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CCJ0009-WL-PA-03-T e P Narrativa Jurídica-Novo-34121

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Título 
Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
Número de Aulas por Semana 
 
Número de Semana de Aula 
2 
Tema 
Gênero e tipologia textuais nas peças processuais. 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de: 
- Reconhecer as peças processuais como ?gênero textual? disƟnto; 
- IdenƟficar os Ɵpos textuais narraƟvo, descrito, dissertaƟvo argumentaƟvo e injunƟvo nas peças processuais; 
- Compreender a interdependência desses Ɵpos textuais e qual a sua contribuição para a competência redacional das peças processuais. 
Estrutura do Conteúdo 
1. Gênero textual 
2. Tipologia textual 
2.1. Texto narrativo 
2.2. Texto descritivo 
2.3. Texto argumentativo 
2.4. Texto injuntivo 
3. Peças processuais e uƟlização dos diversos Ɵpos textuais 
Aplicação Prática Teórica 
No Direito, é de grande relevância o que se denomina Ɵpologia textual: narração, descrição, dissertação. O que torna essa questão de natureza textual 
importante para o direito é sua uƟlização na produção de peças processuais como a peƟção inicial, que apresenta diferentes Ɵpos de texto, a um só tempo. Para 
melhor compreender essa afirmação, observe o esquema da peƟção inicial e perceba como essa peça pertence a um Ɵpo textual híbrido do discurso jurídico, o 
que exige do profissional do direito o domínio pleno desse conteúdo. 
  
INSERIR AQUI O ANEXO 1 
  
  
Questão 1 
IdenƟfique a Ɵpologia textual predominante em cada um dos fragmentos listados e jusƟfique sua resposta com elementos do próprio texto. 
  
Fragmento 1 
O presente estudo propõe trazer reflexões acerca do aborto, ou interrupção da gestação, de fetos anencefálicos, aos quais correspondem aos fetos com malformação genética que 
impossibilita o desenvolvimento do encéfalo e, por isso, acarreta um mau prognóstico do mesmo; Deste modo, sugere -se ponderar os princípios jurídicos fundamentais, como o 
direito à vida do feto e à saúde, em sua totalidade, da gestante, e a criação de uma política pública de saúde que proporcione suporte científico ao magistrado. 
No primeiro capítulo, em um breve histórico relevante, pretende-se abordar a aceitabilidade social e jurídica do aborto em diferentes contextos e sociedades, bem como, enfocar a 
criminalização do aborto como meio de proteção à vida intra -uterina. 
No segundo capítulo, serão discutidas as condições jurídicas do nascituro, ou seja, se a ele são atribuídos direitos e deveres enquanto sujeito de direitos, delineando diferentes 
teorias que versam acerca de tal temática. Ainda, no mesmo capítulo, serão apresentadas sucintas considerações acerca do direito à vida enquanto direito fundamental. 
(...) 
(Monografia apresentada por Leonardo José da Rocha Rezende ao Curso de Preparação à Carreira da Magistratura da EMERJ. Orientadores: Ricardo Martins e Néli Cavalieri Fetzner. 
Disponível em: <http://www.emerj.tjrj.jus.br/paginas/biblioteca_videoteca/monografia/ Monografia_pdf/2012/LeonardoRezende_Monografia.pdf>. Acesso em: 01 jul. 2012.) 
Fragmento 2 
A perspectiva analítica adotada parte do pressuposto de que um dos fatores que alimentam dissensos reside na lógica do contraditório presente na prestação jurisdicional e em todo 
o campo do Direito brasileiro, tanto em suas manifestações práticas, como nas teóricas e doutrinárias. 
A origem desta lógica, tanto quanto registra a história do saber jurídico, já era encontrada nos exercícios de contradicta realizados nas primeiras universidades que ministraram o 
ensino jurídico durante a Idade Média, particularmente na Itália, berço europeu deste ensino (Berman, 1983). Por ser constituída de argumentação infinita, a lógica do contraditório 
necessita da manifestação de uma autoridade que a interrompa para que seja dada continuidade aos procedimentos judiciais nos tribunais brasileiros. 
(...) 
(Rafael Mario Iorio Filho e Hustana Vargas. Controle Social e Representações: a polifonia sobre o ECA nas escolas cariocas. Disponível em: <http://www.foxitsoftware.com>. Acesso 
em: 01 jul. 2012.) 
  
Fragmento 3 
O caso ocorreu em Teresópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro, no ano de 2005. Uma mulher de 36 anos, desempregada, estava casada com um mecânico, também 
desempregado. Os dois moravam em um barraco de 10 metros quadrados, junto com seus três filhos. O mais velho tinha seis anos de idade; o filho do meio, quatro; o caçula, um 
ano e meio. 
É importante mencionar que essa mulher, Marcela, estava gestando o quarto filho. No mês de fevereiro daquele ano, em decorrência das fortes chuvas, um deslizamento de terra 
arrastou, ladeira abaixo, o lar em que vivia essa família. A mãe conseguiu salvar os dois filhos mais velhos, entretanto o caçula, ainda aprendendo a andar, não conseguiu sair a 
tempo. Morreu soterrado. Por tudo o que aconteceu, Marcela entrou em trabalho de parto. 
Chegou ao hospital público mais próximo e foi submetida a uma cesariana. Assim que ouviu o choro do bebê, prematuro, pediu para segurá-lo um pouco no colo. A enfermeira o 
permitiu. Marcela beijou a criança e jogou-a para trás. O menino caiu no chão, sofreu traumatismo craniano e morreu. 
(...) 
(Plano de aula 1 desta disciplina) 
  
Fragmento 4 
"De acordo com a inicial de acusação, ao amanhecer, o grupo passou pela parada de ônibus onde dormia a vítima. Deliberaram atear -lhe fogo, para o que adquiriram dois litros de 
combustível em um posto de abastecimento. Retornaram ao local e enquanto Eron e Gutemberg despejavam líquido inflamável sobre a vítima, os demais atearam fogo, evadindo-se 
a seguir. 
Três qualificadoras foram descritas na denúncia: o motivo torpe porque os denunciados teriam agido para se divertir com a cena de um ser humano em chamas, o meio cruel, em 
virtude de ter sido a morte provocada por fogo e uso de recurso que impossibilitasse a defesa da vítima, que foi atacada enquanto dormia. 
A inicial, que foi recebida por despacho de 28 de abril de 1997, veio acompanhada do inquérito policial instaurado na 1 ª Delegacia Policial. Do caderno informativo constam, de 
relevantes, o auto de prisão em flagrante de fls. 08/22, os boletins de vida pregressa de fls. 43 a 45 e o relatório final de fls. 131/134. Posteriormente vieram aos autos o laudo 
cadavérico de fls. 146 e seguintes, o laudo de exame de local e de veículo de fls. 172/185, o exame em substância combustível de fls. 186/191, o termo de restituição de fls. 247 e a 
continuação do laudo cadavérico, que está a fls. 509. 
O Ministério Público requereu a prisão preventiva dos indiciados. A prisão em flagrante foi relaxada, não configurada a hipótese de quase flagrância, por não ter havido perseguição, 
tendo sido os réus localizados em virtude de diligências policiais. [...] 
(Disponível em: http://jus.uol.com.br/revista/texto/16291/o-caso-do-indio-pataxo 
-queimado-em-brasilia. Acesso em: 10 de dezembro de 2010) 
  
Fragmento 5 
A televisão tem uma grande influência na formação pessoal e social das crianças e dos jovens. Funciona como um estímulo que condiciona os comportamentos, positiva ou 
negativamente. 
A televisão difunde programas educativos edificantes, tais como o Zig Zag, os documentários sobre Historia, Ciências, informação sobre a atualidade, divulgação de novos 
produtos… 
Todavia, a televisão exerce também uma influência negativa, ao exibir modelos, cujas características são inatingíveis pelas crianças e jovens em geral. As suas qualidades físicas 
são amplificadas, os defeitos esbatidos, criando -se a imagem do herói / heroína perfeitos. Esta construção produz sentimentos de insatisfação do eu consigo mesmo e de 
menosprezo pelo outro.A violência é outro aspecto negativo da televisão, em geral. As crianças/jovens tendem a imitar os comportamentos violentos dos heróis, o que pode colocar 
em risco a vida dos mesmos. O mesmo acontece com o visionamento de cenas de sexo. As crianças formam uma imagem destorcida da sua sexualidade, potenciando a pratica 
precoce de sexo e suscitando distúrbios afetivos. Em jeito de conclusão, é legítimo que se imponha às estações de televisão umarestrição de exibição de material violento ou 
desajustado à faixa etária nas suas grelhas de programação, dado que a exposição a este tipo de conteúdos é extremamente prejudicial no desenvolvimento das crianças e dos 
jovens, pois, tal como diz o povo, “violência só gera violência”. 
(Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/31355681/exemplo-texto>. Acesso em: 01 jul. 2012.) 
  
Fragmento 6 
Vontade de fazer; vontade própria; consciência; capacidade de decidir e se conduzir em decorrência da própria decisão. 
Quando relacionado a um crime - crime doloso - diz-se que a pessoa se conduziu por vontade própria, ou seja, tinha realmente a intenção de praticar aquela conduta. Entretanto, o 
dolo não está relacionado apenas às condutas criminosas, mas à vontade consciente da pessoa que pratica qualquer conduta. 
A adolescência é o período da vida em que a pessoa está adquirindo dolo, ou seja, capacidade de decidir e se conduzir por suas decisões, podendo ser responsabilizada por suas 
condutas. 
(Disponível em: <http://www.dicionarioinformal.com.br/dolo/>. Acesso em: 01 jul. 2012) 
  
Questão 2 
Acesse o site do STF ou do STJ e transcreva trecho de um voto em que a narração está a serviço da argumentação. 
Plano de Aula: Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
TEORIA E PRÁTICA DA NARRATIVA JURÍDICA
Estácio de Sá Página 1 / 3
Título 
Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
Número de Aulas por Semana 
 
Número de Semana de Aula 
2 
Tema 
Gênero e tipologia textuais nas peças processuais. 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de: 
- Reconhecer as peças processuais como ?gênero textual? disƟnto; 
- IdenƟficar os Ɵpos textuais narraƟvo, descrito, dissertaƟvo argumentaƟvo e injunƟvo nas peças processuais; 
- Compreender a interdependência desses Ɵpos textuais e qual a sua contribuição para a competência redacional das peças processuais. 
Estrutura do Conteúdo 
1. Gênero textual 
2. Tipologia textual 
2.1. Texto narrativo 
2.2. Texto descritivo 
2.3. Texto argumentativo 
2.4. Texto injuntivo 
3. Peças processuais e uƟlização dos diversos Ɵpos textuais 
Aplicação Prática Teórica 
No Direito, é de grande relevância o que se denomina Ɵpologia textual: narração, descrição, dissertação. O que torna essa questão de natureza textual 
importante para o direito é sua uƟlização na produção de peças processuais como a peƟção inicial, que apresenta diferentes Ɵpos de texto, a um só tempo. Para 
melhor compreender essa afirmação, observe o esquema da peƟção inicial e perceba como essa peça pertence a um Ɵpo textual híbrido do discurso jurídico, o 
que exige do profissional do direito o domínio pleno desse conteúdo. 
  
INSERIR AQUI O ANEXO 1 
  
  
Questão 1 
IdenƟfique a Ɵpologia textual predominante em cada um dos fragmentos listados e jusƟfique sua resposta com elementos do próprio texto. 
  
Fragmento 1 
O presente estudo propõe trazer reflexões acerca do aborto, ou interrupção da gestação, de fetos anencefálicos, aos quais correspondem aos fetos com malformação genética que 
impossibilita o desenvolvimento do encéfalo e, por isso, acarreta um mau prognóstico do mesmo; Deste modo, sugere -se ponderar os princípios jurídicos fundamentais, como o 
direito à vida do feto e à saúde, em sua totalidade, da gestante, e a criação de uma política pública de saúde que proporcione suporte científico ao magistrado. 
No primeiro capítulo, em um breve histórico relevante, pretende-se abordar a aceitabilidade social e jurídica do aborto em diferentes contextos e sociedades, bem como, enfocar a 
criminalização do aborto como meio de proteção à vida intra -uterina. 
No segundo capítulo, serão discutidas as condições jurídicas do nascituro, ou seja, se a ele são atribuídos direitos e deveres enquanto sujeito de direitos, delineando diferentes 
teorias que versam acerca de tal temática. Ainda, no mesmo capítulo, serão apresentadas sucintas considerações acerca do direito à vida enquanto direito fundamental. 
(...) 
(Monografia apresentada por Leonardo José da Rocha Rezende ao Curso de Preparação à Carreira da Magistratura da EMERJ. Orientadores: Ricardo Martins e Néli Cavalieri Fetzner. 
Disponível em: <http://www.emerj.tjrj.jus.br/paginas/biblioteca_videoteca/monografia/ Monografia_pdf/2012/LeonardoRezende_Monografia.pdf>. Acesso em: 01 jul. 2012.) 
Fragmento 2 
A perspectiva analítica adotada parte do pressuposto de que um dos fatores que alimentam dissensos reside na lógica do contraditório presente na prestação jurisdicional e em todo 
o campo do Direito brasileiro, tanto em suas manifestações práticas, como nas teóricas e doutrinárias. 
A origem desta lógica, tanto quanto registra a história do saber jurídico, já era encontrada nos exercícios de contradicta realizados nas primeiras universidades que ministraram o 
ensino jurídico durante a Idade Média, particularmente na Itália, berço europeu deste ensino (Berman, 1983). Por ser constituída de argumentação infinita, a lógica do contraditório 
necessita da manifestação de uma autoridade que a interrompa para que seja dada continuidade aos procedimentos judiciais nos tribunais brasileiros. 
(...) 
(Rafael Mario Iorio Filho e Hustana Vargas. Controle Social e Representações: a polifonia sobre o ECA nas escolas cariocas. Disponível em: <http://www.foxitsoftware.com>. Acesso 
em: 01 jul. 2012.) 
  
Fragmento 3 
O caso ocorreu em Teresópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro, no ano de 2005. Uma mulher de 36 anos, desempregada, estava casada com um mecânico, também 
desempregado. Os dois moravam em um barraco de 10 metros quadrados, junto com seus três filhos. O mais velho tinha seis anos de idade; o filho do meio, quatro; o caçula, um 
ano e meio. 
É importante mencionar que essa mulher, Marcela, estava gestando o quarto filho. No mês de fevereiro daquele ano, em decorrência das fortes chuvas, um deslizamento de terra 
arrastou, ladeira abaixo, o lar em que vivia essa família. A mãe conseguiu salvar os dois filhos mais velhos, entretanto o caçula, ainda aprendendo a andar, não conseguiu sair a 
tempo. Morreu soterrado. Por tudo o que aconteceu, Marcela entrou em trabalho de parto. 
Chegou ao hospital público mais próximo e foi submetida a uma cesariana. Assim que ouviu o choro do bebê, prematuro, pediu para segurá-lo um pouco no colo. A enfermeira o 
permitiu. Marcela beijou a criança e jogou-a para trás. O menino caiu no chão, sofreu traumatismo craniano e morreu. 
(...) 
(Plano de aula 1 desta disciplina) 
  
Fragmento 4 
"De acordo com a inicial de acusação, ao amanhecer, o grupo passou pela parada de ônibus onde dormia a vítima. Deliberaram atear -lhe fogo, para o que adquiriram dois litros de 
combustível em um posto de abastecimento. Retornaram ao local e enquanto Eron e Gutemberg despejavam líquido inflamável sobre a vítima, os demais atearam fogo, evadindo-se 
a seguir. 
Três qualificadoras foram descritas na denúncia: o motivo torpe porque os denunciados teriam agido para se divertir com a cena de um ser humano em chamas, o meio cruel, em 
virtude de ter sido a morte provocada por fogo e uso de recurso que impossibilitasse a defesa da vítima, que foi atacada enquanto dormia. 
A inicial, que foi recebida por despacho de 28 de abril de 1997, veio acompanhada do inquérito policial instaurado na 1 ª Delegacia Policial. Do caderno informativo constam, de 
relevantes, o auto de prisão em flagrante de fls. 08/22, os boletins de vida pregressa de fls. 43 a 45 e o relatório final de fls. 131/134. Posteriormente vieram aos autos o laudo 
cadavérico de fls. 146 e seguintes, o laudo de exame de local e de veículo de fls. 172/185, o exame em substância combustível de fls. 186/191, o termo de restituição de fls. 247 e a 
continuação do laudo cadavérico, que está a fls. 509. 
O Ministério Público requereu a prisão preventiva dos indiciados. A prisão em flagrante foi relaxada, não configurada a hipótese de quase flagrância, por não ter havido perseguição, 
tendo sido os réus localizados em virtude de diligências policiais.[...] 
(Disponível em: http://jus.uol.com.br/revista/texto/16291/o-caso-do-indio-pataxo 
-queimado-em-brasilia. Acesso em: 10 de dezembro de 2010) 
  
Fragmento 5 
A televisão tem uma grande influência na formação pessoal e social das crianças e dos jovens. Funciona como um estímulo que condiciona os comportamentos, positiva ou 
negativamente. 
A televisão difunde programas educativos edificantes, tais como o Zig Zag, os documentários sobre Historia, Ciências, informação sobre a atualidade, divulgação de novos 
produtos… 
Todavia, a televisão exerce também uma influência negativa, ao exibir modelos, cujas características são inatingíveis pelas crianças e jovens em geral. As suas qualidades físicas 
são amplificadas, os defeitos esbatidos, criando -se a imagem do herói / heroína perfeitos. Esta construção produz sentimentos de insatisfação do eu consigo mesmo e de 
menosprezo pelo outro.A violência é outro aspecto negativo da televisão, em geral. As crianças/jovens tendem a imitar os comportamentos violentos dos heróis, o que pode colocar 
em risco a vida dos mesmos. O mesmo acontece com o visionamento de cenas de sexo. As crianças formam uma imagem destorcida da sua sexualidade, potenciando a pratica 
precoce de sexo e suscitando distúrbios afetivos. Em jeito de conclusão, é legítimo que se imponha às estações de televisão uma restrição de exibição de material violento ou 
desajustado à faixa etária nas suas grelhas de programação, dado que a exposição a este tipo de conteúdos é extremamente prejudicial no desenvolvimento das crianças e dos 
jovens, pois, tal como diz o povo, “violência só gera violência”. 
(Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/31355681/exemplo-texto>. Acesso em: 01 jul. 2012.) 
  
Fragmento 6 
Vontade de fazer; vontade própria; consciência; capacidade de decidir e se conduzir em decorrência da própria decisão. 
Quando relacionado a um crime - crime doloso - diz-se que a pessoa se conduziu por vontade própria, ou seja, tinha realmente a intenção de praticar aquela conduta. Entretanto, o 
dolo não está relacionado apenas às condutas criminosas, mas à vontade consciente da pessoa que pratica qualquer conduta. 
A adolescência é o período da vida em que a pessoa está adquirindo dolo, ou seja, capacidade de decidir e se conduzir por suas decisões, podendo ser responsabilizada por suas 
condutas. 
(Disponível em: <http://www.dicionarioinformal.com.br/dolo/>. Acesso em: 01 jul. 2012) 
  
Questão 2 
Acesse o site do STF ou do STJ e transcreva trecho de um voto em que a narração está a serviço da argumentação. 
Plano de Aula: Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
TEORIA E PRÁTICA DA NARRATIVA JURÍDICA
Estácio de Sá Página 2 / 3
Título 
Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
Número de Aulas por Semana 
 
Número de Semana de Aula 
2 
Tema 
Gênero e tipologia textuais nas peças processuais. 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de: 
- Reconhecer as peças processuais como ?gênero textual? disƟnto; 
- IdenƟficar os Ɵpos textuais narraƟvo, descrito, dissertaƟvo argumentaƟvo e injunƟvo nas peças processuais; 
- Compreender a interdependência desses Ɵpos textuais e qual a sua contribuição para a competência redacional das peças processuais. 
Estrutura do Conteúdo 
1. Gênero textual 
2. Tipologia textual 
2.1. Texto narrativo 
2.2. Texto descritivo 
2.3. Texto argumentativo 
2.4. Texto injuntivo 
3. Peças processuais e uƟlização dos diversos Ɵpos textuais 
Aplicação Prática Teórica 
No Direito, é de grande relevância o que se denomina Ɵpologia textual: narração, descrição, dissertação. O que torna essa questão de natureza textual 
importante para o direito é sua uƟlização na produção de peças processuais como a peƟção inicial, que apresenta diferentes Ɵpos de texto, a um só tempo. Para 
melhor compreender essa afirmação, observe o esquema da peƟção inicial e perceba como essa peça pertence a um Ɵpo textual híbrido do discurso jurídico, o 
que exige do profissional do direito o domínio pleno desse conteúdo. 
  
INSERIR AQUI O ANEXO 1 
  
  
Questão 1 
IdenƟfique a Ɵpologia textual predominante em cada um dos fragmentos listados e jusƟfique sua resposta com elementos do próprio texto. 
  
Fragmento 1 
O presente estudo propõe trazer reflexões acerca do aborto, ou interrupção da gestação, de fetos anencefálicos, aos quais correspondem aos fetos com malformação genética que 
impossibilita o desenvolvimento do encéfalo e, por isso, acarreta um mau prognóstico do mesmo; Deste modo, sugere -se ponderar os princípios jurídicos fundamentais, como o 
direito à vida do feto e à saúde, em sua totalidade, da gestante, e a criação de uma política pública de saúde que proporcione suporte científico ao magistrado. 
No primeiro capítulo, em um breve histórico relevante, pretende-se abordar a aceitabilidade social e jurídica do aborto em diferentes contextos e sociedades, bem como, enfocar a 
criminalização do aborto como meio de proteção à vida intra -uterina. 
No segundo capítulo, serão discutidas as condições jurídicas do nascituro, ou seja, se a ele são atribuídos direitos e deveres enquanto sujeito de direitos, delineando diferentes 
teorias que versam acerca de tal temática. Ainda, no mesmo capítulo, serão apresentadas sucintas considerações acerca do direito à vida enquanto direito fundamental. 
(...) 
(Monografia apresentada por Leonardo José da Rocha Rezende ao Curso de Preparação à Carreira da Magistratura da EMERJ. Orientadores: Ricardo Martins e Néli Cavalieri Fetzner. 
Disponível em: <http://www.emerj.tjrj.jus.br/paginas/biblioteca_videoteca/monografia/ Monografia_pdf/2012/LeonardoRezende_Monografia.pdf>. Acesso em: 01 jul. 2012.) 
Fragmento 2 
A perspectiva analítica adotada parte do pressuposto de que um dos fatores que alimentam dissensos reside na lógica do contraditório presente na prestação jurisdicional e em todo 
o campo do Direito brasileiro, tanto em suas manifestações práticas, como nas teóricas e doutrinárias. 
A origem desta lógica, tanto quanto registra a história do saber jurídico, já era encontrada nos exercícios de contradicta realizados nas primeiras universidades que ministraram o 
ensino jurídico durante a Idade Média, particularmente na Itália, berço europeu deste ensino (Berman, 1983). Por ser constituída de argumentação infinita, a lógica do contraditório 
necessita da manifestação de uma autoridade que a interrompa para que seja dada continuidade aos procedimentos judiciais nos tribunais brasileiros. 
(...) 
(Rafael Mario Iorio Filho e Hustana Vargas. Controle Social e Representações: a polifonia sobre o ECA nas escolas cariocas. Disponível em: <http://www.foxitsoftware.com>. Acesso 
em: 01 jul. 2012.) 
  
Fragmento 3 
O caso ocorreu em Teresópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro, no ano de 2005. Uma mulher de 36 anos, desempregada, estava casada com um mecânico, também 
desempregado. Os dois moravam em um barraco de 10 metros quadrados, junto com seus três filhos. O mais velho tinha seis anos de idade; o filho do meio, quatro; o caçula, um 
ano e meio. 
É importante mencionar que essa mulher, Marcela, estava gestando o quarto filho. No mês de fevereiro daquele ano, em decorrência das fortes chuvas, um deslizamento de terra 
arrastou, ladeira abaixo, o lar em que vivia essa família. A mãe conseguiu salvar os dois filhos mais velhos, entretanto o caçula, ainda aprendendo a andar, não conseguiu sair a 
tempo. Morreu soterrado. Por tudo o que aconteceu, Marcela entrou em trabalho de parto. 
Chegou ao hospital público mais próximo e foi submetida a uma cesariana. Assim que ouviu o choro do bebê, prematuro, pediu para segurá-lo um pouco no colo. A enfermeira o 
permitiu. Marcela beijou a criança e jogou-a para trás. O menino caiu no chão, sofreu traumatismo craniano e morreu. 
(...) 
(Plano de aula 1 desta disciplina) 
  
Fragmento 4 
"De acordo com a inicial de acusação, ao amanhecer, o grupo passou pela parada de ônibus onde dormia a vítima. Deliberaram atear -lhe fogo, para o que adquiriram dois litrosde 
combustível em um posto de abastecimento. Retornaram ao local e enquanto Eron e Gutemberg despejavam líquido inflamável sobre a vítima, os demais atearam fogo, evadindo-se 
a seguir. 
Três qualificadoras foram descritas na denúncia: o motivo torpe porque os denunciados teriam agido para se divertir com a cena de um ser humano em chamas, o meio cruel, em 
virtude de ter sido a morte provocada por fogo e uso de recurso que impossibilitasse a defesa da vítima, que foi atacada enquanto dormia. 
A inicial, que foi recebida por despacho de 28 de abril de 1997, veio acompanhada do inquérito policial instaurado na 1 ª Delegacia Policial. Do caderno informativo constam, de 
relevantes, o auto de prisão em flagrante de fls. 08/22, os boletins de vida pregressa de fls. 43 a 45 e o relatório final de fls. 131/134. Posteriormente vieram aos autos o laudo 
cadavérico de fls. 146 e seguintes, o laudo de exame de local e de veículo de fls. 172/185, o exame em substância combustível de fls. 186/191, o termo de restituição de fls. 247 e a 
continuação do laudo cadavérico, que está a fls. 509. 
O Ministério Público requereu a prisão preventiva dos indiciados. A prisão em flagrante foi relaxada, não configurada a hipótese de quase flagrância, por não ter havido perseguição, 
tendo sido os réus localizados em virtude de diligências policiais. [...] 
(Disponível em: http://jus.uol.com.br/revista/texto/16291/o-caso-do-indio-pataxo 
-queimado-em-brasilia. Acesso em: 10 de dezembro de 2010) 
  
Fragmento 5 
A televisão tem uma grande influência na formação pessoal e social das crianças e dos jovens. Funciona como um estímulo que condiciona os comportamentos, positiva ou 
negativamente. 
A televisão difunde programas educativos edificantes, tais como o Zig Zag, os documentários sobre Historia, Ciências, informação sobre a atualidade, divulgação de novos 
produtos… 
Todavia, a televisão exerce também uma influência negativa, ao exibir modelos, cujas características são inatingíveis pelas crianças e jovens em geral. As suas qualidades físicas 
são amplificadas, os defeitos esbatidos, criando -se a imagem do herói / heroína perfeitos. Esta construção produz sentimentos de insatisfação do eu consigo mesmo e de 
menosprezo pelo outro.A violência é outro aspecto negativo da televisão, em geral. As crianças/jovens tendem a imitar os comportamentos violentos dos heróis, o que pode colocar 
em risco a vida dos mesmos. O mesmo acontece com o visionamento de cenas de sexo. As crianças formam uma imagem destorcida da sua sexualidade, potenciando a pratica 
precoce de sexo e suscitando distúrbios afetivos. Em jeito de conclusão, é legítimo que se imponha às estações de televisão uma restrição de exibição de material violento ou 
desajustado à faixa etária nas suas grelhas de programação, dado que a exposição a este tipo de conteúdos é extremamente prejudicial no desenvolvimento das crianças e dos 
jovens, pois, tal como diz o povo, “violência só gera violência”. 
(Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/31355681/exemplo-texto>. Acesso em: 01 jul. 2012.) 
  
Fragmento 6 
Vontade de fazer; vontade própria; consciência; capacidade de decidir e se conduzir em decorrência da própria decisão. 
Quando relacionado a um crime - crime doloso - diz-se que a pessoa se conduziu por vontade própria, ou seja, tinha realmente a intenção de praticar aquela conduta. Entretanto, o 
dolo não está relacionado apenas às condutas criminosas, mas à vontade consciente da pessoa que pratica qualquer conduta. 
A adolescência é o período da vida em que a pessoa está adquirindo dolo, ou seja, capacidade de decidir e se conduzir por suas decisões, podendo ser responsabilizada por suas 
condutas. 
(Disponível em: <http://www.dicionarioinformal.com.br/dolo/>. Acesso em: 01 jul. 2012) 
  
Questão 2 
Acesse o site do STF ou do STJ e transcreva trecho de um voto em que a narração está a serviço da argumentação. 
Plano de Aula: Teoria e Prática da Narrativa Jurídica 
TEORIA E PRÁTICA DA NARRATIVA JURÍDICA
Estácio de Sá Página 3 / 3

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