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2a. Aula Gabaritando

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Professora Luciana Rodrigues Madeira
Direito Penal
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 AULA 2
X. A Lei Penal no Tempo e no espaço
Tempo do crime: ART.4 do CP TEORIA DA ATIVIDADE Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. 
Lugar do crime: ART.6 do CP TEORIA DA UBIQUIDADE Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.  
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XI. CONFLITO DE LEIS PENAIS NO TEMPO “NOVATIO LEGIS E ABOLITIO CRIMINIS”
1ª) uma lei nova incrimina fato anteriormente licíto. É a chamada de novatio legis incriminadora . Ela só tem eficácia nos fatos cometidos a partir de sua vigência. Ex: exerxer a prostituição não é crime. Mas, hoje, se entrasse uma lei em vigor que tipificasse como crime. O que as prostitutas fizaram até hoje, não seria crime, porém o que fizessem a partir de hoje, seria objeto de punição.
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2ª) uma lei nova que seixa de considerar crime determinado fato. É a lei chamada de abolitio criminis. Ela tem ampla retroatividade, em função do art.2º do CP. Ex: entrou em vigor, hoje uma lei que deixa de considerar crime a sedução. Quem está preso por sedução, é imediatamente solto. Se ele praticar um novo crime, ele não é reincidente. Mas os efeitos civis permanecem. A vítima pode pegar a sentença penal condenatória e executar no cível.
XI. CONFLITO DE LEIS PENAIS NO TEMPO “NOVATIO LEGIS E ABOLITIO CRIMINIS”
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3ª) é a lei nova que embora mantendo a incriminação, favorece o agente de qualquer forma. É a chamada novatio legis im mellius ou lex mitior. Ela também tem ampla retroatividade. Ex: uma lei que traz uma atenuante, que diminui o prazo prescricional.
 
4ª) a lei nova que mantendo a incriminação, agrava a situação do réu. É a novatio legis in pejus ou lex gravior. Esta lei, jamais pode teroagir. Ex: uma lei que aumente a pena.
XI. CONFLITO DE LEIS PENAIS NO TEMPO “NOVATIO LEGIS E ABOLITIO CRIMINIS”
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XII. Leis Temporárias e lei excepcional
No art. 3º, a lei trata da lei excepcional ou temporária. A lei temporária é aquela lei que foi feita para durar durante um período exato. Ex: “Esta lei vigorará por 90 dias”. E a lei excepcional é aquela lei que foi feita para vigorar até que cessem as circunstâncias que a determinaram. Ex: “Essa lei vigorará durante o período de guerra”.
Em matéria de lei temporária ou excepcional a regra é da ultratividade(“EFEITO FENIX”). Isto é, não se aplica a retroatividade. 
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LEI TEMPORÁRIA: 
Dies a quo(DIA DE COMEÇO) - Dies ad quem (DIA DE TERMINO)
 
LEI EXCEPCIONAL: 
Não tem fixação de dia de começo e dia de término mas é condicionada a um evento.
 
XII. Leis Temporárias e lei excepcional
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XIII. TERRITORIALIDADE E
EXTRATERRITORIALIDADE
ARTIGO 5 DO CP + ARTIGO 7 DO CP
1. Princípio da territorialidade (art. 5.°, caput, CP);           
2. Princípio real, da defesa ou da proteção interesses (art. 7.°, I, CP);
3. Princípio da nacionalidade ou da personalidade (art. 7.°, II, b, CP).
4. Princípio da universalidade ou da justiça mundial (art.7.°, II, a, CP);
5. Princípio da representação, da bandeira ou do pavilhão (art. 7º, II, c, CP).
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Obs.: Âmbito espacial sujeito ao poder soberano estatal. Pode ser: (efetivo ou real: superfície terrestre, águas territoriais e espaço aéreo correspondente)
6. por extensão ou flutuante: embarcações e aeronaves (ficção jurídica - art. 5.°, § l.°, do CP). 
7. extraterritorialidade incondicionada: aplica-se a lei brasileira sem qualquer condicionante (art. 7.°, I, a, b, c e d, e § 1.° do CP);
extraterritorialidade condicionada: aplica-se a lei
brasileira satisfeitos certos requisitos (art. 7.°, II, a,
B e c e § 3.°, do CP). 
XIII. TERRITORIALIDADE E
EXTRATERRITORIALIDADE
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XIV. TEORIA DO DELITO INFRAÇAO PENAL: CRIME E CONTRAVENÇÃO 
Infração penal:espécies; critérios bipartido e tripartido
O sistema jurídico penal não se apresenta de forma uníssona. Quando, a expressão “infração penal” é mencionada, existem alguns, que afirmam que a mesma expressão compreende três elementos, ou seja, os crimes, os delitos e as contravenções, realizando uma divisão tripartida da expressão em tela. Outros, acreditam que a infração penal é o gênero, do qual, o crime e a contravenção são espécies.
Assim, alguns países, como a França, adotaram o critério tripartido, enquanto o Brasil adotou o critério bipartido para a infração penal, ou seja No Brasil temos o CRIME E A CONTRAVENÇÃO.
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Crime ou Delito: Infração mais grave. Conduta humana ilícita (elemento formal) que contrasta com os valores e interesses da conduta social (elemento material), decorrente de uma ação ou omissão, definida em lei, necessária e suficiente para que ocorrendo faça nascer o “jus puniendi” do Estado. Os infratores sujeitam-se as penas de detenção e reclusão. O crime não tem definição legal.
Contravenção: Infração menos grave por definição do legislador; são punidas apenas com multa ou prisão simples e estão arroladas na Lei de Contravenções Penais 
XIV. TEORIA DO DELITO INFRAÇAO PENAL: CRIME E CONTRAVENÇÃO 
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CRIME: (CP e leis especiais)
1)art.1 da Lei de introdução ao CP (reclusão/ detenção /multa); 2) dolo/culpa; 3) admite tentativa; 4) denuncia/ queixa; 5) ação penal publica (incondicionada/ condicionada) / ação penal privada(exclusiva, personalíssima e subsidiaria )
CONTRAVENÇÃO( dec-lei 3688/41= LCP)
1)art.1 da Lei de introdução ao CP (prisão simples/ multa); 2)voluntariedade; 3)NÃO admite tentativa; 4)denuncia; 5)ação penal pública (incondicionada/ condicionada) 
XIV. TEORIA DO DELITO INFRAÇAO PENAL: CRIME E CONTRAVENÇÃO 
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XV. OBJETO JURIDICO x OBJETO MATERIAL
Objeto Jurídico : é o bem ou interesse tutelado pelo legislador 
EX: no art.121( vida) e art. 155(patrimônio) 
objeto material: é aquele sobre o qual recai a proteção
EX: art.121(corpo humano com vida) e art.155(carteira, celular, moto, cordão...dependerá da resfurtiva, ou seja coisa subtraída) 
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XVI. SUJEITOS DO CRIME
Sujeito Ativo do crime: é quem pratica o fato descrito na norma penal incriminadora; só o homem possui a capacidade para delinqüir.
Sujeito Passivo do crime: é aquele que recebe a ofensa do bem tutelado.
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XVII.CLASSIFICAÇAO DAS INFRACOES PENAIS (CLASSIFICACAO DE CRIMES)
TIPOS DE CRIMES
Crimes Comuns, Crimes Próprios, Crimes de atuação pessoal, Crimes de dano, Crimes de perigo, Crimes materiais, Crimes Formais, Crimes de mera conduta, Crimes comissivos, Crimes omissivos, Crimes instantâneos, Crimes permanentes, Crimes instantâneos de efeitos permanentes,Crime continuado, Crimes condicionados, Crimes incondicionados, Crimes simples, Crimes complexos,Crimes progressivos, Delito putativo, Crime de flagrantes esperado, Crime consumado, Crime Tentado, Crime exaurido, Crimes dolosos, Crimes culposos, Crimes preterdolosos, Crimes habituais, Crimes profissionais, Crimes hediondos 
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XIII. Conceito de crime: Formal; Material e analítico
O renomado autor Fernando Capez comenta em sua obra que o crime pode ser conceituado sob os aspectos material e formal ou analítico.
Doutrinador alemão Hans Welzel: “A tipicidade, a antijuridicidade e a culpabilidade são três elementos que convertem uma ação em um delito. A culpabilidade (a responsabilidade pessoal por um fato antijurídico) pressupõe a antijuridicidade do fato, do mesmo modo que a antijuridicidade, por sua vez, tem de estar concretizada em tipos legais. A tipicidade, a antijuridicidade e a culpabilidade estão relacionadas logicamente de tal modo que cada elemento posterior do delito pressupõe o anterior”. 
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XIX. Conceito de Crime para Damásio, Dotti, Mirabete e Delmanto: reflexões e críticas.
A doutrina brasileira diverge quanto ao conceito analítico de crime. 1.a corrente: Assis Toledo, Regis Prado, Greco, Aníbal Bruno e Hungria acreditam que crime é formado pelos três elementos descritos acima. Assim, para a maioria dos doutrinadores, para que se possa falar em crime é preciso que o agente tenha praticado uma ação típica, ilícita e culpável, adotando o critério tripartido. Faltando qualquer desses requisitos, não pode haver a aplicação da pena. 
2.a corrente: Mirabete, Damásio, Delmanto e Dotti, o crime é o fato típico e antijuridico, adotando o critério bipartido de crime, pois a culpabilidade é apenas um pressuposto para aplicação da pena. 
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XX .TEORIA GERAL DO CRIME
Conceito material:	delito é a ação ou omissão, imputável a uma pessoa, lesiva ou perigosa a interesse penalmente protegido, constituída de determinados elementos e eventualmente integrada por certas condições ou acompanhada de determinadas circunstâncias previstas em lei.
Conceito formal: crime é um fato típico e antijurídico; a culpabilidade constitui pressuposto da pena.
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Teoria Finalista (Damásio, Mirabete, Juarez tavares) não há ação ou omissão sem finalidade, por isso a análise da finalidade (dolo ou culpa) deve ser feita quando da análise da conduta típica ( a vontade finalista pertence à ação). A vontade abrange o objetivo que o agente pretende alcançar, os meios empregados e as consequências secundárias. Somente após a análise os conteúdo da vontade é que se pode afirmar se houve determinado tipo penal. Por isso a vontade final do agente (dolo) faz parte do tipo funcionando como elemento subjetivo do tipo (ele é retirado da culpabilidade e passa a integrar a conduta). 
XX .TEORIA GERAL DO CRIME
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TEORIA TRIPARTIDA DO CONCEITO DE CRIME (TEORIA FINALISTA)
FATO TÍPICO +
ANTIJURIDICO
+
CULPÁVEL
XX .TEORIA GERAL DO CRIME
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Fato típico: é o comportamento humano (positivo ou negativo) que provoca um resultado (em regra) e é previsto em lei penal como infração
Antijuricidade: é a relação de contrariedade entre o fato típico e o ordenamento jurídico; a conduta descrita em norma penal incriminadora será ilícita ou antijurídica quando não for expressamente declarada lícita.
Culpabilidade: 	é a reprovação da ordem jurídica em face de estar ligado o homem a um fato típico e antijurídico; reprovabilidade que vem recair sobre o agente. 
XX .TEORIA GERAL DO CRIME
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XXI. ESPÉCIES DE CONDUTAS COMISSIVAS E OMISSIVAS 
Condutas Comissivas e OMISSIVAS ( crime omissivo próprio e omissivo impróprio)
Omissivo próprio (poder de agir + dever de agir genérico) Ex. Art.135 omissão de socorro
Omissivo impróprio(poder de agir + dever de agir específico-agente garantidor -art.13 parágrafo 2 alíneas a,b,c- relevância da omissão.
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XXII. FATO TIPICO: CRIME DOLOSO E CRIME CULPOSO
Dolosos: Art. 18 inciso I – primeira parte - o agente quer o resultado (teoria da vontade)…....ou.......Art.18 inciso II -segunda parte- assume o risco de produzi-lo.(teria da ubiquidade) 
Culposos: o agente não quer o resultado, não assume o risco de produzi-lo, mas causa o resultado por imprudência, imperícia ou negligência. 
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(culpa consciente x culpa inconsciente)
(culpa consciente x dolo eventual)
CULPA CONSCIENTE: possibilidade de agir + nao aceitaçao do resultado + confiabilidade -danou-se
DOLO EVENTUAL: possibilidade de agir + aceitação do resultado (teria da ubiquidade)-dane-se 
XXII. FATO TIPICO: CRIME DOLOSO E CRIME CULPOSO
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XXIII. TIPICIDADE PENAL = TIPICIDADE CONGLOBANTE: 
Os livros em geral apresentam um conceito formal do tipo com relação à conduta. Para que haja tipicidade é necessária uma adequação da conduta à tipicidade.
Para que haja tipicidade penal segundo Luiz Flávio Gomes é preciso que haja (requisitos para tipicidade): 
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XXIV. RESULTADO 
Discussão sobre se há ou não crime sem resultado:Todo crime tem resultado?
Resposta: Depende
Resultado jurídico todo crime possui (ofensa ao bem tutelado) 
Resultado Material (depende da classificação do crime quanto ao resultado: material, formal e de mera conduta)
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XXIV. QUADRO FINALISTA SOBRE TEORIA DO CRIME
Típico	Antijurídico	Culpável 
conduta 	legítima	imputabilidade
dolo/culpa	defesa
nexo causal 	estado de 	conhecimento 	necessidade 	pot. da ilicitude 
		
resultado	estr.cumpr.	exig.conduta
	dever legal 	diversa 
tipicidade	exercício	(coação moral irresitível) 	reg.direito

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