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RESUMO – PROVA 01 – ZOOLOGIA DE VERTEBRADOS Diversidade, Funções e Evolução dos Vertebrados Vertebrados: habitam praticamente todas as partes da Terra - Grupo mais diversificado: peixes ósseos (Osteichthyes) Comportamento bem diverso: - Alimentação: * Grupos carnívoros: predatores apresentam diversos métodos de captura de presas * Grupos herbívoros: dentes desenvolvidos para cortar folhas duras, simbiose com microrganismos que ajudam a sintetizar celulose e degradar compostos tóxicos - Reprodução: machos cortejam fêmeas, que cuidam dos jovens, ou o contrário; presença (ou não) de cuidado parental. Grande passo evolutivo: âmnio (envolve o embrião, protegendo-o contra dessecação e choques mecânicos) - Não-amniotas: embriões cobertos e protegidos por membranas produzidas no trato reprodutivo da fêmea. * Feiticeiras (Myxinoidea) e Lampreias (Petromyzontoidea): sem presença de tecido interno duro, não apresentam maxila (agnatas), já apresentam crânio (craniatas) Obs.: Feiticeiras são exclusivamente marinhas, não possuem vértebras. Lampreias são migratórias, podendo se reproduzir nos rios, e apresentam vértebras rudimentares * Chondrichthyes: esqueleto cartilaginoso. Podem ser: >> Elasmobranchii (brânquias em placas): ex. Tubarões e raias >> Holocephalii: cobertura branquial única que se estende pelas quatro aberturas branquiais. ex. Quimeras * Osteichthyes: Podem ser: >> Actinopterygii: nadadeira radiada, grande variedade de cores, tamanhos e formas >> Sarcopterygii: nadadeira lobada, apenas 8 spp. (incluindo as 6 spp. de peixes pulmonados – Dipnoi -, e as 2 spp. de celacanto – Actinistia) → proximidade com vertebrados terrestres. * Salamandras (Urodela), Rãs (Anura) e Cecílias (Gymnophiona): anfíbios (“dupla vida”: fase larval aquática e adulta terrestre) >> pele nua: importante para troca de água, íons e gases com o meio ambiente - Amniotas: costumam ser mais terrestres que os amniotas. * Tartarugas (Testudinia): carapaça que o recobre → ombros e bacia internos à costela. * Tuatara, Lagartos e Serpentes – Lepidosauria (“lagarto com escamas”) * Jacarés e Crocodilos – Crocodilia >> Pele com muitos ossos, agindo como uma armadura; presença de cuidado parental * Aves: mais próximos de dinossauros (apresentam coração com 4 cavidades – répteis só têm 2), controlam a temperatura >> penas: surgiram antes da função das asas de voarem. Responsável por prover isolamento térmico, que reteria calor produzido pelo metabolismo. * Mamíferos (Mammalia): Eutérios e Marsupiais; pelos, amamentação, controle da temperatura, cérebro complexo Sistemática filogenética - Filogenia: análise dos ancestrais de certas espécies (táxons) - Cladograma: história evolutiva (clado) entre táxons terminais Obs.: Se dois organismos possuem características parecidas, eles devem possuir um ancestral comum. - Anagênese: mudança progressiva de características, sem haver diversificação - Cladogênese: mudança abrupta do fluxo evolutivo; há aumento da diversidade. -Homologia: caracteres similares resultantes de um ancestral comum (“mesmo órgão, em diferentes organismos, variando em forma e função”) - Homoplasia: caracteres similares, mas sem ligação genética (ex. tubarão e baleia) - Série de transformação: plesiomorfia (ancestral) e apomorfia (derivado) * Sinapomorfia: caracteres derivados compartilhados (ex. crânio) * Autapomorfia: apomorfia única (ex. glândula mamária) * Simplesiomorfia: plesiomorfia comum (ex. coluna vertebral em peixes e vertebrados terrestres) Parentesco e Estrutura Básica dos Vertebrados Subfilo: Vertebrada, Filo: Chordata - Somente com Arthropoda: rivalidade quanto à diversidade de formas e habitats - Somente com Mollusca: tamanho grande de algumas espécies, comparados a outros grandões vertebrados; capacidade de aprendizagem complexa. Características dos Chordata: - Notocorda: tubo nervoso dorsal oco que oferece um eixo rígido (mas flexível), permitindo sustentação - Cordão nervoso dorsal: preenchido por fluido e tecido nervoso - Fendas faríngeas: em peixes, desenvolverão brânquias, em amniotas, são embrionárias, sendo homólogas à tireoide - Miômeros: blocos segmentados de fibras musculares - Cauda pós-anal. Parentesco dos Vertebrados - Filo Echinodermata: também são deuterostômios, apresentam aspectos embrionários peculiares, como a clivagem. Não apresentam fendas faríngeas (mas spp. extintas podiam ter, assim como simetria bilateral) - Filo Hemichordata: podem estar mais ligados aos equinodermos que cordados, mas apresentam sistema nervoso Cordados não – vertebrados: animais marinhos pequenos - Urochordata: filtram partículas alimentares da água por meio de uma faringe perfurada, geralmente sésseis. (ex. tunicados e ascídias) * Larvas apresentam uma notocorda, um tubo nervoso dorsal oco e uma cauda muscular pós-anal que movimenta o animal com um padrão semelhante ao dos peixes. - Cephalochordata: geralmente, são animais escavadores e sedentários. Locomoção semelhante à peixe (devido à presença de miômeros), presença de notocorda (com elongação cranial que pode auxiliar na escavação), e sistema circulatório parecido com o dos vertebrados * diferem quanto ao uso de fendas faríngeas: não há tecido branquial associado a elas: trocas realizadas por difusão; fendas branquiais usadas para alimentação por filtração. - Cordados do Cambriano Características dos Vertebrados - Vértebras: presentes apenas nos gnatostomados - Crânio, além de cabeça contendo complexos órgãos dos sentidos - Duplicação do complexo Hox: regulam a expressão e a hierarquia de outros genes que controlam o formato do corpo, especialmente o processo do desenvolvimento ao longo do eixo da região cranial para a região caudal. - Crista neural: forma muitas estruturas novas nos vertebrados, especialmente na região cefálica - Néfron Os Primeiros Vertebrata Ostracodermes: evidência mais antiga de vertebrados - pequenos indivíduos com corpo que se assemelhava a uma armadura, por ser revestido por uma carapaça, placas ou escamas ósseas - Embora não tivessem tido maxilas, aparentemente alguns possuíam diversos tipos de placas orais móveis - A notocorda deve ter sido o principal suporte axial durante toda a vida adulta Evolução dos tecidos mineralizados - Anatolepis heintzi: apresentava odontódios (pequenos elementos na forma de dente gerados na pele; são projeções de dentina) - Mistura de CaCO3 e fosfato de cálcio (apatita), além de dentina e esmalte - Condição primitiva para o osso dos vertebrados é de não apresentar células na forma adulta (aspidina) - Vantagens evolutivas: proteção, eletrorrecepção, sustentação, mobilidade (predação!) regulação de Ca e P (importante para o metabolismo anaeróbio realizado pelos vertebrados: hidroxiapatita é mais interessante que calcita, produção de ác. lático, alteração de pH) - Notocorda como principal eixo de sustentação Transição para Gnathostomata - Com auxílio de dentes: possibilidade de capturar presas maiores, ou praticar herbivoria de plantas mais duras, além de propiciar mudanças comportamentais, como agarrar o parceiro sexual e possibilitar construção de ninhos - Obter mais energia dos alimentos: possibilita tamanhos maiores - Desenvolvimento de maxila: 1º arco branquial originou as maxilas, o 2º osso branquial originou o osso hióide (essencial para o movimento da mandíbula) * Maxilas podem ter evoluído para melhorar a ventilação das brânquias e não para morder presas O novo Gnasthotomata - Aumento da coomplexidade corporal * Mudança em caracteres cranianos, como isolamento dos olhos e sustentação das maxilas * Sistema circulatório melhorado, permitindo mais locomoção * Sistemas digestivos e sensoriais mais complexos * Duplicação do gene Hox * Desenvolvimento de costelas: aumento na ancoragem dos músculos axiais Peixes gnatostomados extintos na Era Paleozóica - Placodermes: Peixes altamente especializados, com armadura (placas dérmicas concentradas na região da cabeça) - Acantódios: apresentavam nadadeiras contendo espinhos; presençade até 6 pares de nadadeiras ventrolaterais Vivendo na Água Ar X Água: diferenças essenciais entre os ambientes torna a evolução distinta entre os organismos terrestres e aquáticos - Gravidade: No ar, importante; na água, desprezível - Resistência dos fluidos ao movimento (viscosidade): No ar, desprezível; na água, complicada - Outros fatores: condutividade elétrica, densidade, presença de oxigênio Respiração: brânquias - Fluxo unidirecional da água → presença de técnicas para garantir isso: ventilação forçada e bombeamento bucal, prevenindo o fluxo reverso - Troca por contra-corrente: direção do fluxo sanguíneo é oposta à direção da água que atravessa a brânquia → garante que o máximo de oxigênio seja difundido para o sangue - Outras estruturas respiratórias: * superfícies acessórias: lábios aumentados, labirinto (câmaras vascularizadas na porção caudal da cabeça; ar sugado pels boca e transferido ao labirinto) * Respiração aérea facultativa ou obrigatória em ambientes com baixa concentração de O2 * Pulmões Flutuabilidade - Peixes pulmonados podem usar essa estrutura como bexiga natatória - Flutuadores neutros: têm a mesma densidade da água * Bexiga natatória: permite ajuste do volume >> Fisóstomos: trato digestivo ligado pelo duto pneumático à bexiga natatória (podem expulsar o ar através de bolhas) >> Fisóclistos: não tem duto pneumático; secretam gases do sangue para dentro dessa vesícula (glândula de gás) - Peixes cartilaginosos não possuem bexiga natatória; usam o fígado riquíssimo em óleo, para possibilitar essa flutuabilidade, além da ureia presente nos músculos. - Peixes de regiões abissais: depósito de gordura na bexiga natatória, rete mirabile longa (secreção de O2 mesmo em grandes profundidades) Sistema sensorial - Visão: como o índice de refração na água é maior, dá-se a impressão de que os objetos dentro d’água estão mais próximos do observador fora dela do que realmente estão. * Solução: cristalino esférico com alto índice de refração; a lente do cristalino se move toda para frente e para longe da retina para focalizar objetos a diferentes distâncias do peixe. - Percepção química: caminhos para desova, para se alimentar, para se reproduzir - Tato: receptores mecânicos → neuromastos (percepção de alterações de pressão: movimento, som) * Sistema de linha lateral: sistema receptor de superfície - Percepção elétrica: água como boa condutora de eletricidade → eletrócitos * Detecção de atividade elétrica, armas, corte, defesa territorial, comunicação * Elasmobranchii: Ampola de Lorenzini (eletrorreceptores sensíveis, capazes de detectar campos elétricos; úteis para localizar presas e para navegação) Ambiente interno dos Vertebrata - Controle Iônico: *Isosmótico: fluidos corpóreos em eq. osmótico (feiticeiras) * Hiposmótico: concentrações de soluto mais baixas que a da água (Teleósteos e lampreias → água flui do sangue para o mar) >> Teleósteos de água doce: pele com baixa permeabilidade (mas brânquias são); movimento osmótico já fornece o necessário (não necessário beber mais água → grande qtd de urina) >> Teleósteos de água salgada: saída de água por osmose e entrada de íons por difusão; pouca urina; bebem água do mar (células de Cl nas brânquias bombeiam ativamente os íons que adentraram para fora) * Hiperosmótico: concentrações de soluto mais altas que a da água (Condrichthyes → retêm ureia e compostos nitrogenados, aumentando a osmalidade da água: água flui do mar para o sangue) >> Condrichthyes: Não possuem células excretoras nas brânquias → obtêm balanço iônico pela secreção de um fluido via glândula retal * Quanto a variações de salinidade: >> Estenohialino: toleram pouca variação de salinidade >> Eurihialino: toleram muita variação de salinidade - Temperatura: A estabilidade da temperatura da água simplifica a tarefa de manter uma temperatura corpórea constante, contanto que a temperatura do corpo que precisa manter seja a mesma da temperatura da água ao redor do animal. * Heterotermia regional: retenção do calor de atividades musculares, a partir do sistema de contra-corrente do fluxo sanguíneo no retia mirabilia (sangue arterial frio das brânquias é aquecido pelo sangue venoso quente que deixa o tecido) Radiação dos Condrichthyes Surgimento fóssil: final do Siluriano Superior, com combinação única de caracteres variados: - A perda do osso (que estava presente em seus ancestrais agnatos) está associada provavelmente com a diminuição do peso do corpo, tornando-o mais manobrável - Alguns de seus órgãos e sistemas fisiológicos tinham evoluído para níveis alcançados por outros poucos vertebrados viventes - Traços anatômicos primitivos Especializações evolutivas do Condrichthyes - Devoniano Superior: principalmente de água doce - Radiação inicial: alterações nos dentes, nas maxilas e nas nadadeiras que evoluíram a taxas distintas Radiação dos Condrichthyes na Era Paleozoica - Identificados pela forma dos dentes: tricúspides com pequeno desenvolvimento de raiz - Boca com abertura terminal - Anfistílico: sítios múltiplos para sustentação da maxila superior (possível condição ancestral para os gnatostomados) - Cladoselache: corpo sustentado pela notocorda; arcos cartilaginosos neurais davam proteção adicional à medula espinhal; nadadeiras precedidas por espinho robusto, e a estrutura interna consistia de cartilagem - Xenacanthus: caixa craniana, maxilas e uma suspensão destas estruturas, muito similares àquelas do Cladoselache; nadadeiras robustas, esqueletos calcificados e cartilaginosos (diminuição da flutubalidade) Radiação dos Elasmobranchii no início da Era Mesozoica - Alterações no sistema de locomoção e alimentação * Dentição heterodonte * Nadadeiras mais móveis e flexíveis: nadadeiras peitorais e pélvicas com cartilagem mais fina e achatada * Ceratotriquias: raios das nadadeiras, proteicos e flexíveis, extendiam-se até a margem da nadadeira * Nadadeira caudal: heterocerca (redução do lobo hipocordal, divisão de suas radiais e adição de ceratotriquias flexíveis). * Surgimento de nadadeira anal Radiação Moderna – Tubarões e Raias - Início do Triássico - Focinho sobressai à boca, que está posicionada ventralmente - Desenvolvimento de vértebras, sólidas e calcificadas, com porções de notocorda - Dentes esmaltados - Tubarões (Pleurotremata) *Super ordem Squalea: mais primitivo quanto à anatomia geral, vivem em águas profundas e frias * Super ordem Galea: carnívoros dominantes de regiões oceânicas rasas, quentes e ricas em espécies *Características gerais: >> Escamas placoides: agrupadas ou fundidas em grandes placas; cúspide única, com única cavidade da polpa; corpo áspero age como armadura, sendo flexível e muito protetor; reduzem a turbulência do fluxo d’água próximo ao corpo, aumentando a eficiência da natação. >> Sistema sensorial: >> Olfato: muito sensível >> Visão: retina rica em bastonetes, e células com muitos cristais de guanina (agem como espelho, refletindo a luz de volta para a retina, aumentando a chance de a luz ser absorvida) >> Vibração sensorial da mecano-recepção: muito mais direcional sob uma grande gama de condições ambientais, é um outro sentido de longa distância (lembrar: vibrações em resgates de naufrágios) >> Alimentação: >> Cinese craniana: consumo de itens alimentares grandes, oferecendo mobilidade ao crânio >> Palatoquadrado e tipos de ligação com o condrocrânio: autoestílica (mais firme); anfistílica (intermediária); hioestílica (mais frouxa) → ergue focinho, palatoquadrado projeta-se para frente >> Reprodução: Fecundação interna; presença de clásper em machos (estrutura esquelética sólida aumenta sua eficiência) >> K estrategistas: poucos descendentes >> Protegidos dentro das fêmeas, podem realizar lecitrotofia (alimentam-se do vitelo) ou matrotofia (alimentam-se da mãe → trato reprodutivo) >> Comportamento social: não são solitários o tempo todo; agrupamentos relacionados à reprodução - Raias (Hipotremata) * Mais diversificada que tubarões;costumam ter hábitos bentônicos * Dentes compostos por coroas achatadas * Boca protraída muito rapidamente: sucção poderosa * Achatamento dorso-ventral: ampla área sobre a qual estão distribuídas as ampolas de Lorenzini *Cauda alongada Holocephali (quimeras): Estruturas moles; vivem em profundidades, dirigindo-se a águas rasas para depositar os ovos; clásper pode ser cefálico. Radiação dos Osteichthyes Características principais: - Ossos endocondrais: ossos que substituem cartilagens - Formação de ossos dérmicos e pericondrais - Presença de pulmões ou bexiga natatória derivada do tubo digestivo - Vários caracteres cranianos e dentários Sarcopterygii (nadadeiras lobadas) - Músculos mandibulares fortes - Inteiramente cobertos por uma estrutura parecida à dentina: cosmina - Dipnoi: peixes pulmonados >> Palatoquadrado fundido ao crânio; músculos adutores da mandíbula desenvolvidos (suspensão autostílica) >> Dentes sobre o palato fundidos em fileiras ‐ durofagia (alimentação de itens duros) >> nadadeiras dorsal, caudal e anal fundidas ‐ pedomorfose >> Boca possuindo quimiorreceptores >> Estivação - Actinistia >> Em águas profundas >> Nadadeiras carnosas e lobadas (menos a primeira nadadeira dorsal) >> Não possuem osso maxilar >> Órgão rostral com eletrorreceptores >> Bexiga natatória com gordura e paredes ossificadas Actinopterygii (nadadeiras raiadas) - Especialização de musculatura nas maxilas - Opérculo - Classificações: * Polypteriformes (muitas nadadeiras): esqueletos bem ossificados; escamas espessas, revestidas por ganoína; predadores; pulmões situaldos ventralmente (ex. bichirs) * Acipenseriformes: não apresentam osso endocondral; perderam boa parte do esqueleto dérmico (ex. esturjões e peixe-espátula) * Neopterygii >> Primitivos: Lepisosteiformes (gars: predadores de águas quentes e estuários; ficam em tocaias) e Amiiformes (Amia calva: predadores por sucção) >> Teleostei >> Osteoglossomorpha: águas doces tropicais; respirador aéreo obrigatório; constrói ninhos para desova (ex. aruanã) >> Elopomorpha: penetra em mangues e rios; pode capturar ar na superfície em ambientes pobres em O2 (ex. enguias) >> Clupeomorpha: alimentação de plâncton; vivem em cardumes (ex. sardinhas) >> Euteleostei: maioria das espécies >> Ostariophysi: maioria espécie de água doce; aparato de Weber (pequenos ossos que conectam a bexiga natatória – amplificação – com a orelha interna); presença de ferormônios de medo na pele (procura por abrigo ou compacta o cardume) (ex. carpas, piranhas) >> Paracanthopterygii: bacalhau >> Acanthopterygii: verdadeiros peixes de nadadeiras contendo espinhos; marinhos, pelágicos, litorâneos (ex. pescada, tucunaré) Locomoção - Natação: contração dos músculos de um lado e relaxamento do lado oposto * As ondulações se propagam para o resto do corpo - Tipos: * anguiliforme: peixes alongados e flexíveis; o movimento ocorre em cerca de 2/3 do corpo (ex. enguia) * carangiforme: ondulações estão limitadas à região caudal; curvatura do corpo é de amplitude menor do que a dos anguiliformes (ex. truta) * ostraciforme: corpo inflexível, ondulações só ocorrem na nadadeira caudal (ex. peixe cofre) Adaptabilidade dos Peixes - Comunidades de Teleostei em Ambientes Contrastantes - peixes pelágicos: geralmente não necessitam ter contato com a praia ou raramente dependem da região bentônica - peixes de distribuição bipolar (ocorrendo em ambas as regiões temperadas): provavelmente viveram na área intermediária - peixes polares: ocorrem em águas de temperaturas máximas de 6°C no verão; fauna pobre (ex. salmonídeos anádromos, algumas sardinhas e outros) Obs.: região pelágica: coluna d’água região nerítica: a parte mais rica da região pelágica sobre a plataforma continental; região oceânica: a zona pelágica restante; peixes que não dependem do fundo = holopelágicos peixes que dependem do fundo = hemipelágicos Distribuição de peixes de água doce - primários: grupos com pouca ou nenhuma tolerância à água salgada (ex. pirambóias) - secundários: grupos geralmente restritos à água doce, mas capazes de entrar na água salgada (ex. barrigudinhos) Tipos de migrações: - oceanodromia: migração exclusivamente dentro do mar (ex. salmões migram pelo Pacífico da Califórnia para o Japão) - potamodromia: migração exclusivamente em água doce (piracema) - diadromia: entre ambientes de diferentes salinidades como parte regular do ciclo vital * anfidromia: migração sem fins reprodutivos entre ambientes de água doce e salgada; * catadromia: migração da água doce para a salgada para a desova (ex. enguias de água doce); * anadromia: migração da água salgada para água doce para a desova (ex. salmões). catadromia e anadromia são com fins reprodutivos Reprodução - Todos dióicos; maioria ovípara, alguns vivíparos; desenvolvimento do ovo à deriva; larvas como predadoras precoces - Casos especiais: * teleósteos desovadores bentônicos: desovam em massa; ovos aderidos à superfície ou apenas colocados sobre um substrato * escondedores de ovos e enterradores: recobrem os ovos depositados numa vala * carregadores: aderidos externamente ao ventre materno; aderidos a depressões cefálicas nos machos; na boca; bolsas incubadoras (ex. cavalo-marinho) * guardadores: escolha e competição por local de desova; podem limpar o terreno ou construir um ninho; cuidado parental (guarda de ovos, embriões, larvas; limpeza e oxigenação dos ovos) - Estratégias reprodutivas: * hermafroditas seqüenciais: menores são machos; maiores são fêmeas * hermafroditismo protrândrico: os indivíduos mudam de macho para fêmea ao longo da vida, pois peixes maiores são melhores como fêmeas * hermafroditismo protogínico: é mais vantajoso ser um macho grande quando ocorre competição entre machos por um recurso limitado; é comum em peixes coralinos onde os locais para reprodução nos recifes são raros e disputados * espécies progínicas coralinas: ocorrem em altas densidades populacionais; existem machos grandes originados pela mudança de sexo e machos pequenos semelhantes às fêmeas; os machos menores roubam “fertilizações” nadando entre as fêmeas e os machos territoriais * haréns: em algumas espécies um macho domina várias fêmeas; quando o macho é removido, a fêmea maior comporta-se como macho e depois de duas semanas transforma-se em macho.
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