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* * * Laboratório de Neurotoxicidade e Psicofarmacologia www.ufsm.br/neurotoxicidade Anti-inflamatórios não-esteroidais (AINES) Carlos Fernando de Mello – cf.mello@smail.ufsm.br Departamento de Fisiologia e Farmacologia Universidade Federal de Santa Maria * * * Introdução Definição: Drogas que pertencem a um grupo heterogêneo de fármacos com atividade anti-inflamatória, analgésica e antipirética Histórico: 500 AC -Hipócrates - “mascar folhas de salgueiro”. 1763 - Salgueiro: Rev. Edmund Stone - “áreas molhadas”. 1829 - Leroux - isolamento da salicina - 1853 - Síntese do AAS 1875 - Ácido salicílico - analgésico, antipirético e antirreumático. - atividade uricosúrica - tratamento da gota. 1899 - Hoffman e Dreser (Bayer) - AAS - analgésico e antipirético. 1893 - derivados da anilina - acetaminofeno 1926 - dipirona 1963 - ibuprofeno 1998 - celecoxib - inibidores seletivos da COX-2 * * * Fundação Universidade Federal do Rio Grande Depto de Ciências Fisiológicas Setor de Farmacologia FARMACOLOGIA DA DOR E DA INFLAMAÇÃO Fisiopatologia da resposta inflamatória e dolorosa Estímulo lesivo celular (físico, químico, biológico Lesão celular e liberação de enzimas intracelulares Liberação e ativação de mediadores endógenos cininas: histamina, prostaglandinas, 5-HT peptídeos: angiot, subst P e BK acidose tecidual produção de íons K+ e H+ Ativação do sistema do complemento Resolução Cronificação Amstrong, 1952, 1953 Keeke e Amstrong, 1964 Guzman et al.., 1962 Lin e Guzman, 1968 Rocha e Silva, 1964 Rocha e Silva e Garcia Leme, 1972 Vane, 1971 Lewis e Whittle, 1977 Ferreira e Vane, 1979 Higgs et al.,1980 Di Rosa et al., 1971 Higgs et al., 1980 Higgs e Flower, 1981 Mobarok e Morley, 1980 analgésicos antitérmicos antiinflamatórios não hormonais Sensibilização seletiva por substâncias algésicas durante a inflamação: BK, 5-HT e PGs* Reação inflamatória aguda alterações morfofisiológicas vasculares, infiltrado celular *PGI2,PGE1, PGE2 * * * Fundação Universidade Federal do Rio Grande Depto de Ciências Fisiológicas Setor de Farmacologia FARMACOLOGIA DA DOR E DA INFLAMAÇÃO Sistema de termorregulação Temperatura corporal Receptores cutâneos para frio e calor Efetuadores Centros Termorreguladores hipotalâmicos (mediação e modulação: PGs, catecolaminas, cininas, acetilcolina) Fluxo sangüíneo Glândulas sudoríparas Ventilação pulmonar Pirogênios endógenos Leucócitos e outras células Pirogênios exógenos Microorganismos Milton e Wendlant, 1971 (PGE1=febre) Cooper et al., 1967 Jackson, 1967 (pirogênio endógeno) Feldberg e Saxena, 1971 (PGE1=hipotálamo) Vane, 1971 (aspirina inibe PGs) Milton, 1982 (febre PGs abortivo) analgésicos antitérmicos antiinflamatórios não hormonais Hipotálamo anterior: calor, sudorese, VD hipotálamo posterior: frio, tremor, arrepios, VC * * * Fosfolipídios Ácido aracdônico Ácido 5-hidroxiperoxi eicosatetraenoico 5-HEPTE 5-HETE leucotrienos TxA2 PGE2, PGF2 PGI2 Fosfolipase A2 lipoxigenases cicloxigenases PGH2/PGG2 analgésicos antitérmicos antiinflamatórios não hormonais * * * Mecanismo de ação Inibição periférica e central da atividade da enzima ciclooxigenase e subsequente diminuição da biosíntese e liberação dos mediadores da inflamação, dor e febre (prostaglandinas). analgésicos antitérmicos antiinflamatórios não hormonais ANALGÉSICOS, ANTITÉRMICOS E ANTIINFLAMTÓRIOS * * * Mecanismo da ação antinflamatória Bloqueio da formação de PGs por inibição da COX (Vane, 1971) inibição da liberação de histamina (Lewis e Whittle, 1977) diminuição da migração PMN e monócitos (Di Rosa et al., 1971; Higgs et al., 1980) analgésicos antitérmicos antiinflamatórios não hormonais ANALGÉSICOS, ANTITÉRMICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS * * * Mecanismo da ação analgésica Bloqueio da formação de PGs por inibição da COX (Moncada et al., 1978; Ferreira e Vane, 1979) exceção aos fenamatos que possuem ação antagonista sobre os receptores das PGs (Moncada et al., 1978; Collier e Sweatman, 1968) analgésicos antitérmicos antiinflamatórios não hormonais ANALGÉSICOS, ANTITÉRMICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS * * * Mecanismo da ação antitérmica Bloqueio da formação de PGs por inibição da COX (Milton e Wendlant, 1971/ PGE como modulador na regulação da temperatura e ação antipirética relacionada com interferência na liberação de PGs; Vane, 1971) analgésicos antitérmicos antiinflamatórios não hormonais ANALGÉSICOS, ANTITÉRMICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS * * * As ciclooxigenases COX-1 enzima essencial constitutiva encontrada na maioria das células e tecidos produção de PGs para manutenção de funções fisiológicas analgésicos antitérmicos antiinflamatórios não hormonais ANALGÉSICOS, ANTITÉRMICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS * * * As ciclooxigenases COX-2 formação induzida processo inflamatório e interleucinas - IL1, IL2 e TNF prostaglandinas que mediam inflamação, dor e febre analgésicos antitérmicos antiinflamatórios não hormonais ANALGÉSICOS, ANTITÉRMICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS * * * As prostaglandinas FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DAS PROSTAGLANDINAS estimulação da agregação plaquetária (TXA2) inibição (PGI) relaxamento vascular (PGE2, PGI) contração (PGF, TXA) contração brônquica (PGF2, LCT, LTD, TXA) relaxamento (PGE) proteção da mucosa gástrica (PGE1, PGI) analgésicos antitérmicos antiinflamatórios não hormonais ANALGÉSICOS, ANTITÉRMICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS * * * As prostaglandinas FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DAS PROSTAGLANDINAS manutenção do fluxo renal e regulação do metabolismo de Na+ e K+ (PGE1, PGI2) indução contração uterina (PGE, PGF2) produção de febre (PGE2) hiperalgesia por potencialização dos mediadores da dor sensibilização das terminações nociceptivas periféricas analgésicos antitérmicos antiinflamatórios não hormonais ANALGÉSICOS, ANTITÉRMICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS * * * As prostaglandinas APLICAÇÕES TERAPÊUTICAS DAS PROSTAGLANDINAS estimulação uterina: aborto entr 12a e 20a semana ductus arteriosus: recém nascidos trato gastrintestinal: anti ulceroso agregação plaquetária: substituto da heparina impotência masculina: corpos cavernosos inibidores dos leucotrienos: asma analgésicos antitérmicos antiinflamatórios não hormonais ANALGÉSICOS, ANTITÉRMICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS * * * AINES Pirazóis e furanonas Diaril-substituídas Rofecoxib (furanona) Celecoxib (pirazol) * * * AINES CARACTERÍSTICAS CINÉTICAS - A maioria dos AINEs possui início de efeito rápido - Porém, somente alguns possuem meia vida longa (Tabela) METABOLISMO: Catabolismo hepático seguido de excreção de metabólitos solúveis na urina. * * * Salicilatos Salgueiro Ácido Salicílico Ácido Acetil Salicílico * * * AINES AINES AINES AINES - Mecanismo de Ação * * * * * * * * * AAS OUTROS MECANISMOS PROPOSTOS Inibição da expressão de proteínas de adesão celular Inibição da ativação e função de neutrófilos, independente de PGs. Acetilação da COX-2: induz síntese de ácido 15(R)hidróxieicosatetraenóico (15(R)-HETE) 15(R)-HETE >LPOx> 15-epilipoxina A4 -antiinflamatório AÇÕES TERAPÊUTICAS Antiinflamatório Analgésico Antipirético Inibidor da agregação plaquetária (prevenção e tratamento de IAM) AAS - inibidor IRREVERSÍVEL das COX * * * AINES EFEITOS ADVERSOS - A maioria relacionados a inibição da COX-1 * * * AINES * * * EFEITOS COLATERAIS DE AINES EFEITO NÃO-SEL SELET. Úlcera Gástrica Sim Não Antiagregação Plaquetária Sim Não Inibição de Trabalho Parto Sim Sim Alteração função renal Sim Sim Hipersensibilidade Sim ??? Lesão hepática (somente paracetamol) * * * AINES INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: - Agentes anticoagulantes (AAS): cumarínicos, heparina... - Agentes que ligam à albumina: warfarin - Agentes que causem dispepsia (antibióticos -sulfas, amoxacilina, clavulanato; bebidas alcoólicas) Cuidar o uso em pacientes com: - Hipertensão e edema (efeito renal das postaglandinas) - História prévia de disfunção renal ou úlcera gástrica - Asma - Em trabalho de parto - Infecções virais (AAS*): Síndrome de Reye.
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