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Processo Penal

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O processo penal é um procedimento onde o direito de punir do estado e o direito de defesa do acusado devem ser exercidos de maneira 
democrática e legítima. 
Tendo em vista tudo isso, quais princípios e garantias foram desenvolvidas para fomentar um processo penal efetivamente democrático? 
 
 PRINCÍPIOS DO PROCESSO PENAL 
PRINCÍPIOS COMUNS PRINCÍPIOS ESPECIFICOS 
Da existência do processo: sem esses 
princípios, sem essas garantias, não existirá 
processo, mas somente, um procedimento. 
Presunção de inocência 
DEVIDO PROCESSO LEGAL: 
 Contraditório 
 Ampla Defesa 
 Isonomia 
Direito de não produzir provas contra si 
mesmo, ou direito a não autoincriminação 
Núcleo existencial mínimo. Naturalmente, 
vários outros princípios existem e são 
importantes, mas esses são essenciais. 
Vedação à utilização de provas obtidas 
por meios ilícitos – é para a acusação. 
 In dubio pro reo 
 
Contraditório: é a oportunidade de manifestação igualitária das partes, na construção do provimento final (sentença). Também conhecido 
como o princípio da não surpresa ou da influência: a sentença é fruto dos argumentos trazidos pelas partes em contraditório, de forma que 
nenhuma parte será surpreendida com a decisão. O contraditório permite que as partes influenciem na decisão judicial. 
Ampla defesa: O direito de se defender provando, utilizando-se de todos os meios legais disponíveis. No processo penal, a ampla defesa é 
“amplíssima”: observaremos e vários aspectos do procedimento a importância desse princípio. 
Exemplos: no processo penal, é obrigatória a presença de defesa técnica efetiva em TODOS os atos processuais. 
Isonomia: um tratamento processual igualitário entre as partes. No processo penal, MP e defesa possuem prazos e espaços de manifestação 
igualitários. 
OBS: a defensoria pública, por disposição em lei orgânica federal, possui prazo em dobro em todos os procedimentos e instancias, tanta justiça 
comum quanto especial. 
 
 PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA 
Também conhecido como princípio do estado de inocência. É o princípio basilar, fundante, fundamental do processo penal. Determina que o 
acusado seja tratado como inocente até o trânsito em julgado. É, assim como a isonomia, um princípio de tratamento: a lei deve tratar o réu 
dentro do seu status jurídico, que é o de inocência. Está previsto expressamente no artigo 5º LVII CF/88. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. proibição da execução provisória da pena: a pena não pode ser executada antes do trânsito em julgado (prisão em 2ª instância) 
2. Não existe antecipação de tutela no processo penal 
3. Não existe inversão do ônus probatório 
4. Não existe presunção de veracidade dos fatos alegados, nas hipóteses de revelia. 
OBS: a presunção de inocência não impede a prisão cautelar no curso do processo e da investigação. As prisões cautelares são três: flagrante, 
temporária e preventiva. 
2. Direito ao silêncio, direito a não autoincriminação, direito de não produzir provas contra si mesmo e nemo tenetur se detegere 
Art. 5º LXIII CF/88 – garante que nenhum acusado poderá ser compelido, obrigado a fornecer o elemento de prova que será usado contra ele. 
O Estado pode e deve fazer valer o seu direito de punir, mas não poderá coagir o acusado para que esse forneça a prova que será usada para 
fazer a sua própria acusação. 
O acusado não pode ser o elemento de prova que será usado pela acusação. 
Dessa maneira, ninguém pode ser obrigado a soprar bafômetro, fazer DNA, exame de sangue, e qualquer outra prova que seja extraído do seu 
corpo, para que essa prova seja usada no processo contra o acusado. 
Hoje já temos regulamentado o banco de dados genético, que funciona da seguinte maneira: o já condenado com trânsito em julgado, ao ser 
recolhido ao sistema prisional, tem o seu material genético extraído de seu corpo, para que fique armazenado num banco de dados. Esse 
material poderá ser usado no futuro em eventuais acusações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Vedação a provas obtidas por meios ilícitos 
Esse princípio, tb expressamente previsto no artigo 5 LVI CF/88, proíbe que o Estado use provas obtidas por meios ilícitos para fundamentar a sua 
acusação. 
Provas obtidas por meios ilícitos são aquelas produzidas com violação de normas constitucionais ou legais (art. 157 CPP). 
Pergunta: 
Caso alguém abordado ou preso em flagrante pela polícia, os policiais podem acessar o celular dessa pessoa? 
Visualizando mensagens, como WhatsApp e telegrama? 
Resposta: Não é permitido a acesso ao conteúdo do celular do investigado pela polícia sem autorização do 
investigado ou de autoridade judicial – STJ entende que deve ser aplicado o artigo 5, XII CF/88. 
Exemplos: confissão mediante tortura; interceptação telefônica sem autorização judicial e etc. 
 
 
 
 
 
 
 
4. In dubio pro reo 
Esse princípio prevê que, caso no momento da sentença, o juiz tenha dúvida, ele deverá julgar a favor do réu. 
Esse princípio, assim como os anteriores, está muito atrelado a prova: caso ao final do processo, após todas as diligências terem sido tomadas, 
as provas ainda apontarem para uma dubiedade de resultados, de interpretações, o juiz deverá valorar essa prova a favor do réu. 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMAS PROCESSUAIS 
São um conjunto de normas, de princípios que norteiam toda a criação da persecução penal de um país. Cada estado soberano, portanto, 
opta por algum modelo de persecução penal que deva ser seguido, e daí, seguindo essas normas e princípios, estabelece os procedimentos 
de sua persecução penal. Sistema é um modelo a ser seguido. 
OBSERVAÇÃO 
 O STF tem entendimento fixado que o réu, no exercício do seu direito de ampla defesa, pode usar provas obtidas por 
meios ilícitos para comprovar a sua inocência. Entende-se que o réu age em exercício regular do direito (de ampla 
defesa), de forma que tem ilicitude de sua conduta excluída. Dessa maneira, os requisitos para qualquer excludente de 
ilicitude devem ser observados: proporcionalidade e uso moderado dos meios disponíveis. 
 
O mundo ocidental (Europa e américa) experimentou ao longo dos séculos, dois grandes sistemas de punição estatal, a saber: o modelo 
inquisitório e o modelo acusatório. 
Origem: 
Inquisitório: tem origem no Tribunal do santo ofício, também conhecido como tribunal da Inquisição. O modelo inquisitorial bebeu da fonte do 
direito canônico. França, Itália, Alemanha, Portugal, Espanha e, consequentemente, todos os países colonizados por eles. 
Acusatório: É resgatado pela Inglaterra, após o rompimento desse pais com a igreja. O modelo acusatório havia sido pensando e implementada 
na Grécia antiga, pré-socrática, e fica esquecido no tempo. Após essa ruptura, e necessitando de desenvolver o seu sistema punitivo, a Inglaterra 
então resgata esse modelo acusatório. 
 INQUISITORIO ACUSATÓRIO 
CARACTERISTICAS Sigiloso, escrito, formal e sem 
contraditório 
Público, oral, informal e 
com contraditório (*) 
FUNÇÕES 
PRINCÍPIOS 
GESTÃO DA PROVA 
 
(*) é um processo de partes, com protagonismo das partes na solução dos conflitos. O juiz não é o detentor da resposta, ele é um gerente. As 
partes têm autonomia para fazerem acordos e solucionarem os conflitos.

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