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Sociologia J. - Anotação (18)

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PREPARATÓRIO PARA OAB
Professor: Dr. Carlos Toledo
DISCIPLINA: DIREITO ADMINISTRATIVO
Capítulo 10 Aula 1 
AGENTES PÚBLICOS CATEGORIAS 
E ADMISSÃO NO SERVIÇO PÚBLICO
Coordenação: Dr. Carlos Toledo
01
Tema 1: Conceito de Agente Público
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
www.r2direito.com.br
O Estado é um ente abstrato, uma criação cultural, cuja atuação se faz por meio de pessoas físicas que 
executam suas tarefas e tomam as decisões que lhe são atribuídas.
Os agentes públicos são justamente as pessoas físicas que atuam em nome do Estado, exercendo os poderes 
e prerrogativas estatais. 
É importante definir o que são agentes públicos, pois tal categoria está submetida a uma série de regras que 
regulam o exercício dessa atividade de natureza pública e sobre tais pessoas recai também um regime 
especial de responsabilidade. Além disso, como os agentes públicos atuam em nome do Estado, os danos 
que causarem às pessoas, no exercício dessas atividades serão suportados também pelo Estado. 
Vamos oferecer uma definição, inspirada na Lei 8.429/92, (Lei de improbidade administrativa):
CONCEITO: Agente público é todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, 
por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, 
mandato, cargo, emprego ou função nas entidades da administração direta e indireta.
Observe que, por esse conceito, mesmo aquele que desempenha eventualmente e sem remuneração uma 
atividade que é de competência estatal será considerado agente público. 
Outra definição, mais simples é oferecida por Marçal Justen Filho:
"Agente público é toda pessoa física que atua como órgão estatal, produzindo ou manifestando a vontade do 
Estado" (Marçal Justen Filho).
TEMA 2: CATEGORIAS DE AGENTES PÚBLICOS
Veja o seguinte quadro, que representa as categorias de agentes públicos:
- Agentes políticos
AGENTES PÚBLICOS - Agentes administrativos ou servidores públicos
- Particulares em colaboração com a Administração
Aula 1
{
02
Agentes políticos: são aqueles que exercem uma função política, especialmente aqueles que exercem 
mandato eletivo, tanto no Executivo como no Legislativo. Também são considerados agentes políticos os 
colaboradores imediatos da Chefia do Executivo: os Ministros e Secretários de Estado. Porém, há autores 
que incluem nessa categoria também os membros do Poder Judiciário e do Ministério Público, que embora 
não sejam políticos no sentido comum da palavra, exercem poderes de natureza constitucional, com 
independência funcional o que, segundo esses autores, seria razão para colocá-los nessa categoria.
Agentes administrativos ou servidores públicos: são aqueles que exercem a função administrativa em caráter 
profissional, ou seja, todos os que têm um vínculo de trabalho com as entidades estatais. 
Particulares em colaboração com a Administração: São particulares que agem por delegação estatal. 
Exemplos: mesários em eleição, jurados no júri popular, funcionários das concessionárias e permissionárias 
de serviços públicos, etc.
TEMA 3: OS AGENTES ADMINISTRATIVOS
Trata-se da categoria mais relevante para o Direito Administrativo, pois é composta dos agentes que 
movimentam a máquina administrativa de maneira continuada. 
Essa categoria também possui uma subdivisão: 
- servidores estatutários
AGENTES ADMINISTRATIVOS - empregados públicos (celetistas)
 - servidores temporários 
Servidores estatutários: é a espécie mais típica de agente administrativos. Os servidores estatutários seguem 
um regramento especial, estabelecido por lei e baseado inteiramente nas regras do Direito Público. A essa lei 
se costuma dar o nome de Estatuto, daí porque são chamados de servidores estatutários. 
O que caracteriza o regime estatutário é a possibilidade que a Administração tem de modificar, 
unilateralmente, os direitos e deveres relativos ao cargo, por meio da modificação das leis que se aplicam ao 
cargo e ao servidor. Evidente que essas modificações encontram limites nos direitos e garantias previstos na 
Constituição, por exemplo, na irredutibilidade de vencimentos. 
Cada ente político a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios edita suas próprias normas para 
os seus servidores estatutários.
É o regime mais apropriado para o exercício das atividades típicas da Administração e por essa razão é o 
regime recomendado para a Administração Direta e para as entidades regidas pelo direito público como as 
autarquias. 
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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{
03
Empregados públicos (celetistas): recebem tratamento mais aproximado daqueles que trabalham na 
iniciativa privada, pois seu vínculo é de natureza contratual, baseado nas regras da CLT. 
O regime celetista é mais apropriado para o exercício de funções que não são tipicamente estatais, sendo 
que ele é obrigatório para aquelas entidades estatais que são regidas predominantemente pelas regras do 
direito privado empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações de direito privado instituídas 
pelo Poder Público.
Servidores temporários: Essa classe existe em razão de uma necessidade temporária, circunstancial, sendo 
que, cessando essa circunstância, eles serão desligados da Administração. O regime a que eles se submetem 
pode ser tanto baseado nas regras da CLT, como também é comum que a Administração estabeleça por lei 
um regime especial para esses servidores, aproximando-os mais do regime estatutário. Mas, de toda a 
forma, é uma classe especial de servidores, em razão da precariedade, isto é, instabilidade do vínculo que 
têm com a Administração.
Esse tipo de servidor é utilizado para atender, por exemplo, situações emergenciais, como combate a 
calamidades públicas e epidemias . Também para atender situações temporárias, como a realização de 
censo ou a contratação de um professor substituto. 
Resumindo, observe o quadro abaixo:
TEMA 4: CARGO, EMPREGO E FUNÇÃO PÚBLICA 
A Constituição Federal diferencia as posições jurídicas que um agente administrativo pode assumir em três 
espécies: cargos, empregos e funções públicas. 
Cargo público: cargo público é a posição jurídica criada e disciplinada por lei, com denominação própria, 
fixação de atribuições, direitos e responsabilidades para o seu titular e sujeita a regulação especial pelo 
direito público (regime estatutário)
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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Servidor Natureza do vínculo Uso apropriado
Estatutário – titular
de cargo público
Estatutário – estabelecido
por lei
Nas atividades tipicamente
administrativas – na
Administração Direta e entidades
de direito público.
Empregado público Contratual – regido pela
CLT
Nas atividades não típicas –
obrigatório nas entidades de
direito privado
Servidor temporário De natureza especial,
podendo estar submetido
à CLT ou a uma
legislação própriaPara atender a necessidade
temporária, de excepcional
interesse público (CF, art. 37,
IX).
04
Características essenciais do cargo: a) somente pode ser criado por lei, que deve estabelecer a sua 
denominação e o rol de atribuições e responsabilidades que o titular do cargo terá, bem como dispor sobre 
os direitos e prerrogativas desse titular especialmente, a remuneração do cargo; b) o titular do cargo público 
está sujeito ao regime estatutário. 
Os cargos podem ser classificados de acordo com a forma de provimento: 
Tipos de cargo: 
 eletivo 
 em comissão 
 efetivo 
 vitalício 
- Cargo eletivo é o cargo cujo preenchimento se dá por meio do voto dos eleitores. É o caso do Presidente da 
República, Governadores, Prefeitos e todos os membros do Poder Legislativo, nas diversas esferas da 
República. 
- Cargo em comissão ou de livre provimento é aquele cujo preenchimento se dá pela livre escolha de uma 
autoridade. São chamados também de "cargos de confiança", visto que muitas vezes há necessidade de 
haver uma relação de confiança, de lealdade, entre o nomeante e o nomeado. Os cargos de Ministro, de 
Secretário de Estado, cargos de assessor e diversos cargos de chefia são exemplos de cargos em comissão.
- Cargos efetivos são cargos cujo acesso se dá pela via do concurso público e que são dotados de uma 
vocação para a estabilidade. 
- Cargos vitalícios são cargos que tem uma estabilidade reforçada, visto que seus titulares somente podem 
ser demitidos em razão de decisão judicial transitada em julgado. A CF prevê todos os cargos dessa 
natureza, e são basicamente os cargos da Magistratura, Ministério Público e dos membros dos Tribunais de 
Contas.
Emprego público: é a posição jurídica daquele que trabalha para a Administração, sob vínculo de natureza 
contratual, regulado predominantemente pelas regras aplicáveis aos empregados particulares.
Função pública: Indica o exercício de atribuições sem que haja um cargo ou emprego público a ser 
preenchido. Hoje, essa situação ocorre em duas ocasiões:
 - nas chamadas funções de confiança, que é a atribuição de uma responsabilidade maior a um servidor que 
já é titular de um cargo efetivo. 
- no exercício de funções temporárias pelo servidor temporário, admitido naquelas situações excepcionais 
que já mencionamos. 
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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Tanto o emprego público quanto as funções públicas também devem ser criadas por lei, por força do que 
dispõe a Constituição Federal (art. 48, X da CF/88). 
TEMA 5: O INGRESSO NO SERVIÇO PÚBLICO
Como regra geral, a porta de entrada para a Administração pública é o concurso público 
Essa regra está prevista na própria Constituição, em seu art. 37, II:
"Art. 37. (...)
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas 
ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista 
em lei..."
A Constituição Federal também previu a necessidade de abrir exceções a essa regra geral e o fez nas 
seguintes hipóteses:
- Exceções à regra da obrigatoriedade de concursos públicos: 
 cargos eletivos e de nomeação especial, previstos na CF
 cargo em comissão
 admissão de servidores temporários 
TEMA 6: O CONCURSO PÚBLICO
Concurso público é o procedimento competitivo, com regras pré-estabelecidas e baseadas nos princípios da 
legalidade, da impessoalidade e da publicidade, destinado a selecionar os candidatos mais aptos a ocupar 
um cargo efetivo ou um emprego público. 
Características essenciais: a) é um procedimento competitivo, o que implica na existência de regras quanto 
aos requisitos de participação, sendo que cada um dos candidatos tem direito a exigir o cumprimento dessas 
regras, inclusive pelos demais candidatos; b) As regras do concursos são pré-estabelecidas por um ato 
administrativo prévio e vinculante, o edital, que deve ser publicado para conhecimento de todos os 
interessados em participar da competição; c) Em razão do princípio da legalidade, as exigências do edital 
devem estar baseadas na lei e nas necessidades do cargo ou emprego em disputa; d) Em razão do princípio 
da impessoalidade, o concurso não pode ser discriminatório e a forma de avaliação dos candidatos deve ser 
a mais objetiva possível; e) Em razão do princípio da publicidade, o edital e todos os demais atos resultantes 
do concurso devem ser publicados.
Cabe ainda lembrar que a Constituição estabeleceu a reserva de cargos para pessoas portadoras de 
deficiências (art. 37, VIII), o que, logicamente, implica que haja uma adaptação das exigências do concurso 
às deficiências apresentadas pelos candidatos, além da estipulação de uma lista de classificação própria 
para esses cargos reservados.
06
Prazo de validade do concurso: segundo a Constituição, em seu art. 37, Inciso III, "o prazo de validade do 
concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período".
Ou seja, o edital estabelecerá o prazo de validade do concurso, no limite máximo de dois anos, sendo que 
esse prazo pode ser renovado por mais uma vez por decisão da autoridade que autorizou o concurso. 
O candidato aprovado não tem o direito de ser nomeado porque a avaliação sobre a competência e a 
oportunidade de proceder à nomeação é de natureza discricionária. Cabe à autoridade que autorizou o 
concurso avaliar o momento oportuno de nomear os aprovados, sendo que, por razões de relevante 
interesse público pode até deixar transcorrer o prazo de validade sem nomear ninguém.
Mas os candidatos aprovados têm o direito inquestionável de ver respeitada a sua ordem de classificação 
durante o prazo de validade do concurso. (art. 37, IV da CF/88). Ou seja, podem impugnar, inclusive pela 
via judicial, a nomeação de candidatos que estejam abaixo na lista de classificação ou que tenham sido 
aprovados em concurso posterior. 
TEMA 7: ACUMULAÇÕES DE CARGOS, EMPREGOS E FUNÇÕES
Como regra geral, a CF/88 proibe a acumulação de dois ou mais cargos, empregos ou funções. Porém, há 
exceções:
- Exceções à regra da não acumulação de cargos, empregos ou funções: 
 art. 37, XVI permite a acumulação de:
a) dois cargos de professor;
b) um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
 art. 37, § 10º - regra especial para os aposentados, permite a acumulação dos proventos de um cargo com 
o exercício de cargo eletivo ou cargo em comissão.
 art. 38, III - permite a acumulação com mandato de vereador. 
Em todos esses casos a acumulação somente será regular se houver compatibilidade de horários no 
exercício dos cargos, empregos ou funções
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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