Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ANATOMIA DOS SENTIDOS ESPECIAIS AUDIÇÃO E GUSTAÇÃO SENTIDOS ESPECIAIS -Informações sensoriais que são captadas por nervos cranianos e enviadas para o SNC aonde serão processadas. SENTIDO DA AUDIÇÃO → PORÇÃO VESTIBULOCOCLEAR Área vestibular → labirinto → porção vestibular → projeção para o tronco encefálico → deste para o lóbulo flóculo nodular (cerebelo) → via de modulação de equilíbrio → COMPONENTE COCLEAR DO NERVO VESTIBULOCOCLEAR -A maioria das literaturas referem-se como um componente puramente sensorial, porém estudos mais aprofundados comprovam que também possui componente motor. ORELHA -Subdividida em: • Orelha externa → pavilhão auditivo • Orelha média • Orelha interna → aonde está situado o primeiro neurônio do componente coclear do nervo. -Neurônio de 1ª ordem → presente na região coclear → possui receptores que enviam informações para um neurônio de 2ª ordem presente no tronco encefálico. -No tronco encefálico contém conexões complexas entre o neurônio de 2ª ordem → neurônio de 3ª ordem → neurônio de 4ª ordem → enviam a informação para um neurônio de 5ª ordem presente no tálamo → no tálamo a informação é processada e encaminhada para o córtex. AUDIÇÃO Entendendo um pouco sobre os componentes dessa via: -Elementos periféricos • Músculos • Ossos • Membranas • Nervo OBS. Lesão periférica desencadeia perda total da audição, pois não chega a informação, visto que os meios de condução estão lesionados. -Elementos centrais • Vias • Áreas encefálicas OBS. Lesão central acarreta em perda parcial, visto que a porção periférica tem uma projeção contralateral e ipsilateral. LIMITES DA ORELHA -Orelha externa • Pavilhão auditivo → orelha propriamente dita → porção externa • Canal auditivo → é um canal por onde será conduzido o som, formado por parte cartilaginosa (mais externa) e parte óssea (mais interno – osso temporal) → canal osteocartilaginoso. Este canal possui um revestimento específico. • Processo mastoideo do osso temporal é um local de acesso cirúrgico • Membrana timpânica → delimitação do que é considerado como orelha externa e orelha média. Ela ainda é considerada parte da orelha externa. -Ondas sonoras passam pelo canal auditivo e atingem a membrana timpânica, “vibram” essa membrana e são transformadas em força mecânica. -Na visualização da membrana timpânica, é possível observar uma região iluminada chamada de reflexo luminoso típico. Essa porção quando presente sinaliza que a membrana está saudável. A ausência Surdez de condução Surdez neurosensorial Perda total da audição do lado lesado Surdez central Perda parcial da audição deste sinal deve levar a uma maior investigação acompanhado de os sinais e sintomas que o paciente está sentindo. -Na membrana timpânica observa se também diversos acidentes anatômicos e outras características que também são levadas em consideração durante o exame. -Orelha média • A partir da passagem da membrana timpânica, o conteúdo é considerado orelha média. • Na orelha média, contém ossos que são articulados entre si por meio de articulações sinoviais. OBS. Articulações sinoviais → possuem ligamentos, cápsula articular, líquido sinovial • Ossos: posterior a membrana timpânica → martelo, bigorna e estribo → são articulados entre si e ligados a membrana timpânica. Com a vibração da membrana por meio de ondas sonoras, estes ossos se movimentam. Onda sonora → onda mecânica → transdução em impulso elétrico → envio de informação interpretável ao nosso SNC • Na orelha média, existe um canal que é chamado de tuba auditiva. Este canal se conecta com a nasofaringe e se abre no óstio faríngeo da tuba auditiva (tório tubário). Esta região é importante para aliviar a pressão na orelha média -Orelha interna Localiza-se na região do processo mastoideo, no interior da parte petrosa do osso temporal → tem-se alojado em seu interior o labirinto (labirinto ósseo), o qual é subdivido em: • Labirinto vestibular/ aparelho vestibular → Canais semicirculares Relacionados com equilíbrio • Cóclea/ labirinto coclear Detecção de estímulos auditivos -Essas porções são diferentes e apresentam ramos de nervos separados oriundos do nervo vestibulococlear. COMO OCORRE A TRANSDUÇÃO DO SOM? Ondas sonoras → vibração da membrana timpânica → transformação da energia sonora em energia mecânica → passagem de informação para o labirinto ósseo → região coclear → esse labirinto coclear passa a receber essa força de vibração vinda dos ossos → essa vibração é passada para o líquido presente no labirinto coclear → as células do epitélio especializado presente na cóclea são ciliadas e ficam imersas nesse líquido → a movimentação do líquido (da perilinfa e endolinfa) é captado pelos cílios dessas células e essa informação é transduzida como um sinal elétrico e encaminhada para o nervo → o nervo encaminha a informação para o SNC. -As células especializadas estão presentes principalmente no labirinto membranoso e associado a este, tem se o nervo coclear. O QUE É A CÓCLEA? -É uma estrutura semelhante a um caracol, formada por canais que apresentam um epitélio especializado e um líquido em seu interior. REFLEXO DE ATENUAÇÃO -Na orelha média, tem-se dois músculos que participam do reflexo de atenuação. -Quando os ossos do ouvido realizam muita movimentação (excesso de vibração da membrana timpânica) é captada muita informação pela cóclea. Assim, existe um reflexo de atenuação realizado por dois músculos presentes na orelha média: músculo tensor do tímpano e músculo estapédio. -Esses músculos são estirados quando os ossos se movimentam muito e respondem com a contração, o que leva a estabilização das estruturas, evitando a passagem em excesso de informação para a cóclea. -Esse reflexo é importante para preservar essa membrana timpânica. -Alguns casos, como sons muito alto, bomba, podem levar ao rompimento da membrana. -Com o tempo a membrana timpânica vai se tornando mais fibrosa e leva à menor movimentação dos ossos do ouvido, acarretando em surdez periférica. RESFRIADO MAL TRATADO -Pode haver o acúmulo de secreção na orelha média, levando ao “estufamento” da membrana timpânica para a porção esterna, levando a um processo de surdez periférica. -É necessário ser feita uma abertura na região para retirar essa secreção que ficou presa. -É realizado uma abertura na membrana timpânica para drenar essa secreção. PORTANTO… Para que a informação (som) seja captado e processado em nosso cérebro, de forma a temos consciência, é necessário uma vibração perfeita da membrana timpânica, a movimentação adequada dos ossos do ouvido e o ajuste realizado pela musculatura. AFERÊNCIA DO NERVO VESTIBULOCOCLEAR – PORÇÃO COCLEAR -A via auditiva é constituída de várias conexões: 1. Orelha interna 2. Neurônio sensorial → parte coclear do nervo vestibulococlear → Nervo vestibulococlear 3. Tronco encefálico: -Núcleo coclear -Oliva superior -Colículo inferior → se projeta para o núcleo geniculado medial 4. Tálamo 5. Lobo temporal → córtex auditivo -A via da audição é colateral e ipsilateral -Apresenta também uma parte motora, em que um neurônio sai da região frontal do córtex e se projeta para inervar as células ciliadas da cóclea. GUSTAÇÃO -É um sentido químico, pois seus receptores são ativados através de moléculas químicas. -O neurônio de 1ª ordem compõem o nervo craniano e está presenta na língua, aonde contém receptores que captam este estímulo químico. -Este nervo craniano leva a informação até o tronco encefálico, aonde faz conexão com um neurônio de 2ª ordem. -Do tronco encefálico, este 2° neurônio leva a informação até o tálamo, que processa e envia para o córtex (participação da região da ínsula). -Na língua contém diversas papilas: circunvalada, foliada e fungiforme. Estas estão distribuídas por toda a região da língua. -Nessas papilas estão os botões gustativos, que são células que possuem receptores os quais captam moléculas químicas e enviam informação para o nervo craniano.-A gustação capta apenas 5 tipos de sabores: doce, salgado, ácido, amargo e umami (glutamato monossodico). • As variações desses sabores são processados através do olfato -Cada região da língua apresenta maior predominância de captação de sabores: • Região anterior: doce • Região lateral anterior: salgado • Região lateral posterior: ácido • Região posterior: amargo -A posição desses botões gustativos específicos é importantes até mesmo para a proteção. A região de captação do amargo por exemplo, está próximo da área de estímulo do vômito, sendo mais fácil eliminação de substâncias tóxicas que em sua maioria é amarga. -Região anterior com mais receptores para sabor doce é uma vantagem evolutiva, devido a importância da glicose para o cérebro. INERVAÇÃO DA LÍNGUA -2/3 anterior → nervo facial -1/3 posterior → nervo glossofaríngeo -Região de laringofaringe/ próxima a epiglote → inervação do nervo vago -Esses nervos cranianos apresentam uma projeção ipsilateral → se projetam para o tronco encefálico, depois para o tálamo → do tálamo vão para o lóbulo da ínsula.
Compartilhar