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M nu l de Av l ção Nutr c on l SEMIOLOGIA E AVAL IAÇÃO NUTRIC IONAL Crianças Adolescentes Adultos e Idosos MARGARETH L L FORNASARI 2021 CURSO DE NUTRIÇÃO – UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU PROFESSORA DRA. MARGARETH LAGE LEITE DE FORNASARI [Ano] Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 1 CURSO AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Profa. Dra. Margareth Lage Leite de Fornasari Avaliação Nutricional da Gestante Introdução: ´ A diferença da avaliação do estado nutricional da gestante em relação a outros períodos do curso da vida é que se pretende caracterizar as condições nutricionais da mulher e, indiretamente, o crescimento do feto. ´ Pesquisas têm demonstrado que o estado nutricional materno pode influenciar em 58% o peso ao nascer. ´ O baixo peso ao nascer (BPN) é o fator mais importante associado à morbidade e mortalidade perinatais (OMS). ´ BPN é afetado pela desnutrição materna e ganho de peso insuficiente durante a gestação. Acompanhamento da Gestante: O número mínimo preconizado pelo Ministério da Saúde (2019) para todas as gestantes é de seis consultas, com início o mais precocemente possível, sendo assim distribuídas: • uma no 1º. trimestre (até a 12ª. semana), duas no 2º. trimestre e três no 3º. trimestre; • A gestante deverá ser atendida sempre que houver uma intercorrência, independente do calendário estabelecido; • Da mesma forma, retornos para avaliação de resultados de exames ou para outras ações, no âmbito clínico ou não, devem ser considerados fora do calendário de rotina; • Para as gestantes de alto risco, a definição do cronograma de consultas deve ser adequada a cada caso e depende diretamente do agravo em questão; • Recomenda-se visita domiciliar para gestantes faltosas, com intercorrências e para todas as puérperas, na 1ª. semana pós-parto; Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 2 1) Cálculo da idade gestacional Quando a data da última menstruação (DUM) é conhecida e há certeza: § Uso do CALENDÁRIO: Somar o número de dias do intervalo entre a DUM e a data da consulta, dividindo o total por sete (resultado em semanas). Quando a data da última menstruação é desconhecida, mas se conhece o período do mês em que ela ocorreu Se o período foi no: ü Início do mês " considerar como DUM o dia 5; ü Meio do mês " considerar como DUM o dia 15; ü Fim do mês " considerar como DUM o dia 25. Proceder, então, à utilização do método descrito anteriormente. Cálculo da idade gestacional Atenção: Quando necessário, arredondar a semana gestacional da seguinte forma: 1, 2, 3 dias – considere o número de semanas completas; 4, 5, 6 dias – considere a semana seguinte. Ex.: Gestante com 12 semanas e 2 dias = 12 semanas Gestante com 12 semanas e 5 dias = 13 semanas 2) Peso pré-gestacional conhecido Calcular o I.M.C. pré-gestacional e consultar os pontos de corte e a classificação apresentada na Tabela 1. Tabela 1. Ganho de peso (kg) recomendado durante a gestação, segundo o estado nutricional inicial de mulheres adultas e adolescentes. Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 3 Fonte: Adaptada das recomendações do comitê do IOM (1990, 1992), MS (2006) Gestantes adolescentes calcular o IMC pré-gestacional de acordo com as tabelas específicas para idade da O.M.S, 2007. Ganho de peso (kg) recomendado durante a gestação, segundo o estado nutricional inicial Estado nutricional inicial (IMC) Ganho de peso total (kg) 1º trimestre Ganho de peso semanal médio (kg) 2º e 3º trimestre Ganho de peso total (kg) na gestação Baixo Peso 2,3 0,5 12,5 – 18,0 Adequado 1,6 0,4 11,5 – 16,0 Sobrepeso 0,9 0,3 7,0 – 11,5 Obesidade - 0,3 7,0 Fonte:http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_basicas_sisvan.pdf IG<14 sem. IG>14 sem. Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 4 61 orIEntAçÕES PArA A CoLEtA E AnáLISE dE dAdoS AntroPoMÉtrICoS EM SErVIçoS dE SAúdE Tabela 16: ,0&��NJ�Pò��SRU�LGDGH��HP�PHVHV��SDUD�R�IHPLQLQR�²�D�SDUWLU�GRV���DQRV�H ��PrV�����PHVHV��DRV����DQRV������PHVHV� continua... IMC (kg/m2) por idade (em meses) para o sexo feminino – a partir dos 5 anos e 1 mês (61 meses) aos 19 anos (228 meses). Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 5 62 MINISTÉRIO DA SAÚDE 6HFUHWDULD�GH�$WHQomR�j�6D~GH� 'HSDUWDPHQWR�GH�$WHQomR�%iVLFD continuação continua... Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 6 Classificar na tabela 2, abaixo. Tabela 2. Classificação do IMC pré-gestacional por idade para adolescentes. Classificação Percentis/Escore-z para idade Baixo peso <p3 / <-2 Eutrófico ≥p3 <p85 / ≥ -2 <+1 Sobrepeso ≥p97 / ≥ +2 Obesidade ≥ p97 / ≥ +2 Fonte: O.M.S., 2007. 63 orIEntAçÕES PArA A CoLEtA E AnáLISE dE dAdoS AntroPoMÉtrICoS EM SErVIçoS dE SAúdE continuação Fonte: �:+2������� Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 7 3) Peso pré-gestacional desconhecido Passo 1: Calcular o IMC gestacional; Passo 2: Realizar o diagnóstico nutricional utilizando a tabela 3; Passo 3: Localizar na 1ª. coluna a semana gestacional e identificar nas colunas seguintes em que faixa está situado o IMC da gestante adulta; Passo 4: calculado o IMC gestacional programar os ganhos de peso semanal e total, conforme a tabela 4 que é igual a tabela 1. Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 8 Tabela 3. Avaliação do estado nutricional da gestante com mais de 19 anos, segundo o IMC, por semana gestacional. Fonte Atalah et al. (1997); MS (2006). -ANUALß4mCNICOßDOß0Rm NATALßEß0UERPmRIOßß ßß3ECRETARIAßDEß%STADOßDAß3A{DEßDEß3jOß0AULOß ß���� ��-ANUALß4mCNICOßDOß0Rm NATALßEß0UERPmRIOßß ßß3ECRETARIAßDEß%STADOßDAß3A{DEßDEß3jOß0AULOß ß���� �� �� qNDICE CAP� ��ß 4ABELAß���߯ß!VALIAljOßDOßESTADOßNUTRICIONALß�%. ßDAßGESTANTEßACIMAßDEß��ßANOS�ß SEGUNDOßqNDICEßDEßMASSAßCORPORALß�)-# ßPORßSEMANAßGESTACIONAL 3EMANAßß "AIXOßPESOß !DEQUADOß 3OBREPESOß /BESIDADE GESTACIONALß )-#ß�ß )-#ßENTREß )-#ßENTREß )-#ß� �ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� �ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� ��ß ����ß ����߯ß����ß ����߯ß����ß ���� &ONTE�ß!TALAHßETßAL��ß����� Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 9 Tabela 4. Ganho de peso recomendado (kg) na gestação, segundo estado nutricional inicial. 4) Consultas subsequentes Verificar o ganho de peso recomendado (kg) na gestação, segundo estado nutricional Tabela 1 ou 4 OU Registrar a evolução do IMC segundo idade gestacional na curva. Considerar traçado da curva: Ascendente: estado nutricional adequado; Horizontal ou descendente: estado nutricional inadequado (gestante de risco) �� -ANUALß4mCNICOßDOß0Rm NATALßEß0UERPmRIOßß ßß3ECRETARIAßDEß%STADOßDAß3A{DEßDEß3jOß0AULOß ß������ �� qNDICE CAP� ��ß # ß #LASSIFIQUEß Oß ESTADOß NUTRICIONALß �%. ß DAß GESTANTE�ß SEGUNDOß Oß )-#ß PORß SEMANAß GESTACIONAL�ßDAßSEGUINTEßFORMA� �ß"AIXOßPESOß�"0 ߯ßQUANDOßOßVALORßDOß)-#ßFORßIGUALßOUßMENORßQUEßOSßVALORESßAPRESEN TADOSßNAßCOLUNAßCORRESPONDENTEßAßBAIXOßPESO� �ß!DEQUADOß�! ߯ßQUANDOßOß)-#ßOBSERVADOßESTIVERßCOMPREENDIDOßNAßFAIXAßDEßVALORESß APRESENTADAßNAßCOLUNAßCORRESPONDENTEßAßADEQUADO� �ß3OBREPESOß�3 ߯ßQUANDOßOß)-#ßOBSERVADOßESTIVERßCOMPREENDIDOßNAßFAIXAßDEßVALORESß APRESENTADAßNAßCOLUNAßCORRESPONDENTEßgßSOBREPESO� �ß/BESIDADEß�/ ߯ßQUANDOßOßVALORßDOß)-#ßFORßIGUALßOUßMAIORßQUEßOSßVALORESßAPRESENTA DOSßNAßCOLUNAßCORRESPONDENTEßgßOBESIDADE� � ß#ONDUTASßSEGUNDOßAßAVALIAljOßDOßESTADOßNUTRICIONALßENCONTRADO� �ß"AIXOßPESOß�"0 ߯ßINVESTIGARßHISTvRIAßALIMENTAR�ßHIPERoMESEßGRAVqDICA�ßINFEClzES�ßPA RASITOSES�ßANEMIASßEßDOENlASßDEBILITANTES�ßDARßORIENTAljOßNUTRICIONAL�ßVISANDOßgßPRO MOljOßDOßPESOßADEQUADOßEßDEßHfBITOSßALIMENTARESßSAUDfVEIS�ßREMARCARßCONSULTAßEMß INTERVALOßMENORßQUEßOß½XADOßNOßCALENDfRIOßHABITUAL� �ß!DEQUADOß �! ߯ßSEGUIRßCALENDfRIOßHABITUAL�ßEXPLICARßgßGESTANTEßQUEßSEUßPESOßESTfß ADEQUADOßPARAßAßIDADEßGESTACIONAL�ßDARßORIENTAljOßNUTRICIONAL�ßVISANDOßgßMANUTEN ljOßDOßPESOßADEQUADOßEßgßPROMOljOßDEßHfBITOSßALIMENTARESßSAUDfVEIS� �ß3OBREPESOßEßOBESIDADEß�3ßEß/ ߯ßINVESTIGARßOBESIDADEßPRm GESTACIONAL�ßEDEMA�ßPOLID RhMNIO�ßMACROSSOMIA�ßGRAVIDEZßM{LTIPLAßEßDOENlASßASSOCIADASß�DIABETES�ßPRm ECLhMP SIA�ßETC� �ßDARßORIENTAljOßNUTRICIONAL�ßVISANDOßgßPROMOljOßDOßPESOßADEQUADOßEßDEßHfBI TOSßALIMENTARESßSAUDfVEIS�ßRESSALTANDOßQUE�ßNOßPERqODOßGESTACIONAL�ßNjOßSEßDEVEßPERDERß PESO�ßREMARCARßCONSULTAßEMßINTERVALOßMENORßQUEßOß½XADOßNOßCALENDfRIOßHABITUAL� %STIMEßOßGANHOßDEßPESOßPARAßGESTANTESßUTILIZANDOßAß4ABELAß���� 4ABELAß���߯ß'ANHOßDEßPESOßRECOMENDADOß�EMßKG ßNAßGESTAljO�ßSEGUNDOßESTADOß NUTRICIONALßINICIAL %STADOßNUTRICIONALßß 'ANHOßDEßPESOßSEMANALßß 'ANHOßDEßPESOß 'ANHOßDEßPESO �)-# ß PESOßTOTALß�KG ß SEMANALßMmDIOß�KG ß TOTALß�KG ßNOß ß ß NOß��ßTRIMESTREßß ��ßEß��ßTRIMESTRES "AIXOßPESOß ���ß ���ß ����߯ß���� !DEQUADOß ���ß ���ß ����߯ß���� 3OBREPESOß ���ß ���ß ���߯ß���� /BESIDADEß ¯ß ���ß ��� &ONTE�)NSTITUTEßOFß-EDICINE�ß�����ßADAPTADO� Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 10 Figura 2. Avaliação do IMC de acordo com a semana de gestação. Para realizar o diagnóstico de cada consulta e avaliar a evolução do estado nutricional (EN): Utilizar o gráfico proposto por Atalah et al. (1997): -ANUALß4mCNICOßDOß0Rm NATALßEß0UERPmRIOßß ßß3ECRETARIAßDEß%STADOßDAß3A{DEßDEß3jOß0AULOß ß���� ��-ANUALß4mCNICOßDOß0Rm NATALßEß0UERPmRIOßß ßß3ECRETARIAßDEß%STADOßDAß3A{DEßDEß3jOß0AULOß ß���� �� �� qNDICE CAP� ��ß &IGURAß���߯ß!VALIAljOßDOßqNDICEßDEßMASSAßCORPORALßDEßACORDOßCOMßAßSEMANAßß DEßGESTAljO %.ßDAßGESTANTE ���ßAVALIAljO ß )NCLINAljOßDAßCURVAß %XEMPLO "AIXOßPESOß�"0 !DEQUADOß�! ß 3OBREPESOß�3 /BESIDADEß�/ ß #URVAßDEßGANHOßDEßPESOßDEVEßAPRESENTARß INCLINAljOßMAIORßQUEßAßDAßCURVAßQUEß DELIMITAßAßPARTEßINFERIORßDAßFAIXAßDEß ESTADOßNUTRICIONALßADEQUADO�ß ß ß ß $EVEßAPRESENTARßINCLINAljOßPARALELAßgSß CURVASßQUEßDELIMITAMßAßfREAßDEßESTADOß NUTRICIONALßADEQUADOßNOßGRf½CO� $EVEßAPRESENTARßINCLINAljOßASCENDENTEß SEMELHANTEßgßDAßCURVAßQUEßDELIMITAßAß PARTEßINFERIORßDAßFAIXAßDEßSOBREPESOßOUß gßCURVAßQUEßDELIMITAßAßPARTEßSUPERIORß DESSAßFAIXA�ßAßDEPENDERßDOßSEUßESTADOß NUTRICIONALßINICIAL�ß0ORßEXEMPLO�ßSEßUMAß GESTANTEßDEßSOBREPESOßINICIAßAßGESTAljOß COMß)-#ßPRvXIMOßAOßLIMITEßINFERIORßDESSAß FAIXA�ßSUAßCURVAßDEßGANHOßDEßPESOßDEVEß TERßINCLINAljOßASCENDENTEßSEMELHANTEßgß CURVAßQUEßDELIMITAßAßPARTEßINFERIORßDESSAß FAIXAßNOßGRf½CO� $EVEßAPRESENTARßINCLINAljOßSEMELHANTEß OUßINFERIORß�DESDEßQUEßASCENDENTE ßgß CURVAßQUEßDELIMITAßAßPARTEßINFERIORßDAß FAIXAßDEßOBESIDADE� 40 39,5 39 38,5 38 37,5 37 36,5 36 35,5 35 34,5 34 33,5 33 32,5 32 31,5 31 30,5 30 29,5 29 28,5 28 27,5 27 26,5 26 25,5 25 24,5 24 23,5 23 22,5 22 21,5 21 20,5 20 19,5 19 18,5 18 17,5 17 40 39,5 39 38,5 38 37,5 37 36,5 36 35,5 35 34,5 34 33,5 33 32,5 32 31,5 31 30,5 30 29,5 29 28,5 28 27,5 27 26,5 26 25,5 25 24,5 24 23,5 23 22,5 22 21,5 21 20,5 20 19,5 19 18,5 18 17,5 17 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 IM C SEMANA DE GESTAÇÃO BAIXO PESO ADEQUADO SOBREPESO OBESABP A S O Gráfico de Acompanhamento Nutricional da Gestante Índice de Massa Corporal segundo semana de gestação BP A S O 40 39,5 39 38,5 38 37,5 37 36,5 36 35,5 35 34,5 34 33,5 33 32,5 32 31,5 31 30,5 30 29,5 29 28,5 28 27,5 27 26,5 26 25,5 25 24,5 24 23,5 23 22,5 22 21,5 21 20,5 20 19,5 19 18,5 18 17,5 17 40 39,5 39 38,5 38 37,5 37 36,5 36 35,5 35 34,5 34 33,5 33 32,5 32 31,5 31 30,5 30 29,5 29 28,5 28 27,5 27 26,5 26 25,5 25 24,5 24 23,5 23 22,5 22 21,5 21 20,5 20 19,5 19 18,5 18 17,5 17 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 IM C SEMANA DE GESTAÇÃO BAIXO PESO ADEQUADO SOBREPESO OBESABP BP A S O Gráfico de Acompanhamento Nutricional da Gestante Índice de Massa Corporal segundo semana de gestação A S O 40 39,5 39 38,5 38 37,5 37 36,5 36 35,5 35 34,5 34 33,5 33 32,5 32 31,5 31 30,5 30 29,5 29 28,5 28 27,5 27 26,5 26 25,5 25 24,5 24 23,5 23 22,5 22 21,5 21 20,5 20 19,5 19 18,5 18 17,5 17 40 39,5 39 38,5 38 37,5 37 36,5 36 35,5 35 34,5 34 33,5 33 32,5 32 31,5 31 30,5 30 29,5 29 28,5 28 27,5 27 26,5 26 25,5 25 24,5 24 23,5 23 22,5 22 21,5 21 20,5 20 19,5 19 18,5 18 17,5 17 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 IM C SEMANA DE GESTAÇÃO BAIXO PESO ADEQUADO SOBREPESO OBESABP BP A S O Gráfico de Acompanhamento Nutricional da Gestante Índice de Massa Corporal segundo semana de gestação A S O 40 39,5 39 38,5 38 37,5 37 36,5 36 35,5 35 34,5 34 33,5 33 32,5 3231,5 31 30,5 30 29,5 29 28,5 28 27,5 27 26,5 26 25,5 25 24,5 24 23,5 23 22,5 22 21,5 21 20,5 20 19,5 19 18,5 18 17,5 17 40 39,5 39 38,5 38 37,5 37 36,5 36 35,5 35 34,5 34 33,5 33 32,5 32 31,5 31 30,5 30 29,5 29 28,5 28 27,5 27 26,5 26 25,5 25 24,5 24 23,5 23 22,5 22 21,5 21 20,5 20 19,5 19 18,5 18 17,5 17 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 IM C SEMANA DE GESTAÇÃO BAIXO PESO ADEQUADO SOBREPESO OBESABP BP A S O Gráfico de Acompanhamento Nutricional da Gestante Índice de Massa Corporal segundo semana de gestação A S O Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 11 § Calcular o IMC da data da consulta e verificar a semana gestacional; § Localizar, no eixo horizontal, a semana gestacional e identificar, no eixo vertical, o IMC da gestante. § Marcar um ponto na interseção dos valores de IMC e da semana gestacional. § Classificar o EN da gestante, segundo IMC por semana gestacional. § A partir da 2ª consulta, ligar os pontos obtidos e observar o traçado resultante. Condutas segundo a avaliação do estado nutricional Baixo peso (BP): ü Investigar história alimentar; ü Hiperemese gravídica, infecções, parasitoses e anemias; ü Orientação nutricional, visando à promoção do peso adequado e de hábitos alimentares saudáveis; ü Remarcar consulta em intervalo menor que o fixado no calendário habitual. Adequado (A): ü Seguir calendário habitual; ü Explicar à gestante que seu peso está adequado para a idade gestacional; Exemplo: Sonia 1ª consulta IG(idade gestacional) = 11 semanas IMC pré-gestacional: 23,5 kg/m² 2ª consulta IG = 20 semanas IMC gestacional: 24,5 kg/m² Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 12 ü Orientação nutricional, visando à manutenção do peso adequado e à promoção de hábitos alimentares saudáveis. ü Sobrepeso e obesidade (S e O): ü Investigar obesidade pré-gestacional, edema, gravidez múltipla e doenças associadas (diabetes, pré-eclâmpsia, etc.); ü Orientação nutricional, visando à promoção do peso adequado e de hábitos alimentares saudáveis, ressaltando que, no período gestacional, não se deve perder peso; ü Remarcar consulta em intervalo menor que o fixado no calendário habitual. Considerações sobre Gestantes Adolescentes ü A classificação do EN na gestação proposta não é específica para gestantes adolescentes, pode ser usada, com interpretação flexível. ü Para adolescentes que engravidaram dois ou mais anos depois da menarca, a interpretação dos achados é equivalente à das adultas. ü Para gestantes que engravidaram menos de dois anos após a menarca, é provável que muitas sejam classificadas com BP " mais importante é acompanhar o traçado " ascendente. ü Tratar a gestante adolescente como de risco nutricional, reforçar a abordagem nutricional e aumentar o número de visitas à unidade de saúde. 5) Situações Especiais A baixa estatura em gestantes de baixa adultas <1,47 m e adolescentes <1,45 m, deve-se programar o ganho de peso total mínimo por categoria; Avaliar o ganho de peso de >0,5kg/semana ou >3kg/mês que é sugestivo de edema e SHG após a 20ª. semana. Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 13 6) Outros parâmetros para a Avaliação do Estado Nutricional da Gestante A Anamnese nutricional gestante inclui antropometria, bioquímica, clínica e dietética. • Indicadores indispensáveis na antropometria: IMC, CB, DCT, CMB e AMB e ganho de peso. • Gestações anteriores; • Avaliação da intenção de amamentar; experiências anteriores. • Identificação de fatores de risco: tabagismo, álcool, doenças crônicas. • Escolaridade, apoio familiar, estrutura familiar, condições socioeconômicas. De acordo com o S.I.S.V.A.N., o atendimento nutricional na atenção básica deve coletar as informações abaixo: • Nome completo; data de nascimento; sexo; raça/cor; data do atendimento; • Semana gestacional; peso pré-gestacional; • Peso; • Altura; • Ganho de peso gestacional; • Classificação do estado nutricional; • Presença de anemia ferropriva ou falciforme, quando houver suspeitas desses diagnósticos; • Hábitos alimentares, disponibilidade de alimentos na família e recebimento de benefício proveniente de programa de transferência de renda e outros tipos de auxílio (cesta básica, leite,etc). Usar métodos Rec24h, Q.F.A. ou outro. • Exames clínicos e bioquímicos; • Outros dados clínicos e hábitos de saúde pertinentes Tabela 5. Ganho de peso semanal e total para gestação gemelar adulta e adolescente, segundo I.M.C. inicial. Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 14 Avaliação do Estado Nutricional ESTADO NUTRICIONAL: É o resultado (relação) entre a ingestão e a perda de nutrientes e o gasto de energia. Ou seja, resultado do equilíbrio entre o consumo de nutrientes e o gasto energético do organismo para suprir as necessidades nutricionais. O estado nutricional pode ter três tipos de manifestação orgânicas: • Eutrofia (adequação nutricional): manifestação produzida pelo equilíbrio entre o consumo em relação às necessidades nutricionais. • Carência nutricional: situação em que deficiências gerais ou específicas de energia e nutrientes resultam na instalação de processos orgânicos adversos à saúde. Ou seja, manifestações produzidas pela insuficiência quantitativa e/ou qualitativa do consumo de nutrientes em relação às necessidades nutricionais. Exemplo: anemia • Distúrbio nutricional: manifestações produzidas pelo excesso e/ou desequilíbrio de consumo de nutrientes em relação às necessidades nutricionais. Exemplo: desnutrição / obesidade Resumindo.... • O estado nutricional seria o reflexo que a alimentação pode exercer sobre a saúde de um indivíduo. • Assim, a avaliação nutricional é um processo para identificar aspectos ou características relacionadas com algum problema nutricional visando um diagnóstico. PROCESSO DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL: faz parte do atendimento nutricional a indivíduos, grupos ou populações; Todo processo de consulta, acompanhamento nutricional ou atenção nutricional deve ter obrigatoriamente a avaliação do estado nutricional. Assim, há o direcionamento para condutas nutricionais. OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL: • Identificar os pacientes com risco aumentado de para complicações associadas ao estado nutricional. • Auxiliar na escolha da terapia/orientação nutricional. • Monitorizar a evolução e eficácia da intervenção dietoterápica. • Estudos epidemiológicos (populacional): avaliação e/ou monitoramento do estado nutricional de populações Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 15 COMO AVALIAR O ESTADO NUTRICIONAL: Métodos Objetivos Métodos Subjetivos Antropométricos Clínicos Bioquímicos Avaliação Subjetiva Global (ASG) Dietéticos Métodos Diretos - exploram as manifestações biológicas que expressam o estado nutricional da população Antropométricos Bioquímicos Clínicos (semiologia) -estudo dos sinais e sintomas de uma doença) Métodos indiretos - podem identificar os determinantes da situação nutricional e/ou alimentar da população Fatores Econômicos Fatores Culturais/Religiosos / Psicológicos Estilo de vida (hábito de fumar, atividade física, ...) Dietéticos Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 16 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA ANTROPOMETRIA: método de investigação baseado na medição das variações físicas e na composição corporal global. É aplicável em todas as fases da vida e permite a classificação de indivíduos e grupos segundo seu estado nutricional. Vantagens: - barato - simples - fácil aplicação - fácil padronização - pouco invasivo - permite o diagnóstico de grupos populacionais Quais medidas utilizar? Depende: ü finalidade da avaliação ü tipo de estudo ü Idade Como obter as medidas (material e métodos)? ü Equipamentos e técnicas adequadas ü Treinamento e padronização Como avaliar (com quem comparar)? População de referência: é uma população cujas medidas foram aferidas em indivíduos sadios, vivendo em condições socioeconômicas, culturais e ambientais satisfatórias, tornando-se uma referência para comparações com outros grupos. Como classificar? Para ser feito um diagnóstico antropométrico são necessários a comparação dos valores obtidos na avaliação com os valores de referência ditos como “normais”, para identificar se existe alteração ou não. Os limites de normalidades são chamados de pontos de corte. Pontos de corte são, portanto, limites estabelecidos (inferiores e superiores) que delimitam, com clareza, o intervalo de normalidade. Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 17 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS MENORES DE 5 ANOS Medidas antropométricas - peso - comprimento/estatura Índice: combinação entre duas ou mais medidas/variáveis, o qual isoladamente não fornece um diagnóstico. Peso para Idade (P/I): • Expressa a relação entre a massa corporal e a idade cronológica da criança. • É o índice utilizado para a avaliação do estado nutricional, contemplado na Caderneta de Saúde da Criança. • Essa avaliação é muito adequada para o acompanhamento do ganho de peso e reflete a situação global da criança; porém, não diferencia o comprometimento nutricional atual ou agudo dos pregressos ou crônicos. Por isso, é importante complementar a avaliação com outro índice antropométrico. Estatura para Idade (E/I): • Expressa o crescimento linear da criança. • É o índice que melhor indica o efeito cumulativo de situações adversas sobre o crescimento da criança. É considerado o indicador mais sensível para aferir a qualidade de vida de uma população. Incluído na Caderneta de Saúde da Criança. Peso para Estatura (P/E): • Este índice dispensa a informação da idade; expressa a harmonia entre as dimensões de massa corporal e estatura. § Harmonia no processo de crescimento • É sensível para identificar o excesso de peso e a magreza da criança, porém, precisa de medidas complementares para “fechar” o diagnóstico de sobrepeso e/ou obesidade. Índice de massa corporal (IMC) IMC para Idade: • Indica a harmonia entre as dimensões do corpo • É utilizado para identificar o excesso de peso entre crianças e tem a vantagem de ser um índice que será utilizado em outras fases do curso da vida • Expressa a relação entre o peso da criança e o quadrado da estatura. Como obter as medidas (instrumentos e normas)? ü Equipamentos e técnicas adequadas ü Treinamento e padronização ü Ver Manual do SISVAN - Álbum de Antropometria (www.saude.gov.br) Como avaliar (com quem comparar)? Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 18 • População de referência: documenta como uma determinada população considerada como “de referência” cresce (estudo descritivo) • Padrão de referência indicaria uma trajetória recomendável, ou prescritiva, de crescimento ideal, à qual todas as crianças deveriam alcançar. • OMS (WHO) 2006 (Organização Mundial da Saúde- OMS): Brasil, Gana, Índia, Noruega, Omã e Estados Unidos– NOVAS CURVAS DE REFERÊNCIA. Critérios para avaliar e acompanhar o estado nutricional de crianças: 1. Percentil: é uma medida estatística obtida a partir da divisão de uma série de observações em 100 partes iguais, estando os dados ordenados do menor para o maior, em que cada ponto da divisão corresponde a 1 percentil. As medidas de P/I; E/I; P/E; IMC/I são apresentadas através de tabelas ou de gráficos (curvas de referências). 2. ESCORE Z: significa, em unidades de desvio padrão, o quanto uma medida se distancia (em grau e sentido) da mediana da distribuição a qual ela pertence. As medidas de P/I E/I P/E IMC/I são apresentadas através de tabelas ou de gráficos (curvas de referências). Escore-z é outro termo estatístico e quantifica a distância do valor observado em relação à mediana dessa medida ou ao valor que é considerado normal na população. Corresponde à diferença padronizada entre o valor aferido e a mediana dessa medida da população de referência e é calculado pela seguinte fórmula: Escore-z = (valor observado) – (valor da mediana de referência) Desvio-padrão da população de referência Como exemplo, aos 3 anos de idade, a mediana de peso na população de referência, isto é, escore-z 0 (equivalente ao percentil 50), é de 14,3kg para meninos e 13,9kg para meninas. O cálculo do escore-z para uma criança nessa idade com peso de 15,1 kg indicará o valor de 0,43 escore-z (equivalente ao percentil 66) se for do sexo masculino ou 0,66 escore-z (equivalente ao percentil 75) se for do sexo feminino para o índice de peso por idade. Classificação do estado nutricional de crianças menores de cinco anos para cada índice antropométrico, segundo recomendação SISVAN. Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 19 Com base na Curva de Crescimento da criança, exemplo: Considerando os dados, de um menino, idade 1 ano e 7 meses, estatura 77 cm, vamos usar a curva de crescimento de estatura-idade em Z-escore para a avaliação nutricional. 1ª Etapa: Selecionar a curva correspondente ao dado antropométrico, sexo e idade da criança. Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 20 2ª Etapa: Localizar os dados de estatura e idade da criança: Z-escore 3ª Etapa: Identificar entre quais valores de Z-escore a criança se encontra 4ª Etapa: Avaliar o EN de acordo com o indicador correspondente ao z-escoreda criança. 5ª Etapa: Fazer o diagnóstico final (conclusão). Neste exemplo a criança apresenta baixa estatura para a idade OU Com base na Curva de Percentil 2ª Etapa: Localizar os dados de estatura e idade da criança: Percentil Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 21 3ª Etapa: Identificar entre quais valores de percentil a criança se encontra 4ª Etapa: Avaliar o EN de acordo com o indicador correspondente ao percentil da criança. 5ª Etapa: Fazer o diagnóstico final (conclusão). Neste exemplo a criança apresenta baixa ou muito baixa estatura para a idade. UTILIZANDO AS TABELAS DE REFERÊNCIA Considerando os dados, faça a avaliação nutricional atual da criança considerando a curva de crescimento de estatura-idade. Sexo Idade Estatura Menino 1 ano e 7 meses 77 cm1ª Etapa: Selecionar a tabela correspondente ao dado antropométrico, sexo e idade da criança. Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 22 2ª Etapa: Localizar a linha que corresponde à idade da criança: Z-escore Quando utilizar gráficos ou tabelas? Gráficos: • Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento e avaliar o estado nutricional durante um determinado período: - Unidades Básicas de Saúde (UBS), Programa Saúde da família (PSF). - Ambulatórios, Clínicas Médicas - Creches Tabelas • Determinar o estado nutricional de um indivíduo em um dado momento; Avaliar o estado nutricional de grupos de indivíduos. Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 23 AVALIAÇÃO DO RN Idade Gestacional: Semanas Avaliação da Idade Gestacional <37 semanas Pré-termo 38 a 42 semanas Termo >42 semanas Pós-termo Peso ao Nascer: Peso Avaliação da Idade Gestacional <2500 Baixo peso 2500 a 3000g Peso insuficiente >= 3000g Peso adequado Peso ao Nascer x Idade Gestacional <p10 pequeno para a idade gestacional (PIG) p10 a p90 adequado para a idade gestacional (AIG) >=p90 grande para a idade gestacional (GIG) AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO PÓS-NATAL DE RN PRÉ-TERMO: Diagnóstico de RISCO NUTRICIONAL para PESO, COMPRIMENTO ou PC: Falha de crescimento: abaixo do percentil 5 na curva de crescimento pós-natal; Retardo de crescimento extrauterino: escore-z fora da faixa de normalidade, ou seja ≤ -2 ou ≥ +2 Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 24 ANEXOS ANEXO 1: Tabelas OMS 2006 (0 a 5 anos) Tabela 1: Peso (kg) por idade (meses) para sexo masculino –OMS (2006) Tabela 2: Peso (kg) por idade (meses) para sexo feminino – OMS (2006) Tabela 3: Peso (kg) por comprimento (cm) para sexo masculino –OMS (2006) Tabela 4: Peso (kg) por comprimento (cm) para sexo feminino –OMS (2006) Tabela 5: Peso (kg) por estatura (cm) para sexo masculino –OMS (2006) Tabela 6: Peso (kg) por estatura (cm) para sexo feminino –OMS (2006) Tabela 7: Comprimento (cm) por idade (m) para o sexo masculino – OMS (2006) Tabela 8: Comprimento (cm) por idade (m) para o sexo feminino – OMS (2006) Tabela 9: Estatura (cm) por idade (m) para o sexo masculino – OMS (2006) Tabela 10: Estatura (cm) por idade (m) para o sexo feminino – OMS (2006) Tabela 11: IMC (kg/m²) por idade (m) para o sexo masculino – OMS (2006) Tabela 12: IMC (kg/m²) por idade (m) para o sexo feminino – OMS (2006) Tabela 13: IMC (kg/m²) por idade (m) para o sexo masculino – OMS (2006) Tabela 14: IMC (kg/m²) por idade (m) para o sexo feminino – OMS (2006) ANEXO 2: Gráficos OMS 2006 (0 a 5 anos) Gráfico 1: Peso (kg) por idade (meses) para sexo masculino – Percentil Gráfico 2: Peso (kg) por idade (meses) para sexo masculino – Escore Z Gráfico 3: Peso (kg) por idade (meses) para sexo feminino – Percentil Gráfico 4: Peso (kg) por idade (meses) para sexo feminino – Escore Z Gráfico 5: Comprimento/ Estatura (cm) por idade (meses) para sexo masculino - Percentil Gráfico 6: Comprimento/ Estatura (cm) por idade (meses) para sexo masculino – Escore Z Gráfico 7: Comprimento/ Estatura (cm) por idade (meses) para sexo feminino - Percentil Gráfico 8: Comprimento/ Estatura (cm) por idade (meses) para sexo feminino – Escore Z Gráfico 9: Peso (kg) para comprimento (cm) para sexo masculino – Percentil Gráfico 10: Peso (kg) para comprimento (cm) para sexo masculino – Escore Z Gráfico 11: Peso (kg) para comprimento (cm) para sexo feminino – Percentil Gráfico 12: Peso (kg) para comprimento (cm) para sexo feminino – Escore Z Gráfico 13: Peso (kg) para Estatura (cm) para sexo masculino – Percentil Gráfico 14: Peso (kg) para Estatura (cm) para sexo masculino – Escore Z Gráfico 15: Peso (kg) para Estatura (cm) para sexo feminino – Percentil Gráfico 16: Peso (kg) para Estatura (cm) para sexo feminino – Escore Z Gráfico 17: IMC (kg/m²) por idade (m) para o sexo masculino – Percentil Gráfico 18: IMC (kg/m²) por idade (m) para o sexo masculino – Escore Z Gráfico 19: IMC (kg/m²) por idade (m) para o sexo feminino – Percentil Gráfico 20: IMC (kg/m²) por idade (m) para o sexo feminino – Escore Z Gráfico 21: Perímetro Cefálico (cm) para o sexo feminino – Escore Z Gráfico 22: Perímetro Cefálico (cm) para o sexo masculino – Escore Z Gráfico 23: Avaliação de RN prematuro meninas – escore Z Gráfico 24: Avaliação de RN prematuro meninos – escore Z ATENÇÃO: 1) Baixar as curvas acima de 2006 para crianças menores de 5 anos em: https://aps.saude.gov.br/ape/vigilanciaalimentar/curvascrescimento 2) Baixar os gráficos RN prematuro Intergrowth: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2016/09/InterGrowth.Prematuros.Meninos.pdf https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2016/09/InterGrowth.Prematuros.Meninas.pdf Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 25 40 MINISTÉRIO DA SAÚDE 6HFUHWDULD�GH�$WHQomR�j�6D~GH� 'HSDUWDPHQWR�GH�$WHQomR�%iVLFD ANEXO A Tabela 1: 3HVR��NJ��SRU�LGDGH��PHVHV��SDUD�VH[R�PDVFXOLQR�²�PHQRUHV�GH���DQRV Fonte: ��:+2������� Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 26 41 orIEntAçÕES PArA A CoLEtA E AnáLISE dE dAdoS AntroPoMÉtrICoS EM SErVIçoS dE SAúdE Tabela 2:�3HVR��NJ��SRU�LGDGH��PHVHV��SDUD�VH[R�IHPLQLQR�²�PHQRUHV�GH���DQRV Fonte: �:+2������� Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 27 42 MINISTÉRIO DA SAÚDE 6HFUHWDULD�GH�$WHQomR�j�6D~GH� 'HSDUWDPHQWR�GH�$WHQomR�%iVLFD Tabela 3: 3HVR��NJ��SRU�FRPSULPHQWR��FP��SDUD�VH[R�PDVFXOLQR�²�PHQRUHV�GH���DQRV continua... Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 28 43 orIEntAçÕES PArA A CoLEtA E AnáLISE dE dAdoS AntroPoMÉtrICoS EM SErVIçoS dE SAúdE continuação Fonte: �:+2������� Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 29 44 MINISTÉRIO DA SAÚDE 6HFUHWDULD�GH�$WHQomR�j�6D~GH� 'HSDUWDPHQWR�GH�$WHQomR�%iVLFD Tabela 4:�3HVR��NJ��SRU�FRPSULPHQWR��FP��SDUD�VH[R�IHPLQLQR�²�PHQRUHV�GH���DQRV continua... Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 30 45 orIEntAçÕES PArA A CoLEtA E AnáLISE dE dAdoS AntroPoMÉtrICoS EM SErVIçoS dE SAúdE continua... Fonte: �:+2������� Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 31 46 MINISTÉRIO DA SAÚDE 6HFUHWDULD�GH�$WHQomR�j�6D~GH� 'HSDUWDPHQWR�GH�$WHQomR�%iVLFD Tabela 5: 3HVR��NJ��SRU�HVWDWXUD��FP��SDUD�VH[R�PDVFXOLQR�²�PHQRUHV�GH���DQRV continua... Apostila Avaliação NutricionalMargareth Lage L. de Fornasari 32 47 orIEntAçÕES PArA A CoLEtA E AnáLISE dE dAdoS AntroPoMÉtrICoS EM SErVIçoS dE SAúdE continuação Fonte: �:+2������� Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 33 48 MINISTÉRIO DA SAÚDE 6HFUHWDULD�GH�$WHQomR�j�6D~GH� 'HSDUWDPHQWR�GH�$WHQomR�%iVLFD Tabela 6:�3HVR��NJ��SRU�HVWDWXUD��FP��SDUD�VH[R�IHPLQLQR�²�PHQRUHV�GH���DQRV continua... Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 34 49 orIEntAçÕES PArA A CoLEtA E AnáLISE dE dAdoS AntroPoMÉtrICoS EM SErVIçoS dE SAúdE continuação Fonte: �:+2���������� Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 35 50 MINISTÉRIO DA SAÚDE 6HFUHWDULD�GH�$WHQomR�j�6D~GH� 'HSDUWDPHQWR�GH�$WHQomR�%iVLFD Tabela 7: &RPSULPHQWR��FP��SRU�LGDGH��PHVHV��SDUD�R�VH[R�PDVFXOLQR�²�PHQRUHV�GH���DQRV Fonte: �:+2������� 51 orIEntAçÕES PArA A CoLEtA E AnáLISE dE dAdoS AntroPoMÉtrICoS EM SErVIçoS dE SAúdE Tabela 8: &RPSULPHQWR��FP��SRU�LGDGH��PHVHV��SDUD�R�VH[R�IHPLQLQR�²�PHQRUHV�GH���DQRV Fonte: �:+2������� Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 36 52 MINISTÉRIO DA SAÚDE 6HFUHWDULD�GH�$WHQomR�j�6D~GH� 'HSDUWDPHQWR�GH�$WHQomR�%iVLFD Tabela 9: (VWDWXUD��FP��SRU�LGDGH��PHVHV��SDUD�R�VH[R�PDVFXOLQR�²�PHQRUHV�GH���DQRV Fonte: �:+2������� Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 37 53 orIEntAçÕES PArA A CoLEtA E AnáLISE dE dAdoS AntroPoMÉtrICoS EM SErVIçoS dE SAúdE Tabela 10:�(VWDWXUD��FP��SRU�LGDGH��PHVHV��SDUD�R�VH[R�IHPLQLQR�²�PHQRUHV�GH���DQRV Fonte: �:+2������� Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 38 54 MINISTÉRIO DA SAÚDE 6HFUHWDULD�GH�$WHQomR�j�6D~GH� 'HSDUWDPHQWR�GH�$WHQomR�%iVLFD Tabela 11: ,0&��NJ�Pò��SRU�LGDGH��PHVHV��SDUD�R�VH[R�PDVFXOLQR�²�PHQRUHV�GH���DQRV� Fonte: �:+2������� 55 orIEntAçÕES PArA A CoLEtA E AnáLISE dE dAdoS AntroPoMÉtrICoS EM SErVIçoS dE SAúdE Tabela 12: ,0&��NJ�Pò��SRU�LGDGH��PHVHV��SDUD�R�VH[R�IHPLQLQR�²�PHQRUHV�GH���DQRV Fonte: �:+2������� Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 39 56 MINISTÉRIO DA SAÚDE 6HFUHWDULD�GH�$WHQomR�j�6D~GH� 'HSDUWDPHQWR�GH�$WHQomR�%iVLFD Tabela 13: ,0&��NJ�Pò��SRU�LGDGH��PHVHV��SDUD�R�VH[R�PDVFXOLQR�²�HQWUH���H���DQRV Fonte: �:+2������� Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 40 57 orIEntAçÕES PArA A CoLEtA E AnáLISE dE dAdoS AntroPoMÉtrICoS EM SErVIçoS dE SAúdE Tabela 14:�,0&��NJ�Pò��SRU�LGDGH��PHVHV��SDUD�R�VH[R�IHPLQLQR�²�HQWUH���H���DQRV Fonte: �:+2������� Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 41 Para elaboração do DIAGNÓSTICO DE DESNUTRIÇÃO DE ACORDO COM A O.M.S.: Classificação das formas moderadas e graves de desnutrição (OMS) de acordo com os valores de escore-z para peso por estatura (P/E) e estatura para idade (E/I). Atenção: Os valores percentuais de adequação baseiam-se no comparativo com o escore- z 0 ou a mediana. Para elaboração do DIAGNÓSTICO DE OBESIDADE DE ACORDO COM A O.M.S.: Classificação do estado nutricional de acordo com o IMC/I por percentil e escore-z. 61Manual de Orientação – Departamento de Nutrologia Anexo 2. Classifi cação das formas moderadas e graves de desnutrição (OMS) e tabela do escore z do peso por estatura para classifi cação da desnutrição, em meninos e meninas Z P/E DEP moderado -3 ¬ -2 (70 ¬ 79%) DEP grave ! -3 (<70%) Z E/I Nanismo moderado - 3 ¬ -2 (85 ¬ 89%) Nanismo grave ! -3 (<85%) Fonte: WHO, 1999. IV. Anexos continua... Meninos - Peso (kg) Estatura (cm) Meninas - Peso (kg) -4 DP -3 DP -2 DP -1 DP Mediana Mediana -1 DP -2 DP -3 DP -4 DP 1.7 1.9 2.0 2.2 2.4 45 2.5 2.3 2.1 1.9 1.7 1.8 2.0 2.2 2.4 2.6 46 2.6 2.4 2.2 2.0 1.9 2.0 2.1 2.3 2.5 2.8 47 2.8 2.6 2.4 2.2 2.0 2.1 2.3 2.5 2.7 2.9 8 3.0 2.7 2.5 2.3 2.1 2.2 2.4 2.6 2.9 3.1 49 3.2 2.9 2.6 2.4 2.2 2.4 2.6 2.8 3.0 3.3 50 3.4 3.1 2.8 2.6 2.4 2.5 2.7 3.0 3.2 3.5 51 3.6 3.3 3.0 2.8 2.5 2.7 2.9 3.2 3.5 3.8 52 3.8 3.5 3.2 2.9 2.7 2.9 3.1 3.4 3.7 4.0 53 4.0 3.7 3.4 3.1 2.8 3.1 3.3 3.6 3.9 4.3 54 4.3 3.9 3.6 3.3 3.0 3.3 3.6 3.8 4.2 4.5 55 4.5 4.2 3.8 3.5 3.2 3.5 3.8 4.1 4.4 4.8 56 4.8 4.4 4.0 3.7 3.4 3.7 4.0 4.3 4.7 5.1 57 5.1 4.6 4.3 3.9 3.6 3.9 4.3 4.6 5.0 5.4 58 5.4 4.9 4.5 4.1 3.8 4.1 4.5 4.8 5.3 5.7 59 5.6 5.1 4.7 4.3 3.9 4.3 4.7 5.1 5.5 6.0 60 5.9 5.4 4.9 4.5 4.1 4.5 4.9 5.3 5.8 6.3 61 6.1 5.6 5.1 4.7 4.3 4.7 5.1 5.6 6.0 6.5 62 6.4 5.8 5.3 4.9 4.5 4.9 5.3 5.8 6.2 6.8 63 6.6 6.0 5.5 5.1 4.7 5.1 5.5 6.0 6.5 7.0 64 6.9 6.3 5.7 5.3 4.8 33Manual de Orientação – Departamento de Nutrologia Diagnóstico Apesar de se tratar de procedimentos simples, as medidas antropométricas devem ser realizadas cuidadosamente, seguindo-se uma padronização, e os instru- mentos utilizados para sua aferição devem ser frequentemente calibrados para a obtenção de medidas precisas. As medidas antropométricas mais utilizadas na faixa etária pediátrica são o peso, a estatura (altura/ comprimento) e a circunferência abdominal. Outras medidas também podem ser úteis, como a circunferência do braço e as pregas cutâneas tricipital e subescapular. O Departamento Científico de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria elaborou o Manual de Avaliação Nutricional da Criança e do Adolescente, que pode ser encontrado no site da SBP: http://www.sbp.com.br/pdfs/MANUAL-AVAL-NUTR2009.pdf. Após aferição dos dados antropométricos o estado nutricional deve ser clas- sificado pelo IMC, utilizando-se os referenciais da OMS, 2006 e 2007. Os valores do IMC estão distribuídos em percentis e escores z, segundo sexo e idade (0 a 19 anos). As crianças de 0 a 5 anos são consideradas em risco de sobrepeso quando os valores de IMC estão entre os percentis 85 e 97 ou entre os escores z +1 e +2; com sobrepeso, quando os valores de IMC estiverem entre os percentis 97 e 99,9 ou entre +2 e +3 escores z; e com obesidade, quando os valores estiverem acima do percentil 99,9 ou acima de +3 escore z. Para aqueles acima de 5 anos até 19 anos incompletos, o diagnóstico de sobrepeso é feito quando o valor do IMC estiver entre os percentis 85 e 97 ou entre +1 e +2 escores z; obesidade quando o valor do IMC estiver entre os percentis 97 e 99,9 ou entre +2 e +3 escores z e obesidade grave, quando o valor do IMC estiver acima do percentil 99,9 ou de +3 escore z (Quadro 2 e Anexos 2). Para esses cálculos é possível a utilização do software https://www.who.int/childgrowth/software/en/ e https://www.who.int/growthref/tools/en/ disponibilizado gratuitamente no website da Organização Mundial da Saúde (http://www.who.int/childgrowth/en e https://www.who.int/childgrowth/standards/en/. Quadro 2. Classificação do estado nutricional de acordo com IMC/IDADE por percentil e escore-Z Percentil Escore-z 0 – 5 anos incompletos 5 - 20 anos incompletos > 85 e ) 97 > +1 e ) +2 Risco SobrepesoSobrepeso > 97 e ) 99,9 > +2 e ) +3 Sobrepeso Obesidade > 99,9 > +3 Obesidade Obesidade grave Fonte: WHO. 2006 1. Peso e estatura – utilizados para a classificação da condição nutricional por meio do índice de massa corporal (IMC=peso [kg] / estatura2[m]). (Anexo 2 IMC). Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 42 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS MAIORES DE 5 ANOS E MENORES DE 10 ANOS Profa. Dra. Margareth Lage Leite de Fornasari • Índices mais utilizados de acordo com o Ministério da Saúde – SISVAN, 2011: • Peso para idade: P/I • Estatura para idade: E/I • IMC para idade: IMC/I • População de Referência - Curvas de Crescimento: O.M.S. para 5 a 19 anos (2007): reconstrução da referência NCHS (National Center for Health Statistics – Center for Disease Control, United States)/OMS 1977. • Também são recomendados em consultórios, hospitais e clínicas: P/I, E/I, IMC/I, CB (circunferência do braço); CMB (circunferência muscular do braço); DCT (dobra cutânea do tríceps); DCS (dobra cutânea subescapular) e CA (circunferência abdominal). • Para o cálculo do IMC, é utilizada a seguinte fórmula: • Passos para Antropometria e diagnóstico nutricional nessa fase: 1o PASSO: Calcular a idade em anos completos e meses, fazendo as aproximações necessárias. 2o PASSO: Pesar e medir a criança, utilizando as técnicas e os instrumentos adequados. 3o PASSO: Anotar os dados no formulário da Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN. 4o PASSO: Marcar nos gráficos (curvas) de crescimento da Caderneta de Saúde da Criança o ponto de intersecção entre o peso e a idade, entre a estatura e a idade, e entre o Índice de Massa Corporal e a idade da criança. 14 MINISTÉRIO DA SAÚDE 6HFUHWDULD�GH�$WHQomR�j�6D~GH� 'HSDUWDPHQWR�GH�$WHQomR�%iVLFD $�PmH�RX�UHVSRQViYHO�GHYH�VHU�PXLWR�EHP�RULHQWDGD�SDUD�FRPSUHHQGHU�DV�LQIRUPDo}HV�FRQWLGDV�QD�&DGHUQHWD� GH�6D~GH�GD�&ULDQoD��JXDUGi�OD�HP�ERDV�FRQGLo}HV�H�DSUHVHQWi�OD�HP�WRGRV�RV�FRQWDWRV�FRP�SURILVVLRQDLV�H�RX� VHUYLoRV�GH�VD~GH��SRLV�VH�WUDWD�GH�LQVWUXPHQWR�GH�FDUiWHU�PRWLYDFLRQDO�H�HGXFDWLYR�SDUD�D�PHOKRULD�GD�VD~GH�LQIDQWLO�� GHQWUR�GD�DERUGDJHP�GRV�FXLGDGRV�SULPiULRV�GH�VD~GH� 2V�JUiILFRV�GH�FUHVFLPHQWR�GD�&DGHUQHWD�GH�6D~GH�GD�&ULDQoD�GH������VHJXHP�D�VHJXLQWH�SDGURQL]DomR� ��9DULiYHLV��SHVR��HVWDWXUD�H�LGDGH ��ÌQGLFHV��3HVR�,GDGH��3�,����(VWDWXUD�,GDGH��(�,��H�ÌQGLFH�GH�0DVVD�&RUSRUDO�,GDGH��,0&�,�� ��5HIHUrQFLDV��2UJDQL]DomR�0XQGLDO�GD�6D~GH��:+2��������SDUD�DV�FULDQoDV�PHQRUHV�GH���DQRV�H��:+2� ������SDUD�DTXHODV�HQWUH���H����DQRV� ��&ODVVLILFDomR��HVFRUHV�] ��3RQWRV�GH�FRUWH��YLGH�TXDGURV����H���� 1RWD��3DUD�FULDQoDV�TXH�WrP�D�FDGHUQHWD�DQWLJD��D�FODVVLILFDomR�GR�HVWDGR�QXWULFLRQDO�p�HP�SHUFHQWLO�H�QRV� VHJXLQWHV�SRQWRV�GH�FRUWH��S���S���H�S����5HIHUrQFLDV��2UJDQL]DomR�0XQGLDO�GD�6D~GH��:+2��������SDUD�DV�FULDQoDV� PHQRUHV�GH���DQRV�H�National Center for Health Statistics�²�1&+6��+$0,//�HW�DO���������SDUD�DTXHODV�HQWUH���H����DQRV� Índices antropométricos: 2V�tQGLFHV�DQWURSRPpWULFRV�PDLV�DPSODPHQWH�XVDGRV��UHFRPHQGDGRV�SHOD�206�H�DGRWDGRV�SHOR�0LQLVWpULR� GD�6D~GH�SDUD�D�DYDOLDomR�GR�HVWDGR�QXWULFLRQDO�GH�FULDQoDV��VmR� Peso-para-idade (P/I): ([SUHVVD�D�UHODomR�HQWUH�D�PDVVD�FRUSRUDO�H�D�LGDGH�FURQROyJLFD�GD�FULDQoD��e�R�tQGLFH� XWLOL]DGR�SDUD�D�DYDOLDomR�GR�HVWDGR�QXWULFLRQDO��FRQWHPSODGR�QD�&DGHUQHWD�GH�6D~GH�GD�&ULDQoD��SULQFLSDOPHQWH� SDUD�DYDOLDomR�GR�EDL[R�SHVR��(VVD�DYDOLDomR�p�PXLWR�DGHTXDGD�SDUD�R�DFRPSDQKDPHQWR�GR�JDQKR�GH�SHVR�H�UHIOHWH� D�VLWXDomR�JOREDO�GD�FULDQoD��SRUpP��QmR�GLIHUHQFLD�R�FRPSURPHWLPHQWR�QXWULFLRQDO�DWXDO�RX�DJXGR�GRV�SUHJUHVVRV� RX�FU{QLFRV��3RU�LVVR��p�LPSRUWDQWH�FRPSOHPHQWDU�D�DYDOLDomR�FRP�RXWUR�tQGLFH�DQWURSRPpWULFR� Peso-para-estatura (P/E): (VWH� tQGLFH� GLVSHQVD� D� LQIRUPDomR�GD� LGDGH�� H[SUHVVD� D� KDUPRQLD� HQWUH� DV� GLPHQV}HV�GH�PDVVD�FRUSRUDO�H�HVWDWXUD��e�XWLOL]DGR�WDQWR�SDUD�LGHQWLILFDU�R�HPDJUHFLPHQWR�GD�FULDQoD��FRPR�R� excesso de peso. Índice de Massa Corporal (IMC)-para-idade:�H[SUHVVD�D�UHODomR�HQWUH�R�SHVR�GD�FULDQoD�H�R�TXDGUDGR�GD� HVWDWXUD��e�XWLOL]DGR�SDUD�LGHQWLILFDU�R�H[FHVVR�GH�SHVR�HQWUH�FULDQoDV�H�WHP�D�YDQWDJHP�GH�VHU�XP�tQGLFH�TXH�VHUi� XWLOL]DGR�HP�RXWUDV�IDVHV�GR�FXUVR�GD�YLGD� 3DUD�R�FiOFXOR�GR�,0&��p�XWLOL]DGD�D�VHJXLQWH�IyUPXOD� Índice de Massa Corporal (IMC) = Peso (kg) Estatura² (m) 2�6,69$1�UHFRPHQGD�D�FODVVLILFDomR�GR�ÌQGLFH�GH�0DVVD�&RUSRUDO��� ,0&�SURSRVWD�SHOD�2UJDQL]DomR� 0XQGLDO�GD�6D~GH��WDQWR�SDUD�PHQRUHV�GH���DQRV��:+2���������FRPR�SDUD�FULDQoDV�D�SDUWLU�GRV���DQRV��:+2� ��������$V�FXUYDV�GH�DYDOLDomR�GR�FUHVFLPHQWR�SDUD�FULDQoDV�GRV���DRV����DQRV�IRUDP�ODQoDGDV�UHFHQWHPHQWH� SHOD�206��7UDWD�VH�GH�XPD�UHDQiOLVH�GRV�GDGRV�GR�1&+6�GH�������+DPLOO�HW�DO���������DOpP�GH�XP�DOLVDPHQWR� GDV�FXUYDV�QR�SHUtRGR�GH�WUDQVLomR�HQWUH�RV�PHQRUHV�GH���DQRV�GH�LGDGH��DYDOLDGRV�VHJXQGR�R�HVWXGR�EDVH�GRV� GDGRV�ODQoDGRV�HP�������H�RV�LQGLYtGXRV�D�SDUWLU�GRV���DQRV�� 1R�$QH[R��FRQVWDP�RV�YDORUHV�GH�,0&�H�GRV�RXWURV� tQGLFHV�DQWURSRPpWULFRV�SDUD�D�DYDOLDomR�GR�HVWDGR� QXWULFLRQDO�GH�FULDQoDV�HP�FDGD�IDL[D�GH�LGDGH�H�VH[R��WDQWR�HP�SHUFHQWLV�FRPR�HP�HVFRUHV�]� Estatura-para-idade (E/I):�([SUHVVD�R�FUHVFLPHQWR�OLQHDU�GD�FULDQoD��e�R�tQGLFH�TXH�PHOKRU�LQGLFD�R�HIHLWR� FXPXODWLYR�GH�VLWXDo}HV�DGYHUVDV�VREUH�R�FUHVFLPHQWR�GD�FULDQoD��e�FRQVLGHUDGR�R�LQGLFDGRU�PDLV�VHQVtYHO�SDUD�DIHULU�D� TXDOLGDGH�GH�YLGD�GH�XPD�SRSXODomR��7UDWD�VH�GH�XP�tQGLFH�LQFOXtGR�UHFHQWHPHQWH�QD�&DGHUQHWD�GH�6D~GH�GD�&ULDQoD� Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 43 5o PASSO: Calcular o IMC da criança. 6o PASSO: Fazer o diagnóstico nutricional da criança, interpretando cada índice avaliado. 7o PASSO: Verificar a inclinação das curvas de crescimento para complementar o diagnóstico nutricional. 8o PASSO: Compartilhar com a mãe/responsável o diagnóstico nutricional da criança. 9o PASSO: Fazer a intervenção adequada para cada situação. 10o PASSO: Realizar ações de promoção da saúde. Valorizar o diagnóstico nutricional é ter atitude de vigilância! Avaliação Antropométrica de Crianças de 5 a 10 anos para cada índice antropométrico segundo SISVAN, 2011. Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 44 ANEXO 3: Tabelas OMS 2007 (a partir dos 5 anos e 1 mês 61 meses) aos 19 anos (228 meses) Tabela 15: IMC (kg/m2) por idades (meses) para o sexo masculino – OMS (2007) Tabela 16: IMC (kg/m2) por idades (meses) para o sexo feminino – OMS (2007) Tabela 17: Altura(cm) por idade (m) para sexo masculino –OMS (2007) Tabela 18: Altura(cm) por idade (m) para sexo feminino – OMS (2007) Tabela 19: Peso (kg) por idade (m) para sexo masculino – OMS (2007) Tabela 20: Peso (kg) por idade (m) para sexo feminino – OMS (2007) • As tabelas de CB (circunferência do braço); CMB (circunferência muscular do braço); DCT (dobra cutânea do tríceps); DCS (dobra cutânea subescapular) e CA (circunferência abdominal) encontram-se na parte da Avaliação Antropométrica de Adolescentes (> 10 anos e menores de 19 anos e 11 meses). • Parâmetros de classificação ou pontos de corte situam-se após as referidas tabelas. ATENÇÃO Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 45 58 MINISTÉRIO DA SAÚDE 6HFUHWDULD�GH�$WHQomR�j�6D~GH� 'HSDUWDPHQWR�GH�$WHQomR�%iVLFD Tabela 15: ,0&��NJ�Pò��SRU�LGDGH��HP�PHVHV��SDUD�R�PDVFXOLQR�²�D�SDUWLU�GRV���DQRV�H���PrV�����PHVHV��DRV� ���DQRV������PHVHV�continua... Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 46 59 orIEntAçÕES PArA A CoLEtA E AnáLISE dE dAdoS AntroPoMÉtrICoS EM SErVIçoS dE SAúdE continuação continua... Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 47 60 MINISTÉRIO DA SAÚDE 6HFUHWDULD�GH�$WHQomR�j�6D~GH� 'HSDUWDPHQWR�GH�$WHQomR�%iVLFD continuação Fonte: �:+2������� Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 48 61 orIEntAçÕES PArA A CoLEtA E AnáLISE dE dAdoS AntroPoMÉtrICoS EM SErVIçoS dE SAúdE Tabela 16: ,0&��NJ�Pò��SRU�LGDGH��HP�PHVHV��SDUD�R�IHPLQLQR�²�D�SDUWLU�GRV���DQRV�H ��PrV�����PHVHV��DRV����DQRV������PHVHV� continua... Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 49 62 MINISTÉRIO DA SAÚDE 6HFUHWDULD�GH�$WHQomR�j�6D~GH� 'HSDUWDPHQWR�GH�$WHQomR�%iVLFD continuação continua... Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 50 63 orIEntAçÕES PArA A CoLEtA E AnáLISE dE dAdoS AntroPoMÉtrICoS EM SErVIçoS dE SAúdE continuação Fonte: �:+2������� Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 51 64 MINISTÉRIO DA SAÚDE 6HFUHWDULD�GH�$WHQomR�j�6D~GH� 'HSDUWDPHQWR�GH�$WHQomR�%iVLFD Tabela 17:�$OWXUD��FP��SRU�LGDGH��HP�PHVHV��SDUD�R�VH[R�PDVFXOLQR�²�D�SDUWLU�GRV���DQRV�H���PrV�����PHVHV�� DRV����DQRV������PHVHV� continua... Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 52 65 orIEntAçÕES PArA A CoLEtA E AnáLISE dE dAdoS AntroPoMÉtrICoS EM SErVIçoS dE SAúdE continuação continua... Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 53 66 MINISTÉRIO DA SAÚDE 6HFUHWDULD�GH�$WHQomR�j�6D~GH� 'HSDUWDPHQWR�GH�$WHQomR�%iVLFD continuação Fonte: �:+2������� Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 54 67 orIEntAçÕES PArA A CoLEtA E AnáLISE dE dAdoS AntroPoMÉtrICoS EM SErVIçoS dE SAúdE Tabela 18: $OWXUD��FP��SRU�LGDGH��HP�PHVHV��SDUD�R�VH[R�IHPLQLQR�²�D�SDUWLU�GRV���DQRV�H���PrV�����PHVHV�� DRV����DQRV������PHVHV� continua... Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 55 68 MINISTÉRIO DA SAÚDE 6HFUHWDULD�GH�$WHQomR�j�6D~GH� 'HSDUWDPHQWR�GH�$WHQomR�%iVLFD continuação continua... Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 56 69 orIEntAçÕES PArA A CoLEtA E AnáLISE dE dAdoS AntroPoMÉtrICoS EM SErVIçoS dE SAúdE continuação Fonte: �:+2������� Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 57 70 MINISTÉRIO DA SAÚDE 6HFUHWDULD�GH�$WHQomR�j�6D~GH� 'HSDUWDPHQWR�GH�$WHQomR�%iVLFD Tabela 19: 3HVR��NJ��SRU�LGDGH��HP�PHVHV��SDUD�R�VH[R�PDVFXOLQR�²�D�SDUWLU�GRV���DQRV�H���PrV�����PHVHV�� DRV����DQRV������PHVHV� Fonte: �:+2������� Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 58 71 orIEntAçÕES PArA A CoLEtA E AnáLISE dE dAdoS AntroPoMÉtrICoS EM SErVIçoS dE SAúdE Tabela 20:�3HVR��NJ��SRU�LGDGH��HP�PHVHV��SDUD�R�VH[R�IHPLQLQR�²�D�SDUWLU�GRV���DQRV�H���PrV�����PHVHV�� DRV����DQRV������PHVHV� Fonte: �:+2������� Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 59 ANEXO 4: Gráficos OMS 2007 (de 5 anos aos 19 anos ) Gráfico 21: Peso (kg) por idade até 10 (anos) para sexo masculino – Escore Z Gráfico 22: Peso (kg) por idade até 10 anos para sexo feminino – Escore Z Gráfico 23: Estatura(cm) por idade (meses e anos) até 19 anos para sexo masculino – Escore Z Gráfico 24: Estatura(cm) por idade (meses e anos) até 19 anos para sexo feminino – Escore Z Gráfico 25: IMC por idade (meses e anos) até os 19 anos para o sexo masculino – Escore Z Gráfico 26: IMC por idade (meses e anos) até os 19 anos para o sexo feminino – Escore Z ATENÇÃO: https://aps.saude.gov.br/ape/vigilanciaalimentar/curvascrescimento baixar as de 2007 para crianças maiores de 5 anos até 19 anos. LEMBRANDO.... Como interpretar a Curva de Crescimento da criança? Curva ascendente: velocidade positiva de ganho de peso ou estatura Curva reta: diminuição na velocidade de ganho de peso ou estatura Curva descendente: perda de ganho de peso Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 60 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS MAIORES DE 10 ANOS e ADOLESCENTES • Faixa etária: maior ou igual a 10 anos e menor que 20 anos de idade (OMS, 1986) >= 10 até 19 ANOS • Ministério da Saúde: de 10 a 19 anos e 11 meses. • Período de transição entre a infância e a vida adulta MATURAÇÃO SEXUAL ü A partir do início da atividade dos hormônios sexuais, as transformações físicas que ocorrem na adolescência são diferentes em meninas e meninos. ü A avaliação do estado nutricional, bem como, as modificações antropométricas e de composição corporal na adolescência, são fortemente relacionadas ao estirão puberal, ou seja, ao estágio de maturação sexual. ü Organização Mundial de Saúde (OMS-WHO) ressalta a importância de se considerar marcadores biológicos para o início e o final do estirão puberal, que possibilitam predizer o estágio de desenvolvimento puberal em que o adolescente se encontra. Tais marcadores são: o Meninos: Desenvolvimento das genitais e mudança no timbre de voz o Meninas: Desenvolvimento das mamas e menarca ü Assim, considerando-se a velocidadede crescimento, torna-se possível inferir se um adolescente com baixa estatura para a idade, iniciou ou não o estirão puberal, possibilitando o direcionamento das ações de intervenção. Da mesma forma, a informação da ocorrência ou não do estirão puberal, auxilia na avaliação do estado nutricional e consequentemente na avaliação das modificações antropométricas e de composição corporal. ü O estadiamento da maturação sexual é feito pela avaliação das mamas e dos pelos púbicos no sexo feminino, e dos genitais e pelos púbicos no sexo masculino. ü As mamas e os genitais masculinos são avaliados quanto ao tamanho, forma e características; ü Os pelos púbicos são avaliados por suas características, quantidade e distribuição – Para meninas e meninos ü Convencionou-se chamar esses estágios de Estágios de maturação sexual ou Estágios de Tanner. o O Estágio 1 corresponde sempre à fase infantil, PRÉ-PUBERE. o O Estágio 5 corresponde à fase pós-puberal, ADULTA. Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 61 Características dos estágios de maturação sexual Genitais (sexo masculino) G1 Pênis, testículos e escroto de tamanho e proporções infantis. G2 Aumento inicial do volume testicular (>4ml). Pele escrotal muda de textura e torna-se avermelhada. Aumento do pênis mínimo ou ausente. G3 Crescimento peniano, principalmente em comprimento. Maior crescimento dos testículos e escroto. G4 Continua crescimento peniano, agora principalmente em diâmetro, e com maior desenvolvimento da glande. Maior crescimento dos testículos e do escroto, cuja pele se torna mais pigmentada. G5 Desenvolvimento completo da genitália, que assume tamanho e forma adulta. Mamas (sexo feminino) M1 Mama infantil, com elevação somente da papila. M2 Broto mamário: aumento inicial da glândula mamária, com elevação da aréola e papila, formando uma pequena saliência. Aumenta o diâmetro da aréola, e modifica-se sua textura. M3 Maior aumento da mama e da aréola, mas sem separação de seus contornos. M4 Maior crescimento da mama e da aréola, sendo que esta agora forma uma segunda saliência acima do contorno da mama. M5 Mamas com aspecto adulto. O contorno areolar novamente incorporado ao contorno da mama. Pelos púbicos (ambos os sexos) P1 Ausência de pelos pubianos. Pode haver uma leve penugem semelhante à observada na parede abdominal. P2 Aparecimento de pelos longos e finos, levemente pigmentados, lisos ou pouco encaracolados, principalmente na base do pênis (ou ao longo dos grandes lábios). P3 Maior quantidade de pelos, agora mais grossos, escuros e encaracolados, espalhando- se esparsamente pela sínfise púbica. P4 Pelos do tipo adulto, cobrindo mais densamente a região púbica, mas ainda sem atingir a face interna das coxas. P5 Pilosidade pubiana igual a do adulto, em quantidade e distribuição, invadindo a face interna das coxas. P6 Extensão dos pelos para cima da região púbica. Para identificação do grau de maturação sexual é necessário que os adolescentes sejam informados de que se trata da avaliação do estágio de maturação sexual e que este influencia no diagnóstico nutricional, sendo necessária a colaboração dos mesmos. Pode- se solicitar que o PRÓPRIO adolescente APONTE em qual estágio se encontra, SE FOR POSSÍVEL, de acordo com os estágios de TANNER Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 62 Estágios de Tanner – Sexo Feminino Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 63 Estágios de Tanner – Sexo Masculino Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 64 FASES PRÉ, PÚBERE E PÓS PÚBERE (OMS, 1995) Para definir as fases pré-púbere, púbere e pós-púbere a OMS recomenda a utilização de dois eventos de maturação sexual (marcadores biológicos) para cada sexo: Evento MENINAS MENINOS Marcador do início do estirão puberal Estágio M2 Estágio G3 Indicador de que a velocidade máxima de crescimento já ocorreu Menarca Voz adulta Meninas Menarca M2 M3 M4 M5 Sim Não Sim Pós-púbere: provavelmente o pico de velocidade foi ultrapassado e o crescimento quase completado Esta combinação não ocorre em situações normais Não Púbere: o estirão já iniciou, mas ainda não terminou. Pré-púbere: ainda não iniciou o estirão Meninos Voz adulto G3 G4 G5 Sim Não Sim Pós-púbere: provavelmente o pico de velocidade foi ultrapassado e o crescimento quase completado Esta combinação não ocorre em situações normais Não Púbere: o estirão já iniciou mas ainda não terminou Pré-púbere: ainda não iniciou o estirão n Pré-púbere: não iniciou o estirão n Púbere: iniciou mas não completou o estirão n Pós-púbere: completou a maior parte do estirão Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 65 ÍNDICES UTILIZADOS NA AVALALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE ADOLESCENTES O Ministério da Saúde adota os seguintes índices: n Estatura para Idade (E/I) n IMC para Idade (IMC/I) Estatura para Idade (E/I): n Expressa o crescimento linear da criança. n É o índice que melhor indica o efeito cumulativo de situações adversas sobre o crescimento da criança. É considerado o indicador mais sensível para aferir a qualidade de vida de uma população. n Fase da adolescência: o Até o estirão de crescimento, as diferenças nas estaturas entre os sexos são mínimas. o 1 ᵃmetade da puberdade: Meninas mais altas e mais pesadas o 2 ᵃmetade da puberdade: Meninos mais altos e > massa corporal IMC para Idade (IMC/I): n Indica a harmonia entre as dimensões do corpo - Reflete melhor as modificações corporais associadas à maturação sexual. n Será utilizado em outras fases do curso da vida ATENÇÃO: usar as tabelas e gráficos dos Anexos 3 e 4 Quadro Resumo pontos de corte estabelecidos para adolescentes, segundo SISVAN, 2011. Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 66 CIRCUNFERÊNCIAS: • Circunferência Abdominal: avalia adiposidade central. • Devido prevalência da obesidade infanto-juvenil, a CA pode ser utilizada para avaliar a concentração de gordura abdominal. Porém, devido à escassez de estudos associados à variação do crescimento físico em cada faixa etária, não há um ponto de corte específico adolescentes, sendo frequentemente utilizados os valores propostos por Freedman e colaboradores (1999). • Ponto médio proposto pela O.M.S. Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 67 • Circunferência do Pescoço • Vários estudos internacionais associam a CP com com fatores de risco cardiometabólicos e resistência insulínica. • 85% da gordura corporal total é subcutânea e tem mais associação com riscos quando acumulada na região superior do corpo. • É mais fácil de ser obtida e mais aceitável socialmente que a CA. • Medida pode ser realizada a partir dos 10 anos de idade; • Obtida no ponto médio do pescoço (considerar plano de Frankfurt) 69 Tabela 1 – Distribuição em percentis da Circunferência Abdominal (cm) Idade (anos) Brancos Negros Masculino Feminino Masculino Feminino Percentil Percentil Percentil Percentil 50 90 50 90 50 90 50 90 5 52 59 5157 52 56 52 56 6 54 61 53 60 54 60 53 59 7 55 61 54 64 56 61 56 67 8 59 75 58 73 58 67 58 65 9 62 77 60 73 60 74 61 78 10 64 88 63 75 64 79 62 79 11 68 90 66 83 64 79 67 87 12 70 89 67 83 68 87 67 84 13 77 95 69 94 68 87 67 81 14 73 99 69 96 72 85 68 92 15 73 99 69 88 72 81 72 85 16 77 97 68 93 75 91 75 90 17 79 90 66 86 78 101 71 105 Fonte: Freedman e colaboradores (1999). Manual.indb 69 3/7/2012 16:14:28 > p90 risco associado a obesidade central ou abdominal Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 68 Quadro com os pontos de corte e classificação para a Circunferência do Pescoço >10 anos: Sexo/maturação sexual Hatipoglu Nafiu* Obesidade Sobrepeso Obesidade Meninos pré-puberes 29 cm - - Meninos púberes 32,5 cm 28,5 cm 39 cm Meninas pré-púberes 28 cm - - Meninas púberes 31 cm 27 cm 34,6 cm Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 69 • Circunferência do Braço: é uma medida complementar mas pode ser usada isoladamente ou para DN quando outro método não puder ser usado. Ex. não pudermos pesar. • Tabela de referência para Avaliação Frisancho, 1990. 70 Tabela 2 – Percentis da Circunferência do Braço (cm), segundo idade e sexo Idade (anos) Masculino Feminino P5 P50 P95 P5 P50 P95 1 – 1,9 14,2 16,0 18,2 13,6 15,7 17,8 2 – 2,9 14,3 16,3 18,6 14,2 16,1 18,5 3 – 3,9 15,0 16,8 19,0 14,4 16,6 19,0 4 – 4,9 15,1 17,1 19,3 14,8 17,0 19,5 5 – 5,9 15,5 17,5 20,5 15,2 17,5 21,0 6 – 6,9 15,8 18,0 22,8 15,7 17,8 22,0 7 – 7,9 16,1 18,7 22,9 16,4 18,6 23,3 8 – 8,9 16,5 19,2 24,0 16,7 19,5 25,1 9 – 9,9 17,5 20,1 26,0 17,6 20,6 26,7 10 – 10,9 18,1 21,1 27,9 17,8 21,2 27,3 11 – 11,9 18,5 22,1 29,4 18,8 22,2 30,0 12 – 12,9 19,3 23,1 30,3 19,2 23,7 30,2 13 – 13,9 20,0 24,5 30,8 20,1 24,3 32,7 14 – 14,9 21,6 25,7 32,3 21,2 25,1 32,9 15 – 15,9 22,5 27,2 32,7 21,6 25,2 32,2 16 – 16,9 24,1 28,3 34,7 22,3 26,1 33,5 17 – 17,9 24,3 28,6 34,7 22,0 26,6 35,4 18 – 24,9 26,0 30,7 37,2 22,4 26,8 35,2 Fonte: Frisancho e colaboradores (1990). Manual.indb 70 3/7/2012 16:14:28 Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 70 • Circunferência Muscular do Braço: Medida derivada da circunferência do braço e da dobra cutânea do tríceps (DCT). A CMB é considerada um bom indicador da reserva do tecido muscular, apesar de não corrigir a área óssea. 23 pode ser usada isoladamente como instrumento de triagem ou para diagnosticar o estado nutricional da criança, caso outro método não possa ser utilizado (como quando não é possível pesar o paciente, por ele estar acamado ou quando o peso está superestimado). Como referência à classificação da CB, é utilizada a tabela por percentil proposta por Frisancho (1990) (Anexo B, tabela 2). Valores inferiores ao percentil 5 (P 5 ) são indicadores de risco de doenças e de distúrbios associados à desnutrição; valores superiores ao percentil 95 (P 95 ) representam risco de doenças relacionadas ao excesso de peso (Quadro 5). Circunferência muscular do braço (CMB) – Medida derivada da circunferência do braço e da prega cutânea tricipital (PCT). A CMB é considerada um bom indicador da reserva do tecido muscular, apesar de não corrigir a área óssea. Para classificação da CMB é utilizada a tabela proposta por Frisancho (1990) (Anexo B, tabela 3). Valores inferiores ao P 5 indicam risco de doenças e distúrbios associados à desnutrição; valores superiores ao P 95 , diferentemente do que ocorre com outras medidas, não indicam excesso de gordura corporal, uma vez que trata da medida indireta de massa muscular (Quadro 5). Área Muscular do Braço (AMB) /Área Muscular do Braço corrigida (AMBc) – Medida também derivada da CB e da PCT, contudo avalia a massa muscular corrigindo a massa óssea, refletindo, mais adequadamente, a verdadeira magnitude das mudanças do tecido muscular do que a CMB. A Área Muscular do Braço é recomendada para indivíduos até 18 anos e AMBc/idade para aqueles a partir de 19 anos, com a utilização de fórmulas específicas para cada sexo: Com base nos valores de referência estabelecidos por Frisancho (1990) (Anexo B, tabela 4) e classificação conforme quadro 5. CMB (cm) = CB – (! x PCT/10) AMB(cm!) = [CB – (" x PCT /10)]! 4 x " 13 AMBc (cm!) = [CB – (" x PCT/10)]! – 10 4 x " MASCULINO 13 AMBc (cm!) = [CB – (" x PCT/10)]!– 6,5 4 x " FEMININO Manual.indb 23 3/7/2012 16:14:25 71 Tabela 3 – Percentis da Circunferência Muscular do Braço (cm), segundo idade e sexo Idade (anos) Masculino Feminino P5 P50 P95 P5 P50 P95 1 – 1,9 11,0 12,7 14,7 10,5 12,4 14,3 2 – 2,9 11,1 13,0 15,0 11,1 12,6 14,7 3 – 3,9 11,7 13,7 15,3 11,3 13,2 15,2 4 – 4,9 12,3 14,1 15,9 11,5 13,6 15,7 5 – 5,9 12,8 14,7 16,9 12,5 14,2 16,5 6 – 6,9 13,1 15,1 17,7 13,0 14,5 17,1 7 – 7,9 13,7 16,0 18,0 12,9 15,1 17,6 8 – 8,9 14,0 16,2 18,7 13,8 16,0 19,4 9 – 9,9 15,1 17,0 20,2 14,7 16,7 19,8 10 – 10,9 15,6 18,0 22,1 14,8 17,0 19,7 11 – 11,9 15,9 18,3 23,0 15,0 18,1 22,3 12 – 12,9 16,7 19,5 24,1 16,2 19,1 22,0 13 – 13,9 17,2 21,1 24,5 16,9 19,8 24,0 14 – 14,9 18,9 22,3 26,4 17,4 20,1 24,7 15 – 15,9 19,9 23,7 27,2 17,5 20,2 24,4 16 – 16,9 21,3 24,9 29,6 17,0 20,2 24,9 17 – 17,9 22,4 25,8 31,2 17,5 20,5 25,7 18 – 18,9 22,6 26,4 32,4 17,4 20,2 24,5 19 – 24,9 23,8 27,3 32,1 18,5 20,7 24,9 Fonte: Frisancho e colaboradores (1990). Manual.indb 71 3/7/2012 16:14:28 Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 71 Dobras Cutâneas ou Pregas Cutâneas • As pregas cutâneas são utilizadas para aferir a adiposidade, baseando-se no principio de que a prega mede as duas camadas de pele juntamente com a gordura subcutânea de um ponto especifico. Aproximadamente metade do conteúdo da gordura corporal localiza-se nos depósitos adiposos subcutâneos. • Mais utilizadas: DCT (tríceps) e DCSE (dobra cutânea subescapular). Tabela 4a – Percentis da DCT triciptal (mm) de crianças e adolescentes, segundo idade e gênero. 102 Manual de Orientação – Departamento de Nutrologia IV. Anexos Anexo 31. Percentis da dobra cutânea tricipital (mm) de crianças e adolescentes, segundo idade e gênero Idade (anos) Masculino Feminino P5 P15 P50 P85 P95 P5 P15 P50 P85 P95 1 6,5 7,5 10,0 13,0 16,0 6,0 7,5 10,5 12,5 16,5 2 6,0 7,0 10,0 13,0 15,5 6,0 7,5 10,5 13,5 16,0 3 6,5 7,5 9,5 12,5 15,0 6,0 7,0 10,0 13,5 16,5 4 6,0 7,0 9,0 12,0 15,0 6,0 7,5 10,0 12,5 15,5 5 5,5 6,5 8,0 11,5 15,0 6,0 7,5 10,5 13,0 16,0 6 5,0 6,0 8,0 12,0 14,5 6,0 7,5 10,0 14,0 18,5 7 5,0 6,0 8,5 12,0 17,5 6,0 7,5 10,5 14,5 20,0 8 5,5 6,0 9,0 16,5 17,5 6,0 7,0 11,0 15,0 21,0 9 5,0 6,0 9,0 16,0 22,0 7,0 8,5 13,0 16,0 27,0 10 5,0 6,5 11,0 20,0 23,0 7,0 8,0 13,5 20,0 24,5 11 4,5 6,0 10,5 22,0 26,0 8,0 9,0 14,0 21,0 29,5 12 5,0 6,0 11,0 18,0 30,0 7,5 9,0 13,5 21,5 27,0 13 5,0 6,0 9,0 16,5 26,5 6,0 9,0 15,0 21,5 30,0 14 4,0 5,5 9,0 15,0 22,5 8,0 10,5 17,0 22,0 32,0 15 5,0 6,0 7,5 14,5 23,0 8,5 10,0 16,5 25,0 32,1 16 4,5 5,5 8,0 18,5 22,0 11,0 12,0 18,0 24,5 33,1 17 4,0 5,0 7,0 12,5 25,5 9,5 11,5 20,0 27,0 34,5 18 4,0 6,0 9,5 17,5 18,0 11,0 12,5 18,0 26,5 35,0 19 5,0 6,56,5 9,0 16,0 22,5 10,5 13,0 19,0 27,0 33,533,5 Fonte: NCHS, 1976-1980 Apostila Avaliação Nutricional Margareth Lage L. de Fornasari 72 Tabela 4b – Percentis da DCS subescapular (mm) de crianças e adolescentes, segundo
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