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Tecnologia e inclusão na EJA

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Atividade - Tarefa
	Tecnologias na educação: possibilidades da comunidade de trabalho-aprendizagem em rede para a diversidade e a inclusão social na educação de jovens e adultos.
As tecnologias existem desde os primórdios e tem como objetivo facilitar a vida do ser humano. O termo tecnologia surgiu a partir da palavra técnica que é um recurso utilizado para sanar a necessidade humana. Quando se fala em Tecnologias da Informação e Comunicação geralmente acredita-se ser somente a internet, porém estas vão além do uso da internet. “São consideradas Tecnologias da Informação e Comunicação, às redes de informáticas e dispositivos que interagem com elas” (TEDESCO, 2004, p. 96). A tecnologia é utilizada no contexto escolar com o objetivo de melhorar o processo de ensino e aprendizagem, aproximando o conhecimento de sala de aula com a realidade atual em que a sociedade vive. A escola esta além de ser apenas um espaço com o mero objetivo de transmitir conhecimentos e adquirir competências valorizadas no mercado de trabalho, a escola envolve a preparação para a vida em sociedade. 
Sabe-se que a inclusão digital é de extrema importância em todas as fases da aprendizagem, e permitir que um aluno da EJA tenha acesso as tecnologias é acreditar que tanto as funções delas quanto as necessidades de utilização desses alunos contribuem para o crescimento de ambos conforme seu uso. Diante de um cenário que ainda milhões de pessoas no país ainda não têm acesso às tecnologias com acesso à internet, consideramos que é “uma questão de justiça social e cognitiva o direito que essas populações excluídas devem ter à inclusão digital” (NOLASCO-SILVA, 2018, p. 99). No entanto, a inclusão digital não se resume apenas ao acesso das pessoas da EJA as tecnologias digitais em rede; significa também proporcionar experiências sociais colaborativas de forma que haja “troca entre amigos, entre parceiros, possibilitando a dinâmica de produção colaborativa com uma intensificação da produção de conhecimentos e culturas” (PRETTO, 2010, p. 7).
Para garantir a inclusão desses alunos é necessário que a escola proporcione algumas ferramentas que são de extrema importância, tais como o computador, o acesso à rede e o domínio das ferramentas utilizadas na rede mundial de computadores. Vale ressaltar que não somente os elementos físicos são necessários para a inclusão digital, mas, especialmente, a capacitação para utilizar estes meios de comunicação da informação e, principalmente, para criar a possibilidade de uma incorporação ativa no processo todo de produção, compartilhamento e criação cultural, os chamados “conteúdos”. Nesse sentido a inclusão digital na EJA tem como objetivo preparar esses alunos para a cidadania e também de qualificá-los ao mercado de trabalho, para isso é indispensável que tenham acesso às tecnologias que compõem esse mercado.
Para o completo desenvolvimento do educando e para o exercício da cidadania, é necessário levar em conta os contextos socioculturais de seus praticantes a fim de que sejam capazes de pensar em contribuições para a transformação social. Nesse contexto, a educação tem papel fundamental de estimular novos ensinamentos-aprendizagens adequadas com um cenário sociotécnico no qual as tecnologias digitais vêm sendo utilizadas nas inúmeras práticas cotidianas
As comunidades de trabalho-aprendizagem em rede também são de extrema importância para a inclusão desses alunos ao meio digital. As comunidades são constituídas a partir da coletividade de pessoas que se formam a partir de canais, espaços, lugares na Internet, geralmente definidos por redes de colaboração ou redes de compartilhamento, são grupos de pessoas interconectadas em busca da inteligência coletiva em potencial. Um grupo humano se interessa em constituir-se como comunidade virtual para aproximar-se do ideal do coletivo inteligente, mais imaginativo, mais capaz de aprender e inventar.
Em relação às comunidades virtuais de aprendizagem, elas tem como objetivo principal o ensino aprendizagem, as comunidades virtuais são redes eletrônicas de comunicação interativa auto-definida, organizadas em torno de um interesse ou finalidade compartilhada. Esse sistema de comunicação pode abranger e integrar todas as formas de expressão, bem como a diversidade de interesses, valores e imaginações, inclusive a expressão de conflitos, isso tudo devido a sua diversificação, multimodalidade e versatilidade, num primeiro momento, às redes de conexões proporcionadas pelas tecnologias de informação e comunicação e, num segundo momento, à possibilidade de, neste espaço, pessoas com objetivos comuns, se encontrarem, estabelecerem relações, e desenvolverem novas subjetividades
A virtualização das comunidades no ciberespaço dá condições para haver inteligência coletiva em grande escala, o ciberespaço é uma ferramenta de organização de comunidades de todos os tipos. O melhor uso do ciberespaço pode ser alcançado ao se colocar em sinergia os saberes, as imaginações e as energias espirituais daqueles de estão são principalmente de interação social, de aprendizagem colaborativa e o trabalho cooperativo. 
Neste sentido a própria comunidade se responsabiliza, por constituir-se a partir de afinidades de interesses, de conhecimentos, de projetos mútuos e valores de troca, adquiridos no processo de cooperação. As comunidades virtuais de aprendizagem promovem um novo modo de ser, de saber e de aprender, onde cada novo sistema de comunicação da informação cria novos desafios que implicam novas competências e novas formas de construir conhecimento. Elas permitem que seus participantes interajam entre si, trocando conhecimento, junto com o orientador e animador da comunidade, ou seja, os participantes não apenas trocam informações entre eles, mas reconstroem significados e rearticulam idéias criando, uma nova concepção de aprendizagem, tornando a aprendizagem mais ágil, agradável e eficiente ao utilizar as técnicas disponíveis na web, como criações de webfólios, páginas web, blogs, ferramentas de comunicação, entre outros, ampliam os “espaços” de aprendizagem, proporcionando uma aprendizagem mais independente do meio escolar tradicional. Como os participantes e alunos têm modos diferentes de aprender, uma comunidade deve abranger diferentes estilos de aprendizagem.
“Uma rede de pessoas interessadas pelos mesmos temas é não só mais eficiente do que qualquer mecanismo de busca, mas do que a intermediação cultural tradicional, que sempre filtra demais, sem conhecer no detalhe as situações e necessidades de cada um” (Lévy, 2002).
A inclusão das tecnologias no processo de ensino-aprendizagem na EJA abriu um novo leque de possibilidades no campo da educação, que é enriquecida pelas muitas vantagens que elas lhe dão, as comunidades virtuais de aprendizagem, como resultado da união com essa incorporação permitiram outros modelos de ensino através de ambientes virtuais que se aproximam a possibilidade de formação a todos os que querem saber mais sobre um determinado tópico, ilimitadas vezes e locais. 
Referências bibliográficas: 
TEDESCO, Juan Carlos. O novo Pacto Educativo. São Paulo: Ática, 2004. VIEIRA, Alexandre 
NOLASCO-SILVA, Leonardo. “Os olhos tristes da fita rodando no gravador”: as tecnologias educacionais como artesanias docentesdiscentes. 2018. 205f. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018
PRETTO, Nelson De Luca. Professores universitários em rede: um jeito hacker de ser. Motrivivência, Florianópolis, ano XXII, n. 34, p. 156-169, jun. 2010. Disponível em: <https://bit.ly/2G7uf31>. Acesso em: 19 Nov. 2021.
LÉVY, P. Cyberdémocratie. Paris: Odile Jacob, 2002.

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