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SISTEMA_ENDOCRINO

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Capítulo do Caderno Universitário de Fisiologia e Nutrição do curso de Enfermagem da ULBRA, elaborado por Profa. Ana Lúcia Fernandes Chittó e Profa. Dra. Anapaula Sommer Vinagre
3. SISTEMA ENDÓCRINO
	O sistema endócrino, em conjunto como o sistema nervoso, regula uma série de funções no nosso organismo, a fim de manter a homeostasia. Ele é composto por glândulas endócrinas que produzem hormônios. 
3.1. Glândulas endócrinas
	O nosso corpo possui dois tipos de glândulas:
Glândulas exócrinas: secretam seus produtos em ductos que transportam as secreções para as cavidades ou superfícies do corpo. Exemplos: glândulas sudoríparas, salivares, sebáceas, mucosas, digestivas.
Glândulas endócrinas: secretam seus produtos, os hormônios no líquido extracelular (LEC), dali eles podem se difundir para os capilares sanguíneos. 
	As glândulas endócrinas que constituem o nosso organismo incluem: a hipófise, a tireóide, as paratireóides, as supra-renais (adrenais) e a pineal. Muitos órgãos do nosso organismo contêm células endócrinas, mas não são glândulas exclusivamente endócrinas. Entre eles estão: o hipotálamo, o pâncreas, os ovários, o fígado, o intestino delgado, a pele, o coração e a placenta.
3.2. Hormônios
	Os hormônios são substâncias químicas produzidos pelas glândulas endócrinas e liberadas na corrente sanguínea. Através do sangue os hormônios são transportados para vários tecidos do organismo, onde produzirá seu efeito, alterando a atividade de suas células-alvo.
3.2.1. Funções gerais dos hormônios
Regular a composição química e o volume do meio interno (líquido intracelular)
Regular o metabolismo e o equilíbrio energético
Auxiliar na regulação da contração das fibras musculares lisas e cardíacas e a secreção glandular
Auxiliar na manutenção da homeostase
Regular certas atividades do sistema imunológico
Regular e integras o crescimento e o desenvolvimento do organismo
Regular funções relacionadas a reprodução, tais como produção de gametas, nutrição de embrião, parto.
3.2.2. Classificação dos hormônios 
Os hormônios podem ser classificados quanto a estrutura química: 
	Classe química
	Síntese
	Exemplos 
	Local de produção
	1. Derivados de lipídios
	
	
	
	Hormônios esteróides
	A partir do colesterol
	Aldosterona, cortisol e androgênios
Testosterona
	Córtex da supra-renal
Testículo
	
	
	Estrógenos e progesterona
	Ovários
	Eicosanóides
	A partir de um ácido graxo
	Prostaglandinas e leucotrienos
	Todas as células, exceto hemáceas
	2. Derivados de aminoácidos
	A partir da tirosina
	T3 e T4 
	Tireóide
	
	
	Adrenalina noradrenalina
	Medula supra-renal
	3. Peptídeos e proteínas
	A partir de um gene para o hormônio
	Todos os hormônios do hipotálamo
	Hipotálamo
	
	
	Ocitocina e antidiurético (ADH)
	Hipotálamo
	
	
	Todos os hormônios da adeno-hipófise
	Adeno-hipófise
	
	
	Insulina, glucagon
	Pâncreas
3.2.3. Mecanismo de ação hormonal
Receptores
	Embora os hormônios percorram todo o organismo pela corrente sanguínea, ele só afetará as chamadas células-alvo. A maioria destas células apresenta receptores, proteínas localizadas na membrana celular, no citoplasma ou no núcleo, que se ligam aos hormônios. Após a ligação do hormônio ao receptor, ele causa uma cascata de eventos intracelulares, desencadeando respostas nas células, tais como: síntese de proteínas (constituintes, enzimas, hormônios) e ativação ou inibição de rotas metabólicas. A maneira pela qual o hormônio interage com seu receptor específico na célula alvo depende da sua solubilidade. Os hormônios podem ser hidrossolúveis ou lipossolúveis. Veja os próximos esquemas:
Hormônios lipossolúveis ( difundem-se do sangue ao LEC ( atravessa a membrana celular ( liga-se em receptores no citoplasma ou núcleo celular, se for uma célula-alvo ( o receptor ativado altera a função celular ativando ou inativando genes específicos ( transcrição de genes ativados ( formação do RNAm ( tradução de novas proteínas que alteram a atividade celular
Hormônios hidrossolúveis ( difundem-se do sangue ao LEC ( ligam-se em receptores na membrana das células-alvo ( ATP é convertido em AMP cíclico, um segundo mensageiro ( o AMP cíclico ativa enzima que catalisam reações químicas ( alteração da resposta fisiológica.
3.2.4. Controle da secreção hormonal
	A secreção hormonal é regulada, freqüentemente, por sistemas de retroalimentação negativa, os quais anulam as variações sofridas pelo sistema a fim de manter a homeostase. O controle hormonal por retroalimentação negativa pode ser desencadeado por:
Níveis de substância química no sangue
Impulsos nervosos
Secreções químicas do hipotálamo (Hormônios hipotalâmicos)
3.3. Hipotálamo
	Localizado no diencéfalo, é um órgão neuro-endócrino. 
Relações hipotálamo- hipofisárias
	O hipotálamo e a glândula hipófise atuam de forma coordenada para regular muitos sistemas endócrinos. Funcionalmente, o hipotálamo controla a glândula hipófise por mecanismos neurais e hormonais. O eixo hipotálamo-hipófise regula:
O funcionamento da tireóide
O funcionamento do córtex da supra-renal
O funcionamento das glândulas reprodutoras (ovário e testículo)
O crescimento
A produção e ejeção de leite
A osmorregulação
	�
O hipotálamo produz dois grupos de hormônios:
1. Hormônios reguladores (estimuladores ou inibidores) da Adenohipófise:
	Hormônio Hipotalâmico
	Hormônio hipofisário estimulado ou inibido
	TRH (Hormônio liberador de tireotropina)
	+ Tireotropina (TSH) e Prolactina 
	GnRH (H. liberador de gonadotropina)
	+ LH e FSH
	CRH (H. liberador de corticotropina)
	ACTH (adrenocorticotropina), ( e (-lipotropina e (-endorfina
	GHRH (H. liberador do hormônio do crescimento)
	+ GH (H. do crescimento)
	GHIH = somatostatina (H. inibidor do hormônio de crescimento)
	- GH, prolactina, TSH e ACTH
	Dopamina (Fator inibidor da prolactina=PIF)
	- Prolactina e TSH
	Fator liberador da prolactina (PRF)
	+ prolactina
Legenda: (+) estimulação; (-) inibição
2. Hormônios armazenados na Neuro-hipófise
Ocitocina
Hormônio anti-diurético (ADH) ou vasopressina
3.4. Hipófise (Pituitária)
	Estrutura pequena, arredondada, fixada ao hipotálamo por meio de uma haste delgada, chamada infundíbulo. Pode ser dividida em duas partes: a adeno-hipófise e a neuro – hipófise.
3.4.1. Adeno-hipófise (lobo anterior)
	É maior que a neuro-hipófise e é formada por células glandulares. Produz e secreta os seguintes hormônios:
	HORMÔNIO
	FUNÇÃO
	1. Hormônio de crescimento humano (hGH)
	Efeito direto: ativa lipólise, aumenta a glicemia
Efeito indireto: estimula o fígado a secretar IGF (somatomedina), o qual estimula o crescimento geral do corpo, principalmente de ossos e músculos 
	2. Hormônio folículo-estimulante (FSH)
= gonadotropina
	Estimula a produção de espermatozóides pelos testículos e a produção de ovócitos e estrógenos pelos ovários
	3. Hormônio luteinizante (LH)
= gonadotropina
	Estimula a secreção de testosterona pelos testículos, a secreção de estrógenos e progesterona pelo ovário e estimula a ovulação.
	4. Hormônio estimulante da tireóide (TSH) = tireotropina
	Controla a secreção da glândula tireóide
	5. Prolactina (PRL)
	Em conjunto com outros hormônios, inicia e mantém a produção de leite pelas glândulas mamárias
	6. Horm. adrenocorticotrópico (ACTH)=adrenocorticotropina
	Estimula o córtex da supra-renal a secretar seus hormônios
	7. Hormônio melanócito-estimulante (MSH)
	Afeta a pigmentação da pele, em vertebrados. Função desconhecida em mamíferos
	
A liberação dos hormônios da adeno-hipófise é controlada pelos hormônios liberadores e inibidores produzidos por células neurossecretoras (neurônios) do hipotálamo. Esses hormônios são enviados do hipotálamo diretamente à adeno-hipófise pela circulação porta hipotálamo-adenohipófise, sem passar pela circulação sistêmica. Seguem dois exemplos. Descreva ao lado do esquema o controle da secreção hormonal.
�
Controle da produção e secreção de prolactina
�
Controle da produção e secreção do hormônio do crescimento:
�
�
3.4.2. Neuro-hipófise (lobo posterior)É formada por axônios de neurônios, cujos corpos celulares estão no hipotálamo. Não é considerada uma glândula, pois não produz, apenas armazena hormônios produzidos no hipotálamo, a ocitocina e o hormônio antidiurético (ADH).
Age sobre os rins, estimulando a reabsorção de água, diminuindo o volume final de urina.
Ações da ocitocina (OT):
Ejeção de leite: Estimula as células contráteis das glândulas mamárias, promovendo a ejeção de leite.
Contração uterina: em baixas concentrações promove a contração das células musculares lisas do útero grávido. Segue esquema:
Distensão do colo uterino (porção estreita inferior) pela cabeça e o corpo do bebê ( estimulação de receptores de estiramento no colo do útero ( impulsos nervosos são enviados ao hipotálamo e neuro-hipófise ( liberação de ocitocina no sangue ( contração da parede uterina até a hora do nascimento
Ações do hormônio anti-diurético (ADH):
Aumenta a permeabilidade à água das células principais dos túbulos distais finais e ductos coletores dos rins, quando se liga em receptores V2. A água é então reabsorvida (passa dos túbulos renais ao sangue), tornando a urina mais concentrada ou hiperosmótica.
Contração do músculo liso vascular, constrição das arteríolas e aumento da resistência periférica total, quando se liga em receptores V1.
O aumento da osmolaridade sanguínea é o estímulo fisiológico principal para a regulação da secreção de ADH. 
3.5. Tireóide
	Localiza-se junto à laringe e anteriormente à traquéia. Contém dois lobos conectados por uma massa de tecido chamada de istmo. Recebe grande suprimento sanguíneo, podendo liberar altas concentrações de hormônios rapidamente, se necessário. É preenchida por folículos tireóides que contém dois tipos celulares:
Células foliculares: produzem a tiroxina ou T4, pois contém 4 átomos de iodo e a triiodotironina ou T3 que contém 3 átomos de iodo. Ambos são chamados também de hormônios tireóideos. O T3 é o hormônio ativo, mas o T4 é o hormônio produzido em maior concentração pel glândula. Ele é convertido na forma ativa nas células-alvo. São hormônios aminados produzidos a partir do aminoácido tirosina e de iodo.
Células parafoliculares: produzem a calcitonina que estimula a deposição de cálcio nos ossos. O aumento dos níveis de cálcio no sangue estimula a sua secreção.
Ações dos hormônios tireóideos
	Atravessam as membranas celulares, ligando-se em receptores no núcleo. Atuam sobre praticamente todos os sistemas e órgãos do corpo, promovendo:
Junto com o GH, IGF e insulina, a formação do osso e do sistema nervoso; maturação do sistema nervoso
Aumentam a intensidade do metabolismo (aumenta o consumo de oxigênio e a produção de calor, estimulam a síntese e degradação de proteínas, aumentam a lipólise, a glicogenólise, a gliconeogênese e a absorção de glicose);
Alteração do sistema respiratório e cardiovascular (aumenta fluxo sanguíneo e a oferta de nutrientes aos tecidos)
Regulação da secreção dos hormônios tireóideos
	A secreção de hormônios da tireóide é regulada por um mecanismo de retroalimentação negativa: O baixo nível sanguíneo de hormônios tireóideos estimula o hipotálamo a secretar o TRH, que estimula a adeno-hipófise a secretar o TSH, que por sua vez, estimula a secreção de T3 e T4 pela tireóide.
3.6. Glândulas paratireóides
São pequenas e arredondadas massa de tecido anexadas á face posterior da glândula tireóide . Normalmente duas superiores e duas inferiores em cada lobo da tireóide.
Contém dois tipos de células epiteliais:
Células principais: mais numerosas, produzem o hormônio paratireóideo (PTH)
Células oxofílicas: função desconhecida
Ações do PTH
Junto com outros hormônios auxilia no controle dos níveis de íons cálcio (Ca2+) e fosfato (HPO42-) no sangue: 
Ativa a vitamina D e aumenta a taxa de absorção de cálcio e fosfato do trato gastrintestinal para o sangue
Aumenta o número e a atividade dos osteoclastos ( células destruidoras do osso), causando a degradação do tecido ósseo e a liberação adicional de cálcio e fosfato no sangue
Aumenta a reabsorção de cálcio do filtrado nos túbulos renais, devolvendo cálcio ao sangue e aumentando a perda de fosfato pela urina. Mais fosfato é perdido pela urina do que é ganho dos ossos. Efeito final: diminuir o nível de fosfato no sangue e aumentar o nível de cálcio.
Com relação ao nível de cálcio no sangue o PTH e a calcitonina (CT) tem efeitos opostos. Quando o nível de cálcio no sangue cai, mais PTH é liberado pelas paratireóides. Quando os níveis de cálcio no sangue sobem menos PTH e mais CT é liberada. È um exemplo de controle por retroalimentação negativa. 
3.7. Supra-renais (Adrenais)
	São duas glândulas, cada uma localizada superiormente sobre cada rim. Cada glândula é composta de duas regiões: o córtex supra-renal, externo, que compõe a maior parte da glândula e a medula supra-renal, interna. Cada região produz hormônios diferentes
3.7.1. Córtex supra-renal
	É subdividido em 3 zonas que produzem diferentes hormônios esteróides: 
zona glomerular: mais externa, produz mineralocorticóides
zona fasciculada: intermediária, produz glicocorticóides
zona reticular: mais interna, produz androgênios
Hormônios do córtex adrenal
Corticosteróides
glicocorticóides: produzidos na zona fasciculada. Exs: cortisol (mais abundante), corticosterona
mineralocorticoides: produzidos na zona glomerulosa. Exs: aldosterona
Esteróides sexuais
Androgênios (hormônios sexuais masculinos): produzidos na zona reticular. Exs: Desidroepiandosterona, androstenediona, testosterona e dihidrotestosterona
Ações dos hormônios do adrenocorticais 
Cortisol
Promove, junto com outros hormônios, o metabolismo normal, assegurando o fornecimento de ATP através de: aumento da proteólise e do transporte de aminoácidos ao fígado para síntese de novas proteínas; conversão de aminoácidos em glicose se as reservas de glicogênio e lipídios estiverem baixas; lipólise para liberação de ácidos graxos como fonte adicional de energia
Promove resistência ao estresse (por medo, temperaturas extremas, cirurgia) já que disponibiliza glicose para síntese de ATP, e aumenta a reatividade vascular às catecolaminas, aumentando a pressão arterial.
Os glicocorticóides são compostos antiinflamatórios e imunossupressores, mas podem ser úteis no tratamento de inflamações crônicas.
Aldosterona
Estimula a reabsorção de Na+ e a secreção de K+ nas células principais dos túbulos distais e dutos coletores renais
Estimula a secreção de H+ nas células intercaladas
Androgênios
Em meninos e meninas contribuem para o pico de crescimento pré-puberal e para o desenvolvimento inicial dos pelos axilares e púbicos 
Em mulheres contribuem com o impulso sexual (libido)
Em homens, seus níveis são baixos quando comparados com a testosterona secretada pelos testículos
Regulação da secreção dos hormônios adrenocorticais
	Cortisol: O baixo nível sanguíneo de cortisol estimula o hipotálamo a secretar o CRH, que estimula a adeno-hipófise a secretar o ACTH, que por sua vez, estimula a secreção de cortisol.
	Androgênios: também está sob controle do eixo hipotálamo-adenohipófise, embora já tenha sido proposto um controle independente
	Aldosterona: Também depende do ACTH para a etapa de biossíntese do esteróide, mas depois, passa a ser controlada pelo sistema renina-angiotensina-aldosterona. 
�
Sistema Renina-Angiotensina II – Aldosterona
PA
				 pressão de perfusão renal
					renina
	Angiotensinogênio Angiotensina I
	(substrato de renina) 
								Enzima conversora de
								angiotensina
							Angiotensina II
				Aldosterona																Vasoconstrição
				 reabsorção de Na+				RTP
				 volume sanguíneo
				 PA em direção ao normal
3.7.2. Medula Supra-renal
	Parte interna da supra-renal. 
Hormônios da medula supra-renal:
adrenalina (80%) 
noradrenalina (20%). 
Ações dos hormônios da medula supra-renal
Resposta ao estresse e reação de luta ou fuga: 
Aumenta a freqüênciacardíaca e vasoconstrição( aumenta a pressão sanguínea
Acelera a taxa respiratória
Dilata as vias respiratória (bronquidilatação)
Diminui as funções digestivas
Aumenta a eficiência das contrações musculares
Aumenta a glicemia
Estimula o metabolismo celular
Regulação da secreção dos hormônios da medula supra-renal
Sob estresse, o hipotálamo transmite impulsos nervosos aos neurônios pré-ganglionares simpáticos e estes estimulam a medula supra-renal, aumentando a produção de adrenalina e noradrenalina.
3.8. Pâncreas
	È uma glândula endócrina e exócrina, achatada, localizada posteriormente e levemente abaixo do estômago. A porção endócrina consiste de grupos de células, chamadas de ilhotas pancreáticas ou ilhotas de Langerhans. As ilhotas são cercadas por capilares sanguíneos e por células exócrinas, os ácinos pancreáticos. As ilhotas contém 4 tipos de células produtoras de diferentes hormônios.
Hormônios pancreáticos e suas ações:
Insulina ( produzido pelas células beta, diminui o nível de glicose no sangue (glicemia), através das seguintes ações: 
Acelera o transporte de glicose do sangue para a célula, principalmente nas células musculares esqueléticas e tecido adiposo
Acelera a conversão de glicose em glicogênio e a síntese de ácidos graxos
Acelera o transporte de aminoácidos para o interior da célula, acelerando a síntese de proteínas
Diminui a glicogenólise (quebra do glicogênio em glicose) no fígado
Diminui a gliconeogênese (síntese de glicose a partir de aminoácidos e ácido lático)
Glucagon ( produzido pelas células alfa, tem efeito oposto ao da insulina através das seguintes ações:
Acelera a conversão de glicogênio em glicose no fígado
Promove a gliconeogênese
Estimula a liberação de glicose para o sangue pelo fígado
Somatostatina ( produzido pelas células delta, inibe a secreção de insulina e glucagon, por uma ação parácrina
Polipeptídeo pancreático ( produzido pelas células F, regula a liberação de enzimas digestivas pelo pâncreas.
Regulação da secreção de insulina e glucagon
È por um mecanismo de retroalimentação negativa, determinada pelo nível de glicose no sangue. A glicemia tem que ser mantida em certos níveis no sangue. O aumento da glicemia e da concentração de aminoácidos no sangue estimula a liberação de insulina. A diminuição da glicemia estimula a liberação de glucagon.
3.9. Pineal
Localiza-se próxima ao tálamo, no cérebro. Produz a melatonina.
Ações Fisiológicas da Melatonina
	Transmite a informação fotoperiódica para todo o organismo, participando do controle dos mais variados processos fisiológicos, metabólicos e comportamentais:
termorregulação
ciclo sono-vigília, torpor e hibernação
regulação do sistema cardiovascular, principalmente da pressão arterial
regulação da secreção de hormônios como o TRH, CRH, GnRH
regulação dos processos reprodutivos: ciclo menstrual humano, reprodução sazonal em animais
temporização do feto, gestação e parto
crescimento e envelhecimento
regulação do metabolismo de carboidratos
clareamento da pele em anfíbios
3.10. Timo
	Localizado posteriormente ao osso esterno, entre os pulmões. Possui funções imunológicas (estimulação da produção de anticorpos) e endócrinas. Produz os hormônios timosina, o fator humoral tímico (FHT), o fator tímico (FT) e a timopoietina. Eles promovem o desenvolvimento das células T. 
3.11. Ovários
	São as gônadas femininas, um par de estruturas ovais localizadas na cavidade pélvica. O ovário apresenta 3 zonas: o córtex, mais externa e maior, revestido por epitélio germinal, contém os oócitos (cada um incluso em um folículo ovariano); a medula, zona média e o hilo, mais interna, por onde passam os vasos sanguíneos e linfáticos. O folículo ovariano individual é a unidade funcional dos ovários, formado por uma célula germinativa, cercada por células endócrinas das camadas granulosa e tecais. Os ovários, o útero e as trompas de Falópio compõem o trato reprodutivo feminino. Os ovários têm duas funções: oogênese e secreção dos hormônios sexuais femininos, progesterona e estrogênio. Será discutida a sua função endócrina.
Hormônios ovarianos
Progesterona e estrogênio (17β-estradiol): produzidos a partir do colesterol nas células da granulosa e tecais, células endócrinas do folículo ovariano em crescimento.
Inibina: produzida pelas células do folículo em crescimento
Relaxina: produzida pelo corpo lúteo e pela placenta durante a gravidez
Ações dos hormônios ovarianos sobre os tecidos-alvo
Estrogênio
Maturação e manutenção do útero, trompas de Falópio, cérvix e vagina
Na puberdade, é responsável pelo desenvolvimento das características sexuais secundárias no sexo feminino
Desenvolvimento mamário
Proliferação e desenvolvimento das células da granulosa
Efeitos de retroalimentação negativ e poditiva sobre a secreção de FSH e de LF, conforme a fase do ciclo menstrual
Manutenção da gravidez
Abaixa o limiar uterina para os estímulos para a contração
Estimula a secreção de prolactina
Bloqueia a ação da prolactina sobre as mamas
Progesterona
Manutenção da atividade secretória do útero, durante a fase lútea
Desenvolvimento das mamas
Retroalimentação negativa sobre a secreção de FSH e LH
Manutenção da gravidez
Aumenta o limiar uterino para os estímulos contráteis, durante a gravidez
Inibina
Inibe a secreção de FSH e de LH em menor grau
Relaxina
Facilita o parto, relaxando a sínfise púbica e auxiliando na dilatação do colo uterino
Ciclo menstrual
	É uma série de mudanças no endométrio (camada de tecido que reveste internamente o útero) de uma mulher não-grávida. Apresenta a fase menstrual, a fase pré-ovulatória (fase folicular ou proliferativa), a ovulação e a fase pós-ovulatória (fase lútea ou secretória. Esse ciclo se repete em intervalos de aproximadamente 28 dias durante o período reprodutivo da mulher: da puberdade à menopausa.
Ciclo ovariano
	É uma série mensal de eventos associados à maturação de um ovário.
Os ciclos ovarianos e menstrual são regulados pelo hormônio liberador hipotalâmico GnRh, que estimula a liberação de FSH e LH pela adeno-hipófise.
Eventos do ciclo menstrual
Por convensão o dia 1 marca o início da menstruação
Fase folicular (dia 1 ao 14): No ovário um folículo primordial se desenvolve até um Folículo de Graff (maduro), enquanto os folículos vizinhos tornam-se atrésicos (degeneram). O folículo maduro passa a ser chamado de dominante. Os receptores para FSH e LH nas células das teças e granulosa foliculares são estimulados por essas gonadotropinas a produzirem estrogênio. Os altos níveis de estrogênio promovem a proliferação do endométrio uterino e inibem a secreção de FSH e LH pela adeno-hipófise, por meio de retroalimentação negativa
Ovulação(dia 15): independente da duração do ciclo a ovulação ocorre 14 dias antes do término do ciclo. Ocorre após o aumento de estrogênio que exerce um efeito de retroalimentação positiva sobre a adeno-hipófise, causando um surto de FSH e principalmente de LH, promovendo a liberação do ovócito maduro. O muco cervical aumenta, torna-se mais aquoso e mais penetrável aos espermatozóides. Os níveis de estradiol, de LH e FSH diminuem logo após a ovulação.
Fase lútea (dia 15 ao 28): No ovário, o corpo lúteo ou amarelo (contém os restos de um folículo maduro ovulado) se desenvolve e começa a secretar estrogênio e progesterona. Os altos níveis de progesterona estimulam a atividade secretora do endométrio e aumentam sua vascularização. A temperatura corporal aumenta nessa fase porque a progesterona eleva o ponto fixo hipotalâmico para temperatura. O muco cervical diminui e torna-se mais espesso. Ao final da fase lútea o corpo lúteo regride, se não houver fecundação, formando o corpo albicante. A fonte de secreção de estrogênio e progesterona é perdida.
Menstruação (dia 1 ao 5): A diminuição de estrogênio e, principalemente de progsterona é perdida, fazendo com que o revestimento endometrial e sangue seja descamado.
Regulação dos hormônios ovarianos
	As fases foliculares e lútea são caracterizadaspor um controle hormonal por retroalimentação negativa, onde os níveis circulantes de estrogênio e progesterona, respectivamente, inibem a secreção de gonadotropinas pela adeno-hipófise.
	Na ovulação ocorre um mecanismo de retroalimentção positiva, onde os níveis altos de estrogênio circulante estimulam a adeno-hipófise a secretar as gonadotropinas, até a liberação do ovócito.
Alguns conceitos importantes:
Menarca
Adrenarca
Puberdade
Menopausa
Climatério
3.12. Testículos 
	São um par de glândulas ovais que se desenvolvem na parede abdominal posterior do embrião, e, geralmente, iniciam sua descida ao escroto durante o 1º mês de desenvolvimento fetal. Formado por lóbulos, cada um contendo 1 a 3 túbulos seminíferos, que produzem espermatozóides por um processo chamado de espermatogênese.. Entre os espermatozóides estão as células de Sertoli ou de sustentação, cujas funções são: suporte, proteção e nutrição das células espermatogênicas. Entre os túbulos seminíferos estão grupos de células intersticiais de Leydig, que produzem testosterona.
Hormônios dos testículos
Testosterona: principal hormônio androgênico, produzido a partir de colesterol e secretado pelas células de Leydig dos testículos. Em alguns tecidos-alvo é convertida em diidrotestosterona (DHT) pela enzima 5α-redutase. 98% da testosterona circulante está ligada a proteínas plasmáticas, como a globulina fixadora de esteróides sexuais e a albumina, servindo como reservatório para o hormônio circulante.
Ações dos androgênios sobre os tecidos-alvo
Testosterona
Diferenciação do epidídimo, canal deferente e vesículas seminais
Aumento da massa muscular
Surto de crescimento puberal
Cessação do suro de crescimento puberal
Crescimento do pênis e das vesículas seminais
Abaixamneto do timbre de voz
Espermatogênese
Retroalimentação negativa sobre a adeno-hipófise
Libido
Diidrotestosterona
Diferenciação do pênis, saco escrotal e próstata
Padrão masculino da implantação de pelos
Padrão masculino de calvície
Atividade das glândulas sebáceas
Crescimento da próstata
Regulação dos hormônios dos testículos
	O eixo hipotálamo-hipófise é controlado por um mecanismo de retroalimentação negativa, que tem duas vias: a testosterona atua sobre o hipotálamo e sobre a adeno-hipófise inibindo a secreção de GnRH e LH. A inibina, secretada pelas células de Sertoli, inibe a adeno-hipófise a secretar FSH.
	O LH estimula as células de Leydig a produzir testosterona.
	O FSH estimula a espermatogênese e o funcionamento das células de Sertoli
Questionário para estudo – Sistema endócrino
Quais os componentes do sistema endócrino?
Quais as funções do sistema endócrino?
O que é hormônio? Onde é produzido? Onde é liberado?
Quimicamente, como podem ser classificados os hormônios?
Qual o mecanismo de ação dos hormônios esteróides e dos hormônios protéicos ou peptídicos?
Como o hormônio reconhece seu tecido alvo ou como o tecido alvo reconhece o hormônio?
Quais os hormônios secretados pelo (a) seguintes glândulas e quais os efeitos de cada um no tecido-alvo?
hipotálamo
adeno-hipófise (hipófise anterior)
neuro-hipófise (hipófise posterior)
tireóide
córtex adrenal
medula adrenal
gônadas masculinas (testículos)
 gônadas femininas (ovário)
pâncreas
paratireóide
pineal
órgãos que contêm células endócrinas: trato gastrintestinal; placenta; rim; pele; coração
O hipotálamo produz hormônio inibidor da liberação de prolactina (pela adeno-hipófise) e hormônios liberadores de hormônios da adeno-hipófise. O que aconteceria com a liberação dos hormônios da adeno-hipófise se o eixo hipotálamo-hipófise fosse bloqueado?
Quais as etapas e as características de cada etapa do ciclo menstrual?
O que é menarca, adrenarca, menopausa e climatério?
A partir de que precursor (substância química) são produzidos os hormônios do córtex adrenal e das gônadas masculinas e femininas?
Explique o mecanismo de regulação por feedback, utilizando os hormônios da tireóide ou do córtex adrenal.
Existe controle por feedback positivo? Explique-o.
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Exercício: preencha as lacunas.
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Referências bibliográficas
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BEAR, M. F.; CONNORS, B. W. e PARADISO, M. A. Neurociências – desvendando o sistema nervoso. Porto Alegre, Art méd. 2. ed. 2002.
BERNE, R. M. e LEVY, M. N. Fisiologia. Guanabara Koogan, 2000
CINGOLANI e HOUSSAY. Fisiologia Humana. Art Med. 2003
DOUGLAS, C. R. Tratado de Fisiologia aplicada à Ciência da Saúde. São Paulo: Robe. 
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GUYTON, A. C. e Hall. Tratado de Fisiologia Médica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
HANSEN e KOEPPEN. Atlas de Fisiologia Humana de NETTER. Art Med. 2003
Hipotálamo
Adeno- hipófise
Mamas
PRF(TRH) (+) Dopamina (-)
Prolactina
Leite
Hipotálamo
Adeno-hipófise
Fígado
GHIH GHRH
GH
IGF

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