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Mári� Sale� Cóler� Definição: é uma infecção intestinal aguda e grave, que se caracteriza pela aparição de evacuações diarreicas abundantes, com vômito e desidratação. Esta patologia é causada pelo Vibrio cholerae que produz uma enterotoxina que causa a diarreia. Vibrio cholerae: bactéria em forma de vírgula ou bastonete que se multiplica rapidamente no intestino humano Transmissão é diretamente dos dejetos fecais de doentes por ingestão oral, principalmente em água contaminada. Tem duas formas de apresentação: ◼ Forma leve ou oligossintomático: que se apresenta com diarreia leve, como acontece na maioria dos casos (> 80%). ◼ Forma grave: com diarreia aquosa profusa (por vezes do tipo “água de arroz”), com ou sem vómitos, dor abdominal e cãibras. Este quadro, quando não tratado de imediato, pode evoluir para desidratação rápida, acidose, colapso circulatório, com choque hipovolêmico, insuficiência renal e morte em 6 horas. O agente etiológico da cólera é o Vibrio cholerae, uma bactéria gram (-), aeróbica ou anaeróbica facultativa, forma curva, com um só flagelo que lhe permite a mobilidade. O vibrião da cólera sobrevive cerca de 7 dias fora do organismo, especialmente em ambientes húmidos e temperados (em regiões tropicais). ◼ El-Tor- menos patogênico, causa sintomas leves. ◼ Clássico – é mais resistentes às condições externas Antígeno H flagelar; ◼ - Antígeno O somático, que o classifica em grupos; no grupo O1, toxigênico | Antígeno da toxina. Virulência (gravidade da doença) Etiologia: O vibrião por si só não causa a cólera. O que provoca a sintomatologia é a sua endotoxina: uma enterotoxina. ◼ A enterotoxina possui: ◼ Fração A- invasiva | ◼ Fração B- aderente Os fatores implicados na disseminação da cólera são: Condições deficientes de saneamento básico, nomeadamente, a inexistência de sistemas eficazes de drenagem de excretas e esgotos, e insuficiência da rede de abastecimento de água infecção intestinal aguda e grave caracterizada por diarreia + vomito e desidratação agua contaminada - dejetos fecais - ingestão oral grave: desidratação + choque hipov SANEAMENTO BÁSICO!!! Usuario Sublinhado Usuario Realce Usuario Realce Usuario Sublinhado Usuario Realce Usuario Sublinhado Usuario Sublinhado Usuario Sublinhado Usuario Realce Usuario Sublinhado Usuario Sublinhado Usuario Realce Usuario Realce Usuario Sublinhado Usuario Sublinhado Usuario Realce Usuario Realce Usuario Sublinhado Usuario Sublinhado Usuario Sublinhado Usuario Sublinhado Usuario Realce Usuario Sublinhado Mári� Sale� Quadro Clínico: 75% dos casos são assintomáticos Leve-Início insidioso: ◼ Diarreia aquosa de pequena intensidade ◼ Ligeiro mal-estar geral, náuseas | ◼ Desidratação leve Moderada - Início insidioso: ◼ Diarréia de intensidade moderada ◼ Náuseas, vómitos um pouco mais intenso | ◼ Desidratação moderada Severa - Início súbito: ◼ Aumento dos ruídos abdominais ◼ Diarreia líquida e profusa (1-2L/h), tipo “água de arroz”, de odor a peixe ◼ Náuseas e vómitos volumosos | ◼ Cãibras musculares | ◼ Desidratação grave Exames auxiliares e Diagnóstico: Laboratorial, consiste no isolamento do vibrião a partir da cultura da amostra de fezes, colhida através de zaragatoa rectal dum doente com diarreia. ◼ Diagnóstico de Certeza para se prosseguir com a notificação obrigatória. MANEJO DO DOENTE COM CÓLERA existem 4 etapas a seguir: ◼ 1ª Etapa: Avaliar a desidratação. ◼ 2ª Etapa: Re-Hidratar o doente e monitorizar frequentemente. Reavaliar a desidratação. ◼ 3ª Etapa: Manter a hidratação. Substituir as perdas de líquidos que vão continuando até que a diarreia pare | ◼ 4ª Etapa: Alimentar o doente TRATAMENTO: ◼ Nos casos leves e moderados, o médico pode recomendar que o tratamento seja feito em casa, com a solução de reidratação oral. Os viajantes devem evitar a desidratação decorrente da diarréia (de qualquer causa) ingerindo bastante líquidos, preferentemente uma solução reidratante contendo eletrólitos (sais) e glicose, em concentrações adequadas Prevenção da cólera: ◼ Lavar com água clorada os alimentos que serão comidos crus ou mal passados, e cozer bem as carnes e mariscos. ◼ Clorar a água ou beber água fervida ◼ Tapar os poços, não defecar na proximidade de fontes de água (poços, rios) ◼ Controlar o armazenamento de água e alimentos ◼ Evitar o consumo de alimentos crus sobretudo em períodos de epidemia Informação, Educação e Comunicação (IEC): ◼ São as seguintes: Medidas básicas de higiene individual e comunitária. ◼ Lavagem das mãos depois de defecar ou de manipular fezes de criança, antes de comer e antes de preparar alimentos. ◼ Usar corretamente as sanitários ou latrinas (puxar autoclismo e manter as latrinas fechadas). (+ Saneamento do Meio) Reservatórios: ◼ Homem–meio ambiente–homem - TRANSMISSÃO INDIRETA (mais freqüente e responsável por epidemias): ◼ ocorre contaminação da água ou alimentos (contaminados pela água,mãos sujas ou moscas) que ingeridos, determinarão a ocorrência de novos casos A antibioticoterapia eficaz reduz o período de transmissibilidade. cultura de fezes manejo -> foco hidratação Usuario Sublinhado Usuario Sublinhado Usuario Sublinhado Usuario Realce Usuario Realce Usuario Sublinhado Usuario Realce Usuario Sublinhado Usuario Realce Usuario Realce Usuario Sublinhado Usuario Sublinhado Usuario Sublinhado Usuario Sublinhado Usuario Sublinhado Usuario Sublinhado Usuario Sublinhado Usuario Sublinhado Usuario Sublinhado Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Mári� Sale� Quadro clínico: o paciente fica em estado de profunda desidratação, determinando os sinais clássicos: ◼ Olheiras profundas, “mãos de lavadeira” ◼ Queda de pressão arterial, Anúria, ◼ Acidose e colapso circulatório (choque hipovolêmico). COMPLICAÇÕES: ◼ 1. Insuficiência Renal Aguda - (necrose tubular aguda) ◼ 2. Em Gestantes - Aborto e Parto Prematuro ◼ 3. Hipoglicemia (mais grave em crianças, acompanhada às vezes de convulsões) ◼ 4. Outras mais raras, dentre as quais citam-se a Colecistite e a Úlcera de Córnea. ◼ 5.Acidente Vascular Cerebral – isquêmico – em idosos Diagnóstico Laboratorial e Epidemiológico: ◼ Hemograma: hemoconcentração, leucocitose (15.000 a 30.000/mm3 ) ◼ Acidose metabólica com queda do PCO2 |◼ Sódio e cloro= normais no início, Potássio: normal ou ligeiramente aumentado ◼ Dados clínicos e epidemiológicos ◼ Cultura do vibrião nas fezes Tratamento - ANTIBIOTICOTERAPIA: ◼ Antimicrobianos recomendados para tratamento do caso suspeito, segundo idade e gestação. ◼ - Tetraciclina é o antibiótico de escolha para pacientes acima de 08 anos, ◼ Exceto gestantes e nutrizes Cas� Clínic�: ◼ Paulo, 35 anos, passou os últimos seis meses trabalhando em um campo de refugiados, durante um vôo de 12 horas de Lima para Londres, começou a sentir mal. Ele queixou-se de uma diarréia não sanguinolenta, continua nas seguintes 18-24h, com fezes aquosas e volumosas, nas primeiras evacuações, com resíduos fecais, passando para esbranquiçada e com odor de peixe cru, tinha náuseas e uma fadiga severa. Ao chegar ao Aeroporto procurou assistência médica, apresentando estar: afebril, desidratado, sonolento e com hipotensão postural. ◼ O mesmo não tinha dor abdominal? E referiu que antes de sair de Lima ele passou 1 semana de trabalho no campo com precárias condições sanitárias. tetraciclina acima de 8 anos exceto gestantes leucocitose acidose metabolica paciente apresenta diarreia aguda e intensa, que evoluiu de aspecto apresentou sintomas relacionados como: nausesas e fadiga severa - nega febre, se apresentava desistratado e sonolento - com hipot post - passou por condições precarias, sem saneamento adequeado paciente apresenta sindrome intestinal caracterizada por um diarreia especifíca junto com sintomas sistemicos de desidratação preocupante Usuario Realce Usuario Sublinhado Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce UsuarioRealce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce
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