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189_METEOROLOGIA_E_CLIMATOLOGIA_VD2_Mar_2006

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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA
Mário Adelmo Varejão-Silva
Versão digital 2 – Recife, 2006
a Lei de Kirchhoff ao estudá-lo. No entanto, o campo da radiação difusa (resultante do espa-
lhamento da energia solar pela atmosfera), dependendo de condições instantâneas e localiza-
das, pode aproximar-se bastante da situação isotrópica, o mesmo acontecendo no tocante à
radiação de grande comprimento de onda. Coulson (1975) enfatiza que, dentro deste contexto
instantâneo e localizado, pode-se empregar a Lei de Kirchhoff à atmosfera, assumindo-se a
condição de equilíbrio radiativo para a radiação de ondas longas e, em alguns casos, para a
componente difusa da radiação solar global (ver seção 6, adiante).
4.3 - Lei de Stefan-Boltzman.
Em 1879, Josef Stefan mostrou experimentalmente que a radiação emitida pelo corpo
negro em todos os comprimentos de onda (emitância total) era proporcional à quarta potência
de sua temperatura absoluta. Ludwig Boltzman, em 1884, chegou à comprovação teórica des-
sa proporcionalidade, através da Termodinâmica (Coulson, 1975).
 A expressão analítica que traduz a Lei de Stefan-Boltzman, para o corpo negro, é a
seguinte: 
Me = ∫ λeM dλ = ∫ λ )T,(E dλ = σ T4 (V.4.3)
onde σ é a chamada constante de Stefan-Boltzman. Em Meteorologia adota-se, de acordo com
List (1971):
σ = 8,132x10-11 cal. cm -2 min -1 K -4 = 5,6697x10 -8 W m -2 K -4. (V.4.4)
Admite-se que a emitância dos corpos reais pode ser expressa como uma fração da
emitância do corpo negro (máxima). Assim,
Me = ε σ T 4, (V.4.5)
sendo ε o fator de proporcionalidade, conhecido como coeficiente de emissividade (Tabela V.2)
do corpo em questão.
TABELA V.2
COEFICIENTE DE EMISSIVIDADE (ε) PARA ALGUMAS SUPERFÍCIES
Superfícies Diversas ε Superfícies de Folhas ε
água 0,92 a 0,96 algodão 0,96 a 0,97
areia molhada 0,95 cana . 0,97 a 0,98
areia seca 0,89 a 0,90 feijão 0,93 a 0,94
gelo 0,82 a 0,995 fumo 0,97 a 0,98
solo molhado 0,95 a 0,98 milho . 0,94 a 0,95
 FONTES: Sellers (1965); Montheith (1975).

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