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Imunologia da Gestação

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Imunologia da Gestação 
APÓS A RELAÇÃO SEXUAL 
→ O espermatozoide vai ser avaliado como 
um antígeno pelo corpo da mulher 
FLUÍDO SEMINAL: 
• Libera TGF-beta + prostaglandinas → 
imunossupressão da mucosa uterina 
• Tenta “silenciar” os leucócitos para que eles 
não reajam contra o espermatozoide 
CÉLULAS NK UTERINAS (uNK) → descarga 
inicial de TNF (marca o início da implantação) 
• Proteção da mãe contra células anormais 
• Restrição do trofoblasto a invasão na 
decídua materna 
• Proteção do embrião (bloqueia a 
transmissão de M.O) 
BLOQUEIO DA RIA → Se os linfócitos não 
forem bloqueados, vão estimular a 
produção de anticorpos e o produto 
conceptual seria fagocitado (o único Ly que 
não é reduzido é o Treg, pois ele atua a 
favor do feto) 
• ↓ de Ly no endométrio 
• ↑ de Ly na decídua 
PRINCIPAIS TECIDOS ENVOLVIDOS 
 
• As células da resposta imune auxiliam na 
liberação do VEGF (fator de crescimento 
endotelial vascular) que desenvolve vasos 
para nutrir o embrião 
• Quando a mãe possui uma falha na 
vascularização, pode ocorrer o 
descolamento de placenta, podendo levar 
ao aborto espontâneo 
RELAÇÃO 
TRANSPLANTE X GESTAÇÃO 
 
→ Como o embrião tem apenas 50% de 
compatibilidade com a mãe, os genes 
compatíveis devem trabalhar para ativar 
certas proteínas e silenciar os genes do pai 
 GESTAÇÃO X ALOIMUNIDADE 
 
→ O embrião semi-alogênico precisa ter o 
bloqueio dos genes do pai para que o 
processo de formação da placenta 
acompanhe a inibição mediada pelo HLA 
(placenta garante o sucesso da implantação) 
Sucesso da gestação→ células T que 
reconhecem antígenos paternos sofrem: 
a) Deleção clonal → “perda” de timócitos 
(involução - apoptose) 
 
• O timo da gestante → involução acelerada 
durante a gestação 
• Função: remover células T potencialmente 
prejudiciais da circulação periférica. 
b) Anergia 
- Ausência de B7 na APC 
- Perda de CD28 no linfócito T 
- Receptor análogo se liga em B7 
 
• Função: bloquear a produção de novas 
células T que poderiam substituir células T 
reativas paternas deletadas clonalmente. 
 HLA 
→ A gestação baseada no sucesso da 
resposta imunológica é controlada pelo HLA 
(localizado no braço curto do cromossomo 6) 
→ Para a gestação as classes I e II são 
importantes: 
• CLASSE I: A classe I trabalha com todas as 
células nucleadas (TCD8 tem a tendência a 
atacar o produto conceptual pela perfurina 
e granzina, por isso deve ser bloqueado) 
- HLA-A e HLA-B (pró-aborto) 
- HLA-G e HLA-E (pró-implantação) → 
tamanho reduzido dos alelos com menos 
genes faz com que TCD8 seja modulado 
para não reagir contra o embrião/feto 
• CLASSE II: Durante a gestação (2º trimestre) 
o corpo da mulher deve bloquear a resposta 
TH1 e a resposta ser mantida na polarização 
TH2, no final da gestação volta a resposta 
TH1 para a realização do parto 
 PAPEL DO HLA 
 
→ Para evitar a rejeição, há o aumento de 
HLA-E e HLA-G para bloquear linfócitos TCD8, 
bloquear as uNKs e bloquear, indiretamente, 
o macrófago 
→ A uNK possui um receptor inibitório 
chamado KIR, esse, tem um tropismo para 
proteínas que são codificadas pelo HLA-E e 
HLA-G, então só estão presentes durante a 
gestação 
→ TGF-beta e IL-10 são citocinas regulatórias 
→ O polimorfismo garante o sucesso da 
implantação 
 
 PAPEL DA PLACENTA 
→ Quando se tem o aumento de TH2 e 
redução de TH1 junto aos fenótipos do HLA 
pró-implantação, visa, além do fixação do 
produto conceptual, a formação da 
placenta (órgão mais imuno-privilegiado) 
→ A expressão do receptor FcRn do recém-
nascido passa a acontecer na placenta da 
mãe (garante a captura do IgG da mãe 
para o feto – único que passa via placenta) 
→ O IgG é selecionado para que apenas 
parte vá para o feto e a mãe não fique sem 
 IMPORTÂNCIA DA uNK 
 
→ Após a fecundação, ocorre a 
programação das células da RII (já que a 
RIA está bloqueada). Macrófagos M2 
protegem a mãe e o embrião e possibilitam 
o encontro dos vasos 
→ Quando as uNK começam a proliferar, 
aumentam a expressão de algumas 
citocinas que fazem com que ocorra uma 
conversa cruza entre macrófago e uNK (se 
não ocorrer, não acontece a implantação e 
sofre de um aborto espontâneo) 
→ Depois de cerca de 1 semana das uNK 
precisam ser inibidas via Treg 
 EIXO IMUNO-ENDÓCRINO- 
EIXO PLACENTÁRIO 
→ A progesterona é o principal hormônio do 
ponto de vista imunológico, pois: 
1. Mantém a polarização TH1 para TH2 
(receptores de progesterona no Ly TCD4) 
2. Faz o bloqueio das uNK 
3. Faz o bloqueio de TCD8 
→ IL-15 se associa a prolactina para o 
desenvolvimento do trofoblasto, IL-8 também 
ajuda no processo de implantação 
→ HCG e o estrógeno também 
potencializam essa polarização 
REGULAÇÃO IMUNOENZIMÁTICA 
 
→ Depois do 1º trimestre, a resposta TH2 
começa a subir e o corpo da mãe entende 
que está em um processo alérgico, a lL-4 e 
IL-13 ativam os monócitos indiferenciados, 
que passam a expressar o fenótipo anti-
inflamatório (pró-implantação) 
→ Esse macrófago M2 (anti-inflamatório) 
secreta a enzima IDO que degrada o 
triptofano nas células TCD4/TH1 (bloqueia 
indiretamente o macrófago M1) 
 MANUTENÇÃO DA GESTAÇÃO 
→ Apenas IgG “glicosilado” conseguirá 
atravessar a placenta e chegar no embrião 
por meio do receptor (para não causar uma 
imunossupressão na mãe) 
Síndrome do Anticorpo Antifosfolipídeo (SAF) 
• Especialmente no 1º trimestre 
• Doença autoimune. 
• Auto-anticorpos maternos (falhas na 
tolerância especialmente aos antígenos 
maternos) 
• Autoanticorpos contra as proteínas ligadas 
aos fosfolipídios (carga -) 
• ↑ [ ] Ac-antifosfolipides de membranas 
(presentes em 10% → mulheres → aborto de 
repetição. 
mHags (ANTÍGENOS FETAIS) 
• Antígeno de histocompatibilidade menor 
• Antígenos que são liberados no 1º aborto 
quando a gestação for de um embrião do 
gênero masculino (relacionada ao 
cromossomo Y), então se na próxima 
gestação, for novamente um menino, 
também sofrerá aborto 
 
RESPOSTA IMUNOLOGICA DO FETO 
→ A partir da 13° semana de gestação. 
→ Transferência de IgG (materna) → feto 
(16° semana de gestação) → incremento 
maior no final da gestação. 
→ Ly T (liberado em baixa concentração 
pelo timo fetal) → 14 ° semana de gestação. 
→ Ly B (encontrados no fígado fetal e nobaço) → 9 ° semana de gestação. 
→ Feto produz IgM em baixas quantidades 
(não atravessa a placenta) → diagnóstico 
diferencial → infecções congênitas → 
rubéola, citamegalovírus e toxoplasmose. 
 TRABALHO DE PARTO 
UTERONINAS: hormônios 
UTEROTOPINAS: citocinas 
→ Juntas, ativam as células da imunidade 
inata para tentar corromper a ligação entre 
placenta e útero (dilatação) 
→ O macrófago deixa de produzir a enzima 
IDO, então o triptofano sobe, ativa a 
resposta TH1 e o macrófago M1 puxa a 
colagenolise (bloqueia a formação de 
colágeno) fazendo com que ocorra o 
amadurecimento do cérvix uterino 
 Resumo
 
1º trimestre: ocorre o bloqueio de resposta 
TH, único que permanece é o Treg que 
controla a implantação com estado de 
inflamação de baixa intensidade 
2º trimestre: por ser a etapa que ocorre a 
organogenese, é importante manter a 
resposta TH2 para os tecidos fetais 
começarem a se desenvolver 
3º trimestre: ocorre a despolarização, pois no 
trabalho de parto as uteroninas e 
uterotopinas entram em ação e mudam a 
polarização para que o bebe possa sair 
(“inflamação” do parto)

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