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TCC- PAIF

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28
UNIVERSIDADE PITÁGORAS
Sistema de Ensino Presencial Conectado
BACHARELADO EM Serviço social
KARULINI BERGMANN DA ROSA manske
PROTEÇÃO E ATENDIMENTO INTEGRAL À FAMILIA : TRABALHO SOCIAL COM AS FAMILIAS PARTICIPANTES DO PROGRAMA AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS
Camaquã
2019
KARULINI BERGMANN DA ROSA manske
PROTEÇÃO E ATENDIMENTO INTEGRAL À FAMILIA : TRABALHO SOCIAL COM AS FAMILIAS PARTICIPANTES DO PROGRAMA AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Pitágoras - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social. 
Tutor Orientador: Milene Alves Secon
Camaquã
2019
“A felicidade só é verdadeira quando é compartilhada”
Jon Krakauer
agradecimentos
A minha família pais Vladimir e Marilda e irmãos Vladimir Júnior e Guilherme, só cabe agradecer pelo simples fato de estarem perto e participarem da forma que foi possível durante este processo. As pessoas são importantes em nossas vidas pelo simples fato de, muitas vezes, estarem somente ao lado, presentes, agradeço por me fazerem sempre ver as coisas pelos melhores ângulos, por me mostrarem que sempre há luz no final do túnel e que toda dificuldade vem acompanhada de grandes ensinamentos, desta forma me ajudaram muito. 
Ao meu amável marido Lennon e minha sogra Clenir, Agradeço por participar tão intensamente deste momento, que me ajudou a construir este trabalho e passar por este processo que, em muitos momentos, pareceu tão difícil, vocês me trazem apoio para que eu não desanime ,pela atenção e carinho com que ouvia meus anseios, estando sempre muito presente. . 
Agradeço a minha amável orientadora Catiane Rodrigues, que exerceu maravilhosamente o seu papel de me orientar, de me ouvir e de me guiar quando eu já não sabia mais que caminho seguir, sou muito grata por nossos caminhos terem se cruzado.
Gestora Clair Rodrigues que participou de forma direta deste processo, sempre com palavras de incentivo e carinho, acreditando no meu potencial. Ao meu local de estágio Centro de Referencia e Assistência Social-CRAS Getúlio Vargas, que me possibilitou conhecer o espaço e o trabalho desenvolvido.
A Assistente Social Elibia Goulart, que se dispôs a me orientar no campo de estágio, pela sua disponibilidade, e incentivo que foram fundamentais para realizar e prosseguir este estudo. Saliento o apoio incondicional prestado, a forma interessada, extraordinária e pertinente como acompanhou a realização deste trabalho. As suas críticas construtivas, as discussões e reflexões foram fundamentais ao longo de todo o percurso. Não posso esquecer a sua grande contribuição para o meu crescimento como investigadora Eternamente grata por todo o apoio. 
Agradecer a todas as pessoas que contribuíram para a minha formação profissional e pessoal, pois todo esse processo de construção de conhecimento nos modifica e nos transforma em pessoas melhores. Todas as pessoas que encontramos no nosso caminhar, contribuem de alguma forma na pessoa que nos tornamos, agradeço a todos que por algum momento tivemos alguma troca. 
MANSKE, karulini Bergmann da Rosa. Proteção e Atendimento a Familia - Trabalho Social com as Famílias Participantes do Programa Aquisição de Alimentos. Sistema de Ensino Presencial Conectado. Universidade Pitágoras – UNOPAR, 2019. 
RESUMO
A Assistência Social, inicialmente, era realizada por pessoas da classe dominante, e vista como caridade ao s necessitados. Desde a Constituição de 1988, a realidade vem se transformando e as políticas sendo elaboradas para conscientizar o cidadão que ter uma assistência social é um direito. Além disso, hoje existe uma Política Nacional de Assistência Social, uma Lei Orgânica de Assistência Social, um Sistema Único de Assistência Social e diversos programas, dentre eles, o de Proteção e Atendimento Integral a Família. Em meio a uma realidade em que o serviço social se faz presente, torna-se indispensável: informações básicas sobre a atual situação da Política Nacional de Assistência Social. O desenvolvimento desta Política iniciou-se em 1988, mas, esta em desenvolvimento e carece de muito estudo para ir ao encontro da realidade brasileira. 
Palavras-chaves: Política. Assistência Social. Lei Orgânica. PAIF. 
MANSKE, Karulini Bergmann da Rosa. Protección y cuidado familiar: trabajo social con familias que participan en el programa de adquisición de alimentos. Sistema de educación atendida en línea. Universidad de Pitágoras - UNOPAR, 2019.
RESUMEN
El Bienestar Social, inicialmente, fue realizado por personas de la clase dominante, y visto como caridad para los necesitados. Desde la Constitución de 1988, la realidad ha cambiado y las políticas están siendo diseñadas para que los ciudadanos sean conscientes de que contar con asistencia social es un derecho. Además, hoy existe una Política Nacional de Bienestar Social, una Ley Orgánica de Bienestar Social, un Sistema Unificado de Bienestar Social y varios programas, incluyendo la Protección de la Familia y la Atención Integral. En medio de una realidad en la que el trabajo social está presente, se hace indispensable: información básica sobre la situación actual de la Política Nacional de Asistencia Social. El desarrollo de esta Política comenzó en 1988, pero está en desarrollo y necesita mucho estudio para cumplir con la realidad brasileña.
Palavras-chaves: Política. Asistencia social. Ley Orgánica PAIF
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
	
BPC – Benefício de Prestação Continuada 
CNAS – Conselho Nacional de Assistência Social 
CRAS – Centro de Referência de Assistência Social 
CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social 
CEP – Comitê de Ética e Pesquisa 
CF/1988 - Constituição Federal de 1988
ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente
IDHM – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
LOAS – Lei Orgânica da Assistência Social 
MDS – Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome 
PAA- Programa Aquisição de Alimentos 
PNAS – Política Nacional de Assistência Social 
PAIF – Programa de Atenção Integral à Família 
PBF – Programa Bolsa Família 
PSB – Proteção Social Básica 
PSE – Proteção Social Especial 
SEMPLA – Secretária de Planejamento Orçamento e Gestão 
SCFV – Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos 
SUAS – Sistema Único de Assistência Social 
TCC – Trabalho de Conclusão de Curso
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	 9
2.	POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL	11
2.1	Política Nacional de Assistência Social – PNAS....................................18
2.2	lei orgânica de assitência social – LOAS................................................18
2.3	Sistema Único de Assistência Social – SUAS........................................21
2.4	PAIF............................................................................................................23
3.	CONSIDERAÇÕES FINAIS	28
REFERÊNCIAS	29
1. INTRODUÇÃO 
No decorrer da história brasileira, registra-se pessoas que viviam em situação de pobreza ou miséria, estas recebiam ajuda de pessoas ligadas ao governo. Geralmente as primeiras damas eram quem desenvolviam projetos sociais assistencialistas.
E assim, no decorrer de muitos anos, os cidadão brasileiros recebiam ajuda assistencial, caridade para enfrentarem seus problemas sociais. Para sobreviverem se submetiam a projetos desenvolvidos que visavam o cunho assistencial. Por decorrência, criou-se a ideia de que o cidadão recebia ajuda por ter a necessidade e existir um grupo caridoso que ajudava.
Mas, foi a Constituição de 1988 que mudou todo este panorama, após a mesma, receber ajuda para enfrentar sua realidade e seus problemas é um direito de todo cidadão brasileiro. E, em um país onde os problemas são muitos e a sociedade enfrenta sérios problemas para sobreviverem com dignidade, abordar as políticas de assistência social e a realidade de determinada clientela é uma tarefa que exige seriedadee comprometimento.
Infelizmente, o cotidiano brasileiro registra uma série de problemas sociais, fruto da má distribuição de renda. Classes sociais onde poucos são detentores das riquezas financeiras e muitos sofrem para conseguirem sobreviver dignamente. 
E ainda, diante de uma crise financeira que toma conta de muitas cidades brasileiras devido ao desemprego e as mudanças políticas, o número de pessoas que necessitam dos serviços da assistência social aumenta a cada dia.
Assim, este trabalho tem por objetivo geral analisar o PAIF - Proteção e Atendimento Integral à Família, suas formas de execução e resultados obtidos, através do trabalho social desenvolvido com as famílias inseridas neste serviço Participantes do Programa Aquisição de Alimentos.
Para tal análise, se faz necessário: descrever o Sistema Único de Assistência Social – SUAS; descrever o serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF); descrever o Centro de Referência de Assistência Social –CRAS Getúlio Vargas e diagnosticar como está articulado o Programa Aquisição de Alimentos e o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família PAIF do Centro de Referencia e Assistência Social- CRAS Getúlio Vargas. Sendo estes os objetivos específicos desta produção acadêmica.
Esta pesquisa visa registrar se a operacionalização do Programa Aquisição de alimentos está atendendo os objetivos que propõe pra com os Beneficiários do Centro de Referencia e Assistência Social- CRAS Getúlio Vargas? E ainda, de que forma tem melhorado a qualidade de vida das famílias contempladas dos Participantes do Programa Aquisição de Alimentos do Centro de Referência e Assistência Social- CRAS Getúlio Vargas? 
Tem-se uma pesquisa de caráter bibliográfico recorrendo a: livros, dissertações, artigos e informações gerais para aprofundamento do tema. Assim, serão registradas diferentes informações indispensáveis a todo e qualquer cidadão que deseja desenvolver suas atividades no campo da assistência social.
Logo, serão apontadas diferentes informações sobre: a Política Nacional de Assistência Social, a Lei Orgânica de Assistência Social, o Sistema Único de Assistência Social e o Programa de Aquisição de Alimentos. 
2. POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 
Antes de aprofundar o estudo, convém registrar que a assistência social é uma política pública direcionada a todo brasileiro que necessite de ajuda social. Esta assistência é organizada pelo Sistema Único de Assistência Social – SUAS, que pode ser encontrado em todas as regiões brasileiras. 
Esta política visa proteger socialmente o cidadão brasileiro, ajudando a sobreviver diante suas dificuldades através dos serviços, benefícios, programas e projetos oferecidos. Vários profissionais estão envolvidos no desenvolvimento desta política, dentre eles, o assistente social que tem por profissão, desenvolver meios para amparar os cidadãos que enfrentam problemas para acessar sua cidadania, este profissional pode ajudar a solucionar problemas em diferentes campos: educação, habitação, emprego, saúde, dentre outros. 
Foi a Constituição de 1988 que estabeleceu uma visão diferenciada para a necessidade de se ter uma política de assistência social. Dentre muitas mudanças advindas desta Constituição, o registro de que a saúde é um direito de todos e responsabilidade do governo é uma delas. Após, foi sancionada, em 1993, a Lei Orgânica da Assistência Social (Loas) que além de regrar a Constituição, estabeleceu o caráter não contributivo da política por intermédio da instituição do Benefício de Prestação Continuada (BPC). 
Observando a prestação de serviços assistenciais não se tem registros significativos na década de noventa. E assim, Jaccoud et al (2008:187) dizem: “especialmente em termos municipais, o planejamento da política, a avaliação da demanda, o acompanhamento e avaliação dos serviços ofertados pelas entidades beneficentes (...) pouco avançaram em relação ao período anterior”. 
Assim registram-se problemas de organização política referente aos novos conceitos e ao público que deveria ser atendido com os serviços assistenciais. A organização ainda apresentava problemas, não existia ainda um determinado local para atender os cidadãos, a precariedade ainda estava presente. 
Pois, mesmo sendo direito do cidadão, buscar a ajuda na Política Nacional de Assistência Social, ainda não existia a consciência de que era um direito adquirido. Ainda existia o pré conceito de que quando o cidadão era ajudado, ele estava recebendo um favor.
Mesmo existindo o direito a assistência, o desenvolvimento de sua implementação e sua organização não apresentava uma atividade consistente, foi com a Política Nacional de Assistência Social em 2004 que foi introduzida uma nova forma de política com a inserção do Sistema Único de Assistência Social enquanto instituição. 
Fazer com que o cidadão brasileiro fosse em busca de seus direitos assistenciais foi um tarefa árdua e lenta, pois, ao mesmo tempo em que existia este direito, as cidades estavam despreparadas para suprir a demanda existente.
Assim, o sistema apresentou uma descentralização estabelecendo os princípios e as finalidades, onde determinou as responsabilidades agora compartilhadas. Ao mesmo tempo, a Norma Operacional Básica (NOB/Suas) de 2005, regrou as relações federativas para efetivar a descentralização política e administrativa. 
Após a NOB, os serviços ofertados pela assistência social foi dividido em dois tipos, obedecendo o que foi determinado no Pnas: Proteção Social Básica (PSB) e Proteção Social Especial (PSE). A Proteção Social Básica engloba os Centros de Referência de Assistência Social (Cras), que são unidades públicas estatais de base territorial que organizam e coordenam a rede prestadora de serviços locais, para proteger e prevenir os cidadãos de situações de risco e fortalecer os vínculos na comunidade. 
O público destes centros são cidadãos que vivem em situação de vulnerabilidade social. Cada Cras realiza suas atividades pré estabelecidas pelo governo municipal e financiadas pelo federal. Cada Cras desenvolve atividades específicas de acordo com a clientela que consegue trazer ao seu encontro. Há os que ofertam grupos da terceira idade, ou ainda há os que disponibilizam cursos gratuitos de artesanato e salgados em geral, visando fomentar a economia familiar.
Os projetos desenvolvidos nos Cras são muitos e tendem ir ao encontro da realidade onde estão inseridos. Cada realidade exige dos profissionais envolvidos um determinado trabalho para trazer e manter a comunidade atuante em suas atividades.
Já Proteção Social Especial é um atendimento destinado as famílias e cidadãos em situação de risco pessoal e social. Ou seja, pessoas que necessitem de acolhimento devido ao risco de vida, ou estejam em morando na rua. Suas atividades são desenvolvidas no Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas), este é organizado e financiado pelo estado ou em convênio com o município. 
Logo, a partir destas novas normas, o serviço de assistência social esta sendo direcionado para ser realizado por uma gestão compartilhada na implementação da política de assistência social brasileira. Dentre outras alterações, continua a prevalência de regulação estatal (NOB, portarias, resoluções). Apresentando assim uma organização dos serviços não por segmentos como existia, mas, de acordo com o níveis de proteção social necessária para o cidadão envolvido. O Pnas ofertou a descentralização e a reorganização regrada pela NOB, com alterações significativas para o Suas. (MDS, 2005:22) 
Dentre os diferentes objetivos que surgem, transformar a política de assistência social em uma política realmente federativa, por meio da cooperação efetiva entre União, Estados, Municípios e Distrito Federal ganha destaque. Em busca de um trabalho realizado com cooperação, exige um regramento legal para estabelecer relações intergovernamentais. 
Diante de uma realidade que registra a falta de recursos públicos, a união entre os governos, em especial, o governo federal e sua maiorquantidade de recursos financeiros, pode garantir uma maior capacidade para solucionar diferentes problemas sociais resultantes de toda uma desigualdade social que assola o país. 
O Suas, vai ao encontro de atividades organizadas com fundamentação política com normas e padrões pré estabelecidos a serem desenvolvidos em toda a rede prestadora, com um financiamento garantido entre os governos. Pois, a gestão financeira da assistência social sofreu alterações pra tornar-se mais transparente e garantir a continuidade das ações e fortalecer a coordenação intergovernamental. 
Uma das mudanças do Suas, foi a substituição dos antigos convênios firmados entre as esferas de governo por repasses automáticos e regulares, priorizando mecanismos de repasse denominado fundo a fundo, isto é, direto do Fundo Nacional de Assistência Social (Fnas) para os fundos estaduais e municipais. Desta forma, a transferência via convênios não foi extinta por completo, permanecendo, no entanto, restrita ao apoio de projetos e programas não continuados. 
E ainda, valores per capita baseados no número de atendimentos foram substituídos por critérios de partilha mais sofisticados que envolvem, no caso da PSB, o porte populacional dos municípios, a Taxa de Vulnerabilidade Social6 e o cruzamento de indicadores socioterritoriais e de cobertura (MDS, 2005). 
Já na PSE, os critérios incluem indicadores relativos ao combate ao trabalho infantil e ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. As transferências aos governos subnacionais se organizam por meio dos Pisos de Proteção Básica e Pisos de Proteção Social Especial. Para fins de repasses, os municípios devem ser habilitados e podem se enquadrar em três níveis de gestão: inicial, básica e plena. No nível primeiro, as prefeituras recebem recursos da União conforme série histórica, e o desenvolvimento das atividades é relativamente restrito.
 No nível básico, o município tem de assumir a gestão da proteção social básica, incluindo programas, projetos e serviços socioassistenciais que fortaleçam vínculos familiares e comunitários, promovam os beneficiários do BPC e TCR e vigiem direitos violados no território. Para tanto, a NOB estabelece um conjunto mais extenso de incentivos financeiros às prefeituras que se encontram nessa situação. 
A última é a gestão plena, que consiste na provisão de todas as ações no âmbito da política de assistência social, sejam elas financiadas pelo Fnas mediante repasse fundo a fundo ou provenientes de isenção de tributos em razão do Certificado de Entidades Beneficentes de Assistência Social (Ceas). Inclui a oferta de programas, projetos e serviços nos dois níveis de proteção social e, além dos incentivos previstos para a gestão básica, os municípios podem também participar da partilha dos recursos dos Programas e Projetos voltados à Promoção da Inclusão Produtiva (MDS, 2005). 
Desse modo, os recursos disponíveis são partilhados e distribuídos por ordem de prioridade, observando o cumprimento das exigências de adesão ao Suas, habilitação nos níveis de gestão plena ou básica e distribuição do mínimo estabelecido para cada porte ao maior número possível de municípios. 
Por fim, seguindo as definições previstas na CF/88 e na Loas, o financiamento da gestão da política de assistência social pressupõe percentual de participação de cada ente federado. 
Embora a questão ainda não tenha sido regulamentada, a NOB define os municípios como protagonistas no financiamento dos serviços de proteção básica e especial, independentemente do porte populacional. Na prática, o monitoramento do orçamento da área (MDS, 2009) demonstra que o processo de municipalização do financiamento vem ocorrendo, embora de forma mais lenta do que preconizado pelo arcabouço normativo da política.
	Assim, visando proteger o cidadão brasileiro, foi a Constituição de 1988 que apontou as necessidades sociais brasileiras. Passando a Política Nacional de Assistência Social no Brasil, torna-se importante registrar informações sobre: a Política Nacional de Assistência Social (PNAS), a Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), a Proteção Social Básica, na qual dar-se a atenção maior, visto que o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) é o órgão público onde é desenvolvido o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF).
A Política Nacional de Assistência Social possui como objetivos prover serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica e, ou, especial para famílias, indivíduos e grupos que deles necessitarem, bem como assegurar que as ações no âmbito da assistência social, tenham centralidade na família, e que garantam a convivência familiar e comunitária (BRASIL, 2014-d). 
A proteção social básica tem como objetivos prevenir situações de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, destinando-se à população que vive em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privação e, ou, fragilização de vínculos afetivos tanto relacionais quanto de pertencimento social (discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências, dentre outras) (BRASIL, 2014-d). 	Desse modo, na proteção social básica não houve ainda o rompimento dos vínculos de afetividade e pertencimento familiar e comunitário, nem tão pouco violação de direitos, entretanto se está no perigo iminente de existir, logo, faz-se necessário que os serviços, programas, projetos e benefícios sejam prestados de modo a evitar que tal dano aconteça.
São considerados serviços de proteção social básica de assistência social o Programa de Atenção Integral às Famílias; Programa de inclusão produtiva e projetos de enfrentamento da pobreza; Centros de Convivência para Idosos; Serviços para crianças de 0 a 6 anos, que visem o fortalecimento dos vínculos familiares, o direito de brincar, ações de socialização e de sensibilização para a defesa dos direitos das crianças; Serviços sócio-educativos para crianças, adolescentes e jovens na faixa etária de 6 a 24 anos, visando sua proteção, socialização e o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários; Programas de incentivo ao protagonismo juvenil e de fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários; Centros de informação e de educação para o trabalho, voltados para jovens e adultos (BRASIL, 2014-d, p.30). 
Tais serviços de proteção social básica serão executados de forma direta nos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) e em outras unidades básicas e públicas de assistência social, bem como de forma indireta, nas entidades e organizações de assistência social da área de abrangência desses Centros (BRASIL, 2014-d). 
A proteção social especial é a modalidade de atendimento assistencial destinada à famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal e social, por ocorrência de abandono, maus tratos físicos e, ou, psíquicos, abuso sexual, uso de substâncias psicoativas, cumprimento de medidas sócio-educativas, situação de rua, situação de trabalho infantil, entre outras (BRASIL, 2014-d). 
A ênfase da proteção social especial deve priorizar a reestruturação dos serviços de acolhimento dos indivíduos que, por uma série de fatores, não contam mais com a proteção e o cuidado de suas famílias, para as novas modalidades de atendimento. 
Na proteção social especial, são considerados dois níveis de complexidade, a média e a alta. De acordo com os documentos oficiais, ambas estão direcionadas ao atendimento às famílias e indivíduos em situação de direitos violados, mas o que diferencia os níveis de complexidade é a existência ou não de vínculos familiares e/ou comunitários tendo como unidade pública de referência os Centros de Referência Especializado de Assistência Social (MARANHÃO; MOTA, SITCOVSKY, 2006). 
A proteção social especial de média complexidade, já ocorreu a violação de direitos, porém os vínculos familiares e comunitários ainda não foram rompidos, enquanto que na proteçãosocial especial de alta complexidade, além da violação de direitos, os vínculos tanto familiares quanto comunitários foram rompidos, ocasionando uma série de consequências na vida dessa pessoa ou grupo.
2.1 Política Nacional de Assistência Social – PNAS
A partir do momento que a Constituição Federal de 1988 consagrou a assistência social enquanto direito social (Art. 6º CF) (BRASIL, 2014), ela automaticamente a retirou do campo da caridade, do assistencialismo, e a inseriu enquanto um direito, prestado pelo Estado e tendo a possibilidade de ser exigido pela sociedade.
2.2 lEI ORGÂNICA DE ASSITÊNCIA SOCIAL – LOAS
Nessa esteira de ressignificação da assistência social, em 07 de dezembro de 1993 foi sancionada a Lei Orgânica de Assistência Social pelo então presidente Itamar Franco, introduzindo um novo significado para esta categoria (BRASIL, 2014-c). Segundo Giaqueto, a Lei Orgânica de Assistência Social trata-se, mais do que um texto legal, de um conjunto de ideias, de concepção e de direitos. 
A LOAS introduz uma nova forma de discutir a questão da Assistência Social, substituindo a visão centrada na caridade e no favor. É o instrumento que regulamenta os pressupostos constitucionais, ou seja, o conteúdo da Constituição Federal em seus artigos 203 e 204, que definem e garantem os direitos à assistência social (2010, p.02). 
Com a sua edição é extinto o Conselho Nacional de Serviço Social criado em 1938 (LONARDONI; GIMENES; SANTOS, 2006) e criado o Conselho Nacional de Assistência Social, órgão de composição paritária, deliberativo e responsável pela coordenação da Política Nacional de Assistência Social (art. 17 LOAS) (BRASIL, 2014-c). 
Em que pese todas estas conquistas, no âmbito da assistência social, relembra Lonardoni, Gimenes e Santos (2006), que no período de 1990 ocorreram fortes inspirações neoliberais quanto às ações do Estado, resultando na desresponsabilização deste no que tange a gestão dos direitos sociais. Portanto, a implementação da Lei Orgânica de Assistência Social foi dificultada devido a aspectos políticos e econômicos, já que o Estado passa a transferir suas ações para o mercado e para as organizações sem fins lucrativos, comprometendo a efetivação da assistência social no Brasil.
Com a promulgação da CRFB/1988 e posteriormente com a regulamentação da Lei Orgânica de Assistência Social, a assistência social passou a ser inscrita como política pública, direito do cidadão e dever do Estado, sendo resultante das lutas dos movimentos sociais e uma conquista para toda a sociedade. 
A CRFB/1988 trouxe em seu artigo 203, I, II, que a assistência social, será prestada a quem dela necessitar, independentemente da contribuição à seguridade social e tem por objetivo a proteção à família, à maternidade, à infância, adolescência e à velhice, bem como o amparo às crianças e adolescentes carentes, entendendo do mesmo modo a Lei Orgânica de Assistência Social de 1993, em seu artigo 2º (BRASIL, 2014; BRASIL, 2014-c). 
A Lei Orgânica de Assistência Social, seguindo o mesmo norte, possui como diretrizes a descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e comando único das ações em cada esfera de governo, participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis e a primazia da responsabilidade do Estado, na condução da política de assistência social em cada esfera de governo (art.5º, I, II, III da LOAS) (BRASIL, 2014-c). 
Entretanto, mesmo com estes instrumentos jurídicos, ainda predominou no Brasil forte presença do assistencialismo, como sinônimo da assistência social, gerando algumas consequências consideráveis, uma vez que o cidadão não exigia do Estado postura alguma, já que imaginava que este estaria lhe prestando um favor. 
Devido a isso, buscando romper com ideias retrógradas de que ações da assistência social advindas do Estado são resultados da bondade do governante, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, a Secretaria Nacional de Assistência Social e o Conselho Nacional de Assistência Social, cumpriram as deliberações da IV Conferência Nacional de Assistência Social, realizada em dezembro de 2003 em Brasília, elaborando, aprovando e tornando pública a Política Nacional de Assistência Social, em setembro de 2004, com o objetivo de materializar as diretrizes da Lei Orgânica de Assistência Social e implantar o Sistema Único de Assistência Social (BRASIL, 2014-d). 
Tal atitude demonstra a preocupação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, Secretaria Nacional de Assistência Social e Conselho Nacional de Assistência Social, em tornar a assistência social política pública de Estado, visando atingir toda a sociedade, através de um conjunto de programas, serviços e benefícios, tendo como objetivo a manutenção ou reconstrução do saudável convívio familiar. 
Entretanto, a consolidação da assistência social como política pública e direito social, ainda exige o enfrentamento de importantes desafios, tais como a superação dos discursos culturais arraigados na sociedade de cunho meramente tradicional e conservador, que tendem a criar uma barreira entre a política pública de assistência social e a busca do direito pelo cidadão. 
A Política Nacional de Assistência Social trata-se de um instrumento de criação do Sistema Único de Assistência Social, onde o Estado tem o dever de ampliar sua atuação, construir uma rede público-estatal para o atendimento do cidadão, além de ampliar o debate sobre a importância da assistência social como direito de cidadania, buscando universalizar o acesso ao discutir critérios de vulnerabilidade e risco social, para além da questão da renda e da pobreza (COSTA, 2007). 
Na área da assistência social, foi imprescindível a criação da Política Nacional de Assistência Social, pois ela reconhece que cada local possui uma realidade social diferenciada, devendo as pessoas serem tratadas de igual modo, o que contribui para a real efetivação dos seus direitos.
2.3 Sistema Único de Assistência Social – SUAS
A implementação do SUAS é um marco fundamental na regulamentação da Política de Assistência Social e crucial para o seu reconhecimento como política pública de proteção social. Resultado de um amplo processo de construção sócio-histórica, o SUAS visa a estabelecer um padrão de gestão descentralizada que supere a trajetória de centralização, fragmentação e descontinuidade que historicamente marcaram a Política de Assistência Social brasileira. 
A constituição de um sistema de gestão é uma demanda reconhecida desde a aprovação da LOAS, cinco anos após seu reconhecimento como parte da Seguridade Social brasileira, na Constituição Federal. É importante destacar, ainda, os instrumentos de gestão do SUAS, que representam avanços em termos de organização e planejamento técnico e financeiro nas três esferas de gestão: Plano de Assistência Social; orçamento; monitoramento, avaliação e gestão da informação; e relatório anual de gestão (NOB-SUAS, 2013). 
De acordo com Boschetti, Teixeira e Salvador (2013, p. 2), passados 20 anos da aprovação da LOAS, a implementação do SUAS traz uma série de inovações e avanços importantes:
Do ponto de vista da concepção de assistência social, é inegável que a institucionalidade do SUAS tenta retirar a assistência social do arcabouço da filantropia e cria diretrizes, critérios e forte arcabouço legal, antes inexistente e de difícil estruturação em uma nação federada, com fortes disparidades nacionais e locais. A definição conceitual de assistência como política de proteção social presente na PNAS e no SUAS amplia suas feições e funções ali determinadas, rompendo com a histórica nomenclatura até então existente.
Essa breve explanação acerca dos avanços e limites da Política de Assistência Social permite inferir que tais processos se realizam no interior de um movimento mais amplo, cujas determinações estão fincadas nas transformações societárias vigentes. Todo o aparato de regulamentaçãoda política em foco resulta de lutas intensas que tensionam e dinamizam o formato e o lugar que a Assistência Social ocupa no campo da proteção social brasileira. Isto é, a direção social da aludida política está em constante disputa por projetos societários antagônicos. 
Mesmo assim, há campos de resistência, mas o atual contexto aponta para a preponderância de um projeto conservador que tem conferido à Assistência Social um nítido corte seletivo, focalizado, assistencial e filantrópico.
A perspectiva do enfrentamento à pobreza foi a principal diretriz das campanhas eleitorais de Lula e de seus governos, perspectiva que se mantém na política governamental da Presidenta Dilma. Há, de fato, uma continuidade do projeto neoliberal e, portanto, beneficiamento do capital, sobretudo em sua fração financeirizada pela via da política de superávits primários, entre outros artifícios. 
Diante disso, cabe ser observado que, ao longo dos últimos anos, a política neoliberal tem acarretado a exacerbação da pobreza e esta passa a figurar destacadamente como objeto de intervenção, haja vista seus riscos econômicos, sociais e políticos. É evidente que os governos petistas não seguem uma linha reta de continuidade do governo de Fernando Henrique Cardoso. 
A manutenção da política de estabilidade econômica, que prima pelo ajuste fiscal e estabilidade monetária, é combinada com novas formas de intervenção na questão social, do que são elucidativos os programas assistenciais de alívio da pobreza (ALVES, 2013).
2.4 PAIF
O Paif tem como público famílias em situação de vulnerabilidade social. São prioritários no atendimento os beneficiários que atendem aos critérios de participação de programas de transferência de renda e benefícios assistenciais e pessoas com deficiência e/ou pessoas idosas que vivenciam situações de fragilidade. 
Com a aprovação da Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, em 2009, o Programa de Atenção Integral à Família passou a ser denominado Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família, mas preservou a sigla PAIF. 
Esta mudança de nomenclatura enfatiza o conceito de ação continuada, estabelecida em 2004, bem como corresponde ao previsto no Art. 23 da Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS.
 O PAIF foi concebido a partir do reconhecimento que as vulnerabilidades e riscos sociais, que atingem as famílias, extrapolam a dimensão econômica, exigindo intervenções que trabalhem aspectos objetivos e subjetivos relacionados á função protetiva da família e ao direito à convivência familiar.  
	O PAIF teve como antecedentes o Programa Núcleo de Apoio à Família (NAF - 2001), e o Plano Nacional de Atendimento Integrado à Família (PNAIF- 2003). Em 2004, o MDS, aprimorou essa proposta com a criação do Programa de Atenção Integral à Família (PAIF).
	Em 19 de maio de 2004, com o decreto 5.085 da Presidência da República, o PAIF tornou-se “ação continuada da Assistência Social”, passando a integrar a rede de serviços de ação continuada da Assistência Social financiada pelo Governo Federal.
	O serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) é atribuição do poder público e no município de Camaquã (RS), é desenvolvido exclusivamente nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), neste contexto todos os CRAS devem obrigatoriamente implantar o PAIF. 
	O referido Programa integra a Proteção Social Básica e oferta ações socioassistenciais continuadas, por meio do trabalho social com as famílias em situação de vulnerabilidade social, residentes no território abrangido pelo CRAS, o qual deve desenvolver serviços e ações preventivas, protetivas e que auxiliem o desenvolvimento social e humano dos indivíduos e de suas famílias. 
	De acordo com Brasil (2013), segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) através do Censo SUAS/CRAS 2011, existem no Brasil 7.475 CRAS implantados em 5.264 municípios, ou seja, 95% das cidades brasileiras possuem ao menos um CRAS.
O Brasil, como país em fase de desenvolvimento econômico e social e de acelerado processo de industrialização, ainda não conseguiu se libertar de epidemias sociais, como a fome e a subnutrição, que durante séculos marcaram a sua evolução social. 
Do ponto de vista econômico, até os anos 90, observou-se um quadro histórico cada vez mais focado nos interesses da acumulação e reprodução do capital e, do ponto de vista social, um desvirtuamento dos programas de interesse social. 
Deste modo, as políticas públicas privilegiavam as ações voltadas para a produção extensiva em detrimento ao estímulo à agricultura familiar. Como resultado das atitudes centralizadoras do Estado, as políticas públicas destinadas ao meio rural se direcionavam, sobretudo, ao crescimento dos volumes produzidos e dos índices de produtividade, por meio da incorporação de inovações tecnológicas nas atividades agropecuárias. 
Essas políticas eram concebidas a partir dos interesses econômicos dominantes envolvidos na agricultura, sem que houvesse participação dos demais segmentos sociais que compõem o espaço rural (ROCHA, 2007). 
O PAA, instituído através da Lei nº 10.696, de 2 de julho de 2003, regulamentado pelo Decreto nº 6.447 de 7 de maio de 2008, é uma das ações da Estratégia Fome Zero que apóia entidades socioassistenciais e programas sociais locais (DELGADO; CONCEIÇÃO; OLIVEIRA, 2005; CYNTRÃO, 2008; MDS, 2010). 
Este apoio se dá por meio da distribuição de alimentos adquiridos dos agricultores familiares, com quantidade, qualidade e regularidade, atestados pelos órgãos de inspeção federal, estadual ou municipal quando se tratar de produtos de origem animal. O Programa incentiva a diversificação das atividades, contemplando os mais variados tipos de alimentos, inclusive aqueles oriundos da agrobiodiversidade brasileira (MDS, 2010).
Observou-se que o público atendido no PAIF/CRAS, são pessoas em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privação ou ausência de renda, acesso precário ou nulo aos serviços públicos, com vínculos familiares, comunitários, de pertencimento fragilizado e que vivenciam situações de discriminação etária, étnica, de gênero ou por deficiências, entre outros. 
Através da acolhida e do diagnóstico social, com base no Cadastro Único, que é um instrumento importante e constituído pelos seguintes grupos de informação: Identificação da família e das pessoas que a compõem; características familiares; identificação da residência e de suas características; renda da família; gastos da família e informações sobre propriedades e participação em programas sociais, entre eles está o Programa Aquisição de Alimentos (PAA), insere-se a família nos serviços do PAIF , caso se enquadre na situação de Vulnerabilidade Social.
Ainda de acordo com a Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais (2009), o PAIF tem por objetivos: Fortalecer a função protetiva da família, contribuindo na melhoria da sua qualidade de vida; prevenir a ruptura dos vínculos familiares e comunitários, possibilitando a superação de situações de fragilidade social vivenciadas; Promover aquisições sociais e materiais às famílias, potencializando o protagonismo e a autonomia das famílias e comunidades. 
Além destes objetivos, o PAIF busca promover acessos a benefícios, programas de transferência de renda e serviços socioassistenciais, contribuindo para a inserção das famílias na rede de proteção social de assistência social, promover acesso aos demais serviços setoriais, contribuindo para o usufruto de direitos e por fim apoiar famílias que possuem, dentre seus membros, indivíduos que necessitam de cuidados, por meio da promoção de espaços coletivos de escuta e troca de vivências familiares. 
Desta forma, o PAIF realiza um trabalho social com famílias e se expressa como: Um conjunto de procedimentos efetuados com a finalidade de contribuir para a convivência, reconhecimento de direitos e possibilidades de intervenção na vida social de um grupo, unido por vínculos consanguíneos, de afinidade e/ ou solidariedade (BRASIL, 2012, p.10)O Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) não é novo, foi inaugurado com a Tipificação Nacional de Serviços Sociassistenciais (2009). 
Ao contrário, esse serviço tem suas raízes no início dos anos 2000, passando por modificações e aprimoramentos, inclusive de nomenclatura, retratando sua ressignificação no âmbito do SUAS.
Pretendendo pelo meio do PAIF que tem papel importante na compreensão das especificidades do território (vulnerabilidades e potencialidades) a partir do diagnóstico territorial, da escuta qualificada no atendimento ás famílias, da leitura da realidade vivenciada naquele território, possibilitando assim a implementação de ações de caráter preventivo, protetivo e proativo.
O Programa Aquisição de Alimentos tem como objeto beneficiar 70 famílias participantes do PAIF do Centro de Referencia e Assistência Social – CRAS Getúlio Vargas onde á uma grande Vulnerabilidade alimentar, visto isso irei acompanhar os usuários que recebem a cesta mensalmente, acompanhando a alimentação e os benefícios que a cesta de hortifrúti granjeiros trouxeram para a alimentação saudável da família. 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base em uma realidade brasileira capitalista, onde a distribuição de renda é inadequada, e muitos brasileiros enfrentam diariamente problemas sérios para manter sua vida com dignidade, a Política Nacional de Assistência Social torna-se indispensável.
Abordando esta Política, sabe-se que desde a Constituição de 1988, todo um sistema governamental vem trabalhando para realizar de forma mais eficaz os programas e projetos de Assistência Social.
Nesta busca, surgiu a Lei Orgânica de Assistência Social, o Sistema único de Assistência Social e o PAIF, um serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família. Todo um percurso em busca de desenvolver atividades que garantam o direito a assistência social pra todo cidadão brasileiro.
Foram instalados pelo país CRAS e CREAS, para que a necessidade de atendimento da assistência social atingisse os mais necessitados. A realidade, o número de pessoas que compõem a clientela em questão deve aumentar devido a toda uma crise financeira e o desemprego que espalha-se pelo país inteiro.
Mas, cabe registrar que diante os muitos projetos, serviços e programas desenvolvidos pelo governo, o PAIF, não só no Cras Getúlio Vargas, mas, em diferentes locais brasileiros, tende a suprir as necessidades básicas da família atendida.
Logo, percebe-se uma preocupação governamental em ofertar condições básicas aos brasileiros, através da assistência social, para que estes consigam enfrentar seus problemas. Mas, ainda se fazem necessárias muitas ações governamentais no campo da assistência social para ser eficaz, pois, ainda existem muitos cidadãos que estão fora da realidade dos atendimentos ofertados. 
REFERÊNCIAS
A Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS –  SLIDE – Denise Colin – (NOB–RH/SUAS) frente às demandas dos trabalhadores do SUAS
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BRASIL. Norma Operacional Básica-NOB/SUAS. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Brasília: MDS, 2005.
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BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Conselho Nacional de Assistência Social. Resolução n°212, de 19 de novembro de 2006. Propõe critérios para a regulamentação da provisão de benefícios eventuais no âmbito da política pública de assistência social. Disponível em: .Acesso em 29 agosto de 2013
BRASIL. Tipificação Nacional de Serviços Socioassistencias. Texto da Resolução n°109 de 11 de novembro de 2009. Publicada no Diário Oficial da União em 25 de novembro de 2009. Disponível em: http://www.google.com.br/#hl=ptBR&q=tipifica%C3%A7%C3%+nacional+de+servi%C3%A7%os&fp=fe50e2ebc1ebb3 7. Acesso em 29 de set. de 2013.
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Norma Operacional de Recursos Humanos do SUAS-Anotada e Comentada, revisada e reimpressa em 2011 – Clique para baixar.
Norma Operacional de Recursos Humanos do SUAS-Anotada e Comentada, revisada e reimpressa em 2011 – Clique para baixar: NOB-RH-SUAS – ANOTADA E COMENTADA
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