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MANUAL DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL

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M nu l de
Av l ção
Nutr c on l
SEMIOLOGIA E AVAL IAÇÃO NUTRIC IONAL
Crianças Adolescentes Adultos e Idosos
MARGARETH L L FORNASARI
2021	
						
CURSO	DE	NUTRIÇÃO	–	UNIVERSIDADE	SÃO	JUDAS	TADEU	
PROFESSORA	DRA.	MARGARETH	LAGE	LEITE	DE	FORNASARI	
	
[Ano] 
 
Apostila Avaliação Nutricional 
 Margareth Lage L. de Fornasari 
 1 
 
 
 
CURSO AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 
Profa. Dra. Margareth Lage Leite de Fornasari 
Avaliação Nutricional da Gestante 
 
Introdução: 
´ A diferença da avaliação do estado nutricional da gestante em relação a outros 
períodos do curso da vida é que se pretende caracterizar as condições nutricionais 
da mulher e, indiretamente, o crescimento do feto. 
´ Pesquisas têm demonstrado que o estado nutricional materno pode influenciar em 
58% o peso ao nascer. 
´ O baixo peso ao nascer (BPN) é o fator mais importante associado à morbidade e 
mortalidade perinatais (OMS). 
´ BPN é afetado pela desnutrição materna e ganho de peso insuficiente durante a 
gestação. 
 
Acompanhamento da Gestante: 
O número mínimo preconizado pelo Ministério da Saúde (2019) para todas as gestantes é 
de seis consultas, com início o mais precocemente possível, sendo assim distribuídas: 
• uma no 1º. trimestre (até a 12ª. semana), duas no 2º. trimestre e três no 3º. trimestre; 
• A gestante deverá ser atendida sempre que houver uma intercorrência, independente do 
calendário estabelecido; 
• Da mesma forma, retornos para avaliação de resultados de exames ou para outras 
ações, no âmbito clínico ou não, devem ser considerados fora do calendário de 
rotina; 
• Para as gestantes de alto risco, a definição do cronograma de consultas deve ser 
adequada a cada caso e depende diretamente do agravo em questão; 
• Recomenda-se visita domiciliar para gestantes faltosas, com intercorrências e para 
todas as puérperas, na 1ª. semana pós-parto; 
 
 
 
 
 
Apostila Avaliação Nutricional 
 Margareth Lage L. de Fornasari 
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1) Cálculo da idade gestacional 
Quando a data da última menstruação (DUM) é conhecida e há certeza: 
§ Uso do CALENDÁRIO: 
Somar o número de dias do intervalo entre a DUM e a data da consulta, dividindo o total 
por sete (resultado em semanas). 
 
Quando a data da última menstruação é desconhecida, mas se conhece o período do mês 
em que ela ocorreu 
Se o período foi no: 
ü Início do mês " considerar como DUM o dia 5; 
ü Meio do mês " considerar como DUM o dia 15; 
ü Fim do mês " considerar como DUM o dia 25. 
Proceder, então, à utilização do método descrito anteriormente. 
Cálculo da idade gestacional 
Atenção: Quando necessário, arredondar a semana gestacional da seguinte forma: 
1, 2, 3 dias – considere o número de semanas completas; 
4, 5, 6 dias – considere a semana seguinte. 
Ex.: Gestante com 12 semanas e 2 dias = 12 semanas 
 Gestante com 12 semanas e 5 dias = 13 semanas 
 
2) Peso pré-gestacional conhecido 
Calcular o I.M.C. pré-gestacional e consultar os pontos de corte e a classificação 
apresentada na Tabela 1. 
Tabela 1. Ganho de peso (kg) recomendado durante a gestação, segundo o estado 
nutricional inicial de mulheres adultas e adolescentes. 
Apostila Avaliação Nutricional 
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Fonte: Adaptada das recomendações do comitê do IOM (1990, 1992), MS (2006) 
Gestantes adolescentes calcular o IMC pré-gestacional de acordo com as tabelas 
específicas para idade da O.M.S, 2007. 
 
Ganho de peso (kg) recomendado durante a gestação, segundo o 
estado nutricional inicial 
Estado nutricional 
inicial (IMC) 
Ganho de peso 
total (kg) 
1º trimestre 
Ganho de peso 
semanal médio (kg) 
2º e 3º trimestre 
Ganho de peso 
total (kg) na 
gestação 
Baixo Peso 2,3 0,5 12,5 – 18,0 
Adequado 1,6 0,4 11,5 – 16,0 
Sobrepeso 0,9 0,3 7,0 – 11,5 
Obesidade - 0,3 7,0 
Fonte:http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_basicas_sisvan.pdf 
IG<14 sem. IG>14 sem. 
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 continua...
IMC (kg/m2) por idade (em meses) para o sexo feminino – a partir dos 5 anos e 1 mês (61 meses) 
aos 19 anos (228 meses). 
 
 
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
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 continuação
 
 continua...
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Classificar na tabela 2, abaixo. 
Tabela 2. Classificação do IMC pré-gestacional por idade para adolescentes. 
Classificação Percentis/Escore-z para idade 
Baixo peso <p3 / <-2 
Eutrófico ≥p3 <p85 / ≥ -2 <+1 
Sobrepeso ≥p97 / ≥ +2 
Obesidade ≥ p97 / ≥ +2 
Fonte: O.M.S., 2007. 
 
 
 
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3) Peso pré-gestacional desconhecido 
Passo 1: Calcular o IMC gestacional; 
Passo 2: Realizar o diagnóstico nutricional utilizando a tabela 3; 
Passo 3: Localizar na 1ª. coluna a semana gestacional e identificar nas colunas seguintes 
em que faixa está situado o IMC da gestante adulta; 
Passo 4: calculado o IMC gestacional programar os ganhos de peso semanal e total, 
conforme a tabela 4 que é igual a tabela 1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela 3. Avaliação do estado nutricional da gestante com mais de 19 anos, segundo o 
IMC, por semana gestacional. Fonte Atalah et al. (1997); MS (2006). 
 
 
 
 
 
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Tabela 4. Ganho de peso recomendado (kg) na gestação, segundo estado nutricional inicial. 
 
4) Consultas subsequentes 
 
Verificar o ganho de peso recomendado (kg) na gestação, segundo estado nutricional 
Tabela 1 ou 4 OU 
Registrar a evolução do IMC segundo idade gestacional na curva. 
 
 
 
 
Considerar traçado da curva: 
Ascendente: estado nutricional adequado; 
Horizontal ou descendente: estado nutricional inadequado (gestante de risco) 
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Figura 2. Avaliação do IMC de acordo com a semana de gestação. 
 
 
Para realizar o diagnóstico de cada consulta e avaliar a evolução do estado nutricional (EN): 
 
Utilizar o gráfico proposto por Atalah et al. (1997): -ANUALß4mCNICOßDOß0Rm
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IM
C
SEMANA DE GESTAÇÃO
BAIXO PESO ADEQUADO SOBREPESO OBESABP
BP
A S O
Gráfico de Acompanhamento Nutricional da Gestante
Índice de Massa Corporal segundo semana de gestação
A
S
O
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 11 
§ Calcular o IMC da data da consulta e verificar a semana gestacional; 
§ Localizar, no eixo horizontal, a semana gestacional e identificar, no eixo vertical, o 
IMC da gestante. 
§ Marcar um ponto na interseção dos valores de IMC e da semana gestacional. 
§ Classificar o EN da gestante, segundo IMC por semana gestacional. 
§ A partir da 2ª consulta, ligar os pontos obtidos e observar o traçado resultante. 
 
 
 
Condutas segundo a avaliação do estado nutricional 
Baixo peso (BP): 
ü Investigar história alimentar; 
ü Hiperemese gravídica, infecções, parasitoses e anemias; 
ü Orientação nutricional, visando à promoção do peso adequado e de hábitos 
alimentares saudáveis; 
ü Remarcar consulta em intervalo menor que o fixado no calendário habitual. 
 
Adequado (A): 
ü Seguir calendário habitual; 
ü Explicar à gestante que seu peso está adequado para a idade gestacional; 
Exemplo: Sonia 
1ª consulta 
IG(idade gestacional) = 11 
semanas 
IMC pré-gestacional: 23,5 kg/m² 
2ª consulta 
IG = 20 semanas 
IMC gestacional: 24,5 kg/m² 
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 12 
ü Orientação nutricional, visando à manutenção do peso adequado e à promoção de 
hábitos alimentares saudáveis. 
ü 
Sobrepeso e obesidade (S e O): 
ü Investigar obesidade pré-gestacional, edema, gravidez múltipla e doenças 
associadas (diabetes, pré-eclâmpsia, etc.); 
ü Orientação nutricional, visando à promoção do peso adequado e de hábitos 
alimentares saudáveis, ressaltando que, no período gestacional, não se deve perder 
peso; 
ü Remarcar consulta em intervalo menor que o fixado no calendário habitual. 
 
Considerações sobre Gestantes Adolescentes 
ü A classificação do EN na gestação proposta não é específica para gestantes 
adolescentes, pode ser usada, com interpretação flexível. 
ü Para adolescentes que engravidaram dois ou mais anos depois da menarca, a 
interpretação dos achados é equivalente à das adultas. 
ü Para gestantes que engravidaram menos de dois anos após a menarca, é provável 
que muitas sejam classificadas com BP " mais importante é acompanhar o traçado 
" ascendente. 
ü Tratar a gestante adolescente como de risco nutricional, reforçar a abordagem 
nutricional e aumentar o número de visitas à unidade de saúde. 
 
 
5) Situações Especiais 
 
A baixa estatura em gestantes de baixa adultas <1,47 m e adolescentes <1,45 m, deve-se 
programar o ganho de peso total mínimo por categoria; 
Avaliar o ganho de peso de >0,5kg/semana ou >3kg/mês que é sugestivo de edema e 
SHG após a 20ª. semana. 
 
 
 
 
 
 
 
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 13 
 
 
 
 
6) Outros parâmetros para a Avaliação do Estado Nutricional da Gestante 
 
A Anamnese nutricional gestante inclui antropometria, bioquímica, clínica e dietética. 
• Indicadores indispensáveis na antropometria: 
 IMC, CB, DCT, CMB e AMB e ganho de peso. 
• Gestações anteriores; 
• Avaliação da intenção de amamentar; experiências anteriores. 
• Identificação de fatores de risco: tabagismo, álcool, doenças crônicas. 
• Escolaridade, apoio familiar, estrutura familiar, condições socioeconômicas. 
De acordo com o S.I.S.V.A.N., o atendimento nutricional na atenção básica deve coletar as 
informações abaixo: 
• Nome completo; data de nascimento; sexo; raça/cor; data do atendimento; 
• Semana gestacional; peso pré-gestacional; 
• Peso; 
• Altura; 
• Ganho de peso gestacional; 
• Classificação do estado nutricional; 
• Presença de anemia ferropriva ou falciforme, quando houver suspeitas desses 
diagnósticos; 
• Hábitos alimentares, disponibilidade de alimentos na família e recebimento de 
benefício proveniente de programa de transferência de renda e outros tipos de 
auxílio (cesta básica, leite,etc). Usar métodos Rec24h, Q.F.A. ou outro. 
• Exames clínicos e bioquímicos; 
• Outros dados clínicos e hábitos de saúde pertinentes 
Tabela 5. Ganho de peso semanal e total para gestação gemelar adulta e 
adolescente, segundo I.M.C. inicial. 
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 14 
 
 
Avaliação do Estado Nutricional 
 
ESTADO NUTRICIONAL: É o resultado (relação) entre a ingestão e a perda de nutrientes 
e o gasto de energia. Ou seja, resultado do equilíbrio entre o consumo de nutrientes e o 
gasto energético do organismo para suprir as necessidades nutricionais. 
 
O estado nutricional pode ter três tipos de manifestação orgânicas: 
• Eutrofia (adequação nutricional): manifestação produzida pelo equilíbrio entre o 
consumo em relação às necessidades nutricionais. 
• Carência nutricional: situação em que deficiências gerais ou específicas de energia 
e nutrientes resultam na instalação de processos orgânicos adversos à saúde. Ou 
seja, manifestações produzidas pela insuficiência quantitativa e/ou qualitativa do 
consumo de nutrientes em relação às necessidades nutricionais. 
Exemplo: anemia 
• Distúrbio nutricional: manifestações produzidas pelo excesso e/ou desequilíbrio 
de consumo de nutrientes em relação às necessidades nutricionais. 
Exemplo: desnutrição / obesidade 
 
Resumindo.... 
 
• O estado nutricional seria o reflexo que a alimentação pode exercer sobre a saúde 
de um indivíduo. 
• Assim, a avaliação nutricional é um processo para identificar aspectos ou 
características relacionadas com algum problema nutricional visando um 
diagnóstico. 
 
PROCESSO DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL: faz parte do atendimento nutricional a 
indivíduos, grupos ou populações; 
Todo processo de consulta, acompanhamento nutricional ou atenção nutricional deve ter 
obrigatoriamente a avaliação do estado nutricional. Assim, há o direcionamento para 
condutas nutricionais. 
 
OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL: 
 
• Identificar os pacientes com risco aumentado de para complicações associadas ao 
estado nutricional. 
• Auxiliar na escolha da terapia/orientação nutricional. 
• Monitorizar a evolução e eficácia da intervenção dietoterápica. 
• Estudos epidemiológicos (populacional): avaliação e/ou monitoramento do estado 
nutricional de populações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 15 
COMO AVALIAR O ESTADO NUTRICIONAL: 
 
Métodos Objetivos Métodos Subjetivos 
Antropométricos Clínicos 
Bioquímicos Avaliação Subjetiva Global (ASG) 
Dietéticos 
 
 
Métodos Diretos - exploram as manifestações biológicas que expressam o 
estado nutricional da população 
Antropométricos 
Bioquímicos 
Clínicos (semiologia) -estudo dos sinais e sintomas de uma doença) 
 
Métodos indiretos - podem identificar os determinantes da situação 
nutricional e/ou alimentar da população 
Fatores Econômicos 
Fatores Culturais/Religiosos / Psicológicos 
Estilo de vida (hábito de fumar, atividade física, ...) 
Dietéticos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 16 
 
 
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 
 
ANTROPOMETRIA: método de investigação baseado na medição das variações físicas e 
na composição corporal global. 
É aplicável em todas as fases da vida e permite a classificação de indivíduos e grupos 
segundo seu estado nutricional. 
 
Vantagens: 
- barato 
- simples 
- fácil aplicação 
- fácil padronização 
- pouco invasivo 
- permite o diagnóstico de grupos populacionais 
 
Quais medidas utilizar? 
 
Depende: 
ü finalidade da avaliação 
ü tipo de estudo 
ü Idade 
 
Como obter as medidas (material e métodos)? 
 
ü Equipamentos e técnicas adequadas 
ü Treinamento e padronização 
 
Como avaliar (com quem comparar)? 
 
População de referência: é uma população cujas medidas foram aferidas em indivíduos 
sadios, vivendo em condições socioeconômicas, culturais e ambientais satisfatórias, 
tornando-se uma referência para comparações com outros grupos. 
 
Como classificar? 
 
Para ser feito um diagnóstico antropométrico são necessários a comparação dos valores 
obtidos na avaliação com os valores de referência ditos como “normais”, para identificar se 
existe alteração ou não. 
Os limites de normalidades são chamados de pontos de corte. 
Pontos de corte são, portanto, limites estabelecidos (inferiores e superiores) que delimitam, 
com clareza, o intervalo de normalidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 17 
 
 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS MENORES DE 5 ANOS 
 
Medidas antropométricas 
- peso 
- comprimento/estatura 
 
 Índice: combinação entre duas ou mais medidas/variáveis, o qual isoladamente não 
fornece um diagnóstico. 
 
Peso para Idade (P/I): 
• Expressa a relação entre a massa corporal e a idade cronológica da 
criança. 
• É o índice utilizado para a avaliação do estado nutricional, contemplado 
na Caderneta de Saúde da Criança. 
• Essa avaliação é muito adequada para o acompanhamento do ganho de 
peso e reflete a situação global da criança; porém, não diferencia o 
comprometimento nutricional atual ou agudo dos pregressos ou 
crônicos. Por isso, é importante complementar a avaliação com outro 
índice antropométrico. 
 
Estatura para Idade (E/I): 
• Expressa o crescimento linear da criança. 
• É o índice que melhor indica o efeito cumulativo de situações adversas 
sobre o crescimento da criança. É considerado o indicador mais sensível 
para aferir a qualidade de vida de uma população. Incluído na Caderneta 
de Saúde da Criança. 
 
 
Peso para Estatura (P/E): 
• Este índice dispensa a informação da idade; expressa a harmonia entre as 
dimensões de massa corporal e estatura. 
§ Harmonia no processo de crescimento 
• É sensível para identificar o excesso de peso e a magreza da criança, porém, 
precisa de medidas complementares para “fechar” o diagnóstico de sobrepeso e/ou 
obesidade. 
 
Índice de massa corporal (IMC) IMC para Idade: 
• Indica a harmonia entre as dimensões do corpo 
• É utilizado para identificar o excesso de peso entre crianças e tem a vantagem de 
ser um índice que será utilizado em outras fases do curso da vida 
• Expressa a relação entre o peso da criança e o quadrado da estatura. 
 
Como obter as medidas (instrumentos e normas)? 
ü Equipamentos e técnicas adequadas 
ü Treinamento e padronização 
ü Ver Manual do SISVAN - Álbum de Antropometria (www.saude.gov.br) 
 
Como avaliar (com quem comparar)? 
 
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• População de referência: documenta como uma determinada população 
considerada como “de referência” cresce (estudo descritivo) 
 
• Padrão de referência indicaria uma trajetória recomendável, ou prescritiva, de 
crescimento ideal, à qual todas as crianças deveriam alcançar. 
• OMS (WHO) 2006 (Organização Mundial da Saúde- OMS): Brasil, Gana, Índia, 
Noruega, Omã e Estados Unidos– NOVAS CURVAS DE REFERÊNCIA. 
 
Critérios para avaliar e acompanhar o estado nutricional de crianças: 
 
1. Percentil: é uma medida estatística obtida a partir da divisão de uma série de 
observações em 100 partes iguais, estando os dados ordenados do menor para o maior, 
em que cada ponto da divisão corresponde a 1 percentil. 
As medidas de P/I; E/I; P/E; IMC/I são apresentadas através de tabelas ou de gráficos 
(curvas de referências). 
 
2. ESCORE Z: significa, em unidades de desvio padrão, o quanto uma medida se distancia 
(em grau e sentido) da mediana da distribuição a qual ela pertence. 
As medidas de P/I E/I P/E IMC/I são apresentadas através de tabelas ou de gráficos (curvas 
de referências). 
 
 
 
 
 
 
 
Escore-z é outro termo estatístico e quantifica a distância do valor observado em relação à 
mediana dessa medida ou ao valor que é considerado normal na população. Corresponde 
à diferença padronizada entre o valor aferido e a mediana dessa medida da população de 
referência e é calculado pela seguinte fórmula: 
 
Escore-z = (valor observado) – (valor da mediana de referência) 
 Desvio-padrão da população de referência 
 
Como exemplo, aos 3 anos de idade, a mediana de peso na população de referência, isto 
é, escore-z 0 (equivalente ao percentil 50), é de 14,3kg para meninos e 13,9kg para 
meninas. O cálculo do escore-z para uma criança nessa idade com peso de 15,1 kg indicará 
o valor de 0,43 escore-z (equivalente ao percentil 66) se for do sexo masculino ou 0,66 
escore-z (equivalente ao percentil 75) se for do sexo feminino para o índice de peso por 
idade. 
 
Classificação do estado nutricional de crianças menores de cinco anos para 
cada índice antropométrico, segundo recomendação SISVAN. 
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 19 
 
Com base na Curva de Crescimento da criança, exemplo: 
 
Considerando os dados, de um menino, idade 1 ano e 7 meses, estatura 77 cm, vamos 
usar a curva de crescimento de estatura-idade em Z-escore para a avaliação nutricional. 
1ª Etapa: Selecionar a curva correspondente ao dado antropométrico, sexo e idade da 
criança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 20 
2ª Etapa: Localizar os dados de estatura e idade da criança: Z-escore 
 
 
3ª Etapa: Identificar entre quais valores de Z-escore a criança se encontra 
 
4ª Etapa: Avaliar o EN de acordo com o indicador correspondente ao z-escoreda criança. 
 
5ª Etapa: Fazer o diagnóstico final (conclusão). Neste exemplo a criança apresenta baixa estatura 
para a idade 
 
OU Com base na Curva de Percentil 
 
 
2ª Etapa: Localizar os dados de estatura e idade da criança: Percentil 
 
 
 
 
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 Margareth Lage L. de Fornasari 
 21 
3ª Etapa: Identificar entre quais valores de percentil a criança se encontra 
 
4ª Etapa: Avaliar o EN de acordo com o indicador correspondente ao percentil da criança. 
 
 
5ª Etapa: Fazer o diagnóstico final (conclusão). Neste exemplo a criança apresenta baixa 
ou muito baixa estatura para a idade. 
 
 
UTILIZANDO AS TABELAS DE REFERÊNCIA 
 
 
Considerando os dados, faça a avaliação nutricional atual da criança considerando a 
curva de crescimento de estatura-idade. 
Sexo Idade Estatura 
Menino 1 ano e 7 meses 77 cm1ª Etapa: Selecionar a tabela correspondente ao dado antropométrico, sexo e idade da 
criança. 
 
 
 
 
 
 
 
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 22 
2ª Etapa: Localizar a linha que corresponde à idade da criança: Z-escore 
 
 
 
Quando utilizar gráficos ou tabelas? 
 
Gráficos: 
• Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento e avaliar o estado 
nutricional durante um determinado período: 
- Unidades Básicas de Saúde (UBS), Programa Saúde da família (PSF). 
- Ambulatórios, Clínicas Médicas 
- Creches 
 
Tabelas 
• Determinar o estado nutricional de um indivíduo em um dado momento; 
Avaliar o estado nutricional de grupos de indivíduos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 23 
 
AVALIAÇÃO DO RN 
Idade Gestacional: 
 
Semanas Avaliação da Idade Gestacional 
<37 semanas Pré-termo 
38 a 42 semanas Termo 
>42 semanas Pós-termo 
 
Peso ao Nascer: 
 
Peso Avaliação da Idade Gestacional 
<2500 Baixo peso 
2500 a 3000g Peso insuficiente 
>= 3000g Peso adequado 
 
Peso ao Nascer x Idade Gestacional 
<p10 pequeno para a idade gestacional (PIG) 
p10 a p90 adequado para a idade gestacional (AIG) 
>=p90 grande para a idade gestacional (GIG) 
 
 
AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO PÓS-NATAL DE RN PRÉ-TERMO: 
 
Diagnóstico de RISCO NUTRICIONAL para PESO, COMPRIMENTO ou PC: 
Falha de crescimento: abaixo do percentil 5 na curva de crescimento pós-natal; 
 
Retardo de crescimento extrauterino: escore-z fora da faixa de normalidade, ou seja ≤ -2 
ou ≥ +2 
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ANEXOS 
 
ANEXO 1: Tabelas OMS 2006 (0 a 5 anos) 
 
 
Tabela 1: Peso (kg) por idade (meses) para sexo masculino –OMS (2006) 
Tabela 2: Peso (kg) por idade (meses) para sexo feminino – OMS (2006) 
Tabela 3: Peso (kg) por comprimento (cm) para sexo masculino –OMS (2006) 
Tabela 4: Peso (kg) por comprimento (cm) para sexo feminino –OMS (2006) 
Tabela 5: Peso (kg) por estatura (cm) para sexo masculino –OMS (2006) 
Tabela 6: Peso (kg) por estatura (cm) para sexo feminino –OMS (2006) 
Tabela 7: Comprimento (cm) por idade (m) para o sexo masculino – OMS (2006) 
Tabela 8: Comprimento (cm) por idade (m) para o sexo feminino – OMS (2006) 
Tabela 9: Estatura (cm) por idade (m) para o sexo masculino – OMS (2006) 
Tabela 10: Estatura (cm) por idade (m) para o sexo feminino – OMS (2006) 
Tabela 11: IMC (kg/m²) por idade (m) para o sexo masculino – OMS (2006) 
Tabela 12: IMC (kg/m²) por idade (m) para o sexo feminino – OMS (2006) 
Tabela 13: IMC (kg/m²) por idade (m) para o sexo masculino – OMS (2006) 
Tabela 14: IMC (kg/m²) por idade (m) para o sexo feminino – OMS (2006) 
 
ANEXO 2: Gráficos OMS 2006 (0 a 5 anos) 
Gráfico 1: Peso (kg) por idade (meses) para sexo masculino – Percentil 
Gráfico 2: Peso (kg) por idade (meses) para sexo masculino – Escore Z 
Gráfico 3: Peso (kg) por idade (meses) para sexo feminino – Percentil 
Gráfico 4: Peso (kg) por idade (meses) para sexo feminino – Escore Z 
Gráfico 5: Comprimento/ Estatura (cm) por idade (meses) para sexo masculino - Percentil 
Gráfico 6: Comprimento/ Estatura (cm) por idade (meses) para sexo masculino – Escore Z 
Gráfico 7: Comprimento/ Estatura (cm) por idade (meses) para sexo feminino - Percentil 
Gráfico 8: Comprimento/ Estatura (cm) por idade (meses) para sexo feminino – Escore Z 
Gráfico 9: Peso (kg) para comprimento (cm) para sexo masculino – Percentil 
Gráfico 10: Peso (kg) para comprimento (cm) para sexo masculino – Escore Z 
Gráfico 11: Peso (kg) para comprimento (cm) para sexo feminino – Percentil 
Gráfico 12: Peso (kg) para comprimento (cm) para sexo feminino – Escore Z 
Gráfico 13: Peso (kg) para Estatura (cm) para sexo masculino – Percentil 
Gráfico 14: Peso (kg) para Estatura (cm) para sexo masculino – Escore Z 
Gráfico 15: Peso (kg) para Estatura (cm) para sexo feminino – Percentil 
Gráfico 16: Peso (kg) para Estatura (cm) para sexo feminino – Escore Z 
Gráfico 17: IMC (kg/m²) por idade (m) para o sexo masculino – Percentil 
Gráfico 18: IMC (kg/m²) por idade (m) para o sexo masculino – Escore Z 
Gráfico 19: IMC (kg/m²) por idade (m) para o sexo feminino – Percentil 
Gráfico 20: IMC (kg/m²) por idade (m) para o sexo feminino – Escore Z 
Gráfico 21: Perímetro Cefálico (cm) para o sexo feminino – Escore Z 
Gráfico 22: Perímetro Cefálico (cm) para o sexo masculino – Escore Z 
Gráfico 23: Avaliação de RN prematuro meninas – escore Z 
Gráfico 24: Avaliação de RN prematuro meninos – escore Z 
ATENÇÃO: 
1) Baixar as curvas acima de 2006 para crianças menores de 5 anos em: 
https://aps.saude.gov.br/ape/vigilanciaalimentar/curvascrescimento 
2) Baixar os gráficos RN prematuro Intergrowth: 
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2016/09/InterGrowth.Prematuros.Meninos.pdf 
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2016/09/InterGrowth.Prematuros.Meninas.pdf 
 
 
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 Margareth Lage L. de Fornasari 
 25 
 
 40
MINISTÉRIO DA SAÚDE
6HFUHWDULD�GH�$WHQomR�j�6D~GH�
'HSDUWDPHQWR�GH�$WHQomR�%iVLFD
ANEXO A
Tabela 1: 3HVR��NJ��SRU�LGDGH��PHVHV��SDUD�VH[R�PDVFXOLQR�²�PHQRUHV�GH���DQRV
 Fonte: ��:+2�������
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 26 
 
 
41
orIEntAçÕES PArA A CoLEtA E AnáLISE
dE dAdoS AntroPoMÉtrICoS
EM SErVIçoS dE SAúdE
Tabela 2:�3HVR��NJ��SRU�LGDGH��PHVHV��SDUD�VH[R�IHPLQLQR�²�PHQRUHV�GH���DQRV
 
 Fonte: �:+2�������
Apostila Avaliação Nutricional 
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 27 
 42
MINISTÉRIO DA SAÚDE
6HFUHWDULD�GH�$WHQomR�j�6D~GH�
'HSDUWDPHQWR�GH�$WHQomR�%iVLFD
Tabela 3: 3HVR��NJ��SRU�FRPSULPHQWR��FP��SDUD�VH[R�PDVFXOLQR�²�PHQRUHV�GH���DQRV
 continua... 
Apostila Avaliação Nutricional 
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 28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43
orIEntAçÕES PArA A CoLEtA E AnáLISE
dE dAdoS AntroPoMÉtrICoS
EM SErVIçoS dE SAúdE
 continuação
 
 Fonte: �:+2�������
Apostila Avaliação Nutricional 
 Margareth Lage L. de Fornasari 
 29 
 44
MINISTÉRIO DA SAÚDE
6HFUHWDULD�GH�$WHQomR�j�6D~GH�
'HSDUWDPHQWR�GH�$WHQomR�%iVLFD
Tabela 4:�3HVR��NJ��SRU�FRPSULPHQWR��FP��SDUD�VH[R�IHPLQLQR�²�PHQRUHV�GH���DQRV
 continua... 
Apostila Avaliação Nutricional 
 Margareth Lage L. de Fornasari 
 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45
orIEntAçÕES PArA A CoLEtA E AnáLISE
dE dAdoS AntroPoMÉtrICoS
EM SErVIçoS dE SAúdE
 continua... 
Fonte: �:+2�������
Apostila Avaliação Nutricional 
 Margareth Lage L. de Fornasari 
 31 
 46
MINISTÉRIO DA SAÚDE
6HFUHWDULD�GH�$WHQomR�j�6D~GH�
'HSDUWDPHQWR�GH�$WHQomR�%iVLFD
Tabela 5: 3HVR��NJ��SRU�HVWDWXUD��FP��SDUD�VH[R�PDVFXOLQR�²�PHQRUHV�GH���DQRV
 continua... 
Apostila Avaliação NutricionalMargareth Lage L. de Fornasari 
 32 
 
 
 
 
 
 
47
orIEntAçÕES PArA A CoLEtA E AnáLISE
dE dAdoS AntroPoMÉtrICoS
EM SErVIçoS dE SAúdE
 continuação
Fonte: �:+2�������
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 33 
 48
MINISTÉRIO DA SAÚDE
6HFUHWDULD�GH�$WHQomR�j�6D~GH�
'HSDUWDPHQWR�GH�$WHQomR�%iVLFD
Tabela 6:�3HVR��NJ��SRU�HVWDWXUD��FP��SDUD�VH[R�IHPLQLQR�²�PHQRUHV�GH���DQRV
 continua...
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 34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49
orIEntAçÕES PArA A CoLEtA E AnáLISE
dE dAdoS AntroPoMÉtrICoS
EM SErVIçoS dE SAúdE
 continuação
Fonte: �:+2����������
Apostila Avaliação Nutricional 
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 35 
 
 
50
MINISTÉRIO DA SAÚDE
6HFUHWDULD�GH�$WHQomR�j�6D~GH�
'HSDUWDPHQWR�GH�$WHQomR�%iVLFD
Tabela 7: &RPSULPHQWR��FP��SRU�LGDGH��PHVHV��SDUD�R�VH[R�PDVFXOLQR�²�PHQRUHV�GH���DQRV
Fonte: �:+2�������
51
orIEntAçÕES PArA A CoLEtA E AnáLISE
dE dAdoS AntroPoMÉtrICoS
EM SErVIçoS dE SAúdE
Tabela 8: &RPSULPHQWR��FP��SRU�LGDGH��PHVHV��SDUD�R�VH[R�IHPLQLQR�²�PHQRUHV�GH���DQRV
 
 
Fonte: �:+2�������
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 36 
 
 
52
MINISTÉRIO DA SAÚDE
6HFUHWDULD�GH�$WHQomR�j�6D~GH�
'HSDUWDPHQWR�GH�$WHQomR�%iVLFD
Tabela 9: (VWDWXUD��FP��SRU�LGDGH��PHVHV��SDUD�R�VH[R�PDVFXOLQR�²�PHQRUHV�GH���DQRV
 Fonte: �:+2�������
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 37 
 
53
orIEntAçÕES PArA A CoLEtA E AnáLISE
dE dAdoS AntroPoMÉtrICoS
EM SErVIçoS dE SAúdE
Tabela 10:�(VWDWXUD��FP��SRU�LGDGH��PHVHV��SDUD�R�VH[R�IHPLQLQR�²�PHQRUHV�GH���DQRV
Fonte: �:+2�������
Apostila Avaliação Nutricional 
 Margareth Lage L. de Fornasari 
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MINISTÉRIO DA SAÚDE
6HFUHWDULD�GH�$WHQomR�j�6D~GH�
'HSDUWDPHQWR�GH�$WHQomR�%iVLFD
Tabela 11: ,0&��NJ�Pò��SRU�LGDGH��PHVHV��SDUD�R�VH[R�PDVFXOLQR�²�PHQRUHV�GH���DQRV�
Fonte: �:+2�������
55
orIEntAçÕES PArA A CoLEtA E AnáLISE
dE dAdoS AntroPoMÉtrICoS
EM SErVIçoS dE SAúdE
Tabela 12: ,0&��NJ�Pò��SRU�LGDGH��PHVHV��SDUD�R�VH[R�IHPLQLQR�²�PHQRUHV�GH���DQRV
Fonte: �:+2�������
Apostila Avaliação Nutricional 
 Margareth Lage L. de Fornasari 
 39 
 
 
 
56
MINISTÉRIO DA SAÚDE
6HFUHWDULD�GH�$WHQomR�j�6D~GH�
'HSDUWDPHQWR�GH�$WHQomR�%iVLFD
Tabela 13: ,0&��NJ�Pò��SRU�LGDGH��PHVHV��SDUD�R�VH[R�PDVFXOLQR�²�HQWUH���H���DQRV
 Fonte: �:+2�������
Apostila Avaliação Nutricional 
 Margareth Lage L. de Fornasari 
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57
orIEntAçÕES PArA A CoLEtA E AnáLISE
dE dAdoS AntroPoMÉtrICoS
EM SErVIçoS dE SAúdE
Tabela 14:�,0&��NJ�Pò��SRU�LGDGH��PHVHV��SDUD�R�VH[R�IHPLQLQR�²�HQWUH���H���DQRV
 Fonte: �:+2�������
Apostila Avaliação Nutricional 
 Margareth Lage L. de Fornasari 
 41 
Para elaboração do DIAGNÓSTICO DE DESNUTRIÇÃO DE ACORDO COM A O.M.S.: 
 
Classificação das formas moderadas e graves de desnutrição (OMS) de acordo com 
os valores de escore-z para peso por estatura (P/E) e estatura para idade (E/I). 
 
 
 
Atenção: Os valores percentuais de adequação baseiam-se no comparativo com o escore-
z 0 ou a mediana. 
 
 
Para elaboração do DIAGNÓSTICO DE OBESIDADE DE ACORDO COM A O.M.S.: 
 
Classificação do estado nutricional de acordo com o IMC/I por percentil e escore-z. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
61Manual de Orientação – Departamento de Nutrologia
Anexo 2. Classifi cação das formas moderadas e graves de 
desnutrição (OMS) e tabela do escore z do peso por estatura 
para classifi cação da desnutrição, em meninos e meninas
Z P/E
DEP moderado
-3 ¬ -2
(70 ¬ 79%)
DEP grave
! -3
(<70%)
Z E/I
Nanismo moderado
- 3 ¬ -2
(85 ¬ 89%)
Nanismo grave
! -3
(<85%)
Fonte: WHO, 1999.
IV. Anexos
continua...
Meninos - Peso (kg) Estatura 
(cm)
Meninas - Peso (kg)
-4 DP -3 DP -2 DP -1 DP Mediana Mediana -1 DP -2 DP -3 DP -4 DP
1.7 1.9 2.0 2.2 2.4 45 2.5 2.3 2.1 1.9 1.7
1.8 2.0 2.2 2.4 2.6 46 2.6 2.4 2.2 2.0 1.9
2.0 2.1 2.3 2.5 2.8 47 2.8 2.6 2.4 2.2 2.0
2.1 2.3 2.5 2.7 2.9 8 3.0 2.7 2.5 2.3 2.1
2.2 2.4 2.6 2.9 3.1 49 3.2 2.9 2.6 2.4 2.2
2.4 2.6 2.8 3.0 3.3 50 3.4 3.1 2.8 2.6 2.4
2.5 2.7 3.0 3.2 3.5 51 3.6 3.3 3.0 2.8 2.5
2.7 2.9 3.2 3.5 3.8 52 3.8 3.5 3.2 2.9 2.7
2.9 3.1 3.4 3.7 4.0 53 4.0 3.7 3.4 3.1 2.8
3.1 3.3 3.6 3.9 4.3 54 4.3 3.9 3.6 3.3 3.0
3.3 3.6 3.8 4.2 4.5 55 4.5 4.2 3.8 3.5 3.2
3.5 3.8 4.1 4.4 4.8 56 4.8 4.4 4.0 3.7 3.4
3.7 4.0 4.3 4.7 5.1 57 5.1 4.6 4.3 3.9 3.6
3.9 4.3 4.6 5.0 5.4 58 5.4 4.9 4.5 4.1 3.8
4.1 4.5 4.8 5.3 5.7 59 5.6 5.1 4.7 4.3 3.9
4.3 4.7 5.1 5.5 6.0 60 5.9 5.4 4.9 4.5 4.1
4.5 4.9 5.3 5.8 6.3 61 6.1 5.6 5.1 4.7 4.3
4.7 5.1 5.6 6.0 6.5 62 6.4 5.8 5.3 4.9 4.5
4.9 5.3 5.8 6.2 6.8 63 6.6 6.0 5.5 5.1 4.7
5.1 5.5 6.0 6.5 7.0 64 6.9 6.3 5.7 5.3 4.8
33Manual de Orientação – Departamento de Nutrologia
Diagnóstico 
Apesar de se tratar de procedimentos simples, as medidas antropométricas 
devem ser realizadas cuidadosamente, seguindo-se uma padronização, e os instru-
mentos utilizados para sua aferição devem ser frequentemente calibrados para a 
obtenção de medidas precisas. As medidas antropométricas mais utilizadas na faixa 
etária pediátrica são o peso, a estatura (altura/ comprimento) e a circunferência 
abdominal. Outras medidas também podem ser úteis, como a circunferência do 
braço e as pregas cutâneas tricipital e subescapular. O Departamento Científico 
de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria elaborou o Manual de Avaliação 
Nutricional da Criança e do Adolescente, que pode ser encontrado no site da SBP: 
http://www.sbp.com.br/pdfs/MANUAL-AVAL-NUTR2009.pdf.
Após aferição dos dados antropométricos o estado nutricional deve ser clas-
sificado pelo IMC, utilizando-se os referenciais da OMS, 2006 e 2007. Os valores 
do IMC estão distribuídos em percentis e escores z, segundo sexo e idade (0 a 19 
anos). As crianças de 0 a 5 anos são consideradas em risco de sobrepeso quando 
os valores de IMC estão entre os percentis 85 e 97 ou entre os escores z +1 e 
+2; com sobrepeso, quando os valores de IMC estiverem entre os percentis 97 e 
99,9 ou entre +2 e +3 escores z; e com obesidade, quando os valores estiverem 
acima do percentil 99,9 ou acima de +3 escore z. Para aqueles acima de 5 anos 
até 19 anos incompletos, o diagnóstico de sobrepeso é feito quando o valor do 
IMC estiver entre os percentis 85 e 97 ou entre +1 e +2 escores z; obesidade 
quando o valor do IMC estiver entre os percentis 97 e 99,9 ou entre +2 e +3 
escores z e obesidade grave, quando o valor do IMC estiver acima do percentil 
99,9 ou de +3 escore z (Quadro 2 e Anexos 2). Para esses cálculos é possível 
a utilização do software https://www.who.int/childgrowth/software/en/ e 
https://www.who.int/growthref/tools/en/ disponibilizado gratuitamente no 
website da Organização Mundial da Saúde (http://www.who.int/childgrowth/en e 
https://www.who.int/childgrowth/standards/en/.
Quadro 2. Classificação do estado nutricional de acordo com IMC/IDADE por 
percentil e escore-Z
Percentil Escore-z 0 – 5 anos incompletos
5 - 20 anos 
incompletos
> 85 e ) 97 > +1 e ) +2 Risco SobrepesoSobrepeso
> 97 e ) 99,9 > +2 e ) +3 Sobrepeso Obesidade
> 99,9 > +3 Obesidade Obesidade grave
Fonte: WHO. 2006
1. Peso e estatura – utilizados para a classificação da condição nutricional por meio 
do índice de massa corporal (IMC=peso [kg] / estatura2[m]). (Anexo 2 IMC). 
Apostila Avaliação Nutricional 
 Margareth Lage L. de Fornasari 
 42 
 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS MAIORES DE 5 ANOS E MENORES DE 
10 ANOS 
Profa. Dra. Margareth Lage Leite de Fornasari 
• Índices mais utilizados de acordo com o Ministério da Saúde – SISVAN, 2011: 
• Peso para idade: P/I 
• Estatura para idade: E/I 
• IMC para idade: IMC/I 
• População de Referência - Curvas de Crescimento: 
O.M.S. para 5 a 19 anos (2007): reconstrução da referência NCHS (National Center for 
Health Statistics – Center for Disease Control, United States)/OMS 1977. 
 
• Também são recomendados em consultórios, hospitais e clínicas: P/I, E/I, 
IMC/I, CB (circunferência do braço); CMB (circunferência muscular do braço); DCT 
(dobra cutânea do tríceps); DCS (dobra cutânea subescapular) e CA (circunferência 
abdominal). 
 
• Para o cálculo do IMC, é utilizada a seguinte fórmula: 
 
• Passos para Antropometria e diagnóstico nutricional nessa fase: 
1o PASSO: Calcular a idade em anos completos e meses, fazendo as aproximações 
necessárias. 
 
2o PASSO: Pesar e medir a criança, utilizando as técnicas e os instrumentos 
adequados. 
 
3o PASSO: Anotar os dados no formulário da Vigilância Alimentar e Nutricional - 
SISVAN. 
 
4o PASSO: Marcar nos gráficos (curvas) de crescimento da Caderneta de Saúde da 
Criança o ponto de intersecção entre o peso e a idade, entre a estatura e a idade, e 
entre o Índice de Massa Corporal e a idade da criança. 
 
14
MINISTÉRIO DA SAÚDE
6HFUHWDULD�GH�$WHQomR�j�6D~GH�
'HSDUWDPHQWR�GH�$WHQomR�%iVLFD
$�PmH�RX�UHVSRQViYHO�GHYH�VHU�PXLWR�EHP�RULHQWDGD�SDUD�FRPSUHHQGHU�DV�LQIRUPDo}HV�FRQWLGDV�QD�&DGHUQHWD�
GH�6D~GH�GD�&ULDQoD��JXDUGi�OD�HP�ERDV�FRQGLo}HV�H�DSUHVHQWi�OD�HP�WRGRV�RV�FRQWDWRV�FRP�SURILVVLRQDLV�H�RX�
VHUYLoRV�GH�VD~GH��SRLV�VH�WUDWD�GH�LQVWUXPHQWR�GH�FDUiWHU�PRWLYDFLRQDO�H�HGXFDWLYR�SDUD�D�PHOKRULD�GD�VD~GH�LQIDQWLO��
GHQWUR�GD�DERUGDJHP�GRV�FXLGDGRV�SULPiULRV�GH�VD~GH�
2V�JUiILFRV�GH�FUHVFLPHQWR�GD�&DGHUQHWD�GH�6D~GH�GD�&ULDQoD�GH������VHJXHP�D�VHJXLQWH�SDGURQL]DomR�
��9DULiYHLV��SHVR��HVWDWXUD�H�LGDGH
��ÌQGLFHV��3HVR�,GDGH��3�,����(VWDWXUD�,GDGH��(�,��H�ÌQGLFH�GH�0DVVD�&RUSRUDO�,GDGH��,0&�,��
��5HIHUrQFLDV��2UJDQL]DomR�0XQGLDO�GD�6D~GH��:+2��������SDUD�DV�FULDQoDV�PHQRUHV�GH���DQRV�H��:+2�
������SDUD�DTXHODV�HQWUH���H����DQRV�
��&ODVVLILFDomR��HVFRUHV�]
��3RQWRV�GH�FRUWH��YLGH�TXDGURV����H����
1RWD��3DUD�FULDQoDV�TXH�WrP�D�FDGHUQHWD�DQWLJD��D�FODVVLILFDomR�GR�HVWDGR�QXWULFLRQDO�p�HP�SHUFHQWLO�H�QRV�
VHJXLQWHV�SRQWRV�GH�FRUWH��S���S���H�S����5HIHUrQFLDV��2UJDQL]DomR�0XQGLDO�GD�6D~GH��:+2��������SDUD�DV�FULDQoDV�
PHQRUHV�GH���DQRV�H�National Center for Health Statistics�²�1&+6��+$0,//�HW�DO���������SDUD�DTXHODV�HQWUH���H����DQRV�
Índices antropométricos:
2V�tQGLFHV�DQWURSRPpWULFRV�PDLV�DPSODPHQWH�XVDGRV��UHFRPHQGDGRV�SHOD�206�H�DGRWDGRV�SHOR�0LQLVWpULR�
GD�6D~GH�SDUD�D�DYDOLDomR�GR�HVWDGR�QXWULFLRQDO�GH�FULDQoDV��VmR�
Peso-para-idade (P/I): ([SUHVVD�D�UHODomR�HQWUH�D�PDVVD�FRUSRUDO�H�D�LGDGH�FURQROyJLFD�GD�FULDQoD��e�R�tQGLFH�
XWLOL]DGR�SDUD�D�DYDOLDomR�GR�HVWDGR�QXWULFLRQDO��FRQWHPSODGR�QD�&DGHUQHWD�GH�6D~GH�GD�&ULDQoD��SULQFLSDOPHQWH�
SDUD�DYDOLDomR�GR�EDL[R�SHVR��(VVD�DYDOLDomR�p�PXLWR�DGHTXDGD�SDUD�R�DFRPSDQKDPHQWR�GR�JDQKR�GH�SHVR�H�UHIOHWH�
D�VLWXDomR�JOREDO�GD�FULDQoD��SRUpP��QmR�GLIHUHQFLD�R�FRPSURPHWLPHQWR�QXWULFLRQDO�DWXDO�RX�DJXGR�GRV�SUHJUHVVRV�
RX�FU{QLFRV��3RU�LVVR��p�LPSRUWDQWH�FRPSOHPHQWDU�D�DYDOLDomR�FRP�RXWUR�tQGLFH�DQWURSRPpWULFR�
Peso-para-estatura (P/E): (VWH� tQGLFH� GLVSHQVD� D� LQIRUPDomR�GD� LGDGH�� H[SUHVVD� D� KDUPRQLD� HQWUH� DV�
GLPHQV}HV�GH�PDVVD�FRUSRUDO�H�HVWDWXUD��e�XWLOL]DGR�WDQWR�SDUD�LGHQWLILFDU�R�HPDJUHFLPHQWR�GD�FULDQoD��FRPR�R�
excesso de peso.
Índice de Massa Corporal (IMC)-para-idade:�H[SUHVVD�D�UHODomR�HQWUH�R�SHVR�GD�FULDQoD�H�R�TXDGUDGR�GD�
HVWDWXUD��e�XWLOL]DGR�SDUD�LGHQWLILFDU�R�H[FHVVR�GH�SHVR�HQWUH�FULDQoDV�H�WHP�D�YDQWDJHP�GH�VHU�XP�tQGLFH�TXH�VHUi�
XWLOL]DGR�HP�RXWUDV�IDVHV�GR�FXUVR�GD�YLGD�
3DUD�R�FiOFXOR�GR�,0&��p�XWLOL]DGD�D�VHJXLQWH�IyUPXOD�
Índice de Massa Corporal (IMC) = Peso (kg)
 Estatura² (m)
2�6,69$1�UHFRPHQGD�D�FODVVLILFDomR�GR�ÌQGLFH�GH�0DVVD�&RUSRUDO��� ,0&�SURSRVWD�SHOD�2UJDQL]DomR�
0XQGLDO�GD�6D~GH��WDQWR�SDUD�PHQRUHV�GH���DQRV��:+2���������FRPR�SDUD�FULDQoDV�D�SDUWLU�GRV���DQRV��:+2�
��������$V�FXUYDV�GH�DYDOLDomR�GR�FUHVFLPHQWR�SDUD�FULDQoDV�GRV���DRV����DQRV�IRUDP�ODQoDGDV�UHFHQWHPHQWH�
SHOD�206��7UDWD�VH�GH�XPD�UHDQiOLVH�GRV�GDGRV�GR�1&+6�GH�������+DPLOO�HW�DO���������DOpP�GH�XP�DOLVDPHQWR�
GDV�FXUYDV�QR�SHUtRGR�GH�WUDQVLomR�HQWUH�RV�PHQRUHV�GH���DQRV�GH�LGDGH��DYDOLDGRV�VHJXQGR�R�HVWXGR�EDVH�GRV�
GDGRV�ODQoDGRV�HP�������H�RV�LQGLYtGXRV�D�SDUWLU�GRV���DQRV��
1R�$QH[R��FRQVWDP�RV�YDORUHV�GH�,0&�H�GRV�RXWURV� tQGLFHV�DQWURSRPpWULFRV�SDUD�D�DYDOLDomR�GR�HVWDGR�
QXWULFLRQDO�GH�FULDQoDV�HP�FDGD�IDL[D�GH�LGDGH�H�VH[R��WDQWR�HP�SHUFHQWLV�FRPR�HP�HVFRUHV�]�
Estatura-para-idade (E/I):�([SUHVVD�R�FUHVFLPHQWR�OLQHDU�GD�FULDQoD��e�R�tQGLFH�TXH�PHOKRU�LQGLFD�R�HIHLWR�
FXPXODWLYR�GH�VLWXDo}HV�DGYHUVDV�VREUH�R�FUHVFLPHQWR�GD�FULDQoD��e�FRQVLGHUDGR�R�LQGLFDGRU�PDLV�VHQVtYHO�SDUD�DIHULU�D�
TXDOLGDGH�GH�YLGD�GH�XPD�SRSXODomR��7UDWD�VH�GH�XP�tQGLFH�LQFOXtGR�UHFHQWHPHQWH�QD�&DGHUQHWD�GH�6D~GH�GD�&ULDQoD�
Apostila Avaliação Nutricional 
 Margareth Lage L. de Fornasari 
 43 
5o PASSO: Calcular o IMC da criança. 
 
6o PASSO: Fazer o diagnóstico nutricional da criança, interpretando cada índice 
avaliado. 
 
7o PASSO: Verificar a inclinação das curvas de crescimento para complementar o 
diagnóstico nutricional. 
8o PASSO: Compartilhar com a mãe/responsável o diagnóstico nutricional da 
criança. 
 
9o PASSO: Fazer a intervenção adequada para cada situação. 
 
10o PASSO: Realizar ações de promoção da saúde. Valorizar o diagnóstico 
nutricional é ter atitude de vigilância! 
 
Avaliação Antropométrica de Crianças de 5 a 10 anos para cada índice 
antropométrico segundo SISVAN, 2011. 
 
 
 
Apostila Avaliação Nutricional 
 Margareth Lage L. de Fornasari 
 44 
 
 
ANEXO 3: Tabelas OMS 2007 (a partir dos 5 anos e 1 mês 61 meses) aos 19 anos (228 
meses) 
 
 
Tabela 15: IMC (kg/m2) por idades (meses) para o sexo masculino – OMS (2007) 
Tabela 16: IMC (kg/m2) por idades (meses) para o sexo feminino – OMS (2007) 
Tabela 17: Altura(cm) por idade (m) para sexo masculino –OMS (2007) 
Tabela 18: Altura(cm) por idade (m) para sexo feminino – OMS (2007) 
Tabela 19: Peso (kg) por idade (m) para sexo masculino – OMS (2007) 
Tabela 20: Peso (kg) por idade (m) para sexo feminino – OMS (2007) 
 
 
 
• As tabelas de CB (circunferência do braço); CMB (circunferência muscular do braço); 
DCT (dobra cutânea do tríceps); DCS (dobra cutânea subescapular) e CA 
(circunferência abdominal) encontram-se na parte da Avaliação Antropométrica de 
Adolescentes (> 10 anos e menores de 19 anos e 11 meses). 
• Parâmetros de classificação ou pontos de corte situam-se após as referidas tabelas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO 
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'HSDUWDPHQWR�GH�$WHQomR�%iVLFD
Tabela 15: ,0&��NJ�Pò��SRU�LGDGH��HP�PHVHV��SDUD�R�PDVFXOLQR�²�D�SDUWLU�GRV���DQRV�H���PrV�����PHVHV��DRV�
���DQRV������PHVHV�continua...
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 46 
 
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orIEntAçÕES PArA A CoLEtA E AnáLISE
dE dAdoS AntroPoMÉtrICoS
EM SErVIçoS dE SAúdE
 continuação
 continua...
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60
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'HSDUWDPHQWR�GH�$WHQomR�%iVLFD
 continuação
Fonte: �:+2�������
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orIEntAçÕES PArA A CoLEtA E AnáLISE
dE dAdoS AntroPoMÉtrICoS
EM SErVIçoS dE SAúdE
Tabela 16: ,0&��NJ�Pò��SRU�LGDGH��HP�PHVHV��SDUD�R�IHPLQLQR�²�D�SDUWLU�GRV���DQRV�H
��PrV�����PHVHV��DRV����DQRV������PHVHV�
 
 continua...
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6HFUHWDULD�GH�$WHQomR�j�6D~GH�
'HSDUWDPHQWR�GH�$WHQomR�%iVLFD
 continuação
 
 continua...
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Tabela 17:�$OWXUD��FP��SRU�LGDGH��HP�PHVHV��SDUD�R�VH[R�PDVFXOLQR�²�D�SDUWLU�GRV���DQRV�H���PrV�����PHVHV��
DRV����DQRV������PHVHV�
 
 continua...
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dE dAdoS AntroPoMÉtrICoS
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 continuação
 continua...
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Tabela 18: $OWXUD��FP��SRU�LGDGH��HP�PHVHV��SDUD�R�VH[R�IHPLQLQR�²�D�SDUWLU�GRV���DQRV�H���PrV�����PHVHV��
DRV����DQRV������PHVHV�
 
 continua... 
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 continua...
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'HSDUWDPHQWR�GH�$WHQomR�%iVLFD
Tabela 19: 3HVR��NJ��SRU�LGDGH��HP�PHVHV��SDUD�R�VH[R�PDVFXOLQR�²�D�SDUWLU�GRV���DQRV�H���PrV�����PHVHV��
DRV����DQRV������PHVHV�
 
Fonte: �:+2�������
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 58 
 
 
 
 
 
71
orIEntAçÕES PArA A CoLEtA E AnáLISE
dE dAdoS AntroPoMÉtrICoS
EM SErVIçoS dE SAúdE
Tabela 20:�3HVR��NJ��SRU�LGDGH��HP�PHVHV��SDUD�R�VH[R�IHPLQLQR�²�D�SDUWLU�GRV���DQRV�H���PrV�����PHVHV��
DRV����DQRV������PHVHV�
 
Fonte: �:+2�������
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ANEXO 4: Gráficos OMS 2007 (de 5 anos aos 19 anos ) 
 
Gráfico 21: Peso (kg) por idade até 10 (anos) para sexo masculino – Escore Z 
Gráfico 22: Peso (kg) por idade até 10 anos para sexo feminino – Escore Z 
Gráfico 23: Estatura(cm) por idade (meses e anos) até 19 anos para sexo masculino – 
Escore Z 
Gráfico 24: Estatura(cm) por idade (meses e anos) até 19 anos para sexo feminino – Escore 
Z 
Gráfico 25: IMC por idade (meses e anos) até os 19 anos para o sexo masculino – Escore 
Z 
Gráfico 26: IMC por idade (meses e anos) até os 19 anos para o sexo feminino – Escore Z 
 
ATENÇÃO: 
https://aps.saude.gov.br/ape/vigilanciaalimentar/curvascrescimento 
baixar as de 2007 para crianças maiores de 5 anos até 19 anos. 
 
LEMBRANDO.... 
 
Como interpretar a Curva de Crescimento da criança? 
 
 
Curva ascendente: velocidade positiva de ganho de peso ou estatura 
 
Curva reta: diminuição na velocidade de ganho de peso ou estatura 
 
Curva descendente: perda de ganho de peso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 60 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS MAIORES DE 10 ANOS e 
ADOLESCENTES 
 
• Faixa etária: maior ou igual a 10 anos e menor que 20 anos de idade (OMS, 1986) 
>= 10 até 19 ANOS 
• Ministério da Saúde: de 10 a 19 anos e 11 meses. 
• Período de transição entre a infância e a vida adulta 
 
 
MATURAÇÃO SEXUAL 
 
 
ü A partir do início da atividade dos hormônios sexuais, as transformações físicas que 
ocorrem na adolescência são diferentes em meninas e meninos. 
ü A avaliação do estado nutricional, bem como, as modificações antropométricas e de 
composição corporal na adolescência, são fortemente relacionadas ao estirão puberal, 
ou seja, ao estágio de maturação sexual. 
ü Organização Mundial de Saúde (OMS-WHO) ressalta a importância de se considerar 
marcadores biológicos para o início e o final do estirão puberal, que possibilitam 
predizer o estágio de desenvolvimento puberal em que o adolescente se encontra. Tais 
marcadores são: 
o Meninos: Desenvolvimento das genitais e mudança no timbre de voz 
o Meninas: Desenvolvimento das mamas e menarca 
 
ü Assim, considerando-se a velocidadede crescimento, torna-se possível inferir se um 
adolescente com baixa estatura para a idade, iniciou ou não o estirão puberal, 
possibilitando o direcionamento das ações de intervenção. Da mesma forma, a 
informação da ocorrência ou não do estirão puberal, auxilia na avaliação do estado 
nutricional e consequentemente na avaliação das modificações antropométricas e 
de composição corporal. 
ü O estadiamento da maturação sexual é feito pela avaliação das mamas e dos pelos 
púbicos no sexo feminino, e dos genitais e pelos púbicos no sexo masculino. 
ü As mamas e os genitais masculinos são avaliados quanto ao tamanho, forma e 
características; 
ü Os pelos púbicos são avaliados por suas características, quantidade e distribuição – 
Para meninas e meninos 
ü Convencionou-se chamar esses estágios de Estágios de maturação sexual ou 
Estágios de Tanner. 
o O Estágio 1 corresponde sempre à fase infantil, PRÉ-PUBERE. 
o O Estágio 5 corresponde à fase pós-puberal, ADULTA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 61 
Características dos estágios de maturação sexual 
 
Genitais (sexo masculino) 
G1 Pênis, testículos e escroto de tamanho e proporções infantis. 
G2 Aumento inicial do volume testicular (>4ml). 
Pele escrotal muda de textura e torna-se avermelhada. Aumento do pênis mínimo ou 
ausente. 
G3 Crescimento peniano, principalmente em comprimento. Maior crescimento dos 
testículos e escroto. 
G4 Continua crescimento peniano, agora principalmente em diâmetro, e com maior 
desenvolvimento da glande. Maior crescimento dos testículos e do escroto, cuja pele se 
torna mais 
pigmentada. 
G5 Desenvolvimento completo da genitália, que assume tamanho e forma adulta. 
 
Mamas (sexo feminino) 
M1 Mama infantil, com elevação somente da papila. 
M2 Broto mamário: aumento inicial da glândula mamária, com elevação da aréola e papila, 
formando uma pequena saliência. Aumenta o diâmetro da aréola, e modifica-se sua textura. 
M3 Maior aumento da mama e da aréola, mas sem separação de seus contornos. 
M4 Maior crescimento da mama e da aréola, sendo que esta agora forma uma segunda 
saliência acima do contorno da mama. 
M5 Mamas com aspecto adulto. O contorno areolar novamente incorporado ao contorno da 
mama. 
 
 
Pelos púbicos (ambos os sexos) 
P1 Ausência de pelos pubianos. Pode haver uma leve penugem semelhante à observada 
na parede abdominal. 
P2 Aparecimento de pelos longos e finos, levemente pigmentados, lisos ou pouco 
encaracolados, principalmente na base do pênis (ou ao longo dos grandes lábios). 
P3 Maior quantidade de pelos, agora mais grossos, escuros e encaracolados, espalhando-
se esparsamente pela sínfise púbica. 
P4 Pelos do tipo adulto, cobrindo mais densamente a região púbica, mas ainda sem atingir 
a face interna das coxas. 
P5 Pilosidade pubiana igual a do adulto, em quantidade e distribuição, invadindo a face 
interna das coxas. 
P6 Extensão dos pelos para cima da região púbica. 
 
 
Para identificação do grau de maturação sexual é necessário que os adolescentes sejam 
informados de que se trata da avaliação do estágio de maturação sexual e que este 
influencia no diagnóstico nutricional, sendo necessária a colaboração dos mesmos. Pode-
se solicitar que o PRÓPRIO adolescente APONTE em qual estágio se encontra, SE FOR 
POSSÍVEL, de acordo com os estágios de TANNER 
 
 
 
 
 
 
 
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Estágios de Tanner – Sexo Feminino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Estágios de Tanner – Sexo Masculino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 64 
FASES PRÉ, PÚBERE E PÓS PÚBERE (OMS, 1995) 
 
Para definir as fases pré-púbere, púbere e pós-púbere a OMS recomenda a utilização de 
dois eventos de maturação sexual (marcadores biológicos) para cada sexo: 
 
Evento MENINAS MENINOS 
Marcador do início do estirão puberal Estágio M2 Estágio G3 
Indicador de que a velocidade máxima de 
crescimento já ocorreu Menarca Voz adulta 
 
Meninas 
Menarca 
M2 M3 M4 M5 
Sim Não 
Sim 
Pós-púbere: provavelmente o 
pico de velocidade foi 
ultrapassado e o crescimento 
quase completado 
Esta combinação não 
ocorre em situações 
normais 
Não Púbere: o estirão já iniciou, mas ainda não terminou. 
Pré-púbere: ainda não 
iniciou o estirão 
 
Meninos 
Voz adulto 
G3 G4 G5 
Sim Não 
Sim 
Pós-púbere: provavelmente o 
pico de velocidade foi 
ultrapassado e o crescimento 
quase completado 
 
Esta combinação não 
ocorre em situações 
normais 
Não Púbere: o estirão já iniciou mas ainda não terminou 
Pré-púbere: ainda não 
iniciou o estirão 
 
n Pré-púbere: não iniciou o estirão 
n Púbere: iniciou mas não completou o estirão 
n Pós-púbere: completou a maior parte do estirão 
 
 
 
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 65 
ÍNDICES UTILIZADOS NA AVALALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE 
ADOLESCENTES 
O Ministério da Saúde adota os seguintes índices: 
 
n Estatura para Idade (E/I) 
n IMC para Idade (IMC/I) 
 
Estatura para Idade (E/I): 
n Expressa o crescimento linear da criança. 
n É o índice que melhor indica o efeito cumulativo de situações adversas sobre o 
crescimento da criança. É considerado o indicador mais sensível para aferir a 
qualidade de vida de uma população. 
n Fase da adolescência: 
o Até o estirão de crescimento, as diferenças nas estaturas entre os sexos são 
mínimas. 
o 1 ᵃmetade da puberdade: Meninas mais altas e mais pesadas 
o 2 ᵃmetade da puberdade: Meninos mais altos e > massa corporal 
 
IMC para Idade (IMC/I): 
n Indica a harmonia entre as dimensões do corpo - Reflete melhor as 
modificações corporais associadas à maturação sexual. 
n Será utilizado em outras fases do curso da vida 
 
ATENÇÃO: usar as tabelas e gráficos dos Anexos 3 e 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro Resumo pontos de corte estabelecidos para adolescentes, segundo SISVAN, 2011. 
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 66 
CIRCUNFERÊNCIAS: 
 
• Circunferência Abdominal: avalia adiposidade central. 
• Devido prevalência da obesidade infanto-juvenil, a CA pode ser utilizada para avaliar 
a concentração de gordura abdominal. Porém, devido à escassez de estudos 
associados à variação do crescimento físico em cada faixa etária, não há um ponto 
de corte específico adolescentes, sendo frequentemente utilizados os valores 
propostos por Freedman e colaboradores (1999). 
• Ponto médio proposto pela O.M.S. 
 
 
 
 
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 67 
 
 
 
 
• Circunferência do Pescoço 
 
• Vários estudos internacionais associam a CP com com fatores de risco 
cardiometabólicos e resistência insulínica. 
• 85% da gordura corporal total é subcutânea e tem mais associação com riscos 
quando acumulada na região superior do corpo. 
• É mais fácil de ser obtida e mais aceitável socialmente que a CA. 
• Medida pode ser realizada a partir dos 10 anos de idade; 
• Obtida no ponto médio do pescoço (considerar plano de Frankfurt) 
 
 
 
69
Tabela 1 – Distribuição em percentis da Circunferência Abdominal (cm)
Idade 
(anos)
Brancos Negros
Masculino Feminino Masculino Feminino
Percentil Percentil Percentil Percentil
50 90 50 90 50 90 50 90
5 52 59 5157 52 56 52 56
6 54 61 53 60 54 60 53 59
7 55 61 54 64 56 61 56 67
8 59 75 58 73 58 67 58 65
9 62 77 60 73 60 74 61 78
10 64 88 63 75 64 79 62 79
11 68 90 66 83 64 79 67 87
12 70 89 67 83 68 87 67 84
13 77 95 69 94 68 87 67 81
14 73 99 69 96 72 85 68 92
15 73 99 69 88 72 81 72 85
16 77 97 68 93 75 91 75 90
17 79 90 66 86 78 101 71 105
Fonte: Freedman e colaboradores (1999).
Manual.indb 69 3/7/2012 16:14:28
> p90 risco associado a obesidade central ou abdominal 
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 68 
 
Quadro com os pontos de corte e classificação para a Circunferência do Pescoço >10 
anos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sexo/maturação 
sexual 
Hatipoglu Nafiu* 
Obesidade Sobrepeso Obesidade 
Meninos pré-puberes 29 cm - - 
Meninos púberes 32,5 cm 28,5 cm 39 cm 
Meninas pré-púberes 28 cm - - 
Meninas púberes 31 cm 27 cm 34,6 cm 
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 69 
• Circunferência do Braço: é uma medida complementar mas pode ser usada 
isoladamente ou para DN quando outro método não puder ser usado. Ex. não 
pudermos pesar. 
• Tabela de referência para Avaliação Frisancho, 1990. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
70
Tabela 2 – Percentis da Circunferência do Braço (cm), segundo idade e sexo
Idade (anos)
Masculino Feminino
P5 P50 P95 P5 P50 P95
1 – 1,9 14,2 16,0 18,2 13,6 15,7 17,8
2 – 2,9 14,3 16,3 18,6 14,2 16,1 18,5
3 – 3,9 15,0 16,8 19,0 14,4 16,6 19,0
4 – 4,9 15,1 17,1 19,3 14,8 17,0 19,5
5 – 5,9 15,5 17,5 20,5 15,2 17,5 21,0
6 – 6,9 15,8 18,0 22,8 15,7 17,8 22,0
7 – 7,9 16,1 18,7 22,9 16,4 18,6 23,3
8 – 8,9 16,5 19,2 24,0 16,7 19,5 25,1
9 – 9,9 17,5 20,1 26,0 17,6 20,6 26,7
10 – 10,9 18,1 21,1 27,9 17,8 21,2 27,3
11 – 11,9 18,5 22,1 29,4 18,8 22,2 30,0
12 – 12,9 19,3 23,1 30,3 19,2 23,7 30,2
13 – 13,9 20,0 24,5 30,8 20,1 24,3 32,7
14 – 14,9 21,6 25,7 32,3 21,2 25,1 32,9
15 – 15,9 22,5 27,2 32,7 21,6 25,2 32,2
16 – 16,9 24,1 28,3 34,7 22,3 26,1 33,5
17 – 17,9 24,3 28,6 34,7 22,0 26,6 35,4
18 – 24,9 26,0 30,7 37,2 22,4 26,8 35,2
Fonte: Frisancho e colaboradores (1990).
Manual.indb 70 3/7/2012 16:14:28
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 70 
• Circunferência Muscular do Braço: Medida derivada da circunferência do braço e 
da dobra cutânea do tríceps (DCT). A CMB é considerada um bom indicador da 
reserva do tecido muscular, apesar de não corrigir a área óssea. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23
pode ser usada isoladamente como instrumento de triagem ou para diagnosticar o estado 
nutricional da criança, caso outro método não possa ser utilizado (como quando não é 
possível pesar o paciente, por ele estar acamado ou quando o peso está superestimado).
Como referência à classificação da CB, é utilizada a tabela por percentil proposta por 
Frisancho (1990) (Anexo B, tabela 2). Valores inferiores ao percentil 5 (P
5
) são indicadores 
de risco de doenças e de distúrbios associados à desnutrição; valores superiores ao percentil 
95 (P
95
) representam risco de doenças relacionadas ao excesso de peso (Quadro 5). 
Circunferência muscular do braço (CMB) – Medida derivada da circunferência 
do braço e da prega cutânea tricipital (PCT). A CMB é considerada um bom indicador da 
reserva do tecido muscular, apesar de não corrigir a área óssea. Para classificação da CMB 
é utilizada a tabela proposta por Frisancho (1990) (Anexo B, tabela 3). Valores inferiores 
ao P
5
 indicam risco de doenças e distúrbios associados à desnutrição; valores superiores 
ao P
95
, diferentemente do que ocorre com outras medidas, não indicam excesso de gordura 
corporal, uma vez que trata da medida indireta de massa muscular (Quadro 5).
Área Muscular do Braço (AMB) /Área Muscular do Braço corrigida (AMBc) – 
Medida também derivada da CB e da PCT, contudo avalia a massa muscular corrigindo a 
massa óssea, refletindo, mais adequadamente, a verdadeira magnitude das mudanças do 
tecido muscular do que a CMB. A Área Muscular do Braço é recomendada para indivíduos 
até 18 anos e AMBc/idade para aqueles a partir de 19 anos, com a utilização de fórmulas 
específicas para cada sexo:
Com base nos valores de referência estabelecidos por Frisancho (1990) (Anexo B, 
tabela 4) e classificação conforme quadro 5. 
CMB (cm) = CB – (! x PCT/10)
AMB(cm!) = [CB – (" x PCT /10)]! 
 4 x " 
13 
AMBc (cm!) = [CB – (" x PCT/10)]! – 10 
 4 x " 
MASCULINO 
13 
AMBc (cm!) = [CB – (" x PCT/10)]!– 6,5 
 4 x "
FEMININO 
Manual.indb 23 3/7/2012 16:14:25
71
Tabela 3 – Percentis da Circunferência Muscular do Braço (cm), segundo idade e sexo
Idade (anos)
Masculino Feminino
P5 P50 P95 P5 P50 P95
1 – 1,9 11,0 12,7 14,7 10,5 12,4 14,3
2 – 2,9 11,1 13,0 15,0 11,1 12,6 14,7
3 – 3,9 11,7 13,7 15,3 11,3 13,2 15,2
4 – 4,9 12,3 14,1 15,9 11,5 13,6 15,7
5 – 5,9 12,8 14,7 16,9 12,5 14,2 16,5
6 – 6,9 13,1 15,1 17,7 13,0 14,5 17,1
7 – 7,9 13,7 16,0 18,0 12,9 15,1 17,6
8 – 8,9 14,0 16,2 18,7 13,8 16,0 19,4
9 – 9,9 15,1 17,0 20,2 14,7 16,7 19,8
10 – 10,9 15,6 18,0 22,1 14,8 17,0 19,7
11 – 11,9 15,9 18,3 23,0 15,0 18,1 22,3
12 – 12,9 16,7 19,5 24,1 16,2 19,1 22,0
13 – 13,9 17,2 21,1 24,5 16,9 19,8 24,0
14 – 14,9 18,9 22,3 26,4 17,4 20,1 24,7
15 – 15,9 19,9 23,7 27,2 17,5 20,2 24,4
16 – 16,9 21,3 24,9 29,6 17,0 20,2 24,9
17 – 17,9 22,4 25,8 31,2 17,5 20,5 25,7
18 – 18,9 22,6 26,4 32,4 17,4 20,2 24,5
19 – 24,9 23,8 27,3 32,1 18,5 20,7 24,9
Fonte: Frisancho e colaboradores (1990).
Manual.indb 71 3/7/2012 16:14:28
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 Margareth Lage L. de Fornasari 
 71 
Dobras Cutâneas ou Pregas Cutâneas 
• As pregas cutâneas são utilizadas para aferir a adiposidade, baseando-se no 
principio de que a prega mede as duas camadas de pele juntamente com a gordura 
subcutânea de um ponto especifico. Aproximadamente metade do conteúdo da 
gordura corporal localiza-se nos depósitos adiposos subcutâneos. 
• Mais utilizadas: DCT (tríceps) e DCSE (dobra cutânea subescapular). 
 
Tabela 4a – Percentis da DCT triciptal (mm) de crianças e adolescentes, segundo 
idade e gênero. 
 
 
 
 
 
 
 
 
102 Manual de Orientação – Departamento de Nutrologia
IV. Anexos
Anexo 31. Percentis da dobra cutânea tricipital (mm) de 
crianças e adolescentes, segundo idade e gênero
Idade 
(anos)
Masculino Feminino
P5 P15 P50 P85 P95 P5 P15 P50 P85 P95
1 6,5 7,5 10,0 13,0 16,0 6,0 7,5 10,5 12,5 16,5
2 6,0 7,0 10,0 13,0 15,5 6,0 7,5 10,5 13,5 16,0
3 6,5 7,5 9,5 12,5 15,0 6,0 7,0 10,0 13,5 16,5
4 6,0 7,0 9,0 12,0 15,0 6,0 7,5 10,0 12,5 15,5
5 5,5 6,5 8,0 11,5 15,0 6,0 7,5 10,5 13,0 16,0
6 5,0 6,0 8,0 12,0 14,5 6,0 7,5 10,0 14,0 18,5
7 5,0 6,0 8,5 12,0 17,5 6,0 7,5 10,5 14,5 20,0
8 5,5 6,0 9,0 16,5 17,5 6,0 7,0 11,0 15,0 21,0
9 5,0 6,0 9,0 16,0 22,0 7,0 8,5 13,0 16,0 27,0
10 5,0 6,5 11,0 20,0 23,0 7,0 8,0 13,5 20,0 24,5
11 4,5 6,0 10,5 22,0 26,0 8,0 9,0 14,0 21,0 29,5
12 5,0 6,0 11,0 18,0 30,0 7,5 9,0 13,5 21,5 27,0
13 5,0 6,0 9,0 16,5 26,5 6,0 9,0 15,0 21,5 30,0
14 4,0 5,5 9,0 15,0 22,5 8,0 10,5 17,0 22,0 32,0
15 5,0 6,0 7,5 14,5 23,0 8,5 10,0 16,5 25,0 32,1
16 4,5 5,5 8,0 18,5 22,0 11,0 12,0 18,0 24,5 33,1
17 4,0 5,0 7,0 12,5 25,5 9,5 11,5 20,0 27,0 34,5
18 4,0 6,0 9,5 17,5 18,0 11,0 12,5 18,0 26,5 35,0
19 5,0 6,56,5 9,0 16,0 22,5 10,5 13,0 19,0 27,0 33,533,5
Fonte: NCHS, 1976-1980
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 72 
Tabela 4b – Percentis da DCS subescapular (mm) de crianças e adolescentes, 
segundo

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