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Unidade I

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Sistema Linux
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Vagner Silva 
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Luciene Oliveira da Costa Santos
Características Básicas do Sistema Operacional Linux
• Introdução;
• Comandos;
• Ferramentas para Desenvolvimento;
• Software Open Source e Licenças;
• Linux Contribuindo na Virtualização e Cloud Computing;
• Ferramentas de Trabalho no Linux;
• Segurança;
• Script para Automação de Rotinas;
• Sistema de Arquivo Linux.
• Apresentar as características básicas do sistema operacional Linux, a fi m de oferecer 
uma base de conhecimento no desenvolvimento da disciplina;
• Conhecer os tipos de licenças disponíveis e em qual delas o sistema operacional 
Linux se enquadra;
• Apresentar a estrutura e organização do sistema de arquivo, além de descrever 
como estão organizados os arquivos principais do sistema operacional.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Características Básicas do 
Sistema Operacional Linux
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Características Básicas do 
Sistema Operacional Linux
Introdução
O Sistema Operacional Linux tem algumas características que o tornam atra-
ente em sua utilização. Dentre as características, está a de ser um Sistema Opera-
cional “Open Source”, ou seja, o código desenvolvido para gerenciar o hardware 
(Kernel) não pertence a uma empresa específica.
Diferente disso, ele é desenvolvido e administrado por uma comunidade de usuá-
rios com o objetivo de controlar as versões e melhorias disponibilizando-o, geralmen-
te, sem custo de licença. Além do mais, você pode alterar o código de acordo com 
suas necessidades.
O Linux começou a ser desenvolvido por Linus Tovalds, um finlandês que tinha 
como passatempo o desenvolvimento de códigos. As primeiras versões do código 
não foram destinadas ao usuário final, no entanto, forneciam funções que deixavam 
satisfeitos os usuários curiosos em operar o sistema operacional Unix.
Alguns desenvolvedores se interessaram e passaram a cooperar no desenvolvi-
mento do Kernel, assim a equipe de desenvolvedor cresceu, as contribuições se 
espalharam pelo mundo e, ainda hoje, Tovalds permanece à frente do projeto. 
Todos os Sistemas Operacionais têm como objetivo oferecer uma série de 
técnicas para gerenciamento do hardware e o Linux segue esta linha. Há várias 
distribuições disponíveis para baixar, no entanto, a versão do núcleo do sistema 
operacional deve ser igual para todas as distribuições. O que se alteram são as 
aplicações e facilidades que a distribuição oferece para os usuários.
Há distribuições para serem executadas especificamente em servidores, há dis-
tribuições para serem instaladas em computadores pessoais. Dentre elas, podem-se 
citar Red Hat, CentOS, Slackware, Debian, Linux Mint.
Algumas distribuições baseiam-se em outras, por exemplo, o Ubuntu é derivado do 
Debian. Open SUSE é derivado do Slackware. Cada uma delas desenvolve caracte-
rísticas próprias para oferecer ao usuário facilidades no uso desse sistema operacional.
O Linux é um sistema operacional moderno e, dentre suas características, estão 
a multitarefa e o multiusuário. Multitarefa possibilita várias aplicações usadas simul-
taneamente, e multiusuário possibilita vários usuários usando o sistema operacional 
também simultaneamente.
Ao ligar um computador com o sistema operacional Linux instalado, um pequeno 
pedaço de código chamado de boot loader é executado. A função do boot loader é 
carregar e iniciar o Kernel; logo após, ele entrega o controle para o sistema operacio-
nal continuar a executar os programas necessários, tornando úteis os computadores.
8
9
O Kernel, ou núcleo, faz todo o gerenciamento dos recursos que os computa-
dores oferecem. Ao abrir uma aplicação, é o sistema operacional que irá operacio-
nalizar todas as ações, como em que área da memória principal esta aplicação vai 
ficar e em que partes serão gravadas as informações.
 Por ser um sistema operacional de código aberto, muitas empresas o usam para 
gerenciar o hardware dos equipamentos que projetam. No entanto, não é todo o 
núcleo que é usado, pois geralmente extrai do núcleo somente o código necessário 
para o gerenciamento do hardware. Isso reflete diretamente no custo desses equi-
pamentos, pois pequenas alterações ou inclusões serão necessárias.
 O Linux passou a ser usado em telefones celulares e tablets. Uma empresa, mais 
tarde comprada pelo Google, desenvolveu a plataforma Android, que é um pacote 
do Linux preparado para ser executado nos dispositivos móveis. Aproveitar códigos 
significa que o esforço para colocar um telefone no mercado é significativamente 
menor, e as empresas podem investir o seu tempo inovando em softwares do usu-
ário. O Android é agora um dos líderes de mercado em sistema operacional para 
dispositivos móveis.
O Linux pode estar dentro de uma das três categorias a seguir:
• Servidor - o Linux oferece serviços que são instalados na máquina. Esses servi-
ços são acessados por requisições de clientes. Dentre os principais serviços, há: 
Servidor de endereço IP (DHCP), Servidor Web (Apache), Servidor de e-mail 
(SMTP, IMAP).
• Software Desktop - o Linux tem interação direta com o usuário, fornecendo 
condições de executar planilhas eletrônicas, processadores de textos e outras 
aplicações necessárias para os usuários desenvolverem suas tarefas cotidianas.
• Ferramentas - distribuições que oferecem um conjunto de aplicativos espe-
cíficos para um determinado ramo de atuação. Por exemplo, há distribuição 
que oferece um conjunto de ferramentas para verificar vulnerabilidade em 
redes de computadores.
Comandos
Os sistemas operacionais oferecem a opção do uso de uma interface para digita-
ção de comandos. No Linux, os comandos podem ser digitados na Interface de linha 
de comando, um terminal disponibilizado para tal função. Ao digitar algum comando 
nesse terminal, estaremos nos comunicando direto com o Kernel que irá executar o 
que está sendo solicitado.
9
UNIDADE Características Básicas do 
Sistema Operacional Linux
 
Figura 1 – Linux Ubuntu
Um bom exemplo é o comando “cd”, usado para mudar a um diretório específico. 
Ao ser digitado no terminal, o shell bash já sabe exatamente o que fazer,pois conse-
gue interpretar sem que seja necessário outro tipo de programa.
A figura 1 apresenta a interface gráfica da distribuição Ubuntu, uma das distri-
buições mais usadas atualmente. Pode-se notar, na figura, a janela de procurar em 
que foi digitada a palavra “Terminal”. Alguns terminais foram apresentados e, ao 
selecionar o aplicativo terminal, é apresentada a janela da figura 2.
O bash é um interpretador de comando, ele faz a interface entre o usuário e 
o Kernel do sistema operacional. Esse interpretador de comandos oferece alguns 
recursos como auto complete, alteração de cores do prompt e outros. É o inter-
pretador de comando mais comum e já é nativo dos sistemas Linux.
 
Figura 2 – Terminal Linux
O prompt de comando vagner@vagner-VirtualBox:~$ é configurável e fornece 
informações relevantes para o usuário. O primeiro nome “vagner” que aparece no 
prompt refere-se ao usuário, o segundo nome após o sinal de @ é o nome da máquina.
10
11
Há uma variedade de comandos e uma combinação deles que nos permite encon-
trar arquivos pelo seu conteúdo extraindo dele o que for necessário e ainda gravá-lo 
em outro arquivo.
Há outros tipos de shell disponíveis, cada qual com algumas características re-
lacionadas à sintaxe e o que pode ser customizado. O Bourne Again Shell (Bash) 
é o shell padrão na maioria dos sistemas, porém, o tcsh está disponível também. 
Outros como o Korn shell (ksh) e o zsh são de preferência de outros usuários.
A escolha por um desses interpretadores de comando é muito pessoal, geralmen-
te utiliza-se o bash por ser padrão, no entanto, nada impede que outro seja usado 
e avaliado.
Ferramentas para Desenvolvimento
O Linux oferece ótimo suporte aos programadores para desenvolvimento de 
software, pois há muitas ferramentas de desenvolvimento disponíveis e muitas lin-
guagens de programação modernas que se adéquam bem ao sistema operacional.
As linguagens de programação fornecem uma interação mais atraente para nós 
seres humanos, pois as instruções usadas para desenvolvimento são mais fáceis de 
entender que programar em linguagem de baixo nível usando zeros e uns (linguagem 
binária). Essas instruções são traduzidas por algo que o computador entende.
As linguagens de programação estão dentro de dois tipos: a interpretada e a com-
pilada. As linguagens interpretadas traduzem as instruções do programador em códi-
gos que o computador entende durante a execução. Já nas linguagens compiladas, 
um código gerado é executado após estar sem erros de sintaxe.
O próprio sistema operacional Linux foi escrito em linguagem C, a qual está 
entre as linguagens compiladas. A linguagem C fornece comandos que estão mais 
próximos do que a máquina entende, por esse motivo é uma linguagem usada para 
o desenvolvimento do próprio sistema operacional.
Dentre as linguagens de programação que podem ser usadas no Linux, temos 
Java, Perl, PHP, Ruby, Python e outras para programação web. 
Software Open Source e Licenças
Em grande parte, a propriedade do software permanece com a pessoa ou a 
empresa que a criou e os usuários só recebem uma licença para sua utilização. 
A licença dada ao software é o que o diferencia do que chamamos de código 
aberto e código fechado.
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UNIDADE Características Básicas do 
Sistema Operacional Linux
A Microsoft possui propriedade intelectual, pois possui um documento legal no 
qual, ao instalar um software da empresa, você deve concordar com as regras ali 
impostas. A Microsoft mantém o código fonte e distribui para instalação apenas as 
cópias no formato binário. Nesses casos, você não tem permissão para alterar o 
código e nem de vendê-lo.
O Linux é propriedade do Linus Tovalds, que definiu o código dentro de uma licen-
ça chamada GNU Public License versão 2 (GPLv2). Essa licença, dentre outros itens, 
descreve que o código fonte é disponibilizado e pode ser alterado por qualquer pessoa. 
Na licença, há um item descrevendo que as alterações feitas devem ser documentadas 
sob a mesma licença para que outras pessoas possam se beneficiar.
Ao desenvolver algum programa, você tem como decidir como ele será usado 
e distribuído. Os softwares livres e de código aberto são aqueles em que você dá a 
permissão de visualizar o código fonte e redistribuí-lo. O Linux está sob esta licença.
 As licenças sobre um determinado software são critérios de cada empresa. Em-
bora algumas licenças já existam no mercado, algumas empresas ainda criam suas 
próprias. O mais comum, para o software livre ser open source, é utilizar a mesma 
que o Linux utiliza.
Há dois grupos considerados fortes que podem ser considerados mais influentes 
ao se falar em códigos aberto a Free Software Foundation (FSF) e a Open Source 
Iniciative (OSI). 
A FSF tem como objetivo incentivar ao software livre, que, por sinal, não se re-
fere ao preço, mas foca na liberdade de compartilhar, modificar e estudar o código 
fonte. Tem a visão que o compartilhamento é a melhor forma de evolução e define 
que qualquer alteração no código fonte também deve ser divulgada. Essa caracterís-
tica é também conhecida como copyleft.
A FSF tem seu próprio conjunto de licenças que são a GPLv2 e a GPLv3 e 
as LGPLv2 e LGPLv3. As licenças LGPLv2 e LGPLv3 incluem a vinculação de 
softwares fechados, por exemplo, bibliotecas, ou softwares livres que usam um 
driver de hardware que é proprietário.
A Open Source Initiative foi fundada, em 1998, por achar que a licença do 
software livre era politicamente muito carregada e precisava de algo mais leve, 
menos extremo. A OSI estabelece não apenas acesso aos códigos como também 
que sejam usados sem outras restrições ao software desenvolvido. Em outras pa-
lavras, é como se essa licença lhe dissesse para fazer o que quiser com o software 
desenvolvido, “só dê crédito a quem tem crédito”.
Ao contrário da FSF, a OSI não tem um conjunto de regras e sim um conjun-
to de princípios. Portanto, um software que está sob esta licença é chamado 
de Software Open Source.
Mais que dedicar esforços em softwares livres e open source, a comunidade co-
meçou a se referir a tudo como software livre e de código aberto (FOSS), ou seja, é 
livre para copiar e usar o código e aberto porque qualquer um tem permissão para 
visualizar, modificar e distribuir o código fonte.
12
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Linux Contribuindo na Virtualização 
e Cloud Computing
O Linux é um sistema operacional multiusuário, ou seja, muitos usuários podem 
trabalhar no mesmo sistema simultaneamente. Isso leva uma sobrecarga ao sistema 
operacional. Compartilhar o sistema operacional no modo multiusuário exige que to-
dos sejam executados, como usuários sem privilégios de administrador prejudicando 
alguns outros serviços, como instalação de aplicações para servidores.
A virtualização foi desenvolvida para melhor utilização dos recursos da máquina, 
pois ela executa várias cópias de um sistema operacional. A máquina executa o 
hypervisor que tem como objetivo organizar as chamadas dos sistemas operacio-
nais para utilização dos recursos do hardware.
A virtualização foi desenvolvida porque os servidores passam a maior parte do 
tempo com seus recursos ociosos. Com ela, a CPU é dividida entre os vários siste-
mas operacionais instalados. A limitação da virtualização está na memória disponí-
vel, quanto mais memória, mais sistemas operacionais poderão ser instalados em 
uma máquina.
Com a virtualização, as empresas conseguem diminuir os custos de energia, equi-
pamentos físicos e reduzir espaço físico. Além dessas vantagens, as empresas podem 
criar backups de máquinas virtuais, copiá-la para outros servidores físicos e, caso 
aconteça algum problema com essa máquina virtual, basta copiá-la novamente dimi-
nuindo, assim, o tempo de manutenção.
Os datacenters, até pela redução dos custos, trabalham com virtualização para 
oferecer serviços para seus clientes. Os fornecedores de cloud computing apro-
veitam a escalabilidade que a virtualização permite para oferecer serviços a preços 
menores que custaria se o clienteassumisse todos os custos de instalação e confi-
guração de um servidor.
Os servidores virtuais são apenas uma parte do cloud computing. Eles também 
podem oferecer armazenamento de arquivos, banco de dados, aplicativos especí-
ficos para empresas. O atraente desse tipo de tecnologia é pagar por exatamente 
aquilo que você consome, ou seja, há uma tendência que os recursos de informáti-
ca sejam pagos conforme água e energia elétrica, pelo consumo.
O Linux desempenha um papel fundamental no cloud computing. Grande parte 
dos sistemas operacionais é instalado usando algum tipo de distribuição Linux e nele 
são instalados os aplicativos oferecidos aos clientes.
Ferramentas de Trabalho no Linux
Há algumas aplicações básicas usadas no Linux, dentre elas, temos processado-
res de textos, planilhas eletrônicas, pacotes de apresentações e browser.
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UNIDADE Características Básicas do 
Sistema Operacional Linux
O OpenOffice e LibreOffice são as duas suites offices usadas no Linux. Elas 
oferecem um editor de texto para trabalhar em documentos, uma planilha eletrônica 
para auxiliar em cálculos e um pacote de apresentação para desenvolver slides e 
facilitar uma apresentação. 
Na figura 3, pode-se ver a planilha de cálculo do LibreOffice. Ela oferece recur-
sos para trabalhar com cálculos, gráficos e fórmulas muito semelhantes a que outras 
planilhas eletrônicas oferecem.
O LibreOffice Write você pode usar para desenvolver um documento conten-
do texto, gráficos, tabelas. Essas aplicações podem ser trabalhadas em conjunto. 
Exemplo: ao usar a planilha de cálculo para demonstrar uma situação financeira, 
você pode inserir o que foi desenvolvido na planilha Calc em relatórios desenvolvi-
dos no LibreOffice Write. 
O LibreOffice pode também trabalhar com outros formatos como pdf ou 
Microsoft Office. Caso instale uma extensão, ele pode integrar com Wiki para 
potencializar, facilitar e disponibilizar informações na internet.
 
Figura 3 – Aplicativo LibreOffice, calc
Os browsers para acesso à internet mais comuns usados no Linux são o Firefox 
e o Google Chrome. Muitas aplicações usadas em outros sistemas operacionais po-
dem ser encontradas também para ser instaladas e usadas no Linux. 
Para verificar algumas compatibilidades de softwares usados tanto em Linux quanto 
Windows, veja no link: https://goo.gl/C1ske3.Ex
pl
or
14
15
Segurança
A segurança da informação é uma das grandes preocupações de todas as em-
presas e usuários de equipamentos eletrônicos. Certas vulnerabilidades podem ser 
encontradas em aplicações recém-lançadas, ou até em configurações mal feitas. 
Muitas dessas vulnerabilidades são estabelecidas pelo próprio usuário, ou adminis-
trador de redes, e algumas recomendações básicas devem ser consideradas no uso e 
configuração das máquinas. Exemplo:
• Utilização de senhas fortes – são consideradas senhas fortes aquelas com 
no mínimo 10 caracteres em que estejam inclusos caracteres especiais, nú-
meros, letras maiúsculas e minúsculas.
• Habilitar o firewal da máquina para evitar ataques externos. O firewall 
pode ser nativo ou instalado separadamente.
• Habilitar a opção para atualização automática. Isso permite que as aplica-
ções sejam atualizadas e mantenha as máquinas fora de possíveis vulnerabili-
dades encontradas nessas aplicações.
Essas são algumas das recomendações, no en-
tanto, não são as únicas que devem ser conside-
radas em segurança da informação. A filtragem 
de pacotes pode ser feita pela configuração do 
IP_TABLES, o qual disponibiliza várias opções 
que flexibilizam as regras para filtragem de paco-
tes. Ainda hoje, muitas empresas utilizam o IP_
TABLES do Linux como firewall e proxy para 
proteger sua rede de computadores. 
O iptables é responsável pela interface de configuração das regras do netfilter. 
Com ele, podem-se editar as tabelas de filtragem de pacotes nativas do Kernel. 
Essa filtragem acontece na comparação entre os dados do cabeçalho (header) do 
pacote analisado e as regras predefinidas.
O iptables trata os pacotes seguindo parâmetros das regras configuradas pelo ad-
ministrador de redes e pode executar três diferentes tipos de ação: Aceitar (ACCEPT), 
Descartar (DROP) ou Rejeitar (REJECT). Quando se especifica, em uma regra, que 
a ação será ACCEPT, o netfilter aceitará os pacotes que estiverem de acordo com 
ela. Caso a ação especificada for DROP, o netfilter irá descartar todos os pacotes de 
dados que se encaixarem nessa regra. Caso seja especificada a ação REJECT na re-
gra, o netfilter rejeitará todos os pacotes que coincidirem com a regra, e enviará uma 
mensagem explicando o motivo da não aceitação dos mesmos. Existem outras ações, 
como REDIRECT, MIRROR, LOG, e as ações DNAT, SNAT e MASQUERADE, 
que são específicas da tabela nat.
O sistema Linux, como qual-
quer outro sistema operacio-
nal, não é livre de ataques. Ele 
oferece mais segurança que 
outros sistemas, porém, não 
está livre de vulnerabilidades.
15
UNIDADE Características Básicas do 
Sistema Operacional Linux
Existem várias características que definem o iptables. São elas:
• Suportam os protocolos TCP, UDP e ICMP;
• Suporte a módulos externos para aumentar suas funcionalidades;
• Possui mecanismos internos que bloqueiam pacotes do tipo spoof 
ou fragmentados;
• Suporta regras de portas de endereço de origem e porta destino;
• Pode ser configurado um número ilimitado de regras por chain;
• Suporte completo a roteamento de pacotes;
• Prioriza tráfego por tipos de pacotes;
• Permite redirecionamento de portas;
• Suporte aos tipos de NAT: MASQUERADE, SNAT e DNAT;
• Proteção contra DoS, ping flood e sys flood; 
• Suporta endereços IPV6 através dos comandos ip6tables.
Abaixo, encontra-se o desenho de uma rede corporativa usando iptables, tanto 
na entrada da rede externa, como para acesso à rede corporativa. Os usuários da 
rede corporativa terão que passar pelo IPtables squid e, para que sejam analisados 
os pacotes nesse servidor, são estabelecidas as regras de acesso à Internet.
 
Banco de dados
DNS-S DNS-P Iptables
Squid
Iptables
Internet
Rede Corporativa
Figura 4 – Exemplo de topologia com iptables
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
16
17
O sistema operacional Linux é um dos sistemas operacionais mais seguros. 
Por não ser um sistema operacional mais usado, não se torna muito atrativo para 
investir tempo no desenvolvimento de programas maliciosos. Isso não significa 
que não há vírus ou programas desenvolvidos para atacar usuários e servidores 
que usam esse tipo de sistema operacional.
Script para Automação de Rotinas
O Linux, como outros sistemas operacionais, aceita o uso de script para auto-
matizar rotinas. Ele permite a montagem de script baseado em comandos shell e 
linguagem estruturada. Sendo assim, é possível usá-lo também para definir filtros 
de uma forma mais elaborada. Veja abaixo um exemplo:
#!/bin/bash
IPT=$(which iptables)
LO=”127.0.0.1”
loop()
{
 $IPT –A INPUT –i lo -d $LO -j ACCEPT
 $IPT –A OUTPUT –o lo -d $LO -j ACCEPT
}
loop
O objetivo desse script é permitir que a interface loopback responda às solicita-
ções. Esse script funciona da seguinte maneira. A variável IPT irá conter o local (dire-
tório) do comando “iptables” e a variável LO irá armazenar o valor do endereço da 
interface loopcback. Logo após, dentro da função chamada “loop”, há descritas as 
regras para permissão de respostas na interface loopback. A primeira linha adiciona 
a regra a uma chain (-A) no sentido de entrada (INPUT -I), definindo o destino (-d) no 
endereço da interface $LO. A outra linha altera apenas o sentido (OUTPUT -o).
Esse script sendo executado irá disponibilizar a interface loopback. Esse tipo 
de script e outros podem ser necessários para habilitar alguns serviços quando o 
administrador bloqueia políticas básicas de segurança. O script abaixo demonstra 
o bloqueio das chains. Se esse script for executado, os serviços serão bloqueados, 
portanto, para desbloquear algunsserviços, algumas regras deverão ser acrescen-
tadas as chains.
#!/bin/bash
IPT=$(which iptables)
nega()
17
UNIDADE Características Básicas do 
Sistema Operacional Linux
{
 $IPT –P INPUT DROP
 $IPT –P OUTPUT DROP
 $IPT --P FORWARD DROP
}
nega
Esse script bloqueia as entradas, as saídas e também a passagem, eliminando 
os pacotes que tentarem passar. Essa é a forma correta de administração e, a 
partir dela, o administrador irá permitir apenas aquilo que é necessário inserindo 
as regras nas chains.
Sistema de Arquivo Linux
Para o usuário, o sistema de arquivo é a parte que oferece interação para ma-
nipulação dos arquivos. Ele fornece os mecanismos para organizar os arquivos de 
forma adequada e eficiente. Os sistemas de arquivos são compostos de duas partes: 
uma coleção de arquivos, cada um contendo seus dados e uma estrutura de diretó-
rios para organizá-los.
Enquanto no sistema operacional evoluiu o sistema de arquivo denominado FAT, 
FAT16, FT32 e NTFS, o Linux pode usar um dos sistemas de arquivo Ext 2, Ext 
3, Ext 4, ReiserFS e XFS.
O Linux oferece uma estrutura de diretório padrão. Logo após sua instalação, 
é criada uma estrutura de diretórios em que são instalados programas e aplicativos 
comuns do sistema operacional. A figura 5 apresenta a estrutura raiz.
Figura 5 – Sistema de arquivos Linux
18
19
Todos os diretórios ou pastas instalados no computador, conforme apresentados 
na figura 5, estão sob o diretório raiz “/”. Vale salientar que o único usuário que tem 
permissão para manipular arquivos e diretórios do diretório raiz é o usuário adminis-
trador, também denominado root. Esse procedimento evita manipulação errônea de 
outros usuários e, consequentemente, protege contra riscos ao sistema operacional.
• Binários: /Bin
No diretório /bin, são armazenados os binários executáveis utilizados por qual-
quer usuário do sistema. Nele, estão os comandos para manipulação de arquivos 
como o cp, rm, mv, entre outros. Iremos utilizar esses comandos nesta disciplina.
• Binários: /sbin
Esse diretório, semelhante ao /bin, armazena binários executáveis, porém, são 
comandos e aplicativos usados pelo administrador, o root. Os comandos de con-
figuração e manutenção do sistema estão todos nesse diretório, comandos para 
configuração da placa de rede, particionamento do disco e outros.
• Diversos: /usr
Os comando que não estão no /bin e nem /sbin estão armazenados nesse diretó-
rio. Ele também é composto de binários executáveis e bibliotecas. Nele, também 
estão os programas instalados a partir do código fonte.
• Configuração do sistema: /etc
Nesse diretório, estão os arquivos de configuração dos softwares. Muitos dos 
arquivos de configuração estão inseridos neles.
• Bibliotecas: /lib
As bibliotecas usadas pelos comandos armazenados em /bin e /sbin estão lo-
calizados neste diretório. Os arquivos de bibliotecas geralmente começam com 
prefixos ld ou lib.
• Diretórios de usuários: /home
Quando o administrador cria usuários, todos eles terão e serão inicializados em 
um diretório dentro deste diretório /home. Cada usuário criado recebe um di-
retório com o seu nome e, nele, tem permissão para manipular seus arquivos.
• Inicialização: /boot
Os arquivos referentes à inicialização do sistema encontram-se nesse diretório.
• Mídias: /mnt e /media
No sistema Linux, há o conceito de montar todos os meios de armazena-
mento secundários como CD, pen drivers e até mesmo disco rígidos para 
acessá-los. No /media, ficam todas as mídias removíveis e, no mnt, os 
administradores podem usar para montar de forma temporária algum meio 
de armazenamento necessário. 
19
UNIDADE Características Básicas do 
Sistema Operacional Linux
• Serviços: /srv
Os dados dos servidores e os serviços que estão em execução ficam armaze-
nados dentro desse diretório.
• Dispositivos: /dev
Nesse diretório, são encontrados os caminhos para acessar terminais ou qual-
quer dispositivo conectado ao computador.
• Variáveis: /var
Os log´s do sistema são inseridos nesse diretório. Todos os arquivos que au-
mentam de tamanho de forma variável são inseridos nesse diretório. Os arqui-
vos de log´s são exemplos de arquivos variáveis no tamanho.
• Processos: /proc
O sistema operacional multiprogramável é mantido pelos processos que são 
criados conforme necessidade da aplicação ou Kernel. Nesse diretório, estão 
os arquivos que mantêm informações sobre recursos e processos em execução.
• Temporário: /tmp
Os arquivos e diretórios criados pelo sistema operacional ou pelo usuário de-
vem estar nesse diretório. Os arquivos e diretórios dentro do /tmp são apaga-
dos ao reiniciar a máquina. 
20
21
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Como instalar o Ubuntu com o Virtualbox
No link abaixo, você irá encontrar o passo a passo para instalar o sistema operacional 
Linux, distribuição Ubuntu, como máquina virtual no virtualbox.
https://goo.gl/Lg2RxN
Especial: As 5 melhores distribuições Linux para empresa - IDGNow
No link abaixo, você poderá ler sobre o uso do sistema operacional Linux nas empresas.
https://goo.gl/cQrR5m
Por que Linux em Power? 
Saiba por que a IBM investe no Linux em computação cognitiva.
https://goo.gl/oaz3ve
 Vídeos
Como instalar Ubuntu utilizando VirtualBox
Aprenda a instalar o virtualbox com sistema operacional Linux Ubuntu.
https://youtu.be/lm1I6WtlEo0
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UNIDADE Características Básicas do 
Sistema Operacional Linux
Referências
HILL, B. M.; BACON, J. O livro oficial do Ubuntu. 2. Porto Alegre Bookman 2008.
NEMETH, E.; SNYDER, G.; HEIN, T. R.; FORESTI, N. Manual completo do 
Linux: guia do administrador. 2. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2007.
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