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Síndromes Colestáticas 1 Anatomia das Vias Biliares Patologias Colelitíase – Colescistolitíase: cálculo na vesícula biliar. Colecistite: processo inflamatório agudo ou crônico do ducto cístico. Pode ser litiásica ou alitiásica. Coledocolitíase: cálculo no ducto colédoco. Colangite: infecção dos ductos biliares, obstrução com migração de bactérias. Pancreatite: cálculo/obstrução do esfíncter de Oddi. Sais biliares o Síntese: nos hepatócitos a partir do colesterol. o Secreção: nos canalículos biliares. o Reabsorção: circulação entero-hepática. o Ajudam na absorção de gorduras no intestino delgado. Pigmentos biliares o Bilirrubina indireta: captada e conjugada em BD e excretada na bile. o Bilirrubina direta: maior parte é excretada e degradada pelas bactérias no intestino grosso em urobilinogênio/estercobilinogênio e eliminada nas fezes. Colesterol o Proveniente dos alimentos ou da síntese hepática. o Eliminação: pela excreção da bile como sal biliar ou colesterol livre. Fosfolipídeos o Síntese: no fígado. o Excreção: na bile associados aos sais biliares. Esfíncter de Oddi Por isso pacientes obesos são mais propensos à formação de cálculo biliar, por possuírem colesterol alto Por isso paciente com pancreatite aguda têm esteatorreia, pois possuem diminuição da produção de sais biliares Colestase: BD Fluxo da bile 2 Etiologias • Absorção excessiva de água da bile. • Absorção excessiva de ácidos biliares da bile. • Excesso de colesterol na bile. • Inflamação do epitélio. Fatores de risco o Idade. o Sexo feminino. o Hormônios e gestação. o Obesidade. o Perda rápida de peso. o Doença, ressecção ou derivação ileal. o Vagotomia troncular. o Hemólise crônica. o DM. o Cirrose hepática. o Hiperlipidemia. Indicação cirúrgica • Portadores assintomáticos: o Imunossuprimidos – diabetes, hipertensão, HIV, hepatite. o Portadores de vesícula em porcelana (calcificada). o Antecedentes familiares de neoplasia do trato digestivo. o Com doença hemolítica crônica. o Portadores de cálculos muito grandes (>2,5cm) ou muito pequenos (<0,5cm). o Pacientes que serão submetidos a procedimentos cirúrgicos no abdome. Pacientes com hipoparatireoidismo: têm aumento da absorção de cálcio. Essa absorção de Ca+ pode aumentar também nos sais biliares, levando a formação de litíase Cálculo grande: chance de causar colecistite (chance de não passar no ducto cístico, ficando preso, com isso a vesícula dilata e inflama). Cálculo pequeno: sai facilmente da vesícula, caindo no ducto colédoco, causando coledocolitíase. 3 É comprometido o sistema biliar de pequenos ductos, pois estes possuem o menor diâmetro, sendo mais facilmente obstruídos. A colestase em pequenas ramificações é mais comum a: medicamentos, drogas ou doenças autoimunes. Causas • Com lesão hepatocelular: o Hepatite por vírus. o Hepatite autoimune. o Álcool e drogas. o Cirrose biliar primária. o Colangite esclerosante primária. o Rejeição ao transplante de fígado. • Sem lesão hepatocelular: o Gravidez: compressão extrínseca. o Transinfecciosa. o Mecânica: compressão por tumor, obstrução por cálculo. Doença hepática crônica colestática, ou seja, ocorre acúmulo de bile no fígado. • Causa: produção de autoanticorpos que atacam e causam destruição inflamatória dos ductos biliares intra-hepáticos, levando à cirrose. Como o fígado fica inflamado, os ductos diminuem o diâmetro, tendo colestase e refluindo bilirrubina, causando a icterícia - Cirrose biliar primária Paciente sem comorbidades, US normal, sem cálculos, com icterícia. Durante a investigação, têm marcador positivo anticorpo anti-mitocôndria (AMA), responsável por causar destruição dos ductos. 4 É uma hepatopatia colestática crônica, caracterizada por inflamação e fibrose de ductos biliares intra e extra- hepáticos. Atuando mais nos ductos extra-hepáticos (hepático comum, colédoco). A inflamação vai diminuir o lúmen dos ductos, causando icterícia. • Incidência: adultos jovens do sexo masculino (15- 25anos). • Associação: pode estar associada a doenças inflamatórias intestinais como: retocolite ulcerativa idiopática ou doença de Crohn. Quadro Clínico Laboratório • FAN + • FA • GGT • AST e ALT: 2 – 3x • Hipogamaglobulinemia às custas de IgG Colangite esclerosante primária 5 Obstrução dos principais ductos biliares localizados fora do fígado ou ao nível de seu brilho. Também é chamada de “icterícia obstrutiva”, pelo fato de haver nítida obstrução mecânica ao fluxo da bile. Causas o Coledocolitíase. o Pancreatite crônica. o Tumor de papila. o Tumor de cabeça de pâncreas. o Ascaridíase ductal. o Tumor de vesícula biliar. Exames o Colangiorresonância → “padrão ouro” o Tomografia. Quadro Clínico o Icterícia o Dor abdominal o Febre o Vesícula palpável → pensar em tumor de cabeça de pâncreas! É uma inflamação devido há um cálculo (colelitíase). Quadro Clínico o Dor típica: − HD e/ou Epigástrio. − Irradia: região dorsal supraclavicular D, escápula D ou entre as escápulas. − Fator agravante: refeição rica em gordura. o Náuseas e vômitos. o Distensão e eructação. o Sinal de Murphy +: dor à compressão do ponto cístico durante a inspiração. o Pode haver icterícia. Exames de imagem • US abdome: → 1ª escolha o Avalia: ✓ A dilatação da via biliar. ✓ Se há presença de massa hiperecogênica. ✓ Sombras acústica distal à massa. ✓ Movimento da massa ao mudar de decúbito. o Alta sensibilidade e especificidade. o Pode ser usado em gestantes. • RX simples abdome: não usado. Cálculos de colesterol são radiotransparentes. • TC abdome: 60 – 80%. • RM de abdome: o melhor! • Colecintilografia e colecistograma oral: pouco usado. A maioria é causada por cálculos → colecistite aguda litiásica. O cálculo que está na vesícula (paciente assintomático) migra para o ducto cístico onde impacta, levando à inflamação da vesícula (paciente fica sintomático). Quadro Clínico o Dor em HD ou epigástrica. o Náuseas e vômitos. o Afebril ou febre baixa. o Massa palpável em HD. o Sinal de Murphy + o Pode haver icterícia. Laboratório o Leucocitose discreta: devido ao processo inflamatório. o Elevação discreta: − TGO − TGP − Bilirrubina − FA − AST e ALT - Tríade de Charcot Colecistite crônica litiásica Colecistite aguda 6 Presença de cálculo no ducto colédoco. Coledocolitíase primária: cálculo formou dentro do colédoco, sem ter migrado da vesícula. Coledocolitíase secundária: cálculo saiu da vesícula e foi para o colédoco. Coledocolitíase residual: paciente que fez colecistectomia e, até 2 anos da cirurgia, apareceu um cálculo. Quadro Clínico o Dor/cólica biliar. o Icterícia. o Colúria. o Acolia. Laboratório o Bilirrubina o FA o GGT Complicação • Pancreatite biliar: O cálculo pode cair no ducto pancreático ou na papila de Vater, comprimindo o ducto pancreático, não tendo por onde sair, inflamando o pâncreas. Tratamento • CPRE (colangiopancreatografia retrógrada endoscópica): exame de diagnóstico e terapêutico que associa raio-x e endoscopia e permite avaliar os canais biliares, canais pancreáticos e vesículabiliar. Estes canais drenam no duodeno ao nível da papila de Vater. • Exploração do colédoco (aberta ou laparoscópica). Obstrução do ducto biliar por cálculo + concentração bacteriana na bile de estase. Bactérias: Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Bacteriodies fragilis, Enterococos. Quadro Clínico o Icterícia o Febre o Dor abdominal Colangite Tóxica o Icterícia o Febre o Dor abdominal o Obnubilação mental o Hipotensão Tratamento o ATB + desobstrução da via biliar Coledocolitíase AST e ALT Lipase Colangite aguda Tríade de Charcot Pêntade de Raynold 7 8 9 10
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