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Psoríase

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(de Von Zumbusch) 
É uma forma de evolução hiperaguda e episódica associada a sinais e sintomas sistêmicos. Surgem PUSTULAS ESTÉREIS disseminadas. 
O desencadeante principal é a suspensão abrupta de corticoesteróide sistêmico, usados de modo errôneo para outra forma de psoríase ou qualquer outra doença. Pode ocorrer também após farmacodermia exantematosa. 
Ocorre início súbito, febre alta, mal estar, adinamia, inapetência, fraqueza, leucocitose neutrofilica, aumento de VHS e hipocalcemia. A erupção pustulosa aparece logo após a febre e vem em surtos que duram vários dias. Há casos registrados de fatalidade! 
Na gravidez essa manifestação é chamada de impetigo herpertiforme
As pústulas são múltiplas, pequenas (até 3mm), apresenta halo eritematoso que se distribuem pelo tronco e extremidades proximais. As placas eritematosas tendem a confluir em grandes áreas de eritema contendo as pústulas. 
COMPLICAÇÕES podem surgir como IC de alto débito, distúrbios eletrolíticos... 
 
· PSORIASE PUSTULOSA LOCALIZADA 
Pode ser: (1) p. pustulosa palmoplantar e (2) acrodermatite continua de Hallopeau (pústulas nos quirodáctilos e artelhos).
· PSÓRIASE ERITRODERMICA 
Forma generalizada de psoríase manifesta por eritema e descamação por quase todo tegmento corporal (85 – 100%). Ocorrem alterações na termorregulação, hemodinâmica e equilíbrio hidrossalino.
Diagnostico diferencial com outras causas de eritrodermia difusa, farmacodermias, dermatite atópica e micose fungoide com síndrome de Sézary. 
Qualquer forma de psoríase pode evoluir para formas +graves. Associa-se a descamação fina e comprometimento sistêmico (síndrome da resposta inflamatória sistêmica) são pctes que evoluem com perdas proteicas, distúrbios hidroeletrolíticos ou infecções. Desencadeado por tto errôneos e intempestivos (sobretudo com corticoides sistêmicos). 
· PSÓRIASE GUTTATA 
Forma benigna de início abrupto com lesões arredondadas pequenas (até 1,5cm), esparsas predominando no tronco superior e extremidades proximais. É bastante comum em crianças e adultos jovens dias após infecção estreptocócica ou do trato respiratório sup. 
É um quadro que melhora com o uso de ATB sistêmico com cobertura para gram positivos (como cefalexina, eritromicina e tetraciclinas). 
· ARTRITE PSORIATICA
Em 75% dos casos surge após as lesões cutâneas (até 10 anos depois) é uma artrite soronegativa: a síndrome de Reiter. 
As principais formas articulares são: 
- Oligoartrite assimétrica: a mais habitual, com poucas articulações acometidas; 
- Interfalangiana distal: manifesta-se com os dedos “em salsicha” (dactilite), sendo a forma mais típica, porém a menos frequente;
 - Artrite mutilante/deformante: forma mais grave, com sequelas articulares 
- Poliartrite simétrica: simula a artrite reumatoide, porém com fator reumatoide negativo;
- Espondiloartrite: acometimento da coluna vertebral semelhante ao da espondilite anquilosante.
RESUMO
DIAGNOSE E EXAMES COMPLEMENTARES
A maior parte das formas NÃO POSSUI ALTERAÇÃO LABORATORIAL e somente surgem alterações quando de sintomas sistêmicos (altera hemograma e exames da fase aguda). Formas disseminadas como a eritrodérmica e a pustulosa se associando a distúrbios hidroeletrolíticos (sobretudo hipocalcemia) e hipoproteinemia. 
O diagnóstico diferencial vai depender da forma clínica em questão: 
- Psoríase em placas: dermatite seborreica, líquen plano, lúpus, farmacodermias, tinhas e micose fungoide; 
- Psoríase gutata: pitiríase rubra pilar, pitiríase rósea de Gilbert, sífilis secundária, farmacodermias e parapsoríase; 
- Psoríase pustulosa: pustulose subcórnea, pustulose exantemática por farmacodermia, herpes disseminado, disidrose
 TRATAMENTO
Não há cura! Os quadros costumam ser recorrentes e de frequência variável para cada pcte. Sendo necessário uma boa mão para realizar rodízios de drogas.
Formas leves e localizadas podem ser controladas com medicação tópica, nesses casos SEMPRE associar antiproliferativos (derivados do coaltar e o calcipotrieno p.e.). Os Ceratolíticos (ureia e ac salicílico) nos hidratantes são úteis, assim como os corticoides de média e alta potência (betametasona e clobetasol). 
Formas graves vão demandar medicação sistêmica como imunossupressores (metotrexato e ciclosporina) e retinoides (acitretina) podendo-se valer de internações hospitalares e depois continuar a nível ambulatorial, tomando cuidado com hepato e nefrotoxicidade. 
A fototerapia (associada ou não a psoralênicos PUVA) também é uma modalidade eficaz e segura sendo possível associar inclusive com outras drogas (Re-PUVA: retinoide +PUVA). 
Imunobiológicos (anticorpos de origem recombinante ou humana) com ação anti-interleucina como anti-TNF alfa (como infliximabe, adalimumabe...). Também se deve considerar a presença ou não da artrite psoriásica, pois nesse caso as melhores opções seriam os imunobiológicos citados e o metotrexato.
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