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Sangramento Uterino Anormal

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Sangramento Uterino Anormal – adriane rios 
Definição 
Alteração na relação entre o endométrio e seus fatores de regulação, causando 
um sangramento anormal. 
• As causas desse sangramento costumam ser: crescimento neoplásico, 
disfunção hormonal, trauma, infecção, coagulopatias e complicações na 
gravidez. 
• Menorragia significa menstruação cíclica prolongada ou intensa, com perda 
sanguínea superior a 80 mL dia. 
• Metrorragia significa sangramento intermenstrual. 
• Sangramento anormal é um termo mais informal para a metrorragia associada a 
administração de hormônios. 
• Hipomenorreia significa redução de fluxo ou no período menstrual. 
• Ciclos com intervalos acima de 35 se caracterizam com o estado de oligomenorreia. 
• Uma forma de identificar a gravidade da menorragia da paciente é avaliar a 
hemoglobina, sendo que este fator não é decisivo. 
• Podemos também observar os padrões e quantidades de uso de absorvente e 
avaliar a presença ou não de coágulos e se possuem tamanho maior que 2 
centímetros e meio. 
• Comumente são usados calendários menstruais para avaliar o padrão da frequência 
e o fluxo 
menstrual da paciente. 
 
Incidência 
Afeta 10 a 30% das mulheres em idade reprodutiva e até 50% das mulheres em 
perimenopausa. 
Os fatores que mais influenciam são idade e estado reprodutivo, com incidência maior nos 
extremos. 
• Infância - anterior a menarca deve ser pesquisado como achado anormal. A 
vagina nessa epóca costuma causar mais sangramentos que no útero. 
Vulvovaginite é a causa mais comum, abuso sexual, corpo estranho, causas 
dermatológicas ou traumas são possíveis razões. 
• Adolescência - nessa faixa etária, SUA resulta da anovulação e defeitos na 
coagulação em taxas desproporcionalmente mais altas em comparação com 
mulheres adultas em idade reprodutiva. Por outro lado, crescimentos 
neoplásicos e benignos são menos frequentes. As outras hipóteses iguais a da 
infância não devem ser descartadas. 
• Idade reprodutiva - menorragia é uma problema frequente nas mulheres em idade 
reprodutiva, 
com probabilidade de 1 a cada 20 mulheres se consultarem no médico. Pode estar 
relacionado com gravidez, ou doenças sexualmente transmissíveis. Pode ser 
causados por causa de miomas ou pólipos endometriais. 
• Perimenopausa - é um problema clínica e muito frequente, pela mesma razão 
da perimenarca, o sangramento anovulatório causa por disfunção do eixo H-H. 
• Menopausa - costuma ser caracterizado por doenças benignas. Na maioria dos 
casos acontece devido a atrofia do endométrio ou vagina. Pólipos endometriais 
também podem surgir nessa faixa etária. Neoplasias ulcerativa também podem ser 
o motivo. 
 
 
 
 
 
 
 
Fisiopatologia 
• O endométrio é formado por duas camadas distintas, a basal e a funcional. 
• A camada basal encontra-se sob a camada funcional, em contato direto com o 
endométrio e responde menos a estímulos hormonais, servindo de reservatório 
para a camada funcional após a menstruação. 
• A camada funcional reveste a cavidade uterina, e sofre grande alteração no 
ciclo menstrual, se desprendendo durante a menstruação. 
• O sangue alcança o útero pelas artérias uterinas e ovarianas, formando as 
artérias arqueadas no miométrio. A partir disso se transformam em artérias 
radiais que se estendem em direção ao endométrio, onde se bifurcação dando 
origem as artérias basais e espiraladas, que nutrem a camada funcional e 
terminam em um plexo capilar subendotelial. 
• Ao final de cada ciclo, o nível de progesterona cai, ocasionando a proteólise no tecido 
endometrial 
superficial, permitindo a descamação e formando a menstruação. 
• Incialmente a agregação plaquetária e os trombos controlam a perda sanguínea. 
 
Sintomas 
Na avaliação devemos obter um histórico completo dos ciclos menstruais, incluindo 
idade da menarca, última menstruação e método contraceptivo. Também devemos 
analisar o período do sangramento, fluxo e sintomas associados. 
Clinicamente, há vários padrões de sangramento resultantes, que serão descritos a seguir. 
• Menorragia e metrorragia - já explicado antes, no entanto, muitos distúrbios 
ginecológicos não se apresentam com padrões de sangramento específico, 
podendo apresentar metrorragia, ou menorragia ou ambos. 
• Sangramento pós coito - ocorre principalmente em mulheres entre 20 e 40 anos 
e nas multíparas. Em até dois terços dos casos, não se encontra nenhuma doença 
subjacente. No entanto, quando uma lesão é identificada, quase sempre é benigna. 
Pólipos cervicais e endometriais também podem ser a causa. Cervicites, sendo a 
mais comum infecção por clamídia. 
• Dor pélvica - considerando o papel das prostraglandinas na dismenorreia, parece 
lógico que dores em cólica acompanhem o SUA, sendo que realmente pode haver 
concomitante a lesões, infecções e complicações na gravidez. 
 
Diagnóstico 
O objetivo do diagnóstico em casos com SUA é excluir câncer e possibilidade de 
gravidez, e assi. Identificar a doença subjacente para permitir a escolha do melhor 
tratamento. 
• Exame físico - devemos confirmar a localização do sangramento, desde o 
trato reprodutivo inferior, gastrointestinal ou urinário, sendo dificultada 
caso não haja sangramento ativo. 
• Avaliação laboratorial 
○ Beta HCG - abortament, gravidez ectópica e mola hidatiformes pode 
causar hemorragia potencialmente letal. 
○ Exame citológico - para identificação de câncer de colo uterino e possíveis 
infecções. 
○ Biópsia de endométrio - para identificar neoplasias ou hiperplasia de 
endométrio. 
• Ultrassonografia transvaginal - para identificação de possíveis miomas. 
• Histeroscopia - detectar lesões como miomas e pólipo e biópsia de endométrio. 
 
 
 
 
Tratamento 
• Clínico: 
○ Anti-inflamatório não esteroides, para suprimir o apel das prostaglandinas 
(piroxicam, ácido mefenâmico e etc). 
○ Ácido trenexâmico (agente anti fibrolítico). 
○ Curetagem clínica. 
• Cirúrgico: 
○ Curetagem diagnóstica. 
○ Ablação endometrial. 
○ Histerectomia. 
• Tratamento complementar: 
1. Transfusão sanguínea 
2. Reposição de ferro 
3. Dieta adequada 
4. Avaliação emocional e psicoterapia

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