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EFEITOS DA MOBILIZAÇÃO PRECOCE ■ Autores: Monisha A. Kumarabc, Francisco G. Romero e Kiruba Dharaneeswaran ■ Revista: Curr Opin Crit Care (Opinião atual em cuidados intensivos) ■ Data de publicação: 2020 ■ Metodologia: Revisão bibliográfica ■ Imobilidade X MP ■ Schweickertet al. (2009) – Primeiro RCT sobre MP com 104 pacientes em VM < 72hrs. Deambulação independente e AVDs, menos delírio e mais dias sem ventilação nos 28 dias de internação subsequentes do que o grupo controle ■ Uma meta-analise de 14 ECRs e casos controlados mostrou que a mobilização não influencia a mortalidade a curto ou longo prazo, mas pode melhorar a força muscular e o estado de mobilidade na alta hospitalar. ■ Uma meta-análise subsequente que incluiu 23 RCTs demonstraram que a mobilização precoce pode reduzir a incidência de fraqueza adquirida na UTI, aumentar a proporção de pacientes em pé, aumentar o número de dias sem ventilação, aumentar a distância de caminhada sem ajuda e aumentar a alta domiciliar ■ CUIDADOS EM NEUROCRÍTICOS: Dispositivos intracranianos (hemorragia ou infecção significativa), repouso como intervenção terapêutica. 2012 (com pacientes neurocríticos. Exclusão: instabilidade espinhal, aumento da PIC, modos avançados de VM e cuidados paliativos, etc. Resultados - melhorou a mobilização, redução do tempo de internação na UTI e no hospital; infecções hospitalares reduzidas (HAIs); e diminuição dos dias de contenção ARTIGO 1: MOBILIZAÇÃO PRECOCE EM PACIENTES NEUROCRÍTICOS CUIDADOS EFEITOS AVC agudo isquêmico Contraindicada <24 horas. É recomendada mas não tem um protocolo. Abaixar a cabeceira da cama – Aumenta FSC. Fase II seguro e confiável. Controversas Hemorragia subaracnóide Repouso no leito – ressangramento, lesão cerebral global precoce, cardiomiopatia aguda e/ou edema pulmonar neurogênico; isquemia tardia pode ser exacerbada pela mobilização. Dispositivos (EVD, ICP, dreno lombar). LCR Nível 1, levantar até a cadeira; Nível 2, suporte e pivô; e nível 3, deambulação. Acordados e seguindo comandos, PAM <80, PIC <20, e sem vasoespasmo. Menos vasoespasmo, traqueotomias, permanência na UTI, dias de ventilação. Hemorragia Intracerebral >24. Hemorragia estabilizada Diminui mortalidade, melhora da QV, mobilidade funcional, melhora AVDs. Diminui permanência hospitalar Traumatismo Craniano 1 semana após a lesão – mobilização passiva. Flutuações de PIC, expansão de hematoma, perda de autorregulação cerebral (12 dias) Melhor Glasgow. Dispositivos de mesa de inclinação – paciente em coma – promover e melhorar função pulmonar. Outros dispositivos: exercícios de ADM, cicloergômetro, esteira com sistema de cinto Lesão da medula espinhal Estabilidade da coluna vertebral. Hipotensão ortostática Diminui chance de pneumonia, ulceras de pressão e tromboembolismo venoso. Melhores resultados funcionais Conclusão Pacientes com AVC pode ter resultados piores <24). MP <72hrs - falta ECRs, protocolo. Pacientes estáveis (elevação da cabeceira e caminhada fora do leito pode ter benefícios) É fundamental pensar nos efeitos prejudiciais à doença Coronavírus 2019 e suas consequências nos pacientes em condições mais graves. As repercussões da COVID - 19, pacientes na UTI (Unidade De Terapia Intensiva) podem cursar para desenvolver fraqueza muscular e se estender além do período de internação como consequência também. Devido a insuficiência respiratória aguda grave e ao desenvolvimento da SDRA ( Síndrome de Angústia Respiratória do Adulto) é um fator de risco, além de ocorrer um processo inflamatório sistêmico, com liberação de citocinas pró- inflamatórias que contribuem para a perda da massa muscular. Pacientes com COVID-19 na UTI podem apresentar: • falência de múltiplos órgãos; • Lesão Renal Aguda; • Lesão Cardíaca; • Disfunção Hepática. Comorbidades associadas como: ✓ idade avançada ✓ Disfunção Renal ✓ Hipertensão. Que são prejudiciais ao sistema cardiorrespiratório, nervoso central , musculoesquelético e no metabolismo . ARTIGO 2 – Mobilização precoce em tempos de COVID -19 Ciclo Vicioso do doente crítico que contribui para o desenvolvimento de fraqueza muscular adquirida na Unidade Intensiva e disfunções a curto e longo prazo: OBJETIVO: Evitar / minimizar as complicações e declínio funcional. ■ Existe um número crescente de evidências em relação aos benefícios de implementação de Protocolos de Mobilização Precoce. A reabilitação deve ser incorporada aos planos de reposta à Pandemia já no início e não somente após as consequências. ■ A equipe Multidisciplinar tem um papel crucial na recuperação funcional e na reabilitação desse indivíduo à sociedade. Reabilitação Durante à internação Hospitalar e continuidade após alta. Principalmente em indivíduos com disfunção muscular severa, fadiga e dispneia. Para melhorar a qualidade de vida e prevenir com que esse paciente retorne ao ambiente hospitalar. ■ O FISIOTERAPEUTA possui um papel importantíssimo no fortalecimento de intervenções para a mobilização, exercícios e reabilitação. Um planejamento para assistência integral ao paciente na UTI e enfermaria . ARTIGO 2 – Mobilização precoce em tempos de COVID -19 Diante de todos esses fatores de riscos , deve ser feito uma avaliação e uma triagem desses pacientes para iniciar PRECOCEMENTE o processo de Reabilitação por meio dos Protocolos de Mobilização Precoce ( MP ). ▪ Autores: Fahimeh Shirvani, Seyed Ali Naji, Elham Davari e Mohsen Sedighi ▪ Data de publicação: 2020 ▪ Revista: ASIAN ANNALS ▪ Objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da mobilização planejada antecipada sobre o delírio após a cirurgia de revascularização do miocárdio, esse delírio pós operatório varia de 16% a 73% dos pacientes submetidos a cirurgia, os estudos mostram que a mobilização precoce pode ajudar na recuperação das funções cardiorrespiratórias e neurológicas. ▪ Método: Nesse estudo foi incluídos pacientes que realizaram a CRM e outros que não foram submetidos a cirurgia. Os critérios de exclusão foram qualquer instabilidade fisiológica ou hemodinâmica após a cirurgia, distúrbio de consciência e VM prolongada. ▪ Ao todo 90 pacientes foram participantes da pesquisa, elegíveis admitidos na UTI cardíaca pós cirurgia (Período de Setembro a Dezembro) sendo 74 homens e 16 mulheres.Foi utilizado a escala de neecham para avaliar confusão aguda, onde foi avaliado a capacidade de resposta, comportamento e funções vitais) onde será verificado a estado mental e físico. No 1º dia de pós-operatório, os pacientes do grupo intervenção foram colocados na posição sentada e as pernas penduradas fora da cama por 15 min. Na manhã do 2º dia de pós-operatório, os participantes permaneceram sentados na beira da cama por 5 min e, em seguida, caminharam 5 metros na UTI. ARTIGO 3 - A mobilização precoce reduz o delírio após a cirurgia de revascularização do miocárdio ■ Quais os efeitos da mobilização precoce no estudo: A mobilização e o exercício melhoram a qualidade do sono, diminuindo os níveis de prostaglandina e fator de necrose tumoral A .Além disso, o aumento no escore de confusão de Neecham no grupo de intervenção pode estar relacionado a uma melhora no nível de oxigenação dos tecidos devido à prática de mobilização. ■ Conclusão: A mobilização precoce pode reduzir o delírio, conforme avaliado pela escala de confusão de Neecham após revascularização do miocárdio. Essa intervenção pode fazer parte dos cuidados de rotina na UTI cardíaca para melhorar a função cognitiva e diminuir o risco de delirium pós-operatório. ARTIGO 3 - A mobilização precoce reduz o delírio após a cirurgia de revascularização do miocárdio ▪ Autores: Hsiao-Ching Yen, Et al. ▪ Data de publicação: 2019 ▪ Revista: american society of neurorehabilitation ▪ Objetivo: foi investigar a eficácia de um protocolo de mobilização precoce, administrado dentro de 24 a 72 horas do início do AVC, paraproporcionar a independência funcional precoce em pacientes com Hemorragia intracerebral leve a moderada ▪ Método: foram selecionados sessenta pacientes internados em um centro de AVC, aleatoriamente designados e divididos em dois grupos ■ O grupo 1 foi submetido a um protocolo de mobilização precoce fora do leito, , enquanto o grupo 2 foi submetido a um protocolo padrão com foco no treinamento no leito. ■ Em ambos os grupos foram utilizados escalas motoras para Medida de Independência Funcional, Escala de Avaliação Postural para Pacientes com AVC e Categoria Funcional de Ambulação. ■ Resultado e conclusão: Após 3 meses de estudos, obtiveram o seguinte resultado A mobilização fora do leito precoce por meio de reabilitação, dentro de 24 a 72 horas a partir do inicio do AVC, pode melhorar a independência funcional precoce em comparação com a reabilitação precoce padrão. ARTIGO 4 - Mobilização precoce de pacientes com hemorragia intracerebral leve-moderada em um centro de AVC: um ensaio clínico randomizado ■ Autores: Ranná Barros Souza, Leticia Maues Marques, Elana Dayane Chaves Gonçalves, Gabriel de Freitas Santos da Costa, Marcos Vinícius da Conceição Furtado, Amanda Gabrielle dos Santos Amaral, Augusto Cezar Ferraz da Costa e Selma Kazumi da Trindade Noguchi ■ Data de publicação: 25/03/2021 ■ Revista: Brazilian Journal of Development ■ Resumo: Revisão sistemática de estudos que abordam os efeitos da mobilização precoce em pacientes adultos internados em UTI. ■ Metodologia: Buscas nas bases de dados: BVS, PEDro, Cochrane Library e Scielo, com descritores como early mobilization, intensive care, intensive care unit, activity e mobility. ■ Resultados: Foram selecionados 5 ensaios clínicos que fizeram mobilização precoce em adultos internados na UTI; Os estudos foram estruturados em forma de quadro. ■ Conclusão: A comparação dos resultados apresentados neste estudo demonstrou aspectos positivos sobre questões que impactam na saúde dos pacientes internados em UTI. ARTIGO 5 - Efeitos da mobilização precoce em pacientes adultos internados em unidade de terapia intensiva: revisão sistemática ■ Efeitos da Mobilização Precoce neste estudo: ■ Aumento significativo da força muscular periférica após a implementação do protocolo de mobilização precoce; ■ Houve preservação da espessura muscular do quadríceps (os autores acreditam que este ganho se deu devido à intervenção precoce nas primeiras 48 horas de internação na UTI); ■ Diferenças significativas em relação ao bicarbonato na gasometria arterial; ■ A recuperação da força muscular durante o período de permanência na UTI foi superior naqueles que permaneceram mais tempo em sedestação; ■ Aumento significativo na Pimax; ■ Maior independência funcional; ■ Menor tempo de VM e internação (dias); ■ A terapia combinada de Estimulação elétrica neuro muscular + exercícios ativos resultou em menor tempo de Ventilação Mecânica (dias); ■ Aumento da frequência cardíaca, porém, sem impacto significativo na pressão arterial média. ■ A manipulação dos membros inferiores em pacientes críticos aumentou o consumo de oxigênio, consequentemente, provocando diminuição da saturação de oxigênio no sangue venoso. ■ Conclusão: Durante o tempo de imobilização, as técnicas de mobilização precoce reduzem alterações fisiológicas desfavoráveis e complicações geradas pelo repouso no leito. ■ As complicações do imobilismo qual resultam em diminuição de 30% da força muscular em apenas sete dias de internação, adicionando um prejuízo de 20% da força remanescente a cada semana. ■ Apesar de que nem todas as intervenções feitas demonstraram resultados extraordinários, as complicações supracitadas podem ser prevenidas ou atenuadas através dos protocolos de intervenções precoces dentro da UTI. ■ Ou seja não estimamos milagres, mas podemos alcançar uma atenuação ou prevenção destas complicações. ■ Autores: Jorge Luiz Motta dos Anjos, Laíse Costa Oliveira, Lilian Rodrigues Ribeiro Lopes, André Rodrigues Durães. ■ Data de publicação: 08/02/2021. ■ Revista: Neurociências. ■ Breve resumo metodologia: A pesquisa envolveu estudo realizado com adultos, com idade superior aos 18 anos. Foram incluídos nessa revisão artigos de pesquisa de casos e revisões sistemáticas em periódicas sobre mobilização precoce em AVC na fase aguda em que contivessem dados sobre os efeitos físicos, funcionais, emocionais e na qualidade de vida do paciente com diagnóstico de AVC que foram mobilizados precocemente. E foram incluídos artigos que no tratamento dos efeitos da mobilização precoce em paciente diagnosticado de AVC ou quando não era realizado na fase aguda da doença. ■ Efeitos da MP: 60 pacientes, com idade média de 49±36 anos, avaliados antes e após a mobilização precoce através da mensuração da força muscular, função pulmonar e qualidade de vida, encontraram melhorias significativas na força muscular das extremidades superiores e inferiores após o tratamento (p<0,05), melhora nas funções, incluindo Capacidade Vital Forçada, Volume expiratório Forçado no 1ºms-VEF1 (p<0,05) e qualidade de vida, através do índice de Barthel e escala de Rankin modificada – mRS (p<0,01), concluindo que iniciar um protocolo de mobilidade precoce é seguro e eficaz para pacientes com AVC em unidade de terapia intensiva. ARTIGO 6 – ‘’Mobilização Precoce Pós Acidente Vascular Cerebral na Fase Aguda: Revisão Integrativa’’ ■ Conclusão: Com base nos estudos encontrados, podemos concluir que a mobilização precoce (MP) em pacientes com AVC agudo pode acelerar a recuperação, além de ajudar a prevenir complicações secundárias, reduzir os custos da hospitalização, sendo também segura e eficaz, porém quando comparada aos cuidados usuais, não interfere na função cognitiva dos pacientes, além disso, doses mais altas de mobilização precoce não estão associadas a melhores resultados em relação aos cuidados usuais no que diz respeito à recuperação, eventos adversos graves e qualidade de vida. ARTIGO 6 - ‘’Mobilização Precoce Pós Acidente Vascular Cerebral na Fase Aguda: Revisão Integrativa’’ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Bonorino, Kelly Cattelan e Cani, Katerine Cristhine. Mobilização precoce em tempos de COVID-19. Revista Brasileira de Terapia Intensiva [online]. 2020, v. 32, n. 4 [Acessado 18 Novembro 2021] , pp. 484-486. Disponível em: <https://doi.org/10.5935/0103-507X.20200086>. Epub 13 Jan 2021. ISSN 1982-4335. https://doi.org/10.5935/0103- 507X.20200086. Gama Lordello GG, Gonçalves Gama GG, Lago Rosier G, Viana PAD de C, Correia LC, Fonteles Ritt LE. Effects of cycle ergometer use in early mobilization following cardiac surgery: a randomized controlled trial. Clinical Rehabilitation. 2020;34(4):450-459. doi:10.1177/0269215520901763 Jorge Luis Motta dos Anjos, Laíse Costa Oliveira, Lilian Rodrigues Ribeiro Lopes, André Rodrigues Durães. Mobilização Precoce Pós Acidente Vascular Cerebral na Fase Aguda: Revisão Integrativa. Disponivel em: file:///C:/Users/alunolab3/Downloads/11225-Texto%20do%20artigo-47557-1-10-20210308.pdf Acesso: 16 de nov. de 2021. Kumar MA, Romero FG, Dharaneeswaran K. Early mobilization in neurocritical care patients. Curr Opin Crit Care. 2020 Apr;26(2):147-154. doi: 10.1097/MCC.0000000000000709. PMID: 32068582. Shirvani F, Naji SA, Davari E, Sedighi M. Early mobilization reduces delirium after coronary artery bypass graft surgery. Asian Cardiovascular and Thoracic Annals. 2020;28(9):566-571. doi:10.1177/0218492320947230 Ranná Barros Souza, Leticia Maues Marques, Elana Dayane Chaves Gonçalves, Gabriel de Freitas Santos da Costa, Marcos Vinícius da Conceição Furtado, Amanda Gabrielle dos Santos Amaral, Augusto Cezar Ferraz da Costa, Selma Kazumi da Trindade Noguchi. Efeitos da mobilização precoce em pacientes adultos internados em Unidade de terapia intensiva: revisão sistemática. Vol 7, No 3 (2021). Disponivel em: https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/27021/0Acesso em: 18 de nov. de 2021. Yen H-C, Jeng J-S, Chen W-S, et al. Early Mobilization of Mild-Moderate Intracerebral Hemorrhage Patients in a Stroke Center: A Randomized Controlled Trial. Neurorehabilitation and Neural Repair. 2020;34(1):72-81. doi:10.1177/1545968319893294. https://doi.org/10.5935/0103-507X.20200086 https://doi.org/10.1177/0269215520901763 file:///C:/Users/alunolab3/Downloads/11225-Texto do artigo-47557-1-10-20210308.pdf https://doi.org/10.1177/0218492320947230 https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/issue/view/122 https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/27021/0 https://doi.org/10.1177/1545968319893294
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