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Esclerose Lateral Amiotrófica Amiotrofias Espinhais Progressivas Histórico - DNM/ELA • Charcot entre 1865 e 1874 realiza o estudo de vinte casos, com estudo anátomo-patológico de 5, nomeando a afecção de Esclerose Lateral Amiotrófica; • Doença de Charcot (França e Europa); • Doença de Lou Gehring (EUA e Japão) • A medida que o sistema nervoso é afetado a pessoa sente dificuldades até para respirar e com o decorrer do tempo há a necessidade de utilização de um balão de oxigênio. • Como a doença não afeta as suas capacidades intelectuais, o paciente percebe tudo que acontece a sua volta, vivencia por isso lucidamente a doença e a sua progressão e um dos fatores que atormenta mais é não conseguir se comunicar, seja através da fala ou através da escrita. Histórico - DNM/ELA • Esclerose é um termo genérico que significa endurecimento e cicatrização; • Esclerose lateral refere-se ao endurecimento da porção lateral da medula espinhal decorrente de morte dos neurônios motores superiores; • Amiotrófica refere-se à atrofia dos músculos devido à morte dos neurônios motores inferiores Terminologia - ELA Classificação DNM/ELA • ELA esporádica e familiar • Paralisia bulbar progressiva • Atrofia muscular espinhal progressiva • Esclerose lateral primária Epidemiologia • Considerada uma doença de incidência rara, cerca de 1 caso para 100.000 pessoas/ano. • Exceto em um pequeno foco no Pacífico ocidental, onde a ELA assumiu uma forma epidêmica. • O sexo masculino é mais comprometido que o feminino em uma proporção de 2:1 e os brancos são mais afetados que os negros, com idade média de início os 50,2 anos: homens aos 48,5 anos e mulheres aos 53,l anos. Epidemiologia Em estudo brasileiro realizado em 1998, pela ABRELA foram catalogados 540 pacientes com ELA, sendo 58.5% do sexo masculino. Cerca de 5.9% dos pacientes tinha uma história familiar de outros casso de ELA. A idade média de aparecimento dos primeiros sintomas foi de 52 anos. Estima-se, em nosso meio, uma incidência de 1.5 casos/100.000 pessoas, ou seja, 2.500 pacientes/ano. A degeneração progressiva dos neurônios motores no cérebro (neurônios motores superiores) e na medula espinhal (neurônios motores inferiores), ou seja, estes neurônios perdem sua capacidade de funcionar adequadamente (transmitir os impulsos nervosos). Características Sinais Clínicos DNM/ELA Déficit muscular: • início proximal nos MMSS em 30 a 40% de forma distal. Início proximal em 10%. Cãimbras: • Sintoma mais precoce, acomete 72% dos casos. Desaparece com evolução da amiotrofia. Fasciculações: Um dos sinais precoces e característicos da doença, acometendo 90% dos casos. Sintomas Bulbares: • disfagia, disfonia, fasciculações na língua. Formas Clínicas DNM/ELA Pseudopolineurítica: • Início unilateral com sintomas sensitivos seguido de déficit na extensão dos dedos e do pé. Com atraso e semanas a meses ocorre acometimento contralateral. A atrofia e fasciculações não tardam a surgir. Forma Bulbar: • Evolução rápida, porém não é restrita aos núcleos bulbares. É considerada por alguns autores como forma extrema de ELA. Formas Clínicas DNM/ELA Amiotrofia Muscular Progressiva: • Afecção exclusiva da ponta anterior. Existência discutível devido a achado de esclerose do cordão lateral em estudos anátomo-patológicos. Esclerose Lateral Primária: • Limitada ao acometimento da via piramidal, sendo também bastante discutível como entidade clínica. Outras Formas Clínicas DNM/ELA Forma do Pacífico Oeste (Guam): • Complexo Parkinson/ Demência/ELA Formas Familiares: • Representam 5 a 10% ELA e Demência: Demência frontal em 5% dos casos Forma Juvenil: • Mais comum nas formas familiares. Paraneoplásica: • Pode representar 6 a 7% dos casos. Critérios Diagnósticos DNM/ELA Requer a presença de: • sinais de acometimento do NMI por exame clínico, eletrofisiológico ou patológico. • sinais de acometimento do NMS definido por exame clínico • extensão progressiva de uma região a outra. Critérios Diagnósticos DNM/ELA Diagnóstico: • definido: se existe sinais de NMI e NMS na região bulbar e duas espinhais ou três regiões espinhais • provável: se existe sinais de NMI e NMS em ao menos duas regiões • possível: sinais de NMI e NMS em uma região ou de NMI em duas Exames Complementares • ENMG: Sinais de desnervação e reinervação, com neurocondução sensitiva normal. • RNM: Pode evidenciar redução do calibre medular em fases tardias ou hipersinal em T2 nas vias cortico espinhais. • Espectroscopia por RNM: Redução no córtex motor de N-acetilaspartato secundário a redução de neurônios motores. Etiopatogenia DNM/ELA Hipótese viral Papel dos metais pesados Hipótese hormonal: androgênica, tiroideana Conceitos recentes: • apoptose • Radicais livres Objetivos Fisioterapêuticos • Melhorar trofismo e tônus muscular; • Melhorar a capacidade cardiorespiratórias; • Melhorar postura ortostática; • Melhorar deambulação; • Melhorar mímica facial; • Maior independência nas AVD’s. Conduta Fisioterapêutica • Alongam. passivos – ênfase flexores plantares; • Fortalecimento muscular global; • Heteródina – melhorar força muscular; • Treino cardiorespiratório – exercícios de reexpansão pulmonar, manobras de pressão (-); • Treino de equilíbrio e propriocepção; • Colocar o paciente em postura ortostática; • Treino de marcha; • Mímicas faciais ativas, passivas e tapings; • Treino das AVD’s. CÉLULAS-TRONCO : NOVAS POSSIBILIDADES ! Células-tronco Embrionárias (CTE): • Vantagens • Capacidade proliferativa (céls. imortais) • Aumento da Plasticidade; • Desvantagens • Discussão ética • Teratomas (tumor misto de células germinais, formado por resíduos fetais e tecidos embrionários Amiotrofias Espinhais Progressivas AEP - Ligadas ao cromossoma 5 Tipo I ou doença de Werdnig-Hoffmann: • Forma mais grave, de início antes dos 6 meses, com óbito antes dos 3 anos. • Transmissão autossômica recessiva • Semiologia marcada por hipotonia e fraqueza muscular proximal e axial. As miofasciculações são pouco visualizadas nos membros, sendo mais visível na língua associando-se a mal prognóstico. Tipo II ou forma intermediária • Início precoce antes dos 3 anos, sendo habitualmente entre 6 a 12 meses. • Duração de 14 a 30 anos. • Amiotrofia predomina nos MMII e raízes, porém a marcha é possível. Não existe comprometimento bulbar e os músculos intercostais são moderadamente acometidos. AEP - Ligadas ao cromossoma 5 Tipo III ou forma de Kugelberg-Welander: • Início entre 2 e 17 anos • Não altera a expectativa de vida • Atrofia de predomínio proximal, respeitando a musculatura intercostal e acomete os MMSS tardiamente. Acometimento bulbar restringe-se a atrofia da língua e esternocleidomastóide. AEP - Ligadas ao cromossoma 5 Tipo IV ou forma adulta: • Benigna, com fraqueza e atrofia proximal. AEP - Ligadas ao cromossoma 5 Amiotrofias Espinhais Progressivas Ligada ao cromossomo 7: • Predominam nas extremidades dos MMSS, de evolução muito lenta. Ligada ao cromossomo 12 (sínd. Stark-Kaeser) • Início entre 30 e 50 anos, acometendo os músculos da coxa e posteriormente, em menor grau, a cintura escapular. Ligada ao X (sínd. de Kenedy) • Início entre 30 e 50 anos com amiotrofia a fasciculação da face e membros, tremor e ginecomastia. AEP - Formas Não Hereditárias Síndrome pós pólio: • Localizada no território previamente acometido, dezenas de anos após a poliomielite aguda. Doença e Hirayama: • Amiotrofia de predomínio unilateral, estendendo-se do bordo cubital do antebraço até o cotovelo, interósseose hipotenares do adulto jovem. Amiotrofias monomélicas:Forma localizada, proximal ou distal, do sexo masculino e evolução lenta.
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