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Hemorragias e Choque: Conduta e Abordagem

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Medicina, FCM/Afya A N A K A R O L L I N Y 
– ª 
AULA (22/11) 
Hemorragias 
Perda aguda de sangue, pode ser 
classificada de acordo com o vaso 
acometido 
 Arterial → sangue brilhante, jorra 
 Venoso → saída continua, sangue 
escuro 
 Capilar → pouca saída de sangue 
Do ponto de vista clínico pode ser externa 
ou interna 
Tipos de hemorragia 
- Epistaxe → rinorragia 
- Otorragia → TCE 
- Hematêmese → Hemorragia digestiva alta 
- Melena → Hemorragia digestiva baixa 
- Hemoptise → Edema agudo de pulmão 
- Metrorragia 
A hemorragia é a causa mais comum de 
morte evitável decorrente do trauma 
 
X → Hemorragias exsanguinantes 
A → Abertura de VA e proteção da coluna 
cervical 
B → ventilação e respiração 
C → Circulação 
D → Neurológico 
E → exposição do doente e controle do 
ambiente 
CONDUTA PARA HEMORRAGIAS EXTERNAS 
 Pressão direta com as mãos 
 Curativos compressivos 
 Aplicação de curativos nas feridas 
 Bandagem elástica 
 Torniquetes 
Onde é o local da hemorragia? 
- Extremidade → torniquete 
- Tronco → agente hemostático tópico e 
pressão direta 
Tenta controlar e direciona o paciente para 
o hospital 
Torniquete 
 Aplicar próximo ao local de 
sangramento 
 Se não parar, está indicada a 
colocação de um segundo torniquete 
próximo ao primeiro 
 São mantidos com segurança por 120 
a 150min 
 É importante anotar a hora de 
aplicação 
Choque 
Estado de hipoperfusão celular generalizada, 
na qual a liberação de oxigênio é 
inadequada para atender a demanda 
metabólica 
Abordagem na vítima de trauma 
1. Reconhecer o choque 
2. Identificar a causa (a mais comum é a 
hemorragia) 
Principio de FICK 
1. Manutenção da via aérea e 
ventilação adequada 
2. Suplementação criteriosa de o2 
Medicina, FCM/Afya A N A K A R O L L I N Y 
 
3. Manutenção da perfusão 
Tipos de choque → Hipovolêmico, 
cardiogênico (tamponamento cardíaco, 
pneumotórax hipertensivo), Distributivo 
(neurogênico, psicogênico, séptico, 
anafilático) 
 
 
Classe I e II → melhor de manejar 
Classe III e IV → já precisa de transfusão!!! 
Sianais clinicos de hipotensão 
 Ansiedade leve, que progride para 
confusão ou alteração do nivel de 
consciencia 
 Taquipneia leve (ventilação rápida e 
difidultosa) 
 Pulso radial filiforme 
 Pele fria, pálida ou cianótica, úmida 
 Aumento do TEC 
Avaliação 
 Avaliação da cena (segurança, apoio, 
cinemática) 
 Avaliação primária (XABCDE) 
 Avaliação secundária (SSVV + SAMPLA 
+ Céfalocaudal) 
 Monitorização e reavaliação 
 Transporte ao centro de trauma o mais 
rápido no menor tempo 
 Lesão com risco de vida → 
o SIM → Imobilização da coluna, 
se indicado, iniciar transporte 
ao centro de referência, 
avaliação secundária se 
apropriado, intervenções 
durante o tranjeto e avaliação 
continuada. 
o NÃO → faz a avaliação 
secundária no local e histórico 
sample, manejo dos ferimentos, 
reavaliar (XABCED), monitorizar 
e iniciar transporte 
Acesso venoso periférico → um ou dois 
acessos nos MMSS, cateter de grosso calibre 
(14 ou 16G), solução cristaloide isotônico 
(Ringer lactato), manter PA monitorizada. 
 
Hipotensão permissiva 
Reposição de cristaloides em bolus de 250ml 
para manter a PAS < 100mmHg 
Controle → pulso periférico 
Acido tranexamico 
Neutralizando a ação da fibrinólise, 
administrar em até 3h; 
▪ 1g intravenoso em até 10min 
▪ 1g intravenoso nas 8h seguintes 
Cinemática do trauma 
É o processo de avaliação do local do 
incidente para determinar que lesões possam 
ter resultado das forças e dos movimentos 
envolvidos. 
Tipos de traumatismos 
- penetrante (menor superficie de contato) → 
efeito cavitação permanente 
- fechado (maior superfície de contato) → 
efeito cavitação temporária 
Colisoes de veiculos 
▪ Colisão da máquina 
▪ Colisao do corpo 
▪ Colisao dos orgaos internos 
Desaceleração rápida 
 
 
Medicina, FCM/Afya A N A K A R O L L I N Y 
 
COLISÃO FRONTAL 
1. Projeção para baixo → cabeça, 
tórax e abdome no volante, joelhos no 
painel 
▪ Trauma de face 
▪ Fratura de clavícula 
▪ Pelve e fêmur 
2. Projeção para cima e para frente → 
cabeça no parabrisa, tórax e abdome 
no volante 
▪ TCE 
▪ Fraturas de clavívula ou costais 
 
COLISÃO LATERAL 
Cabeça → golpe e contragolpe pelo choque 
lateral, TCE e cervical 
Pescoço → estiramento e subluxação cervical 
MMSS → fratura de úmero e clavícula 
Tórax e abd → fraturas costais, lesões no 
baço e no fígado 
MMII → Fraturas na pelve e no fêmur 
COLISÃO TRASEIRA 
Potencial para lesões de coluna cervical, 
principalmente se o encosto de cabeça não 
estiver ajustado 
CAPOTAMENTO 
Politraumatizado, se a vítima for ejetada há 
uma mortalidade 25x maior 
- Vítima de cinto? Lesões menores 
ACIDENTES DE MOTO 
Lesões frequentes em cabeça, coluna e 
membros. 
Fratura bilateral de fêmur 
Ao chegar no local perceber se a vítima está 
de capacete, se não está procurar saber 
quem tirou ou se ele já não estava usando. 
ATROPELAMENTO 
Padrões de lesão 
Adulto → fraturas bilateral em pernas e joelho 
associadas a lesões secundárias 
Crianças → lesões na pelve, tronco e cabeça 
QUEDAS 
Mecanismo de lesão 
▪ Altura da queda 
▪ Área do corpo que sofre o impacto 
▪ Superfície atingida 
Fraturas 
▪ TCE 
▪ Fraturas de pelve e/ou membros 
FERIMENTOS PENETRANTES 
Cavitação permanente! 
Balística 
- Classificação dos projéteis pela velocidade 
FAF → orifício de entrada e o de saída, lesão 
interna de 30 a 40 vezes o diâmetro do 
projétil 
▪ Ferimentos por espingarda: efeito 
campo, pois o projétil é composto por 
vários projéteis pequenos. Paciente 
com muitas lesões 
FAB → lesão equivalente ao tamanho do 
projétil, a gravidade está ligada ao local de 
perfuração, ao comprimento da lâmina e ao 
ângulo de penetração. 
EXPLOSÃO 
A gravidade depende da força da explosão 
e da distância da vítima 
Mecanismo de lesão → 
1. Primário: onda de pressão e calor, 
provoca lesão de órgãos ocos 
(estômago, lesões de alças intestinais, 
tímpano) 
2. Secundário → estilhaços da explosão 
(lesão de globo ocular e outras) 
3. Terciário → vitima lançada contra o 
solo 
4. Quaternário → Colapso da estrutura 
(o prédio desabar) 
5. Quinário → Agentes radioativos, 
tóxicos... 
Princípios de Ouro – PHTLS 
1. Garantir a segurança dos socorristas e 
do doente 
Medicina, FCM/Afya A N A K A R O L L I N Y 
 
2. Avaliar a situação para determinar a 
necessidade de recursos adicionais 
3. Reconhecer a cinemática que produziu 
as lesões 
4. Usar avaliação primária para 
identificar condições de risco de vida 
5. Cuidar adequadamente da VA 
enquanto a cervical permanece 
estabilizada conforme indicado 
6. Providenciar ventilação e oferecer 
oxigênio para manter o nível de SpO2 
> ou = 94% 
7. Controlar toda hemorragia externa 
significativa 
8. Realizar terapia básica de choque 
incluindo imobilização adequada das 
lesões musculoesqueléticas e o 
restabelecimento e manutenção da 
temperatura corporal 
9. Manter a estabilização manual da 
coluna até que a vitima esteja 
imobilizada 
10. Quando se tratar de traumatismos 
graves, iniciar o transporte à unidade 
adequada o quanto antes, após a 
chegada da equipe pre-hosp no local 
11. Iniciar reposição de volume com fluidos 
iv aquecidos a caminho do serviço 
médico 
12. Obter o histórico clínico do doente e 
realizar uma avaliação secundária 
quando os problemas de risco de vida 
tiverem sido tratados de forma 
satisfatória ou tiverem sido 
descartados 
13. Proporcionar alivio adequado da dor 
14. Comunicar de forma minuciosa e 
precisa as informações sobre o doente 
e as circunstancias do trauma ao 
serviço médico de destino15. Acima de tudo não causar mais dano 
(NÂO MALEFICENCIA)

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