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1 – Título: Noções básicas do funcionamento do transformador. 2 – Objetivos: Entender o princípio básico de funcionamento dos transformadores. 3 – Materiais utilizados: - Fonte de tensão contínua e alternada (Leybold) - 02 multímetros (Minipa modelos ET – 2076 e ET – 2020A) - 02 bobinas de ferro com 250 espiras (I = 44 mH) - 01 bobina de ferro com 500 espiras (I = 44 mH) - Núcleo de ferro - Cabos 4 – Procedimento experimental: Parte I: Primeiramente, montamos o circuito ilustrado na figura 01, utilizando a fonte de tensão alternada de 0-12 V rms, os dois multímetros, ambos na escala voltímetro, as duas bobinas de ferro contendo 250 espiras cada uma, e o núcleo de ferro. Figura 01 – Circuito com núcleo de ferro e duas bobinas. Fonte: http://museodelaciencia.blogspot.com/2010/10/ahorra-energia-desenchufando-lo-que-no.html Então, colocamos a fonte de tensão no circuito primário com uma tensão de 0 V, e lemos a tensão no primário e no secundário. Os dois valores de tensão foram lidos no multímetro, e anotados na tabela 01. Repetimos então o procedimento supracitado, agora para tensões no primário de 2,0 V; 4,0 V; 6,0 V; 8,0 V e 10,0 V, anotando os valores na tabela 01. Repetimos novamente o procedimento, entretanto utilizando a bobina de 250 espiras no primário e a de 500 espiras no secundário, e depois invertendo esta ordem (bobina de 500 espiras no primário e bobina de 250 espiras no secundário). Todos os valores estão anotados na tabela 01. Portanto, seguimos a seguinte ordem de montagem: Montagem 01: NP = 250; NS = 250 Montagem 02: NP = 250; NS = 500 Montagem 03: NP = 500; NS = 250 Plotamos VS x VP para as três montagens, e encontramos graficamente a relação NP/NS, calculando o coeficiente angular das retas (; comparamos então este valor ao calculado teoricamente (NP/NS utilizando os valores nominais, ou seja, a quantidade exata de espiras em cada bobina) e fizemos uma discussão sobre o funcionamento do transformador nesta primeira etapa do experimento. Parte II: Utilizando a mesma montagem da figura 01, contendo as duas bobinas de 250 espiras cada, e para apenas um valor de tensão da fonte alternada (2,0 V), tiramos a parte de cima do núcleo em que as bobinas estavam inseridas e medimos novamente as tensões no primário e no secundário. Comparamos tais resultados com os resultados da tabela 01, e explicamos o que ocorre no transformador. Parte III: Agora, utilizando novamente a montagem da figura 01 e as duas bobinas de 250 espiras cada, montamos o circuito, entretanto, com uma fonte de tensão contínua no primário. Para um único valor de tensão na fonte (2,0 V), medimos as tensões no primário e no secundário. Por fim, para o sistema montado acima, tentamos retirar a parte de cima do núcleo, e notamos que esta estava fortemente atraída ao resto do núcleo, de modo que não conseguimos retirá-la. 5 – Dados, resultados e discussões: NP = 250 NS = 250 NP = 250 NS = 500 NP = 500 NS = 250 VF (V) VP (V) VS (V) VP (V) VS (V) VP (V) VS (V) 0 0 0,01 0 0,03 0 0,01 2,0 1,9 2,01 1,9 4,04 1,9 0,99 4,0 4,1 4,14 4,1 8,26 4,2 2,04 6,0 6,3 6,28 6,4 12,60 6,5 3,11 8,0 8,7 8,49 8,7 16,98 8,7 4,18 10,0 11,0 10,64 11,0 21,34 11,0 5,26 Tabela 01 – Dados para a análise das tensões no primário (VP) e no secundário (VS) com relação ao número de espiras no primário (NP) e no secundário (NS). Parte I: Valores teóricos Montagem 01: NP/NS = 250/250 = 1,0 Montagem 02: NP/NS = 250/500 = 0,5 Montagem 03: NP/NS = 500/250 = 2,0 Valores calculados pelo gráfico Montagem 01: = 1,03 Montagem 02: = 0,52 Montagem 03: = 2,09 Através da análise dos valores teóricos e dos valores obtidos experimentalmente, concluímos que o transformador se comporta de maneira similar ao que foi visto na teoria, uma vez que o número de espiras mostrou-se diretamente proporcional ao valor de tensão. Ou seja, quanto maior o número de espiras na bobina, maior a tensão nela induzida. O valor da relação NP/NS obtido através do gráfico VP versus VS é muito próximo ao valor calculado pela teoria, confirmando assim o princípio de funcionamento do transformador abordado no pré-relatório. Entretanto, observamos que o valor para a tensão no primário é sempre um pouco maior que a tensão no secundário. Isso se deve ao fato de que o transformador não é ideal, e, portanto, existem algumas perdas na transferência de potência do primário para o secundário, tais quais: histerese, correntes parasitas (de Foucault) e até mesmo o Efeito Joule. [1] Parte II: NP = 250 NS = 250 VF (V) VP (V) VS (V) 2 1,9 0,72 Tabela 02 – Dados para a análise das tensões no primário (VP) e no secundário (VS) sem a parte de cima do núcleo. Comparando os valores acima com os obtidos na Parte I, para NP = 250 e NS = 250, observamos que na Parte I, em que o núcleo estava completo, o valor de tensão no secundário foi muito maior em relação ao valor de tensão no secundário para a Parte II, em que o núcleo estava sem a parte de cima. Na Parte I, obtivemos VS = 2,01, enquanto que na Parte II obtivemos VS = 0,72, valor aproximadamente 3 vezes menor. Isso se deve ao fato de que o campo magnético torna-se mais disperso sem a parte de cima do núcleo, portanto algumas linhas de força se perdem do sistema. Com a parte de cima, essas linhas são “canalizadas”, havendo uma perda muito menor do que quando retiramos a parte de cima. Parte III: Quando uma fonte de tensão contínua foi aplicada ao circuito indutor, observamos uma corrente no circuito induzida apenas no instante em que a fonte é ligada. Em um tempo muito pequeno, a corrente que passa pelo circuito induzido torna-se nula novamente. Isso ocorre porque, para haver uma indução, deve haver uma variação no fluxo da corrente. A corrente alternada gera essa variação, enquanto a contínua gera um fluxo constante. O pico inicial da corrente induzida se deve pelo fato de que quando o circuito é ligado, os geradores de corrente precisam passar do repouso para a velocidade correspondente a corrente. Por isso até que a velocidade dos geradores de corrente se torne constante, há uma variação de curto intervalo de tempo. Nesse pequeno intervalo de tempo que é notada uma corrente induzida, que logo é cessada. Bibliografia: [1] - http://www.ebah.com.br/content/ABAAAATL4AK/transformadores-1-pequena-potencia-projeto-construcao - Experimentos e demonstrações realizados na aula anterior.
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