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CCJ0009-WL-AMRP-03-Narrativa jurídica simples e valorada

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Aula 3 – Professor Nelson Tavares 
 
Como vimos anteriormente, as peças processuais têm um denominador comum: 
precisam, em primeiro lugar, narrar os fatos importantes do caso concreto, tendo em vista que 
o reconhecimento de um direito passa pela análise do fato gerador do conflito e das 
circunstâncias em que ocorreu. Ainda assim, vale dizer que essa narrativa será imparcial ou 
parcial, podendo ser tratada como simples ou valorada, a depender da peça que se pretende 
redigir. 
Pode-se entender, portanto, que valorizar ou não palavras e expressões merece atenção 
acurada, pois poderá influenciar na compreensão e persuasão do auditório.1 Essa valoração 
das informações depende dos mecanismos de controle social que influenciam a compreensão 
do fato jurídico. 
É preciso lembrar que são diferentes os objetivos de cada operador do direito; sendo 
assim, o representante de uma parte envolvida não poderá narrar os fatos de um caso 
concreto com a mesma versão da parte contrária. Por conta disso, não se poderia dizer que 
todas as narrativas presentes no discurso jurídico são idênticas no formato e no objetivo, visto 
que dependem da intencionalidade de cada um. 
 
NARRATIVA SIMPLES DOS FATOS NARRATIVA VALORADA DOS FATOS 
É uma narrativa sem compromisso de 
representar qualquer das partes. Deve 
apresentar todo e qualquer fato importante 
para a compreensão da lide, de forma 
imparcial. 
É uma narrativa marcada pelo compromisso 
de expor os fatos de acordo com a versão da 
parte que se representa em juízo. Por essa 
razão, apresenta o pedido (pretensão da parte 
autora) e recorre a modalizadores. 
Sugerimos iniciar por “trata-se de questão 
sobre...” 
Sugerimos iniciar por “Fulano ajuizou ação de 
... em face de Beltrano, na qual pleiteia ...” 
 
 
 
1 Barros, Orlando Mara. Comunicação & Oratória. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2001, p. 138.

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