio”. É isso, espero que ajude. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Equipe Materiais Carreiras Jurídicas, Luis Carlos Miranda de Oliveira
Aula 02
Direito Ambiental p/ AGU (Procurador Federal) - 2021 - Pré-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
117329200263561208 - JOSÉ AUGUSTO FERREIRA E SILVA JÚNIOR
null
 
 
11 
 
 
 
 
(TJ-PR/Juiz Substituto Prova: CESPE – 2019) Os princípios expressos na Lei n.º 6.938/1981 — Política 
Nacional do Meio Ambiente — incluem: 
PRINCÍPIOS (art.2o)
(...) atendidos os seguintes princípios:
PRINCÍPIOS (art.2o)
(...) atendidos os seguintes princípios:
Acompanhamento do estado da qualidade ambiental.
Educação ambiental a todos os níveis do ensino, inclusive
a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para
participação ativa na defesa do meio ambiente
Incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias
orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos
ambientais
Ação Governamental na manutenção do equilíbrio
ecológico, considerando o meio ambiente como um
patrimônio público a ser necessariamente assegurado e
protegido, tendo em vista o uso coletivo
Recuperação de áreas degradadas
Proteção de áreas ameaçadas de degradação
Proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas
representativas
Controle e Zoneamento das atividades potencial ou
efetivamente poluidoras .
Planejamento e Fiscalização do uso dos recursos
ambientais.
Racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do
ar.
Recuperação de áreas degradadas.
OBJETIVOS (art.4o)
A PNMA visa:
OBJETIVOS (art.4o)
A PNMA visa:
ao Estabelecimento de critérios e padrões da qualidade
ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de
recursos ambientais.
(...) à Formação de uma consciência pública sobre a
necessidade de preservação da qualidade ambiental e do
equilíbrio ecológico
à Difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à
divulgação de dados e informações ambientais
ao Desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias
nacionais orientadas para o uso racional de recursos
ambientais
à Definição de áreas prioritárias de ação governamental
relativa à qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo
aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, do
Territórios e dos Municípios
à Preservação e restauração dos recursos ambientais
com vistas á sua utilização racional e disponibilidade
permanente, concorrendo para a manutenção do
equilíbrio ecológico propício à vida
à Compatibilização do desenvolvimento econômico
social com a preservação da qualidade do meio ambiente
e do equilíbrio ecológico
à Imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de
recuperar e/ou indenizar os danos causados, e ao
usuário, de contribuição pela utilização de recursos
ambientais com fins econômicos
Equipe Materiais Carreiras Jurídicas, Luis Carlos Miranda de Oliveira
Aula 02
Direito Ambiental p/ AGU (Procurador Federal) - 2021 - Pré-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
117329200263561208 - JOSÉ AUGUSTO FERREIRA E SILVA JÚNIOR
 
 
12 
 
(A)o estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e 
manejo de recursos ambientais. 
(B)a racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar e a recuperação de áreas degradadas. 
(C)o desenvolvimento sustentável e o poluidor pagador. 
(D)o desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas para o uso racional de 
recursos ambientais. 
Resposta. Item B. Previsto no inciso II, do art. 2º, da Lei da PNMA. As letras B, C e D estão incorretas 
considerando que são objetivos específicos da PNMA, previstos no art. 4º, da Lei da PNMA, e não 
“princípios”. 
 
(TRF - 5ª REGIÃO/Juiz Federal/CESPE – 2011) Considerando o conceito e a natureza econômica do 
direito ambiental e da PNMA, assinale a opção correta. 
As diretrizes da PNMA, dispostas na Lei n.º 6.938/1981, orientam a ação do governo federal no que 
se refere à qualidade ambiental e à manutenção do equilíbrio ecológico, cabendo aos estados, ao 
DF e aos municípios, no exercício de sua autonomia político-legislativa, estabelecer livremente as 
normas e os planos ambientais por meio de leis próprias. 
Resposta.Item errado. A lei da PNMA é de âmbito nacional aplicável a todos os entes federativos 
Norma geral de observância de todos os entes, sendo que o poder de legislar dos demais entes está 
vinculada às regras gerais previstas no diploma normativo. 
 
(SLU-DF/Analista de Gestão de Resíduos Sólidos/CESPE – 2019) Acerca da história da seguridade 
social, da política social e das políticas setoriais, considerando suas respectivas legislações, julgue o 
item subsecutivo. 
A racionalização do uso do solo, a proteção dos ecossistemas e a educação ambiental a todos os 
níveis de ensino são princípios a serem atendidos pela Política Nacional do Meio Ambiente. 
( ) Certo ( ) Errado 
Resposta. Item certo. Corresponde a literalidade dos incisos II, IV e X do art. 2º, da Lei 6.938/81. 
Atente que a questão utilizou a palavra “princípios” como previsto no normativo. 
 
(Prefeitura de Maturéia – PB/Analista Ambiental/EDUCA – 2016) A Lei 6.938, de 31 de agosto de 
1981, dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, que tem como objetivo a preservação, 
melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida. 
Das alternativas abaixo, marque a alternativa que NÃO consta como um princípio dessa Lei. 
(A)Racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar. 
(B)Recuperação de áreas degradadas. 
Equipe Materiais Carreiras Jurídicas, Luis Carlos Miranda de Oliveira
Aula 02
Direito Ambiental p/ AGU (Procurador Federal) - 2021 - Pré-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
117329200263561208 - JOSÉ AUGUSTO FERREIRA E SILVA JÚNIOR
 
 
13 
 
(C)Controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras. 
(D)Planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais. 
(E)Desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas para o uso racional de 
recursos ambientais. 
Resposta: Item E. O item “E” representa um objetivo da PNMA. Os demais itens, são definidos como 
princípios da PNMA (observar nosso quadro esquemático). Não esqueça que será um princípio, caso 
se refira a incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a 
proteção dos recursos ambientais. 
 
Passaremos a análise dos objetivos específicos previstos no art. 4º da PNMA visando ter uma noção 
geral de cada um deles para o seu concurso. 
 
2.2.1-Compatibilização do Desenvolvimento Econômico Social com a Preservação da 
Qualidade do Meio Ambiente e do Equilíbrio Ecológico 
 
Compatibilizar está atrelado a ideia de conciliar atividades/ações/atitudes para que possam 
coexistirem de forma harmônica. O objetivo da compatibilização, no âmbito ambiental, visa 
harmonizar o (1) desenvolvimento socioeconômico com a (2) preservação do meio ambiente para 
se atingir um equilíbrio ecológico. É a busca pelo desenvolvimento equilibrado, atendendo aos 
preceitos econômicos, sociais e ambientais. Assim, a lei 6.938/81 consolidou no ordenamento 
jurídico brasileiro o conceito de desenvolvimento sustentável, alguns anos depois 
constitucionalizado no caput do art. 225, da CF/88. 
Cumpre destacar que esse talvez seja o principal objetivo da PNMA, desenvolver economicamente 
o País, buscando a diminuição das desigualdades sociais e regionais com a preservação da qualidade 
do meio ambiente. Nesse sentido, a PNMA não tem por escopo ser apenas favorável ao meio 
ambiente, mas também compatibilizar o desenvolvimento socioeconômico com a manutenção da 
qualidade ambiental. Preservar o meio ambiente, por si só, não é um objetivo da PNMA, sem que 
esteja atrelado às questões econômicas e sociais (visão antropocêntrica). 
Só para reforçar, não esqueçam que as primeiras referências ao desenvolvimento sustentável 
começaram a surgir em 1972, durante a Conferência de Estocolmo, na Suécia, sendo utilizado o 
termo “ecodesenvolvimento”. Essa ideia de sustentabilidade foi acolhida no Brasil com a edição da 
Lei da PNMA em 1981, incorporada, em 1988, na Constituição Federal. Mas o uso do termo 
Equipe Materiais Carreiras Jurídicas, Luis Carlos Miranda de Oliveira
Aula 02
Direito Ambiental p/ AGU (Procurador Federal) - 2021 - Pré-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
117329200263561208 - JOSÉ AUGUSTO FERREIRA E SILVA JÚNIOR
 
 
14 
 
“desenvolvimento sustentável” tem sua origem e consolidação com a publicação do Relatório 
Brundtland5, em 1987. 
 
(Prefeitura de Foz do Iguaçu – PR/Procurador/FAFIPA – 2019) Em relação à Lei 6.938/81, é 
CORRETO afirmar que se caracteriza como um dos objetivos legalmente previstos pela Política 
Nacional de Meio Ambiente o seguinte: 
(A)A proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas. 
(B)A ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente 
como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso 
coletivo. 
(C)O controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras. 
(D)Educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, 
objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente. 
(E)A compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade do 
meio ambiente e do equilíbrio ecológico. 
Resposta. Item E. É um objetivo previsto no art. 4º, inciso I, da Lei da PNMA. As demais assertivas 
apresentam os princípios da PNMA, previstos no art. 2º, da Lei da PNMA. 
 
(Petrobras/Engenheiro de Produção Júnior/CESGRANRIO – 2018) A Comissão Mundial sobre Meio 
Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) propôs uma agenda global para o desenvolvimento 
sustentável, e publicou o relatório “Nosso futuro comum”, também conhecido como Relatório 
Brundtland, publicado em 1987. 
definição de Desenvolvimento Sustentável, proposta nesse relatório, é particularmente 
caracterizada por 
(A)incluir a questão do aquecimento global como restrição ao crescimento econômico vigente. 
(B)incluir a questão do efeito estufa como prioritária para o equilíbrio sustentável. 
 
 
5 Em abril de 1987, a Comissão Brundtland publicou um relatório denominado “Nosso Futuro Comum” – que trouxe 
o conceito de desenvolvimento sustentável como sendo o desenvolvimento que encontra as necessidades atuais sem 
comprometer a habilidade das futuras gerações de atender suas próprias necessidades. 
 
Equipe Materiais Carreiras Jurídicas, Luis Carlos Miranda de Oliveira
Aula 02
Direito Ambiental p/ AGU (Procurador Federal) - 2021 - Pré-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
117329200263561208 - JOSÉ AUGUSTO FERREIRA E SILVA JÚNIOR
 
 
15 
 
(C)fundamentar os modelos econômicos para incorporar as dimensões sociais e políticas no cenário 
internacional, considerando os diferentes poderes de negociação entre as nações. 
(D)fundamentar as premissas teóricas de desenvolvimento econômico, que levem em consideração 
os aspectos socioambientais, como o modelo de sustentabilidade de Solow- Brundtland. 
(E)introduzir a noção da intergeracionalidade no conceito de sustentabilidade, associando-a à noção 
de justiça social. 
Resposta. Item E. O Relatório de Brundtland introduziu o conceito de desenvolvimento sustentável 
trazendo a noção de que o desenvolvimento econômico deve estar atrelado à melhoria da condição 
social das pessoas, bem como da qualidade ambiental, devendo o meio ambiente ser preservado 
para as presentes e futuras gerações. 
 
2.2.2-Definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao 
equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, 
do Territórios e dos Municípios 
 
Esse objetivo específico visa obrigar o Poder Público a efetivar um planejamento próprio para 
elaboração de políticas públicas voltadas à definição de áreas prioritárias para o desenvolvimento 
de ações governamentais relativas à proteção ambiental. 
O desenvolvimento dessas ações cabe a cada um dos entes federativos devendo desenvolver, 
individualmente, uma ação governamentalespecífica e harmônica, que priorize ações concernentes 
à qualidade ambiental. Nesse sentido, o Poder Público deve estabelecer as áreas nas quais se 
desenvolverão ações com objetivo de proteção ambiental, segundo seus critérios de conveniência 
e oportunidade. 
Destacamos que a CF/88, em seu art. 225, caput, impõe ao Poder Público a incumbência de 
defender e preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gerações, devendo para isso 
desenvolver ações planejadas e específicas na busca do desenvolvimento sustentável. 
 
2.2.3-Estabelecimento de Critérios e Padrões da Qualidade Ambiental e de Normas 
relativas ao Uso e Manejo de recursos ambientais 
 
A instituição de critérios e padrões de qualidade ambiental relativos aos recursos ambientais 
contribui para definição de políticas públicas ambientais, bem como, em caso de dano ao meio 
ambiente, serve de base material para fundamentar a sanção a ser aplicada ao poluidor. 
Esses padrões de qualidade ambiental são parâmetros que podem ser usados para concretizar o 
princípio da racionalização do uso dos recursos ambientais (art. 2º, II, da Lei da PNMA). 
Equipe Materiais Carreiras Jurídicas, Luis Carlos Miranda de Oliveira
Aula 02
Direito Ambiental p/ AGU (Procurador Federal) - 2021 - Pré-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
117329200263561208 - JOSÉ AUGUSTO FERREIRA E SILVA JÚNIOR
 
 
16 
 
Nesse ponto, Édis Milaré6 alerta que graças aos parâmetros de qualidade ambiental é possível aferir 
se o desenvolvimento de determinada região caminha em busca da sustentabilidade, lembrando 
que o avanço técnico-científico pode alterar os parâmetros que garantem a qualidade ambiental. 
 
 
(EMATER-MG/Extensionista Agropecuário/Gestão Concurso – 2018) A Lei nº 6.938, de 31 de agosto 
de 1981, dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação 
e aplicação, e dá outras providências. 
Avalie o que se afirma constar nessa Lei, em seu artigo 4º, como objetivos da Política Nacional do 
Meio Ambiente. 
I. Compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade do meio 
ambiente e do equilíbrio ecológico. 
II. Definição de áreas prioritárias de ação governamental relativas à qualidade e ao equilíbrio 
ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos 
Municípios. 
III. Estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e 
manejo de recursos ambientais. 
IV. Estabelecimento da política de preços mínimos para os produtos agrícolas em produção orgânica 
e de agricultura familiar. 
Está correto apenas o que se afirma em 
(A)III. 
(B)II e IV 
(C) I e IV. 
(D) I, II e III. 
Resposta. Item D. Os itens I, II e III estão previstos expressamente no art.4º, incisos I, II e III, 
respectivamente. O item IV está incorreto por falta de previsão legal, bem como por falta de relação 
com os objetivos da PNMA. 
 
 
 
6 Milaré, Édis. Direito do Ambiente. 10ª ed.- São Paulo. Editora Revista dos Tribunais, 2015. p.420. 
Equipe Materiais Carreiras Jurídicas, Luis Carlos Miranda de Oliveira
Aula 02
Direito Ambiental p/ AGU (Procurador Federal) - 2021 - Pré-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
117329200263561208 - JOSÉ AUGUSTO FERREIRA E SILVA JÚNIOR
 
 
17 
 
2.2.4-Desenvolvimento de Pesquisas e de Tecnologias Nacionais orientadas para o Uso 
Racional de recursos ambientais 
 
O desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias orientadas ao uso racional dos recursos 
ambientais visa a aplicação do princípio da eficiência no uso dos recursos naturais. A ideia é utilizar 
pouca matéria prima e conseguir o máximo de rendimento na produção/utilização do bem. É a busca 
da eficiência na utilização dos recursos naturais, evitando-se o uso desarrazoado deles, 
considerando que são limitados. 
A previsão expressa desse objetivo específico na PNMA evidencia, para consecução do objetivo geral 
de preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, a necessidade de 
colaboração de diversas áreas do saber, notadamente de cunho científico e tecnológico visando 
contribuir para a utilização racional dos recursos ambientais. 
Cumpre destacar, por fim, que o uso de tecnologias que promovam o uso racional dos recursos 
naturais é mais um instrumento de harmonização entre a preservação ambiental e o 
desenvolvimento econômico. Isso porque além de contribuir para a manutenção de um meio 
ambiente propício à vida, impulsiona o rendimento e a produtividade de determinados setores da 
economia. 
 
2.2.5-Difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, a Divulgação de dados e 
informações ambientais e a Formação de uma consciência pública sobre a necessidade de 
preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico 
 
São três objetivos previstos no inciso V, do art. 4º, da Lei 6.938/81, quais sejam, (1) difundir 
tecnologias de manejo do meio ambiente; (2) divulgar dados e informações ambientais (3) formar 
uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio 
ecológico. 
Já vimos que o desenvolvimento da tecnologia nas questões ambientais contribui para o uso racional 
dos recursos naturais possibilitando uma melhor eficiência na utilização desses bens escassos. Mas 
de nada adianta o desenvolvimento de tecnologias sem a possibilidade de divulgação de sua 
existência bem como de seu acesso. Nesse sentido, cabe ao Poder Público efetivar a divulgação 
dessas tecnologias e de outros dados ambientais de forma a possibilitar que todos tenham 
conhecimento de sua existência e condições de poder utilizá-las para proteção do bem ambiental. 
A busca pela formação de uma consciência pública quanto à necessidade de preservação da 
qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico ganha concretude com a edição da lei 9.795/99 que 
instituiu o Programa Nacional de Educação Ambiental-PNEA reforçando o comprometimento de 
todos com a necessidade de conscientização da sociedade quanto à importância de preservar o meio 
ambiente por meio da educação ambiental. 
Equipe Materiais Carreiras Jurídicas, Luis Carlos Miranda de Oliveira
Aula 02
Direito Ambiental p/ AGU (Procurador Federal) - 2021 - Pré-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
117329200263561208 - JOSÉ AUGUSTO FERREIRA E SILVA JÚNIOR
 
 
18 
 
 
(MPU/Analista/CESPE – 2013) Com base na legislação ambiental, julgue o item a seguir. 
Os objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente incluem o desenvolvimento de pesquisas e de 
tecnologias nacionais orientadas para o uso racional dos recursos ambientais e a difusão desse 
avanço tecnológico voltado para o manejo do meio ambiente. 
( ) Certo ( ) Errado 
Resposta. Item certo. São objetivos da PNMA tanto o desenvolvimento quanto à difusão do 
desenvolvimento tecnológico em matéria ambiental, nos termos do art. 4º, incisos IV e V, da Lei 
6.938/81. 
 
2.2.6-Preservação e Restauração dos recursos ambientais com vistas à sua utilização 
racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio 
ecológico propício à vida 
 
São dois objetivos específicos da PNMA previstos no inciso VII, (1) a preservação dos recursos 
naturais e (2) a restauração desses recursos objetivando sua utilização racional e disponibilidade 
permanente. 
Preservar é proteger o bem ambiental independente de seu valor econômico ou da utilidade que 
tem para o homem. A ideia é manter a intangibilidade do recurso natural. Por outro lado, conservar 
é sinônimo de resguardar o bem ambiental com certo valor utilitário, aliado ao uso racional com 
desenvolvimento de técnicas de manejo para manter a disponibilidade e permanência do recurso 
natural. Nesse sentido, entendemos que o legislador não foi feliz ao utilizar o termo “preservar” 
tendo em vista os princípios e demais objetivos traçados na PNMA. 
De fato, o objetivo principal da PNMA é a busca pelo desenvolvimento sustentável, equacionandoo 
desenvolvimento econômico, a equidade social e a conservação ambiental. Assim, a palavra 
“preservar” deve ser interpretada sempre no sentido de “conservar”, isto é, possibilitar que o bem 
ambiental seja explorado pelo homem de forma sustentável com uso de técnicas de manejo (uso 
racional dos bens ambientais). 
A restauração, conforme já assentado neste material, é a restituição de um ecossistema degradado 
a uma condição mais semelhante possível ao seu estado natural. É restituir o sistema ao status quo 
ante. Não pode ser confundido com o vocábulo “recuperar” que consiste em afastar a pecha da 
degradação, sem necessariamente restituir o sistema ao estado anterior. Melhor dizendo, a 
restauração objetiva restituir o ambiente antropizado ao status quo ante, não implicando dizer que 
essa restituição deva ser de 100%, mas, a depender do caso concreto, a mais próxima possível de 
sua condição original. Ao seu turno, recuperar um ecossistema degradado, consiste em restituir esse 
Equipe Materiais Carreiras Jurídicas, Luis Carlos Miranda de Oliveira
Aula 02
Direito Ambiental p/ AGU (Procurador Federal) - 2021 - Pré-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
117329200263561208 - JOSÉ AUGUSTO FERREIRA E SILVA JÚNIOR
 
 
19 
 
ambiente a uma condição não degradada, que não precisa ser igual ou próxima da condição 
originária. 
 
(MPE-MS/Analista/FGV – 2013) Com relação à Lei n. 6.938/81, que preconiza os objetivos da 
Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), analise as afirmativas a seguir. 
I. A compatibilização do desenvolvimento econômico social com a preservação da qualidade do meio 
ambiente e do equilíbrio ecológico, por meio de parcerias público-privadas. 
II. O estabelecimento de critérios e padrões da qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e 
manejo de recursos ambientais. 
III. À preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas a sua utilização racional e 
disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício à 
vida. 
Assinale: 
(A)se somente a afirmativa I estiver correta. 
(B)se somente a afirmativa II estiver correta. 
(C)se somente a afirmativa III estiver correta. 
(D)se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(E)se somente as afirmativas II e III estiverem corretas 
Resposta. Item E. O item “I” está incorreto porque a previsão normativa não exige a necessidade da 
efetivação de parcerias público-privadas. O item “II” e o item “III” estão corretos, pois refletem o 
texto do art. 4º, III e IV, da Lei 6.938/81. 
 
2.2.7-Imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os 
danos causados, e ao usuário, de contribuição pela utilização de recursos ambientais com 
fins econômicos. 
 
Esse objetivo específico de imposição ao poluidor e ao predador da obrigação de recuperar os danos 
causados consagra o princípio do poluidor-pagador. Nessa linha, a lei 6.938/81 previu, antes mesmo 
da CF/88, o referido princípio fixando a responsabilização civil de indenizar/recuperar do 
poluidor/predador pelos danos causados ao meio ambiente. 
O objetivo específico de o usuário contribuir pela utilização de recursos ambientais com fins 
econômicos, consagra o princípio do usuário-pagador, na busca da valorização e da conscientização 
de que o bem ambiental é um recurso esgotável e que deve ser usado de forma racional e 
equilibrada. 
Equipe Materiais Carreiras Jurídicas, Luis Carlos Miranda de Oliveira
Aula 02
Direito Ambiental p/ AGU (Procurador Federal) - 2021 - Pré-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
117329200263561208 - JOSÉ AUGUSTO FERREIRA E SILVA JÚNIOR
1
 
 
20 
 
O princípio do poluidor-pagador é um instrumento econômico que exige que o poluidor suporte as 
despesas de prevenção, reparação e repressão de danos ambientais. O poluidor deve responder 
pelos custos socais pela degradação causada. O poluidor deve suportar as consequências negativas 
de sua atividade e não deixar para sociedade o ônus da degradação ambiental por ele produzida, 
buscando-se, com isso, evitar a privatização de lucros e a socialização de perdas. O poluidor tem o 
dever de eliminar essas externalidades negativas. 
 
O princípio do usuário-pagador tem fundamento no mesmo matiz principiológico do princípio do 
poluidor-pagador, qual seja, a responsabilização jurídica e econômica pelos danos causados ao meio 
ambiente com o propósito de evitar que as externalidades negativas geradas pelas atividades de 
produção e consumo sejam suportadas pela sociedade. 
 
O objetivo do princípio, segundo Ingo Sarlet7, é orientar normativamente o usuário de recursos 
naturais no sentido de adequar suas práticas de consumo buscando despertar a consciência para o 
uso racional e sustentável do bem ambiental. O usuário, portanto, tem a obrigação de pagar pela 
utilização dos recursos naturais, mesmo que não venha provocar qualquer tipo de dano ao meio 
ambiente. 
 
(MPE-PE/Promotor/FCC – 2008) Sobre o princípio do poluidor-pagador é correto afirmar: 
 
(A)Não encontra fundamento na Constituição Federal e em nenhum outro diploma legal pátrio. 
(B)Prescreve a obrigação que o poluidor tem de reparar os danos causados ao meio ambiente. 
(C)Confunde-se com o princípio do usuário-pagador. 
(D)É um princípio implícito no ordenamento jurídico. 
(E)Expressa a cobrança pelo uso dos recursos naturais que, ao serem explorados, geram poluição. 
 
Resposta. Item B. O item “B” está correto considerando que o princípio do poluidor-pagador 
prescreve (estabelece) a obrigação de reparar o dano pelo poluidor. O item “A” está incorreto tendo 
presente que o princípio tem sustentáculo constitucional e legal, notadamente na lei da Política 
Nacional do Meio Ambiente e na Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos. O item “C” está 
 
 
7 Sarlet, Ingo Wolfggang. Princípios do Direito Ambiental. São Paulo: São Paulo: Saraiva, 2014, p.86. 
Equipe Materiais Carreiras Jurídicas, Luis Carlos Miranda de Oliveira
Aula 02
Direito Ambiental p/ AGU (Procurador Federal) - 2021 - Pré-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
117329200263561208 - JOSÉ AUGUSTO FERREIRA E SILVA JÚNIOR
1
 
 
21 
 
incorreto porque os princípios têm significados próprios, sendo o princípio do usuário-pagador 
relacionado com à retribuição do usuário pelo consumo de bens ambientais para fins econômico. O 
item “D” está incorreto, pois não é um princípio implícito conforme comentário do item “A”. O item 
“E” está incorreto considerando que se refere ao princípio do usuário-pagador. 
 
(UFF/Químico/COSEAC – 2017) A Lei nº 6.938/81 torna explícito o princípio do(a): 
(A)poluidor-pagador. 
(B)responsabilidade. 
(C)limite e desenvolvimento sustentável. 
(D)poluidor-pagador e usuário-pagador. 
(E)informação. 
Resposta. Item D. A lei 6.938/81 foi o principal instrumento normativo que positivou o princípio do 
poluidor-pagador e do usuário-pagador (art. 4º, inciso VII). 
 
2.3-Princípios da Política Nacional do Meio Ambiente 
 
O art. 2º, da Lei 6.938/81, normatiza os princípios da PNMA para consecução do objetivo geral na 
busca pelo desenvolvimento sustentável. É cediço na doutrina que embora o legislador tenha 
utilizado a expressão “princípios”, na verdade, trata-se de verdadeiras metas ou programas de 
atuação a serem executados pelo Estado para atingir os objetivos colimados pela norma. 
Passaremos a análise dos “princípios” (metas/programas/ações) previstos no art. 2º da PNMA 
objetivando alcançar uma noção geral de cada um. 
2.3.1-Ação Governamental na Manutenção do Equilíbrio Ecológico, considerando o meio 
ambiente como um Patrimônio Público a ser necessariamente assegurado e protegido, 
tendo em vista o uso coletivo 
 
O Princípio da Ação Governamental visa concretizar a atuação do Poder Público em defesa do 
patrimônio ambiental na busca do equilíbrio ecológico. Esse princípio, mesmo antes da CF/88, 
reconhece o meio ambiente como um patrimônio público que deve ser protegido portodos, sendo 
precursor da previsão constitucional do art. 225, caput. Assim, é correto afirmar que a Lei da PNMA 
foi o principal dispositivo legal, anterior a CF/88, a reconhecer de forma expressa a necessidade de 
proteção do meio ambiente como um bem difuso, de titularidade coletiva, obrigando o Estado a 
prática de ações visando atingir esse objetivo maior. 
Equipe Materiais Carreiras Jurídicas, Luis Carlos Miranda de Oliveira
Aula 02
Direito Ambiental p/ AGU (Procurador Federal) - 2021 - Pré-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
117329200263561208 - JOSÉ AUGUSTO FERREIRA E SILVA JÚNIOR
e
 
 
22 
 
Para consecução desse princípio, várias normas foram editadas, como o Código Florestal ( Lei 
12.651/2012), a Lei do Sistema Nacional de Unidade de Conservação ( Lei 9.985/2000), a Lei de 
Resíduos Sólidos ( Lei 12.305/2010) , dentre outros normativos infralegais que dão mais efetividade 
a esse princípio, como as Resoluções do CONAMA e as Instruções Normativas de diversos entidades 
ambientais. 
Por fim, temos o Decreto n. 99.274/1990 que regulamenta a Lei 6.987/81, e dispõe sobre a execução 
da Política Nacional do Meio Ambiente impondo ao Poder Público diversas incumbências, dentre 
elas, a necessidade de a administração ambiental manter a fiscalização permanente dos recursos 
ambientais, visando à compatibilização do desenvolvimento econômico com a proteção do meio 
ambiente e do equilíbrio ecológico. 
 
(TRT - 3ª Região/Analista Judiciário/FCC – 2015) A respeito dos instrumentos legais que discutem a 
questão da sustentabilidade e a proteção ao meio ambiente no Brasil, 
a Constituição federal de 1988 é o primeiro instrumento legal brasileiro a dar destaque à questão, 
através do art. 225, que resguarda o direito a todo cidadão ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado. 
Resposta. Item errado. A edição da Constituição Federal foi um marco legal na proteção do meio 
ambiente, elevando a importância de preservação do bem ambiental para as presentes e futuras 
gerações. Mas isso não implica dizer que a Carta foi o primeiro instrumento normativo brasileiro a 
destacar a questão ambiental. A lei 6.938/81, que instituiu a PNMA, foi o principal instrumento 
normativo que harmonizou e sistematizou todas as legislações brasileiras em prol da defesa do meio 
ambiente reconhecendo o bem ambiental como um bem público que deve ser protegido. 
 
(ICMBIO/Analista Ambiental/CESPE – 2009) Quanto à Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA), 
julgue os seguintes itens. 
A ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como 
um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo, 
é um dos princípios constitutivos da PNMA. 
( ) Certo ( ) Errado 
Resposta. Item correto. Previsão expressa do art.2, I, da Lei 6.938/81. 
 
 
Equipe Materiais Carreiras Jurídicas, Luis Carlos Miranda de Oliveira
Aula 02
Direito Ambiental p/ AGU (Procurador Federal) - 2021 - Pré-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
117329200263561208 - JOSÉ AUGUSTO FERREIRA E SILVA JÚNIOR
7
 
 
23 
 
2.3.2-Racionalização do Uso do solo, do subsolo, da água e do ar 
 
A utilização racional do uso dos recursos naturais (solo, subsolo, água, ar, entre outros) foi ventilada 
no princípio 14 da Declaração de Estocolmo de 1972, que previu o planejamento racional como um 
instrumento indispensável para conciliar as diferenças que possam surgir entre as exigências do 
desenvolvimento e a necessidade de proteger e melhorar o meio ambiente. 
 
Esse princípio foi internalizado inicialmente pelo Decreto 73.030/1973 que criou a Secretaria 
Especial do Meio Ambiente –SEMA e previu que sua atuação deveria estar orientada para a 
conservação do meio ambiente e o uso racional dos recursos naturais. Posteriormente, esse 
princípio teve sua consolidação com a edição da Lei 6.938/81 que previu como objetivo da PNMA a 
racionalização do uso do solo, subsolo, da água e do ar. 
 
A legalização desse princípio visou realçar a importância desses recursos naturais para a manutenção 
da vida no planeta, considerando que são os diretamente afetados por atividades poluentes, de 
forma a servir de azimute para as ações governamentais no desenvolvimento de políticas públicas 
capazes de fomentar o uso racional desses recursos. 
 
Para maior aprofundamento sobre o uso racional dos recursos naturais, faremos um estudo da 
legislação específica sobre uso e ocupação do solo, gestão da água, bem como sobre o uso do ar. 
 
 
 
(Prefeitura de Silveira Martins – RS/Procurador Jurídico/EGALLE Concursos – 2014) 
A Política Nacional do Meio Ambiente (PNM(A) pode ser conceituada como aquela que tem por 
objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à visa, visando 
assegurar, no pai, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança 
nacional e à proteção da dignidade da vida humana, tendo como princípios: 
 
racionalização apenas do uso do solo e do subsolo. 
( ) certo ( ) errado 
 
Resposta. Item errado. A racionalização é de qualquer recurso natural e não apenas do solo e do 
subsolo. A norma expressamente prevê a racionalização do uso dos seguintes bens ambientais: solo, 
subsolo, ar e água. 
Equipe Materiais Carreiras Jurídicas, Luis Carlos Miranda de Oliveira
Aula 02
Direito Ambiental p/ AGU (Procurador Federal) - 2021 - Pré-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
117329200263561208 - JOSÉ AUGUSTO FERREIRA E SILVA JÚNIOR
2
 
 
24 
 
2.3.3-Planejamento e Fiscalização do uso dos recursos ambientais 
 
O planejamento, enquanto ferramenta de gestão, é um instrumento que busca antecipar ações para 
consecução de estratégias programadas visando atingir um objetivo específico. Nesse sentido, o 
Poder Público na tutela dos recursos ambientais necessita planejar suas ações visando uma atuação 
preventiva na tutela desses bens, devendo desenvolver planos, objetivos e metas a serem atingidas 
para consecução do objetivo estatuído no caput do art. 2º, da PNMA (o Estado deve fixar as diretrizes 
da política ambiental do País). A atuação estatal sem planejamento leva a proteção deficiente desses 
bens, maculando o referido princípio. 
 
A necessidade de planejamento pela Administração Pública é um dever previsto expressamente na 
Constituição Federal de 1988, em seu art. 174, vejamos: 
 
Art. 174 –Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da 
lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e 
indicativo para o setor privado. 
 
Com isso, o Estado não pode obrigar o particular a determinada prática de uso de recursos naturais 
que estejam submetidos ao regime de propriedade privada, por outro lado, poderá estabelecer 
modelos de utilização que visem à escorreita tutela do meio ambiente. 
 
O princípio da fiscalização é fundamental na tutela efetiva do bem ambiente. Ele se manifesta em 
parte pela execução das normas protetivas dos recursos naturais por meio do exercício do poder 
de polícia ambiental. Cabe ao Estado fiscalizar as atividades/obras que possam causar dano ao meio 
ambiente devendo atuar de forma preventiva e repressiva disciplinando o uso desses bens8. 
 
 
 
(SEPLAG-DF/Auditor Fiscal/FUNIVERSA – 2011) A respeito da Lei n.º 6.938/1981, que dispõe sobre 
a Política Nacional do Meio Ambiente, assinale a alternativa que apresenta princípio nela previsto 
para se alcançar o objetivo de preservar, melhorar e recuperar a qualidade ambiental propícia à vida. 
 
(A)ausência de zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras 
 
 
8 Teremos uma aula específica sobre poder de polícia ambiental. 
Equipe Materiais Carreiras Jurídicas, Luis Carlos Miranda de Oliveira
Aula 02
Direito Ambiental p/ AGU (Procurador Federal)- 2021 - Pré-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
117329200263561208 - JOSÉ AUGUSTO FERREIRA E SILVA JÚNIOR
c
 
 
25 
 
(B)manutenção de áreas degradadas 
(C)aumento de áreas ameaçadas de degradação 
(D)educação ambiental exclusiva para o ensino fundamental 
(E)planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais 
 
Resposta. Item E. O planejamento e a fiscalização do uso dos recursos ambientais são “princípios” 
previstos na PNMA e devem ser observados pelo Poder Público na elaboração das diretrizes da 
política ambiental do País. 
 
(Prefeitura de Niterói – RJ/Analista/FGV – 2018) José e Antônio, estudantes de Direito, 
considerando a livre iniciativa, travaram intenso debate a respeito da intervenção do Estado na 
atividade econômica, sendo suas conclusões nitidamente influenciadas pela ideologia político-
econômica que cada um deles adotava. 
José afirmava que a livre iniciativa exigia que o Estado se distanciasse dessa atividade, não podendo 
incentivá-la ou planejá-la, mas apenas fiscalizá-la. Antônio, por sua vez, defendia que o Estado 
deveria não só fiscalizar como incentivar e planejar, sendo o planejamento determinante para o 
setor público e indicativo para o setor privado. 
 
À luz da sistemática constitucional, assinale a afirmativa correta. 
 
(A)José está totalmente certo e Antônio, apenas na parte em que defende a fiscalização do Estado. 
(B)José e Antônio estão totalmente errados, porque o Estado não pode intervir na atividade 
econômica. 
(C)José e Antônio estão parcialmente certos, porque o Estado deve fiscalizar e planejar a atividade 
econômica, não a incentivá-la. 
(D) José e Antônio estão parcialmente certos, porque o Estado deve fiscalizar e incentivar a atividade 
econômica, não a planejá-la. 
(E)Antônio está totalmente certo e José, apenas na parte em que defende a fiscalização do Estado. 
 
Resposta. Item E. Antônio está correto porque a CF/88, em seu art. 174, prevê que enquanto agente 
normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de 
fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo 
para o setor privado. 
 
 
Equipe Materiais Carreiras Jurídicas, Luis Carlos Miranda de Oliveira
Aula 02
Direito Ambiental p/ AGU (Procurador Federal) - 2021 - Pré-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
117329200263561208 - JOSÉ AUGUSTO FERREIRA E SILVA JÚNIOR
 
 
26 
 
2.3.4-Proteção dos Ecossistemas, com a preservação de áreas representativas 
 
O princípio da proteção dos ecossistemas visa estabelecer na elaboração das políticas públicas 
ambientais a necessidade do desenvolvimento de mecanismos capazes de tutelar de forma 
adequada certas áreas que contenham relevante interesse ecológico. Esse princípio esculpido na 
PNMA serviu de inspiração ao legislador constituinte ao estabelecer que incumbe ao Poder Público 
a missão definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a 
serem especialmente protegidos (art. 225, §1º, III, da CF/88). 
 
Dando concretude a esse princípio, temos a Lei 9.985/2000 que institui o Sistema Nacional de 
Unidades de Conservação da Natureza – SNUC, estabelecendo critérios e normas para a criação, 
implantação e gestão das unidades de conservação, bem como a Lei 12.651/2012 (Código Florestal) 
que estabeleceu normas gerais sobre a proteção da vegetação, das áreas de Preservação 
Permanente e das áreas de Reserva Legal. 
 
 
(Câmara Legislativa do Distrito Federal/Consultor Legislativo/FCC – 2018) De acordo com a Lei 
Nacional que institui o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), que previu as competências 
do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), é correto inferir que se inseri dentro do 
conceito de preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental, previstos na Lei de 
Política Nacional do Meio Ambiente (Lei n° 6.938/1981): 
 
(A)Ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente 
como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso 
coletivo. 
(B)Controle irrestrito do uso do solo, do subsolo, da água e do ar, com limitação para seu uso. 
(C)Proteção dos ecossistemas, sem preservação de áreas representativas, quando inviável a 
recuperação dos referidos ecossistemas. 
(D)Desregulação de atividades potencial ou efetivamente poluidoras, quando o particular houver 
demonstrado, por estudos técnicos, a ausência de potencial dano ao meio ambiente. 
(E)Alienação de áreas degradadas, para o fim de garantir o desenvolvimento social das áreas mais 
pobres ou zonas de exclusão econômica. 
 
Resposta. Item A. O item “C” está incorreto considerando que embora preveja a proteção dos 
ecossistemas, o faz de forma deficiente, ao excluir a preservação de áreas representativas (bem 
contraditória). O Item “B” está incorreto porque o objetivo da norma não é o controle irrestrito, mas 
Equipe Materiais Carreiras Jurídicas, Luis Carlos Miranda de Oliveira
Aula 02
Direito Ambiental p/ AGU (Procurador Federal) - 2021 - Pré-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
117329200263561208 - JOSÉ AUGUSTO FERREIRA E SILVA JÚNIOR
 
 
27 
 
a racionalização do uso desses bens ambientais. O item “D” está incorreto, pois o objetivo não é a 
desregulação da atividade potencialmente causadora de impactos ao meio ambiente, até porque 
cabe ao órgão ambiental competente, mesmo comprovado pelo empreendedor que seu 
empreendimento não é causador de significativos impactos ao meio ambiente, decidir sobre a 
avaliação de impacto ambiental que será necessária para o processo de licenciamento. O item “E” 
está incorreto tendo em vista que o objetivo da PNMA não é a alienação dessas áreas, mas sim sua 
recuperação nos termos do inciso VIII, do art. 2º, da PNMA. 
 
2.3.5-Controle e Zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras 
 
O princípio do controle e do zoneamento das atividades potencialmente causadoras de impactos 
ambientais visa possibilitar ao Poder Público a utilização de instrumento que forneçam os meios de 
atuação através dos quais executará as normas ambientais, com a finalidade de condicionar as 
obras/atividades às finalidades da PNMA. O objetivo do princípio é o controle das atividades 
potencial ou efetivamente poluidoras, que devem estar sujeitas a leis especiais de uso e ocupação 
do solo, bem como obedecer a zoneamentos específicos e a diretrizes de planejamento ambiental. 
 
O zoneamento ambiental é um instrumento da PNMA (art. 9, II) que visa delimitar áreas que 
apresentam atributos específicos para que sejam desenvolvidas atividades compatíveis com essas 
características. O objetivo é o uso sustentável dos bens ambientais, permitindo o equilíbrio entre o 
desenvolvimento econômico, a equidade social e a proteção ambiental. Nesse sentido, o 
zoneamento tem por fim regular o uso dos recursos naturais visando o desenvolvimento sustentável 
de uma região. 
 
Esse inciso foi regulamentado pelo Decreto 4.297/2002 definindo o zoneamento (Zoneamento 
Ecológico-Econômico – ZEE) como instrumento da PNMA obrigatório para implementação de planos, 
obras e atividades públicas e privadas, visando organizar as decisões dos agentes quanto aos planos, 
programas, projetos e atividades que, direta ou indiretamente, utilizem recursos naturais, 
assegurando a plena manutenção do capital e dos serviços ambientais dos ecossistemas9. 
 
 
 
 
 
9 Teremos um tópico nesta aula sobre Zoneamento Ecológico-Econômico -ZEE. 
Equipe Materiais Carreiras Jurídicas, Luis Carlos Miranda de Oliveira
Aula 02
Direito Ambiental p/ AGU (Procurador Federal) - 2021 - Pré-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
117329200263561208 - JOSÉ AUGUSTO FERREIRA E SILVA JÚNIOR
 
 
28 
 
 
 
(MPU/Analista/CESPE – 2013) A Lei de Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) ― Lei n.º 
6.938/1981 ― estabeleceu os mecanismos utilizadospela administração pública para alcançar os 
objetivos da política ambiental brasileira. Com relação aos instrumentos da política de gestão 
ambiental, julgue o próximo item. 
O zoneamento ambiental visa à proteção do meio ambiente através do planejamento do uso do solo 
e considera apenas os possíveis impactos decorrentes da ação antrópica, sem se preocupar com a 
capacidade de suporte do meio ambiente. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Resposta. Item errado. O zoneamento ambiental - ZEE visa à proteção do meio ambiente através do 
planejamento do uso do solo, devendo levar em conta, na distribuição espacial das atividades 
econômicas, a importância ecológica, as limitações e as fragilidades dos ecossistemas, 
estabelecendo vedações, restrições e alternativas de exploração do território e determinando, 
quando for o caso, inclusive a relocalização de atividades incompatíveis com suas diretrizes gerais. 
 
2.3.6-Incentivos ao Estudo e à Pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a 
proteção dos recursos ambientais 
 
O princípio do incentivo ao estudo e à pesquisa de tecnologias voltadas ao uso racional dos bens 
ambientais teve seu fundamento no Princípio 18 da Declaração de Estocolmo, devendo a ciência e 
a tecnologia serem utilizadas para descobrir, evitar e combater os riscos que ameaçam o meio 
ambiente, servindo como instrumento de resolução dos problemas ambientais e, em última 
instância, protetiva do direito à sadia qualidade de vida. 
 
Segundo Paulo de Bessa Antunes10, embora louvável a previsão do incentivo ao estudo e à pesquisa 
de tecnologias orientadas para a proteção dos recursos ambientais como elementos essenciais, é de 
se reconhecer que a pesquisa de tecnologias não foge à realidade nacional de escassez de recursos 
destinados ao desenvolvimento científico. 
 
 
10 Antunes, Paulo de Bessa. Direito Ambiental. 8. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2005. 940. 
Equipe Materiais Carreiras Jurídicas, Luis Carlos Miranda de Oliveira
Aula 02
Direito Ambiental p/ AGU (Procurador Federal) - 2021 - Pré-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
117329200263561208 - JOSÉ AUGUSTO FERREIRA E SILVA JÚNIOR
 
 
29 
 
 
Esse dispositivo teve seu reforço normativo no art. 13, da Lei da PNMA, determinando que o Poder 
Público incentivará as atividades voltadas ao meio ambiente, fixando, como regra, a obrigatoriedade 
dos órgãos, entidades, e programas do Poder Público, destinados ao incentivo das pesquisas 
científicas e tecnológicas, considerarem, entre as suas metas prioritárias, o apoio aos projetos 
que visem adquirir e desenvolver conhecimentos básicos aplicáveis na área ambiental e 
ecológica. Vejamos o normativo: 
 
Art. 13 –O Poder Executivo incentivará as atividades voltadas ao meio ambiente, visando: 
 
I –ao desenvolvimento, no País, de pesquisas e processos tecnológicos destinados a reduzir a degradação 
da qualidade ambiental; 
 
II –à fabricação de equipamentos antipoluidores; 
 
III –a outras iniciativas que propiciem a racionalização do uso de recursos ambientais. 
 
Parágrafo único –Os órgãos, entidades, e programas do Poder Público, destinados ao incentivo das pesquisas 
científicas e tecnológicas, considerarão, entre as suas metas prioritárias, o apoio aos projetos que 
visem a adquirir e desenvolver conhecimentos básicos aplicáveis na área ambiental e ecológica. 
 
 
 
(Prefeitura de Rio Novo do Sul – ES/Fiscal Sanitário/IDECAN – 2015) A Política Nacional do Meio 
Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia 
à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses 
da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana. São princípios da Política Nacional 
do Meio Ambiente, EXCETO: 
 
(A)Proteção de áreas ameaçadas de degradação. 
(B)Proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas. 
(C)Incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos 
recursos ambientais 
(D)Ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente 
como um patrimônio privado a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso 
privado. 
 
Equipe Materiais Carreiras Jurídicas, Luis Carlos Miranda de Oliveira
Aula 02
Direito Ambiental p/ AGU (Procurador Federal) - 2021 - Pré-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
117329200263561208 - JOSÉ AUGUSTO FERREIRA E SILVA JÚNIOR
 
 
30 
 
Resposta. Item D. O item “A”, “B” e “C” são previsões expressas do art. 2º, da Lei 6.938/81. A letra 
“D” está incorreta considerando que a Lei da PNMA define o meio ambiente como patrimônio 
público e não privado. 
 
2.3.7-Acompanhamento do Estado da Qualidade Ambiental 
 
O princípio do acompanhamento da qualidade ambiental é uma ferramenta de gestão da higidez 
dos bens ambientais no tempo. Nesse sentido, o referido normativo visa obrigar o Poder Público a 
implementar um sistema permanente de acompanhamento dos índices locais de qualidade 
ambiental para garantia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado. 
 
É pelo monitoramento eficaz de uma atividade potencialmente poluidora, por exemplo, que se 
efetiva uma tutela preventiva do ilícito evitando danos irreversíveis ao meio ambiente. Assim, com 
o monitoramento da qualidade ambiental terá o Poder Público elementos objetivos suficientes para 
efetivar o planejamento de suas ações, melhorando o processo de execução dos programas com a 
produção de efeitos concretos protetivos dos bens ambientais. 
 
Cuidado! Para fins de provas objetivas, há previsão no art. 4º, da Lei da PNMA, que o 
estabelecimento de critérios e padrões da qualidade ambiental é um objetivo da PNMA e não um 
princípio. Objetivamente falando, eis o esquema: 
 
 
 
 
 
 
 
Equipe Materiais Carreiras Jurídicas, Luis Carlos Miranda de Oliveira
Aula 02
Direito Ambiental p/ AGU (Procurador Federal) - 2021 - Pré-Edital
www.estrategiaconcursos.com.br
117329200263561208 - JOSÉ AUGUSTO FERREIRA E SILVA JÚNIOR
 
 
31 
 
 
 
(SP-URBANISMO/Analista de Desenvolvimento/VUNESP – 2014) A Política Nacional do Meio 
Ambiente (PNMA) tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental 
propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos 
interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana. Um dos princípios da 
PNMA é 
 
(A)a proibição de todas as atividades poluidoras. 
(B)a proteção do meio ambiente para uso comercial. 
(C)a inibição de pesquisas que utilizem recursos naturais. 
(D)o acompanhamento do estado da qualidade ambiental. 
(E)a educação ambiental, com prioridade no ensino fundamental. 
 
Resposta. Item D. O item “D” está correto considerando que reflete a literalidade do art. 2º, inciso 
VII, da Lei da PLNMA. O item “A” está incorreto porque a norma não visa a proibição de todas as 
atividades poluidoras, mas sim o desenvolvimento sustentável buscando a conciliação de três 
pilares, desenvolvimento econômico, equidade social e preservação ambiental. O item “B” está 
incorreto, pois não se visa a proteção do meio ambiente só para fins comerciais, mas, notadamente, 
para manutenção da sadia qualidade de vida. O item “C” está incorreto tendo em vista que a Lei da 
PNMA incentiva o desenvolvimento de pesquisas que contribua para proteção do meio ambiente 
diminuindo a poluição. O item “E” está incorreto considerando que a educação ambiental deve ser 
a todos os níveis do ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para 
participação ativa na defesa do meio ambiente. 
 
2.3.8-Recuperação de Áreas Degradadas 
 
O princípio da recuperação da área degrada impõe ao Poder Público e ao poluidor o dever de 
restituir o meio ambiente a um estágio não degradado,

Continue navegando