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GESTÃO DE PROJETOS ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO

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Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E 
EMPREENDEDORISMO
Olá! Meu nome é Luís Cláudio de Almeida. Sou mestre em 
Motricidade Humana pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) 
de Rio Claro (SP) e professor de Educação Física formado no 
Claretiano – Centro Universitário de Batatais-SP. Cursei, também, 
MBA em Gestão Universitária na Universidade São Marcos de 
São Paulo (SP); Especialização em Administração, Engenharia e 
Marketing Esportivo na Universidade Gama Filho do Rio de Janeiro 
(RJ); Especialização em Administração da Qualidade na Fundação 
Armando Álvares Penteado (FAAP)/Faculdades Claretianas; 
Especialização em Gestão da Educação a Distância na Universidade Federal de Juiz 
de Fora (MG); e Especialização em Gestão e Liderança Universitária na Organização 
Universitária Interamericana/Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). Conto com 
várias experiências profissionais no campo da Educação Física Escolar, da Preparação 
Técnica Desportiva e da Gestão Esportiva. Atualmente, atuo como professor nos 
cursos de Graduação e Pós-graduação em Educação Física desta Instituição e exerço 
a função de Pró-reitor Acadêmico do Claretiano – Centro Universitário de Batatais. 
E-mail: proreitoracad@claretiano.edu.br
Claretiano – Centro Universitário
Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000
cead@claretiano.edu.br
Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006
www.claretianobt.com.br
Prof. Ms. Luís Cláudio de Almeida
Batatais
Claretiano
2015
ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E 
EMPREENDEDORISMO
© Ação Educacional Claretiana, 2015 – Batatais (SP)
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer 
forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição 
na web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito 
do autor e da Ação Educacional Claretiana.
Reitor: Prof. Dr. Pe. Sérgio Ibanor Piva
Vice-Reitor: Prof. Ms. Pe. José Paulo Gatti
Pró-Reitor Administrativo: Pe. Luiz Claudemir Botteon
Pró-Reitor de Extensão e Ação Comunitária: Prof. Ms. Pe. José Paulo Gatti
Pró-Reitor Acadêmico: Prof. Ms. Luís Cláudio de Almeida
Coordenador Geral de EaD: Prof. Ms. Artieres Estevão Romeiro
CORPO TÉCNICO EDITORIAL DO MATERIAL DIDÁTICO MEDIACIONAL
Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves
Preparação: Aline de Fátima Guedes • Camila Maria Nardi Matos • Carolina de Andrade Baviera 
• Cátia Aparecida Ribeiro • Dandara Louise Vieira Matavelli • Elaine Aparecida de Lima Moraes • 
Josiane Marchiori Martins • Lidiane Maria Magalini • Luciana A. Mani Adami • Luciana dos Santos 
Sançana de Melo • Patrícia Alves Veronez Montera • Raquel Baptista Meneses Frata • Rosemeire 
Cristina Astolphi Buzzelli • Simone Rodrigues de Oliveira
Revisão: Cecília Beatriz Alves Teixeira • Eduardo Henrique Marinheiro • Felipe Aleixo • Filipi 
Andrade de Deus Silveira • Juliana Biggi • Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz • Rafael Antonio 
Morotti • Rodrigo Ferreira Daverni • Sônia Galindo Melo • Talita Cristina Bartolomeu • Vanessa 
Vergani Machado
Projeto gráfico, diagramação e capa: Eduardo de Oliveira Azevedo • Joice Cristina Micai • Lúcia 
Maria de Sousa Ferrão • Luis Antônio Guimarães Toloi • Raphael Fantacini de Oliveira • Tamires 
Botta Murakami de Souza • Wagner Segato dos Santos
Videoaula: José Lucas Viccari de Oliveira • Marilene Baviera • Renan de Omote Cardoso
INFORMAÇÕES GERAIS
Cursos: Graduação
Título: Atividade Física, Esporte e Empreendedorismo 
Versão: fev./2015
Formato: 15x21 cm
Páginas: 110 páginas
SUMÁRIO
UnIDADE 1 – GESTÃO DE PROJETOS: EMPREEnDEDORISMO EM 
ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
1. InTRODUçÃO .................................................................................................... 9
2. COnTEUDO BÁSICO DE REFERÊnCIA ................................................................. 10
2.1. GESTÃO DE PROJETOS ............................................................................... 12
2.2. CARACTERÍSTICAS DE UM PROJETO .......................................................... 13
2.3. PROJETO E MARKETING ........................................................................... 19
3. COnTEÚDO DIGITAL InTEGRADOR .................................................................... 25
4. QUESTõES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................... 29
5. COnSIDERAçõES ............................................................................................... 29
6. E-REFERÊnCIAS ................................................................................................. 31
7. REFERÊnCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 31
UnIDADE 2 – GESTÃO DE EVEnTOS: EMPREEnDEDORISMO EM 
ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
1. InTRODUçÃO ................................................................................................... 35
2. COnTEÚDO BÁSICO DE REFERÊnCIA ................................................................. 36
2.1. COnCEITOS E DEFInIçÃO DE EVEnTOS ..................................................... 37
2.2. CERIMOnIAIS EM EVEnTOS ESPORTIVOS ................................................ 48
2.3. CEnÁRIO DO ESPORTE E DO FITNESS nO BRASIL E A PERSPECTIVA DOS 
EVEnTOS .................................................................................................... 52
2.4. OS MEGAEVEnTOS ESPORTIVOS ............................................................... 56
3. COnTEÚDO DIGITAL InTEGRADOR .................................................................... 57
4. QUESTõES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................... 59
5. COnSIDERAçõES ............................................................................................... 60
6. E-REFERÊnCIAS ................................................................................................. 61
7. REFERÊnCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 62
UnIDADE 3 – PLAnEJAMEnTO E REGULAMEnTAçÃO DE COMPETIçõES 
ESPORTIVAS
1. InTRODUçÃO ................................................................................................... 65
2. COnTEÚDO BÁSICO DE REFERÊnCIA ................................................................. 66
2.1. PLAnEJAMEnTO DE COMPETIçõES ESPORTIVAS ...................................... 67
2.2. REGULAMEnTO DE COMPETIçõES ESPORTIVAS ....................................... 72
2.3. ORGAnIzAçÃO DE COMPETIçõES ESPORTIVAS ....................................... 76
3. COnTEÚDO DIGITAL InTEGRADOR .................................................................... 82
4. QUESTõES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................... 83
5. COnSIDERAçõES ............................................................................................... 84
6. E-REFERÊnCIAS ................................................................................................. 84
7. REFERÊnCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 85
UnIDADE 4 – PROCESSOS DE DISPUTAS EM COMPETIçõES ESPORTIVAS
1. InTRODUçÃO ................................................................................................... 89
2. COnTEÚDO BÁSICO DE REFERÊnCIA ................................................................. 90
2.1. PROCESSOS DE DISPUTAS EM COMPETIçõES ESPORTIVAS....................... 90
2.2. PROCESSOS DE ELIMInATóRIAS ................................................................ 92
2.3. PROCESSOS DE RODÍzIOS OU TURnOS ..................................................... 99
3. COnTEÚDO DIGITAL InTEGRADOR ...................................................................106
4. QUESTõES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................... 108
5. COnSIDERAçõES ............................................................................................... 109
6. E-REFERÊnCIA ................................................................................................... 110
7. REFERÊnCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 110
7
UNIDADE 1
GESTÃO DE PROJETOS: 
EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE 
FÍSICA E ESPORTE
Objetivos 
• Situar-se no contexto da atuação do profissional de Educação Física.
• Caracterizar as intervenções e a importância da gestão de projetos na área. 
• Compreender o conceito e características dos projetos.
• Identificar as fases de elaboração de um projeto e entender o ciclo de vida 
de um projeto.
• Entender as interfaces do marketing com a gestão de projetos e a aplica-
bilidade na área.
• Conhecer a estrutura de um projeto e ser capaz de intervir na sua elabora-
ção e implantação no campo dos esportes, lazer e atividade física em geral.
Conteúdos 
• Caracterização da área de atuação do Profissional de Educação Física e suas 
intervenções na gestão aplicada.
• Gestão de Projetos: conceito e características.
• Fases de elaboração de projetos e ciclo de vida dos projetos.
• Interface dos projetos com o marketing e os métodos promocionais 
aplicados.
• Estruturação e elaboração de projetos.
8 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 1 – GESTÃO DE PROJETOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
Orientações para o estudo da unidade
Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:
1) não se limite a este caderno. Busque outras informações em sites con-
fiáveis e/ou nas referências bibliográficas, apresentadas ao final de cada 
unidade. Lembre-se de que, na modalidade EaD, o engajamento pessoal é 
um fator determinante para o seu crescimento intelectual.
2) Situe-se nos conceitos, concepções e classificação dos projetos e siga a 
sequência do estudo e atividades propostas para melhor aproveitamento.
3) Procure entender as fases de elaboração dos projetos, seu ciclo de vida, 
os procedimentos para elaboração e a importância destes na área da Edu-
cação Física.
4) não deixe de recorrer aos materiais complementares descritos no Conteú-
do Digital Integrador. 
9© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 1 – GESTÃO DE PROJETOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
1. INTRODuÇãO
O mercado de atuação e as intervenções dos profissionais 
de Educação Física tem exigido e apontando para a necessidade 
de gerenciamento de projetos. Pela natureza das atividades pro-
fissionais na área, percebe-se grande interface com o campo de 
gestão por projetos, ou seja, é muito comum depararmos com 
solicitação de projetos por parte das instituições, que atuam as 
nas áreas dos esportes, lazer e atividade física na saúde. não 
obstante, os profissionais de Educação Física também poderão 
ver nos "projetos" uma grande oportunidade, em se tratando de 
empregabilidade.
É certo que toda organização necessita de boas ideias e 
boas práticas de gestão e assim levá-las adiante. Boas ideias po-
dem representar soluções ou inovações com novos produtos ou 
novos serviços e, consequentemente transformações e mudan-
ças, ou seja, aquilo que as organizações buscam incessavelmen-
te, cabendo perfeitamente os projetos. Lançar uma nova ideia 
ou propor um projeto é uma mostra de empreendedorismo. 
Segundo Dornelas (2008, p. 22), “empreendedorismo é o 
envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam a 
transformação de ideias em oportunidades. O empreendedor é 
aquele que faz as coisas acontecerem, e antecipa aos fatos e tem 
uma visão futura da organização". 
Dentro desta compreensão, o empreendedor é a pessoa 
que inicia ou opera um negócio para realizar uma ideia ou pro-
jeto pessoal assumindo riscos e responsabilidades e inovando 
continuamente (CHIAVEnATO, 2004).
Partindo destes preceitos, o material que segue procura-
rá trazer subsídios para o entendimento e caracterização das in-
tervenções do profissional de Educação Física e a elaboração de 
projetos. 
10 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 1 – GESTÃO DE PROJETOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
2. CONTEuDO bÁSICO DE REFERÊNCIA
Caracterização da atuação profissional na Área da Gestão de 
Projetos Eventos no campo da Atividade Física e Saúde e do 
Esporte
Ao caracterizarmos esta área de intervenção profissional 
nos referimos a empreendimentos no campo dos Esportes, Ati-
vidade Física e Saúde, que atualmente apresenta grande diversi-
dade. neste campo, é sabido que as organizações como Acade-
mias de Ginástica e Centros de Treinamento Esportivo (escolas 
de esporte) dentre outras, empreendem de modo a consolidar 
sua aceitação no mercado, investindo em infraestrutura e recur-
sos e, inovando nos seus processos e serviços, e assim, criando e 
recriando projetos reforcem suas marcas e seus negócios.
Uma pesquisa do American College of Sports Medicine 
com quase 4.000 profissionais do fitness, listou as principais ten-
dências para este mercado no ano de 2014, sendo: Treinamento 
intervalado de alta intensidade (sessões até 30 minutos); Calis-
tenia (antigo nome dos exercícios com o peso do corpo); Treina-
mento de força (musculação): Exercício e emagrecimento (exer-
cício físico com dieta orientada): Personal training (treinamento 
personalizado em grupos); Programas de exercícios para idosos; 
Treinamento funcional (atividades da vida diária ou prática espor-
tiva); Yoga (flexibilidade e fortalecimento muscular); Exercícios 
para a prevenção da obesidade infantil; Ginástica laboral; Core 
training (condicionamento da musculatura do core - abdômen, 
do tórax e da coluna vertebral). Atividades externas (ao ar livre 
e esportes de aventura); Treinamento em circuito (intervalado); 
Avaliações físicas (para prescrição de treinamento); Wellness 
coaching (aconselhamento, Treinamento específico para espor-
11© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 1 – GESTÃO DE PROJETOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
tes: Programas de saúde para o trabalhador; Boot camp (ativi-
dade de alta intensidade que simula atividades conduzidas em 
quarteis militares) (ACSM, 2014).
Embora as tendências apresentadas tenham sido resultado 
de pesquisas no contexto norte americano, muito provavelmen-
te seja também uma tendência global. Este cenário, nos permite 
imaginar o volume investidores que surgirão nessas áreas com 
projetos que deverão prosperar nos próximos anos. Cabe aqui, 
portanto, a preocupação com a formação profissionais de Educa-
ção Físicas, no sentido desenvolverem competências e habilida-
des elaborarem projetos e empreenderem na área.
Intervenção Profissional na Gestão de Projetos e Eventos em 
Atividade Física e Saúde
Em se tratando da intervenção profissional neste campo, 
percebe-se também que, atualmente tem aumentado muito o 
nível da exigência social por esses serviços. A atividade física e os 
esportes têm se tornado atrativos não tão somente pelo seu di-
mensionamento lúdico, envolvendo aspectos culturais e sociais, 
mas também pelo despertar da consciência coletiva para a me-
lhoria das condições de saúde e qualidade de vida. Por outra óti-
ca, no campo econômico, o crescimento deste mercado também 
tem saltado aos olhos dos investidores, tornando-se um ramo 
de negócios altamente rentável. De qualquer modo, é certo que 
exigências quanto a intervenção profissional na área aumentem 
e, por consequência o gerenciamento deste segmento deverá 
responder no mesmo nível.
Para traçarmos aqui um breve paralelo, vamos lembrar de 
uma das deliberações do Conselho Federal de EducaçãoFísica 
(COnFEF Resolução nº 046/2002) que traz dentre as especifi-
12 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 1 – GESTÃO DE PROJETOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
cidades do campo de atuação dos profissional profissionais de 
Educação Físicaa a área de Gestão em Educação Física e Despor-
to, caracterizando-a pelas atribuições de diagnosticar, identificar, 
planejar, organizar, supervisionar, coordenar, executar, dirigir, 
assessorar, dinamizar, programar, ministrar, desenvolver, pres-
crever, prestar consultoria, orientar, avaliar e aplicar métodos e 
técnicas de avaliação na organização, administração e/ou geren-
ciamento de instituições, entidades, órgãos e pessoas jurídicas 
cujas atividades fins sejam atividades físicas e/ou desportivas.
Temos aqui, portando, um atributo legal da profissão, mas 
não basta essa garantia, é preciso reunir competências para tal 
e este é um dos propósitos desta unidade de estudos, além de 
buscar encorajar os futuros profissionais a lançar ideias, elaborar 
projetos e implementa-los, ou seja, empreender.
2.1. GESTÃO DE PROJETOS
Projeto é uma representação por escrito de uma ideia, par-
tindo de uma intuição criativa, constituindo-se como o nasce-
douro dos empreendimentos. 
O Conceito e Natureza de Projetos
O projeto que tratamos aqui é um plano para a realização 
de ações que também pode significar desígnio, intenção ou es-
boço. Projeto é um planejamento que se faz com a intenção de 
realizar ou desenvolver alguma coisa. O termo é oriundo do latim 
projectum que significa "algo lançado à frente" (AURÉLIO, 2010). 
Por esse motivo, projeto também pode ser uma redação 
provisória de uma medida qualquer que vai ser realizada no 
13© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 1 – GESTÃO DE PROJETOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
futuro. Por exemplo, um projeto de lei é uma proposta escrita 
apresentada para ser discutida e convertida em lei. Um projeto 
de atendimento e melhoria das condições de vida de crianças 
carentes, é uma ideia escrita que pode ser apresentada a um 
órgão ou entidade para ser executado. Uma ideia de se criar uma 
equipe esportiva de competição e buscar parecerias e patrocínio 
pode ter seu melhor formato também como projeto.
Projeto é uma construção própria do ser humano, que se 
concretiza a partir de uma intencionalidade representada por 
um conjunto de ações que ele antevê como necessária para exe-
cutar, a fim de transformar uma situação problemática em uma 
situação desejada. A realização das atividades produz um movi-
mento no sentido de buscar atingir, no futuro, uma nova situação 
que responda às suas indagações ou avance no sentido de me-
lhor compreendê-las. nesse processo de realização das ativida-
des acontecem imprevistos, e mudanças fazem-se necessárias. 
Envolve a antecipação de algo desejável que ainda não foi 
alcançado, traz a ideia de pensar uma realidade que ainda não 
aconteceu. O processo de projetar implica analisar o presente 
como fonte de possibilidades futuras (FREIRE; PRADO, 1999). 
2.2. CARACTERÍSTICAS DE UM PROJETO
Segundo o PMI – Project Management Institute, um pro-
jeto pode ser definido em termos de suas características distin-
tivas, como sendo empreendimentos que requerem "empenhos 
temporários empreendidos para criar produtos ou serviços úni-
cos (PMBOCk, 2013).
 Porém, as características dos projetos mais evidenciadas 
na literatura são a temporalidade e a individualidade. A tempo-
14 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 1 – GESTÃO DE PROJETOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
ralidade significa que todo projeto possui um início e um fim de-
finidos, ou seja, é um evento com duração finita, determinada 
em seu objetivo. Individualidade se refere ao produto ou serviço 
produzido pelo projeto. Como o produto de cada projeto é úni-
co, suas características precisam ser elaboradas de maneira pro-
gressiva, de modo a garantirem as especificações do produto ou 
serviço a serem desenvolvidos (VARGAS, 2009).
Fases de Elaboração de Projetos
A fase de planejamento do projeto merece destaque, nesta 
fase busca-se o refinamento dos objetivos do projeto e detalha-
mento do melhor caminho para alcançá-los. A elaboração bem 
desenvolvida e administrada, com habilidade, constitui fator de-
terminante para o sucesso do projeto. A fase de planejamento é 
a fase com mais atividades e requer tempo e dedicação da equi-
pe do gerente e da equipe do projeto. Planejar as etapas resul-
ta em menor tempo gasto na solução de desvios e conflitos nas 
fases (SOTILLE, 2006). 
Segundo Correa e Sena (2009), pensando na formulação 
do projeto, cada planejamento deve:
1) definir claramente o problema que o projeto pretende 
solucionar; 
2) definir o problema em termos de grandeza (magnitu-
de), causas e consequências para as pessoas; 
3) fixar objetivos que: 
a) estejam relacionados com o problema.
b) especifiquem resultados esperados. 
c) possam ser medidos. 
d) sejam passos-chave para o objetivo final do projeto. 
15© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 1 – GESTÃO DE PROJETOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
4) identificar os recursos materiais e humanos disponí-
veis, possí- veis de serem obtidos localmente, e os que 
devem ser obtidos de fora; 
5) possuir mecanismos de medição regular do progresso 
do projeto (controle); 
6) possuir planejamento formal da avaliação durante e 
no final do projeto; 
7) estabelecer um modo de rever regularmente e pôr em 
dia o planejamento original. 
Ciclo de Vida do Projeto
Embora cada projeto tenha características diferentes, 
pode-se pensar o seu ciclo de vida como tendo quatro fases 
distintas:
1) Elaboração: é o momento da identificação do proble-
ma, definição dos objetivos, programação das ativida-
des e confecção da proposta técnica do projeto. 
2) Estruturação: uma vez decidido que o projeto vai ser 
realizado, é hora de organizar a equipe executora e 
mobilizar os meios necessários para executá-lo. 
3) Realização: é o período quando as atividades previstas 
são realizadas e acompanhadas, de acordo com o pla-
nejado. Por vezes é necessário alterar a programação, 
em razão de fatos não previstos. 
4) Encerramento: ao término do projeto é preciso anali-
sar seus resultados e impactos, comparando-se o que 
se pretendia originalmente com o realmente alcança-
do. Também é momento de cuidar da desmobilização 
do projeto, caso não haja prosseguimento.
16 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 1 – GESTÃO DE PROJETOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
Outra orientação sobre Ciclo de Vida de Projeto é trazido 
pelo Project Management Institute (PMBOk, 2014), com cinco 
fases de gerenciamento de projetos, sendo:
1) Iniciação: fase de identificação das necessidades, da 
viabilidade, orçamentos e cronogramas, a equipe que 
irá trabalhar e a proposta. É a fase onde se inicia ofi-
cialmente o projeto. 
2) Planejamento: estudos e análises, recursos e o deta-
lhamento do plano.
3) Execução: execução dos planos do projeto, coorde-
nação de pessoas e outros recursos para executar o 
plano.
4) Controle: monitoramento, controle e modificações.
5) Finalização: aceitação formal do projeto (com verifica-
ção de escopo) ou fase para a sua finalização.
Fonte: Project Management Institute (PMBOk, 2014).
17© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 1 – GESTÃO DE PROJETOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
Gerenciamento de Projetos
Após implantação o projeto exige gerenciamento em diver-
sos planos para garantir seu bom funcionamento e consequen-
temente caminhar rumo aos objetivos propostos inicialmente, a 
exemplo do gerenciamento de integração do projeto, gerencia-mento de tempo, gerenciamento de custos, gerenciamento de 
recursos humanos, gerenciamento de aquisições, gerenciamen-
to de comunicação e gerenciamento de riscos, conforme reco-
menta o Guia PMBok (2013). 
Todas essas áreas de gerenciamento são consideradas im-
portantes, mas vamos tratar aqui de dois tipos de gerenciamen-
to essenciais ou seja, Custos e Recursos Humanos, os demais 
poderão ser visto mas indicação dos conteúdos integrados desta 
unidade.
Gerenciamento dos Custos do Projeto
O gerenciamento dos custos do projeto inclui os processos 
envolvidos em planejamento, estimativas, orçamentos, finan-
ciamentos, gerenciamento e controle dos custos, de modo que 
o projeto possa ser terminado dentro do orçamento aprovado, 
conforme orientações do Guia PMBok (2013) que seguem:
1) Fornece uma visão geral dos processos de gerencia-
mento dos custos do projeto.
2) Planejar o gerenciamento dos custos é o processo de 
estabelecer as políticas, os procedimentos e a docu-
mentação para o planejamento, gestão, despesas e 
controle dos custos do projeto.
18 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 1 – GESTÃO DE PROJETOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
3) Estimar os custos é o processo de desenvolvimento de 
uma estimativa de custos dos recursos monetários ne-
cessários para terminar as atividades do projeto.
4) Determinar o orçamento é o processo de agregação 
dos custos estimados de atividades individuais ou pa-
cotes de trabalho para estabelecer uma linha de base 
dos custos autorizada.
5) Controlar os custos é o processo de monitoramento do 
andamento do projeto para atualização no seu orça-
mento e gerenciamento das mudanças feitas na linha 
de base de custo
Gerenciamento dos Recursos Humanos do Projeto
O gerenciamento dos recursos humanos do projeto inclui 
os processos que organizam, gerenciam e guiam a equipe do 
projeto. A equipe do projeto consiste das pessoas com papéis 
e responsabilidades designadas para completar o projeto. Lem-
brando que a participação dos membros da equipe durante o 
planejamento agrega seus conhecimentos ao processo e fortale-
ce o compromisso com o projeto.
1) Desenvolver o plano dos recursos humanos: o proces-
so de identificação e documentação de papéis, respon-
sabilidades, habilidades necessárias, relações hierár-
quicas, além da criação de um plano de gerenciamento 
do pessoal.
2) Mobilizar a equipe do projeto: o processo de confirma-
ção da disponibilidade dos recursos humanos e obten-
ção da equipe necessária para terminar as atividades 
do projeto.
19© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 1 – GESTÃO DE PROJETOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
3) Desenvolver a equipe do projeto: o processo de me-
lhoria de competências, da interação da equipe e do 
ambiente geral da equipe para aprimorar o desempe-
nho do projeto.
4) Gerenciar a equipe do projeto: o processo de acompa-
nhar o desempenho dos membros da equipe, fornecer 
feedback, resolver problemas e gerenciar mudanças 
para otimizar o desempenho do projeto.
2.3. PROJETO E MARKETING
Aproveitando a classificação dos eventos trazidas por Gia-
caglia, (2008) que dependendo dos objetivos esperados os even-
tos podem ser classificados em institucionais ou promocionais, 
assim também podemos classificar os eventos como sendo:
• Institucionais: aqueles cuja principal finalidade é desen-
volver, manter ou aperfeiçoar a os produtos e conse-
quentemente a imagem corporativa da empresa. 
• Promocionais: quando a finalidade do evento for pri-
mordialmente comercial.
Desse modo é possível inferir que os Projetos Institucio-
nais são aqueles que partem de uma organização e alinham-se 
sua missão, objetivos, produtos e serviços e os Projetos Promo-
cionais, aqueles que se apresentam como ação mercadológica 
(marketing), a exemplo dos projetos de patrocínio, parcerias, 
permutas dentre outros. 
Thiry-Cherques (2006), enfatiza que a relação marketing e 
projeto é uma via de mão dupla, para alcançar subsistência fi-
nanceira e suporte dos patrocinadores do projeto, assim, os ges-
tores devem colocar seus projetos no contexto do negócio, ou 
20 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 1 – GESTÃO DE PROJETOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
seja, no contexto da estratégia de marketing e relacionamento 
com clientes.
O marketing pode estar presente e ser identificado em to-
das as fases do ciclo do projeto. na fase inicial (pesquisa), com 
um pré-projeto com objetivos, metas, necessidades do cliente 
e condições do mercado. na fase de organização e preparação 
(planejamento) do projeto com a formatação do projeto definin-
do de regras, descrição de influências e planejamento. na fase 
de execução (realização), com troca de informações acompa-
nhamento e renegociação. E no encerramento do projeto com 
a criação de condições para projetos futuros, lições aprendidas, 
reflexão e análise de resultados (SOUDAIn, 2006; citado por JA-
CInTHO, 2011).
O Projeto e os Métodos Promocionais Aplicados à Atividade Fí-
sica e Esportes
Como vimos anteriormente, a literatura nos chama aten-
ção para a forte relação entre projetos e marketing. Nos eventos 
esportivos e da área do fitness é notável grande participação dos 
patrocinadores. 
O Patrocinador é uma pessoa ou grupo que fornece recur-
sos e suporte para o projeto e é responsável pelo sucesso do 
mesmo. O patrocinador pode ser externo ou interno em relação 
à organização do gerente de projetos. O patrocinador promove 
o projeto desde a sua concepção inicial até o seu encerramen-
to. Isso inclui servir como porta-voz para os níveis mais altos de 
gerenciamento para angariar o suporte em toda a organização 
e promover os benefícios que o projeto proporciona. O patroci-
nador conduz o projeto através dos processos iniciais até a sua 
autorização formal e desempenha um papel significativo no de-
21© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 1 – GESTÃO DE PROJETOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
senvolvimento do escopo inicial e do termo de abertura. no caso 
das questões que estão além do controle do gerente do projeto, 
o patrocinador pode encaminhá-las para níveis hierárquicos su-
periores. O patrocinador também pode se envolver em outras 
questões importantes, como a autorização de mudanças no es-
copo, análises de final de fase e decisões de continuação/cance-
lamento quando os riscos são particularmente altos. O patroci-
nador também garante uma transferência tranquila das entregas 
do projeto para os negócios da organização do solicitante após o 
encerramento do projeto. (PMBOk, 2013- PMI, p. 31)
Levando para o campo dos esportes, patrocínio esportivo 
pode ser definido como sendo, o investimento que uma enti-
dade pública ou privada faz em um evento, atleta ou grupo de 
atletas com a finalidade precípua de atingir públicos e mercados 
específicos, recebendo, em contrapartida, uma série de vanta-
gens encabeçadas por incremento de vendas, promoção, melhor 
imagem e simpatia do público (CARDIA, 2004). 
Outra boa definição de patrocínio esportivo encontramos 
em Pozzi (1998) atestando que patrocínio esportivo pode ser de-
finido como a "provisão de recursos (financeiro, humano e físi-
co) por uma organização diretamente a um evento ou atividade 
esportiva em troca de uma associação direta com o mesmo. A 
organização provedora poderá então usar essa associação direta 
para atingir seus objetivos corporativos, como de marketing e de 
comunicação.
Levando-se em conta o patrocínio, como porta de entra-
da dos compostos de marketing em um projeto, os elementos 
principais que compõem os métodos promocionais no esporte 
são: propaganda, publicidade e relações públicas, venda pessoal 
e promoção de vendas. Tais componentes existem em conjunto 
22© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 1 – GESTÃO DE PROJETOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
e podem ser utilizados em harmonia ou separadamente a fim 
de alcançar objetivos de marketing e de vendas. Os especialistas 
chamam isso de composição promocional. Um gestor de projeto 
eficiente, deve ser capaz de Integrar a composição promocional 
à função total do marketing na organização. A propaganda pode 
ser de artigos esportivos e de eventos esportivos. A publicidade 
tem a finalidade de chamar a atenção para um produto, uma or-
ganização ou um evento (difere da propaganda por entrar de modo 
gratuito na mídia). A venda pessoal define-se como a apresentação 
oral do produto a potenciais consumidores com o propósito da ven-
da. A promoção de vendas caracteriza-se como todos os instrumentos 
de comunicação que não se encaixam nas categorias de propaganda, 
venda pessoal ou publicidade (anúncios em pontos de compra, feiras, 
presença de personalidades nos eventos, etc). Desse modo o esporte 
e os eventos de atividade física e promoção da saúde podem desem-
penhar eficiente e lucrativo, como elo entre consumidores e produtos 
dos patrocinadores (PITTS; STOTLAR, 2002). 
Estrutura para Elaboração de Projetos
Muitas são as formas e modelos para se elaborar proje-
tos, especialmente na área de Educação Física que apresenta um 
grande leque de oportunidades. Para começar, um bom projeto 
deve ter objetividade e clareza em todas as suas partes, portanto 
é necessário escolher a estrutura que melhor se adeque ao pro-
jeto, dependendo da sua natureza.
Fernandez (2008), aponta de forma simples e objetiva seis 
elementos que norteiam a elaboração e estruturação de proje-
tos culturais conforme quadro a seguir:
23© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 1 – GESTÃO DE PROJETOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
ELEMENTO DESCRIÇãO QuESTãO
Apresentação Ação que vamos realizar O quê?
Justificativa
Análise da realidade. 
Justificativa da ideia e do 
projeto
Por quê?
Objetivos
Objetivo Geral e Específicos do 
Projeto
Para quê?
Público Alvo e 
Localização
A quem está dirigido o projeto. 
Locais on se vai intervir
Quem?
Onde?
Atividades e Metodologia
Descrição de atividades e como 
se vão realizar
Como?
Recursos (humanos, 
técnicos e Materiais)
Organização e Divisão de Tarefas Com Quem?
Fonte: adaptado de Fernandez, 2008.
Outra proposta de projeto para a área de Educação Físi-
ca e Esportes é apresentada por Poit (2006), enfatizando que, o 
conteúdo, a abrangência e pertinência são itens imprescindíveis 
para a apresentação de um projeto, dependendo ainda de ex-
clusividade da experiência, empenho, habilidade e criatividade, 
para isso propõe a seguinte estrutura para um projeto:
1) Folha de Rosto: nome do projeto, logomarca e slogan.
2) Apresentação: justificativa e relevância do projeto.
3) Objetivo: definir objetivos principais e secundários.
4) Local: relatar a localização escolhida para o projeto.
5) Público Alvo: as pessoas a quem se destina o evento.
6) Desenvolvimento: procedimentos e detalhes operacio-
nais do projeto.
7) Recursos: recursos humanos, materiais e financeiros 
necessários.
24 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 1 – GESTÃO DE PROJETOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
8) Aproveitamento Promocional: apresentar o plano de 
mídia e retorno ao patrocinador.
9) Cronograma: quadro demonstrativo das datas e dura-
ção das fases do projeto.
10) Assinaturas: envolvimento ou parcerias do projeto 
com entidades e responsabilidades.
11) Anexos: documentos ou registros que agregam valor 
ao projeto.
12) Avaliação: diagnóstico das metas e benefícios 
alcançados.
Melo neto (2000), enfatiza um projeto que tem como foco 
o patrocínio. Alertando para que, antes da apresentação comple-
ta do projeto deva ser elaborado e apresentado um pré-projeto, 
que na forma de resumo analítico deve conter justificativa, de-
finição, organização do evento ou atividade, previsão orçamen-
tária e retorno esperado. A proposta de roteiro de projeto apre-
sentada pelo autor consiste da seguinte sequência:
1) Justificativa: dados do patrocinador e sinergia deste 
com o projeto (evento).
2) Definição de objetivos: descrição dos benefícios ao 
patrocinador.
3) Organização do evento: informações sobre o público, 
audiência, local e período de realização.
4) Plano de merchandising: discriminação de todas 
as peças promocionais para o projeto na forma de 
merchandising.
5) Plano de divulgação: plano de mídia e uso de meios de 
comunicação para o projeto (evento).
25© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 1 – GESTÃO DE PROJETOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
6) Plano Promocional: elenco de ações promocionais 
a serem realizadas antes, durante e após o projeto 
(evento).
7) Orçamento: detalhamento dos custos com os recursos 
e receitas com o projeto.
8) Cálculo do retorno: previsão do retorno de imagem ao 
patrocinador, especialmente em função da mídia.
Vimos portanto, que não há um modelo único para a es-
truturação de um projeto. Esta é uma atividade que requer real-
mente criatividade, portanto, ao elaborarmos um projeto po-
demos inserir alguns outros elementos que possa valorizá-lo, a 
exemplo de experiências anteriores com ilustrações e registros, 
anexos, planos de ação e outros. Ao contrário também podemos 
excluir alguns elementos que sejam desnecessários. 
Assim, concluímos o conteúdo desta unidade sugerindo al-
guns conteúdos integradores logo mais adiante.
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR
O Conteúdo Digital Integrador representa uma condição 
necessária e indispensável para você compreender integralmen-
te os conteúdos apresentados nesta unidade.
Como primeiro conteúdo integrador desta unidade é mui-
to indicado o Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Pro-
jetos (Guia PMBOk®) publicado pelo PMI - Project Management 
Institute, considerada a maior associação sem fins lucrativos do 
mundo para profissionais de gerenciamento de projetos, com 
mais de meio milhão de associados e de Profissionais Certifica-
dos. A quinta edição do guia fornece diretrizes para o gerencia-
mento de projetos individuais e define os conceitos relaciona-
26 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 1 – GESTÃO DE PROJETOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
dos com o gerenciamento de projetos. Ele também descreve o 
ciclo de vida de gerenciamento de projetos e seus respectivos 
processos. 
A aceitação do gerenciamento de projetos como uma pro-
fissão indica que a aplicação do conhecimento, processos, habili-
dades, ferramentas e técnicas pode ter um impacto significativo 
no sucesso do projeto. O Guia PMBOK identifica esse subconjun-
to do conhecimento em gerenciamento de projetos que é ampla-
mente reconhecido como boa prática. “Boa prática” significa que 
existe um consenso geral de que a aplicação do conhecimento, 
habilidades, ferramentas e técnicas pode aumentar as chances 
de sucesso de muitos projetos.
Cabe enfatizar nesta apresentação que a referida obra traz 
um conjunto de conhecimento sobre projetos bem voltado ao 
mundo empresarial, mas por constituir-se em uma referência 
global no campo de gerenciamento de projetos é perfeitamente 
bem-vinda a esta unidade de estudo
• Project Management Institute - PMI. Um Guia do Co-
nhecimento em Gerenciamento de Projetos: Guia PM-
Bok 5. ed. 2014: Disponível em:<http://minhateca.com.
br/daniself/Gest*c3*a3o+de+Projetos/PMBOk_5a_
Edicao_Portugues-BR,43557165.pdf>. Acesso em: 23 
mar. 2015.
A obra que segue, disponível na internet, trata-se de um 
manual técnico elaborado por uma autora portuguesa, que traz 
um entendimento facilitado de empreendedorismo, reportando-
-se aoespírito empreendedor nas organizações, noções de pla-
nejamento estratégico, processo decisório, inovação e mudan-
ça. Recomendamos portanto a leitura pela adequada relação do 
27© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 1 – GESTÃO DE PROJETOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
conteúdo com o despertar para as competências de empreender 
no campo de projetos.
• RODRIGUES, S. Empreendedorismo. Colecção: Ferra-
mentas para o Empreendedor, Portugal, EduWeb, 2008. 
Disponível em: <http://www.anje.pt/system/files/
items/73/original/Empreendedorismo-v10-final.pdf>. 
Acesso em: 23 mar. 2015.
Considerando que os projetos na área de Esportes, e Lazer, 
normalmente solicitam um plano de marketing, ou ao menos, 
considerações sobre os compostos promocionais e canais de co-
municação, apresentamos aqui três obras do SEBRAE sobre mar-
keting e projetos, também na forma de cadernos técnicos que 
seguramente contribuirão com desenvolvimento de projetos na 
área. 
Aproveitamos para recomendar aos alunos que acessem o 
site do SEBRAE e se necessário cadastrem-se gratuitamente na 
Biblioteca Digital, passando a ter acesso a um grande universo 
de obras na área que tratam de assuntos de gestão, projetos, 
empreendedorismo, marketing e outros assuntos de relevância 
nas áreas afins. A seguir relacionamos os endereços eletrônicos:
• GOMES, I. M. Manual Como Elaborar um Plano de Mar-
keting. Belo Horizonte, SEBRAE, 2005. Disponível em: 
<http://www.caprilvirtual.com.br/Artigos/marketing_
sebraeMG.pdf>. Acesso em: 19 mar. 2015.
• LEMOS, R. F. Oficina de plano de marketing: guia do 
educador. Brasília: SEBRAE, 2011. Disponível em: 
<http://www.sebraesp.com.br/arquivos_site/biblio-
teca/guias_cartilhas/na_medida_plano_marketing_ 
manual_participante.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2015.
28 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 1 – GESTÃO DE PROJETOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
• SEBRAE(2014). Como elaborar um projeto cultural 
competitivo. Disponível em: <http://www.sebrae2014.
com.br/Sebrae/Sebrae%202014/Estudos%20e%20
Pesquisas/2014_07_10_RT_Economia_Criativa_
Como_elaborar_um_projeto.pdf>. Acesso em: 20 mar. 
2015.
• Biblioteca On-Line do SEBRAE: Disponível em: <http://
www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/solucoes_
online/Biblioteca-Sebrae:-publica%C3%A7%C3%B5 
es,-cartilhas-e-guias>. Acesso em: 20 mar. 2015.
O material que segue é apresentado na forma de guia de 
elaboração de projetos com abordagem ampla, densa e com-
plexa mas, ao mesmo tempo, objetiva, didática e tecnicamente 
sólida da problemática dos projetos sociais. Outro destaque é a 
forma inovadora do Guia, intercalando e integrando orientações 
gerais, fichas de síntese (lâminas) e exemplos. Muito útil a todos 
aqueles envolvidos na área social é a apresentação de fontes de 
consulta na internet, bem como da bibliografia de interesse.
• STEPHAnOU, L., MULLER, L.C.; CARVALHO; I.C.M. Guia 
para elaboração de projetos sociais. Porto Alegre/RS, 
Fundação Luterana de Diaconia, 2003. Disponível em: 
<http://fld.com.br.s125105.gridserver.com/arquivos/
Guia_para_Elaborao_de_Projetos_Sociais.pdf>. Acesso 
em: 13 mar. 2015.
• Para consulta de artigos e outras obras que tratem 
de esporte fica aqui a sugestão do site, disponível 
em: <www.cev.or.br>, e mais especificamente Mar-
keting Esportivo consulte: <http://cev.org.br/tags/
marketing-esportivo>. Acessos em: 20 mar. 2015.
29© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 1 – GESTÃO DE PROJETOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
4. QuESTÕES AuTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para 
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em 
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteú-
dos estudados para sanar as suas dúvidas. 
1) Por que devemos nos preocupar em estudar gerencia-
mento de projetos nas áreas de esportes, lazer e ativi-
dade física de modo geral?
2) Como podemos definir projetos? 
3) Quais as fases de elaboração de um Projeto?
4) Ao gerenciar projetos é necessário entender que todo 
projeto pode ter um início, meio, e fim. Como pode-
mos explicar este ciclo de vida de um projeto?
5) Após implantação, um projeto exige gerenciamento 
em diversos planos para garantir seu bom funciona-
mento. Quais são esses planos? 
6) Como podemos explicar o Gerenciamento de Custos 
em um Projeto?
7) Gerenciamento de Projetos exige conhecimentos de 
Marketing? Por quê?
8) Para elaborar um projeto na área de Esportes, Lazer ou 
Atividade Física & Saúde (programas ou eventos), que 
estrutura (roteiro) você utilizaria? Elabore um projeto 
simulado como exercício.
5. CONSIDERAÇÕES
Vimos, portanto, nesta primeira unidade de estudos a im-
portância da gestão de projetos, buscando a aplicabilidade no 
30 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 1 – GESTÃO DE PROJETOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
campo dos esportes, lazer e atividade física e saúde de modo 
geral. Julgamos imprescindível que os profissionais de Educação 
Física, ao elaborarem ou executarem seus projetos tenha em 
mente que o gerenciamento de projetos é um processo através 
do qual se aplicam conhecimentos, capacidades, instrumentos 
e técnicas às atividades do projeto de forma a satisfazer as ne-
cessidades e expectativas de todos os evolvidos, seja entidades, 
organizadores e público cujo resultado do mesmo poderá afetá-
-los positivamente ou negativamente.
Uma competência relevante na gestão de projetos é a 
capacidade de alcançar objetivos ao mesmo tempo em que se 
aperfeiçoa o uso de recursos (tempo, dinheiro, pessoas, espa-
ço, etc). Os conhecimentos aqui abordados podem ser esten-
didos a projetos de pequeno, médio ou grande porte, voltados 
a qualquer organização ou qualquer empreendimento, mesmo 
levando-se em conta que, dependendo da natureza do projeto 
possa trazer maior ou menor nível de exigência a qualidade dos 
serviços despendidos.
Olhando para mercado de trabalho em Educação Física é 
sempre bom reiterar que há grande interface com projetos e que 
estes podem representar uma excelente oportunidade ou seja, 
empregabilidade. 
no que se refere a projetos sociais, culturais ou de saúde, 
Muitas empresas ou organizações públicas e/ou privadas, por 
vezes não implantam projetos, até mesmo para solução de situa-
ções simples, por não contarem com profissionais capacitados 
ou até mesmo, por não terem conhecimento das possíveis so-
luções apresentadas pela área de Educação Física. Por exemplo, 
em uma empresa um bom Projeto de Ergonomia e Ginástica La-
boral pode resolver muitos problemas relacionados a saúde do 
31© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 1 – GESTÃO DE PROJETOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
trabalhador e produtividade. Outro exemplo para ilustrar seria 
um projeto social voltado a Saúde dos Idosos, por sinal muito re-
quisitado por organizações que se preocupam com esta popula-
ção, e ainda, um bom projeto de esportes ou lazer poderia resol-
ver diversos problemas sociais. Além desses exemplos, teríamos 
muitos outros a apresentar devido a diversidade de atividades 
que envolve esta área. Assim, cabe aos profissionais Educação 
Física transformar em projetos suas ideias.
6. E-REFERÊNCIAS
Sites pesquisados
ACSM. Americam College of Sports Medicine. Disponível em: <http://www.acsm.
org/about-acsm/media-room/news-releases/2013/10/25/survey-predicts-
top-20-fitness-trends-for-2014>. Acesso em: 19 mar. 2015.
PORTAL EDUCAçÃO - Cursos Online: Mais de 1000 cursos online com certificado. 
Disponível em: <http://www.portaleducacao.com.br/marketing/artigos/55150/
metodos-promocionais-no-esporte#ixzz3UfzsQLvk>. Acesso em: 19 mar. 2015.
7. REFERÊNCIAS bIbLIOGRÁFICAS
CARDIA, W. Marketing e Patrocínio Esportivo.Porto Alegre: Bookman, 2004.
CHIAVEnATO, I. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. São Paulo: 
Saraiva, 1999. 
COnSELHO FEDERAL DE EDUCAçÃO FÍSICA (Brasil). Resolução COnFEF no. 46, Rio de 
Janeiro, 2002.
CORRÊA, E. J.; SEnA, R.R. Planejamento e elaboração de projetos para grupos 
comunitários. 2. ed. Belo Horizonte: nESCOn, 2009.
DORnELAS, J. C. A. Empreendedorismo corporativo: como ser empreendedor, inovar e 
se diferenciar na sua empresa. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
FERREIRA, A.B.H. Dicionário Aurélio. Curitiba: Positivo, 2010.
32 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 1 – GESTÃO DE PROJETOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
FERnAnDEz, R.M.V.B. Oficina de elaboração de projetos sociais. Vitória, SEBRAE, 2008.
GIACAGLIA, M. C. Eventos como criar estruturar e captar recursos. São Paulo: Pioneira, 
2008.
JACInTHO, D.C.A. Marketing em Gerenciamento de Projetos. PMI Virtual Library, 2011.
PITTS, B.G.; STOTLAR, D. k. Fundamentos do marketing esportivo. São Paulo: Phorte, 
2002.
POIT, D.G. Elaboração de projetos esportivos. São Paulo. Editora Phorte, 2013.
POzzI. L. F. A Grande Jogada: Teoria e Prática do Marketing Esportivo. São Paulo: 
Globo, 1998.
PROJECT MAnAGEMEnT InTITUTE. Um guia do conhecimento em gerenciamento de 
projetos - Guia Pmbok , 4. ed. Rio de Janeiro: Saraiva, 2014.
STEPHAnOU, L.; MULLER, L.H.; CARVALHO, I.C.M. Projetos Sociais. 2. ed. Porto Alegre: 
Sinodau, 2003.
SOTILLE, M. et al. Gerenciamento de escopo em projetos. Rio de Janeiro: Fundação 
Getúlio Vargas, 2006.
THIRY-CHERQUES, H. R. Projetos culturais: técnicas de modelagem. Rio de Janeiro: 
FGV, 2006.
VARGAS, R.V. Gerenciamento de Projetos: estabelecendo diferenciais competitivos. Rio 
de Janeiro: Brasport, 2009.
33
GESTÃO DE EVENTOS: 
EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE 
FÍSICA E ESPORTE
Objetivos 
• Entender o conceito e o papel sócio-econômico-cultural dos eventos.
• Ser capaz de entender as diversas concepções de evento, o dimensiona-
mento de suas fases de planejamento e organização, bem como associar 
tais conceitos à área de Esportes e Atividade Física na Saúde.
• Identificar os elementos fundamentais para o gerenciamento dos eventos.
• Reconhecer a dimensionamento mercadológico dos eventos.
Conteúdos 
• Conceito, concepções e classificação dos eventos.
• Planejamento e organização de eventos.
• Cenário do Esporte e Fitness na perspectiva dos eventos. 
• Concepções mercadológicas dos eventos.
Orientações para o estudo da unidade
Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:
1) Não se limite a este Caderno de Referência de Conteúdo; busque outras 
informações em sites confiáveis e/ou nas referências bibliográficas, apre-
sentadas ao final de cada unidade. Lembre-se de que, na modalidade EaD, 
UNIDADE 2
34 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
o engajamento pessoal é um fator determinante para o seu crescimento 
intelectual.
2) Situe-se nos conceitos, concepções e classificação de eventos apresen-
tados e siga a sequência do estudo e atividades propostas para melhor 
aproveitamento buscando a aplicabilidade na área gestão e marketing de 
eventos esportivos, de lazer e atividade física em geral.
3) Não deixe de recorrer aos materiais complementares descritos no Conte-
údo Digital Integrador. 
35© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
1. INTRODuÇãO 
O campo de atuação do Profissional Educação Física, como 
vimos na unidade anterior, apresenta grande diversidade de ocu-
pações. notadamente, neste campo, os esportes e a atividade 
física de modo geral, seja na perspectiva da saúde ou do lazer, 
estabelecem larga interface com os eventos.
Isso quer dizer que, muitos projetos e programas desenvol-
vidos na área exigem eventos que os reforçam. Por vezes até en-
contramos artigos e bibliografias com a expressão "o rito refor-
ça o mito", considerando, o rito fazendo alusão aos eventos e o 
mito a influência dos deuses ao resultado das disputas e compe-
tições entre os homens. neste contexto, os rituais, são eventos 
que cumprem funções de introduzir um elemento separado do 
conjunto social no grupo, abrindo ao integrado a participação na 
identidade coletiva, resolver momentos de crise ao fazer reen-
contrar num todo harmonioso e, manter a estrutura social atra-
vés de eventos cíclicos que simbolizem a coesão social. Por outro 
lado, o mito do progresso infinito, é marcado pela expectativa da 
quebra de recordes de força, velocidade e altura, e aposta em 
todas as possibilidades para que estes objetivos sejam alcança-
dos, apostando-se na natureza aguerrida, lutadora e vencedora 
do ser humano e, também que os deuses interfiram no resultado 
e abençõe um vitorioso, de preferência com uma performance 
inesquecível... (RIVIÈRE, 1996).
Possivelmente, um dos mais antigos eventos da epopeia 
humana na terra tenha ocorrido há milhões de anos quando um 
primitivo grupo de humanos se reuniu para comemorar uma 
caça. Os eventos possuem suas origens na antiguidade e viven-
ciaram diversos períodos da história da civilização humana, che-
gando até nossos dias. O evento vem da capacidade do homem 
36 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
de criar, nasce da ideia, muitas vezes simples, e vai ganhando 
contornos chegando a atingir proporções internacionais. Hoje, é 
um veículo de comunicação de forte apelo em todas as camadas 
sociais. É conceituado e amplamente aceito pela sociedade.
Provavelmente, a existência do evento tenha vindo da ne-
cessidade do homem se socializar com outras pessoas, viver em 
grupos, compartilhar emoções, comemorar vitórias, homenage-
ar feitos memoráveis, entre outros. Os eventos sempre fizeram 
parte da sociedade, desde as mais antigas até as atuais, reuniões 
nomeadas de eventos, com a finalidade de ampliar seus rela-
cionamentos e o convívio em família, no trabalho, na escola ou 
no lazer, e de quebrar a rotina do dia a dia. De maneira geral, 
o evento tem uma característica básica - propiciar uma ocasião 
especial para o encontro de pessoas, que se reúnem com um 
objetivo específico (POIT, 2013).
A partir dessas reflexões, passaremos a buscar o melhor 
entendimento dos eventos no terreno dos esportes, fitness, la-
zer e outras atividades do gênero que importam ao campo de 
atuação da Educação Física, especialmente no que se refere aos 
aspectos gerenciais.
2. CONTEÚDO bÁSICO DE REFERÊNCIA
O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma su-
cinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua compreensão 
integral, é necessário o aprofundamento pelo estudo do Conteú-
do Digital Integrador.
37© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
2.1. COnCEITOS E DEfInIçÃO DE EvEnTOS
Para melhor compreendermos os eventos e posterior-
mente relacioná-los aos aspectos da gestão (planejamento e or-
ganização) e mercadológicos, vamos primeiramente ao campo 
conceitual.
Meirelles (1999, p. 21) define evento como: 
Um instrumento institucional e promocional utilizado na comu-
nicação dirigida, com a finalidade de criar conceito e estabele-
cer imagem de organizações, produtos, serviços, ideias e pes-
soas por meio de um acontecimento previamente planejado a 
ocorrer em um em um único espaço de tempo com aproxima-
ção entre os participantes, quer seja física, quer seja por meios 
de recursos de tecnologia.
Um evento também pode ser definido como um ritual, 
apresentação ou celebração específica, que tenha sido planeja-
da com o intuito de marcar datasespeciais ou atingir objetivos 
e metas de cunho social, cultural ou corporativo (ALLEn et al, 
2008).
Os eventos são classificados como canais de comunicação 
não pessoais. Conforme kotler e Armstrong (2003), os eventos 
são mídias que veiculam mensagens sem contato pessoal nem 
feedback, capazes de atingir diretamente o consumidor. Além 
disso, são acontecimentos planejados, como no caso das gran-
des inaugurações, shows, exibições que comunicam mensagens 
a públicos direcionados. 
Os eventos são eficientes pelas diferentes formas de trans-
mitir as suas mensagens publicitárias. É o local onde as pesso-
as consomem as marcas por meio de experimentações, assim, 
sentem-se mais próximas a ela. A ferramenta eventos poderá 
ser produzida atendendo a vários objetivos do idealizador. Por 
38 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
isso, cada evento será enquadrado na tipologia e na classificação 
que melhor lhe adequar. Atualmente, conforme kotler e keller 
(2006), a maior força dos canais de comunicação não pessoais 
está nos eventos e experiências, onde a empresa pode construir 
a imagem de sua marca por meio da criação ou patrocínio de 
eventos. Além de eventos esportivos, os profissionais de marke-
ting estão partindo para outras áreas, como museus de arte e 
zoológicos, a fim de divertir os clientes e funcionários.
normalmente os eventos são classificados por: categoria, 
área de interesse, localização, características estruturais e tipo-
logia. Giacaglia (2008) mostra que os eventos de cunho comer-
cial e institucional podem ser classificados quanto a: finalidade, 
periodicidade, área de abrangência, âmbito, público alvo e nível 
de participação. 
Assim, no quadro indicado a seguir, apresentamos os tipos 
de eventos mais utilizados dentre eventos de cunho comercial e 
institucional, citando e descrevendo quais os objetivos espera-
dos de cada um.
Quadro 1 Tipos de eventos e seus objetivos.
TIPOLOGIA ObJETIVOS
Feiras
São eventos direcionados a segmentos específicos 
de mercado, têm duração média de uma semana 
e são organizados e comercializados por empresas 
especializadas no ramo.
Convenções de Vendas
São eventos destinados às equipes de venda interna, 
externa e aos canais de distribuição da empresa 
(revendedores, parceiros comerciais, representantes, 
etc.), em local, data e horário definido por ela.
39© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
TIPOLOGIA ObJETIVOS
Congressos
São eventos em que profissionais de empresas da 
mesma área de atuação reúnem-se, em local fechado e 
restrito aos participantes, para discutir sobre temas em 
comum como: situação de mercado, novas tendências, 
conceitos
Workshops
A definição do dicionário para workshop é: “curso 
intensivo ou grupo experimental”. na prática profissional 
do mesmo ramo, área de negócio ou até da mesma 
empresa reúnem-se em determinado local com o 
objetivo de solucionar um problema.
Eventos Sociais
Existem inúmeras possibilidades de eventos que – com 
atividade de cunho social – permitem às empresas 
atingir seus propósitos de forma eficaz e prazerosa ao 
mesmo tempo.
Eventos Culturais
Para impressionar clientes e parceiros, notadamente 
se esses gostarem de arte, será possível convidá-los 
a participar de um evento cultural, já em cartaz, ou 
patrocinado pela empresa
Eventos Desportivos
Da mesma forma que nos eventos culturais, é possível 
organizar eventos desportivos com a participação 
exclusiva dos convidados da empresa, bem como 
aproveitar algum já existente, participando como 
patrocinador.
Fonte: Elaborado por SILVEIRA et al, com base em GIACAGLIA, 2008.
Segundo Matias (2010), quanto à classificação, os eventos 
podem apresentar-se de acordo com a área de interesse: 
1) Artístico: qualquer manifestação de arte. 
2) Científico: assuntos referentes às ciências naturais e 
biológicas. 
3) Cultural: ressalta os aspectos de determinada cultura 
para conhecimento geral ou promocional. 
4) Cívico: ligados à pátria. 
40 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
5) Desportivo: qualquer evento esportivo, independente 
da modalidade. 
6) Folclórico: trata de manifestação de culturas regionais 
de um país, abordando lendas, tradições, hábitos e 
costumes. 
7) Lazer: proporciona entretenimento ao seu participante. 
8) Promocional: promove um produto, pessoa, entidade 
pública ou privada, quer seja promoção da imagem ou 
apoio ao marketing. 
9) Religioso: trata de assunto de religião, independente-
mente do tipo de credo. 
10) Turístico: explora os recursos turísticos de uma região 
ou país, por meio de viagens de conhecimento profis-
sional ou não. 
Segundo Melo neto (1999), o evento pode ser visto por 
vários pontos de vista, levando-se em conta especialmente os 
aspectos mercadológicos, pode ser entendido como:
1) Atividade de Marketing: pela sua capacidade de jun-
tar o negócio do patrocinador com os consumidores 
potenciais em um ambiente interativo.
2) Atividade Econômica: que gera série de benefícios para 
as empresas patrocinadoras, para a cidade promotora 
do evento, para o comércio local e para a comunidade.
3) Fator de Alavancagem do Marketing Esportivo e da 
Indústria Esportiva: os eventos esportivos, além de 
divulgar as diversas modalidades esportivas, atrair pú-
blicos e patrocinadores, torna o esporte um excelente 
produto para ser comercializado unto às empresas e a 
mídia em geral.
41© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
4) Fator de Alavancagem do Marketing Cultural e da 
Indústria Cultural: o evento cultural tem se revelado 
como a melhor estratégia de investimentos na área 
cultural. Dentre os formatos mais comuns estão a rea-
lização de shows musicais, exposições e mostras.
5) Fator de Alavancagem da Indústria do Turismo: o 
evento pode ser criado e desenvolvido com o objetivo 
de divulgar e promover o desenvolvimento de uma lo-
calidade (cidade ou região), levando-se em conta suas 
potencialidades turísticas.
6) Fator de Alavancagem da Indústria do Entretenimen-
to e Lazer: destacando-se em especial os parques te-
máticos, seus eventos, produtos e posicionamento na 
mídia.
Planejamento e Organização de Eventos
Watt afirma (2007) que, embora os eventos possam variar, 
a maioria deles segue as mesmas etapas fundamentais em sua 
organização, as quais são progressivas. É importante que esteja 
claro, pois qualquer deficiência na definição da natureza da em-
presa poderá acarretar em problemas mais tarde, na identifica-
ção do que ser feito e onde deve ser desenvolvido. 
De acordo com a National Business Travel Association 
- nBTA (2008), em trabalho apresentado por Ferreira e Wada 
(2010), o planejamento de eventos adotado-se os seguintes pas-
sos iniciais passos para desenvolver um Planejamento Estratégi-
co de Gestão de Eventos (PEGE) são: 
1) Definir: esclarecer os problemas e as oportunidades e 
identificar o engajamento dos stakeholders.
42 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
2) Mensurar: pesquisar e levantar dados sobre o evento 
e os investimentos necessários. 
3) Analisar: identificar oportunidades de melhorias na 
eficiência dos processos, gestão de riscos e redução de 
custos. 
4) Construir: definir e validar as linhas estratégicas. 
5) Implantar: comunicação, campanhas internas de ma-
rketing, treinamento de colaboradores, monitoramen-
to de cumprimento de normas e reforço de conceitos. 
Vencidos essesprimeiros passos a gestão estratégica 
dos eventos contará com os seguintes componentes:
a) Registro do evento: deve conter o orçamento deta-
lhado, a validação das categorias de custos ou rubri-
cas do orçamento.
b) Aprovação: pelo nível imediatamente superior ao 
solicitante e ao organizador buscando autonomia 
para decidir sobre o evento e prosseguir com o 
projeto.
c) Contratação e aquisição: seleção para a contrata-
ção de todos os recursos (humanos e materiais) 
para a operacionalização do evento.
d) Planejamento e execução: revisão e estabeleci-
mento de processos de gerenciamento de dados, 
de recursos e de contratos que ocorrem antes, du-
rante e depois do evento.
e) Pagamento e conciliação: recursos e os meios de 
pagamento das despesas do evento e conciliações 
de contas relatados para análise pós-evento.
f) Relatórios: relatórios gerados por segmento da or-
ganização (serviços, finanças, volume e recursos) 
43© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
com avaliação dos resultados e prestação de contas 
que possam respaldar decisões futuras.
g) Tecnologia e política: adoção de programas ade-
quados (tecnologia) que automatizem processos 
manuais, reduzindo o trabalho burocrático e geran-
do mais eficiência dentro dos critérios (políticas) e 
princípios de gestão.
Em geral, a bibliografia traz três grandes etapas ou fases a 
serem cumpridas na promoção e produção de eventos, ou seja, 
pré-evento, evento e pós-evento.
A fase "pré-evento" vai desde o nascedouro da ideia do 
evento, passando por todo seu planejamento e preparação de 
modo geral. nesta etapa, é fundamental que sejam estabeleci-
dos os objetivos do evento para que a partir daí sejam planeja-
das todas as demais atividades, em especial a promoção e di-
vulgação, agenda do evento e possíveis locais para o evento, o 
que possibilitará conseguir participantes e mensurar o grau de 
interesse do público potencial. 
Desse modo, o planejamento deve ser tratado com muita 
seriedade devido à importância que este processo representa 
para a concretização de todos os objetivos traçados para o even-
to. Trata-se de uma fase essencial do evento, onde haverá a de-
finição do projeto e o planejamento de todas as atividades, bem 
como o detalhamento de receitas e despesas esperadas, com a 
decisão de que tipo de fornecedores e profissionais deverá ser 
contratado. Também são equacionados os controles administra-
tivos e financeiros. 
A próxima etapa é a realização do evento propriamente 
dita, ou seja, o "durante o evento". Essa etapa se inicia com a 
mobilização da organização no local do evento, com a montagem 
44 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
das instalações, logística e delegação das tarefas, até a desmon-
tagem do evento. nesta etapa, é exigido maior coordenação e 
supervisão, pois tudo deve se apresentar em perfeito funciona-
mento. É considerada a fase de execução do evento em si, onde 
há a montagem do evento no local escolhido e a operacionali-
zação do atendimento ao público-alvo, ou seja, tudo o que se 
foi planejado é colocado em prática. Também, se deve sempre 
supervisionar a montagem, os equipamentos e todo o material 
a ser utilizado, desde a entrega dos fornecedores até o momen-
to da utilização dos produtos ou serviços, inspecionando cada 
detalhe para que estejam de acordo com as especificações so-
licitadas, a fim de atuar ativamente para manter tudo como foi 
planejado. 
A etapa “pós-evento” é considerada tão importante quan-
to as anteriores, uma vez que concluído o evento, torna-se im-
portante avaliar e analisar seus resultados e metas alcançadas. 
É recomendável que esta etapa seja realizada tão logo após o 
encerramento do evento, pois se caracteriza pela desmontagem 
da estrutura, acertos financeiros, pagamentos dos fornecedores 
e profissionais, bem como o acerto de contas com o cliente e 
apresentação de relatórios de extremo valor para o conhecimen-
to dos impactos obtidos pelo evento e que podem ser utilizados 
(MARTIn, 2007).
O modelo proposto por Allen et al (2008), apresenta os 
componentes do sistema logístico em eventos divididos em três 
fases distintas, observe o Quadro 2). A primeira fase, definida 
como pré-evento, é o momento em que a ideia central está sen-
do concebida; ela geralmente é norteada pela elaboração de um 
briefing desenvolvido pelo organizador do evento. 
45© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
Quadro 2 Componentes do sistema de logística em eventos.
Fonte: Barbosa, 2013, p. 93.
A Associação Brasileira de Empresa de Eventos (ABEOC), 
traz orientações importantes quanto aos aspectos relativos a se-
gurança no gerenciamento levando-se em conta as três etapas 
de planejamento e realização, ou seja, pré-evento, evento e pós-
-evento (PÍPOLO, 2013), como segue: 
Fase Pré-Evento
1) Conceitos e Objetivos do Evento: concepção e obje-
tivos do evento relacionados a definição do local e o 
tipo de público.
2) Política de Segurança: diretrizes da ação dos recursos 
humanos e utilização de recursos técnicos e organiza-
cionais (proteção e controle de acesso).
3) Análise de Risco: análise em ambiente externo e in-
terno, com levantamento das vulnerabilidades a serem 
cobertas e protegidas para controle dos riscos (riscos 
humanos, técnicos, naturais e biológicos). 
46 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
4) Equipe de Informação e Inteligência: estabelecimento 
de uma rede de informação e controle sobre os aspec-
tos de segurança a serem abordados e planejados.
5) Planejamento: previsões que devem tratar das autori-
zações e licenças (autoridades) legislação (local regio-
nal); credenciamento (organizadores e público); briga-
da contra incêndio (bombeiros e especialistas); plano 
de contingências (minimizar riscos); Plano de Abando-
no (desocupação ou evacuação). 
6) Orçamento: incluir no orçamento as relações Riscos X 
Custo X Benefício. 
7) Contratação de Equipamentos e Serviços: contratação 
de empresa de segurança e equipamentos segurança 
eletrônica, detectores de metais e comunicação.
8) Treinamento das Equipes de Segurança: informações 
precisas do funcionamento do evento e procedimen-
tos de segurança e inspeção necessários.
9) Clientes internos: buscar a melhores soluções de rela-
cionamento com os colaboradores.
Fase Evento 
1) Monitoramento dos Riscos: através da varredura de 
ambiente e controle de bilheteria e backstage (área de 
bastidores).
2) Distribuição das Equipes: administração e logística das 
equipes de segurança e brigadistas. 
3) Comunicação: sistema de comunicação via rádio (equi-
pe de segurança e organização). 
47© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
4) Controle de Acesso: controle de acesso dos colabora-
dores e do público (local do evento e áreas reservadas). 
5) Start do Evento: atenção na abertura de portas e por-
tões no início do evento, roteiro de tempos e movi-
mentos (sincronismo de trabalho a segurança) 
6) Central de Comando e Controle: concentração de to-
das as informações do evento para agilizar a tomada 
de decisão em conjunto. 
7) brigada de Incêndio: prontidão de equipes especiali-
zadas para combate a incêndio de modo preventivo e 
reativo.
8) Término do Evento: desmobilização das equipes de se-
gurança por etapas mediante instruções.
Fase Pós-Evento
1) Saída do Público: monitoramento das áreas internas e 
externas na saída do público.
2) Saída de Convidadose Autoridades: manter estraté-
gias de controle de assédio e integridade.
3) Controle de Patrimônio: guarda à conservação do pa-
trimônio e equipamentos após o evento.
4) Desmontagem da Infraestrutura: vigilância na des-
montagem da estrutura e instalações.
5) Relatórios de Ocorrências: documentação das ocor-
rências inerentes à execução dos serviços de seguran-
ça e às alterações encontradas para futuras tomadas 
de providências e ajustes. 
48 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
6) Avaliação de Melhorias: identificação de situações 
inesperadas, problemas e falhas e sugestões de 
melhorias.
2.2. CERIMOnIAIS EM EvEnTOS ESPORTIvOS 
Meirelles (1999, p. 137) destaca que o: 
[...] protocolo, cerimonial e etiqueta constituem-se na essência 
de um evento para otimizar os seus resultados, determinando a 
sequência e o estabelecimento de precedências, tratamentos e 
lugares de cada participante do acontecimento. 
A autora conceitua cada um desses elementos como: 
• Cerimonial: é a sequência de acontecimentos que resul-
tam em um evento. 
• Protocolo: é o que codifica as regras que regem o ce-
rimonial e seu objeto é dar a cada um dos participan-
tes as prerrogativas, privilégios e imunidades a que têm 
direito.
• Etiqueta: é o conjunto de regras de boas maneiras que 
resultam no comportamento das pessoas.
Os eventos esportivos são marcados por cerimoniais de 
grande representatividade pelos aspetos educacional, cultural 
e social que envolve as competições esportivas. não podemos 
esquecer que estes cerimoniais também são de grande interesse 
dos patrocinadores do evento pelo alcance na comunicação com 
o público.
49© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
Tipos de Cerimônias em Eventos Esportivos
Um evento esportivo normalmente conta com vários com 
vários tipos de cerimoniais, que se apresentam sempre tendo 
como referência os ideários olímpicos. Apresentaremos a seguir, 
a composição e roteiro dos principais cerimoniais destacados 
por Poit (2010) citado por Oliveira (2011).
Cerimônia de abertura de evento esportivo 
O Cerimonial de Abertura em eventos esportivos chama 
atenção pelo seu valor educativo, cultural e político. Trata-se de 
um momento de grande atenção por parte dos participantes e 
espectadores por trazer todas as expectativas de abertura do 
evento. neste cerimonial encontramos alguns elementos do ce-
nário olímpico, a exemplo do fogo simbólico e acendimento da 
pira olímpica. Apresentamos a seguir a sequência de um cerimo-
nial de abertura.
1) Concentração das seleções em ordem alfabética.
2) Concentração das autoridades em área VIP. 
3) Entrada da banda, fanfarra ou orquestra. 
4) Entrada das delegações em ordem alfabética. 
5) Entrada da delegação anfitriã. 
6) Entrada dos árbitros do evento ou partida. 
7) Composição da mesa ou palanque. 
8) Entrada da Bandeira. 
9) Hasteamento da Bandeira. 
10) Execução do Hino Nacional. 
11) Entrada e hasteamento da bandeira do evento (se 
houver). 
50 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
12) Entrada do fogo simbólico (se houver ou de acordo 
com o tipo de vento). 
13) Acendimento da Pira. 
14) Declaração de abertura. 
15) Juramento do atleta. 
16) Juramento do árbitro. 
17) Saudação aos participantes. 
18) Saída das delegações. 
19) Apresentação artística. 
20) Encerramento do cerimonial e início da competição. 
Cerimônia de premiação em evento esportivo 
A cerimônia de premiação torna-se o ponto alto e mais 
emocionante de qualquer evento esportivo. nos eventos espor-
tivos, recomenda-se a criação de uma comissão para atividades 
da premiação, com as seguintes atribuições: 
1) Obtenção e distribuição dos prêmios (medalhas, tro-
féus, coroas e flores). 
2) Planejar, realizar e avaliar todas as cerimônias de pre-
miação do evento. 
3) Elaborar check list para cada cerimônia. 
4) Realizar ensaio da cerimônia. 
5) Providenciar hinos e bandeiras dos países, estados, ci-
dades participantes. 
6) Cuidar para que o tempo de execução dos hinos não 
ultrapasse os 30 segundos. 
7) Segundo norma internacional de brevidade. 
51© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
8) Verificar a estrutura do pódio, principalmente os que 
receberão atletas pesados (como lutadores de sumô, 
por exemplo) ou equipes completas. 
9) Preparar funcionários para após o apito final da 
competição, ordenar os atletas e autoridades para a 
premiação. 
Cerimônia de encerramento do evento esportivo
A Cerimônia de Encerramento marca o término do evento 
e normalmente não se apresenta de modo tão atrativo quanto às 
anteriores, mas se configura em um momento que coroa o êxito 
do evento. A seguir, apresentamos a sequência da cerimônia: 
1) Entrada das delegações em ordem alfabética. 
2) Premiação dos destaques. 
3) Premiação final. 
4) Homenagem aos parceiros do evento. 
5) Arriamento das bandeiras. 
6) Passagem da bandeira, flâmula ou símbolo do evento 
aos organizadores da próxima edição do evento.
7) Saudação e agradecimento. 
8) Extinção do fogo olímpico (se houver, dependendo do 
evento). 
9) Retirada das delegações. 
10) Apresentação artística e confraternização.
52 © ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
2.3. CEnÁRIO DO ESPORTE E DO FITNESS nO BRASIL E A PERS-
PECTIVA DOS EVEnTOS
O mercado dos esportes e da atividade física em modo ge-
ral, atualmente configura-se em um cenário social e cultural al-
tamente atrativo, especialmente pela representatividade merca-
dológica. Assim, essas atividades, passam a ser concebidas como 
setores da economia de forte relação com os eventos esportivos 
e atividades física.
Para se ter uma ideia, no ano de 2010, as atividades eco-
nômicas inerentes à prática esportiva representavam 1,9% do 
Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, o equivalente a R$ 72 bi-
lhões, com crescimento médio de 5,77 ao ano, nos últimos 10 
anos (FIESP, 2012). Em 2014 outras pesquisas apontaram que o 
PIB do esporte do esporte no país cresceu a taxas anuais de 7,1% 
entre 2007 e 2011, muito acima dos 4,2% da economia como 
um todo. Esses números incluem desde roupas, equipamentos 
e locais necessários para as práticas até serviços que dependem 
do esporte para sobreviver, como treinamento, apostas e trans-
missões (EXAME, 2014)
Outro setor que cresce em larga escala é o setor de 
Fitness. Segundo a Associação Brasileira de Academias (ACAD), 
atualmente são mais de 30 mil academias e quase 8 milhões de 
alunos espalhados pelo Brasil, o que rendeu um faturamento de 
cerca de R$ 6,5 milhões ao setor somente no ano passado. 
Weymar Teixeira (JORnAL DO BRASIL, 2015), diretor de 
franquias na rede de academias Alta Energia Fitness, conta que:
O interesse por qualidade de vida tem aumentado muito no 
Brasil, o que faz com que o mercado fitness cresça gradativa-
mente. Somos o segundo maior no ramo do mundo, perdendo 
53© ATIVIDADE FÍSICA, ESPORTE E EMPREENDEDORISMO
UNIDADE 2 – GESTÃO DE EVENTOS: EMPREENDEDORISMO EM ATIVIDADE FÍSICA E ESPORTE
apenas para os EUA. Este mercado está aquecido e é apontado 
como tendência de negócio para 2015.
Segundo Getz (1998), a relação dos eventos com o 
marketing acontece da seguinte maneira: existem dois lados no 
processo, um da necessidade e outro da demanda que, por sua 
vez são interligados por uma variedade de aspectos intermediá-
rios importantes: a necessidade pode ser caracterizada

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