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ASPECTOS CULTURAIS DA LÍNGUA INGLESA

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Prévia do material em texto

2017
Aspectos culturAis dA 
línguA inglesA
Prof.ª Karina Gebien Albrecht
Copyright © UNIASSELVI 2017
Elaboração:
Prof.ª Karina Gebien Albrecht
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
420.7
A341a Albrecht, Karina Gebien
 Aspectos culturais da língua inglesa / Karina Gebien Albrecht: 
UNIASSELVI, 2017.
 180 p. : il.
 
 ISBN 978-85-515-0098-9
 
 1.Língua Inglesa – Estudo e Ensino.
 I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci. 
Impresso por:
III
ApresentAção
Caro acadêmico! Sou Karina Gebien Albrecht, formada em Letras, 
com especialização e mestrado em língua inglesa. No momento leciono 
língua inglesa e língua portuguesa em escolas públicas e privadas. Como 
pode perceber, não tenho só uma paixão, e sim duas, duas línguas tão lindas 
e cheias de histórias para nos contar, duas línguas que por sua origem acabam 
tendo um grau de parentesco de primas, pois ambas sofreram influências do 
latim. Neste livro de estudos, porém, meu foco e aprofundamento estarão 
especificamente na língua inglesa, sua história e evolução, desde sua origem 
nas terras inglesas, passando a povoar a América, até a sua chegada ao Brasil 
e a sua entrada nas escolas e no ensino brasileiro. 
Isso não quer dizer que sei mais do que você que lerá este livro, mas 
foi com o intuito de fazê-lo conhecer mais daquilo que você se aventurar a 
aprender durante o curso de Letras – Inglês que trago muitas informações 
interessantes que, de uma forma ou de outra, ampliarão seus horizontes 
culturais, intelectuais e no futuro poderão ser usadas como fonte de inspiração 
para suas aulas. 
Na primeira unidade, você terá acesso à “Introdução à história da 
língua inglesa – da Inglaterra ao Brasil”. Nesta unidade, você conhecerá 
um pouco sobre a história da língua inglesa, quais foram suas influências 
culturais e de que forma aos poucos foi se tornando uma língua tão importante 
mundialmente e que reflexos essa importância acabou tendo no Brasil. 
Já a segunda unidade abordará uma temática mais teórica, que é “A 
relação entre cultura e sociedade – o consumo de cultura e suas influências 
nas aulas de língua inglesa”. De forma complementar, a terceira unidade 
retoma as ideias trazidas na unidade anterior, “Traçando paralelos entre a 
história, literatura e cultura dos povos de língua inglesa e sua influência na 
atualidade e nas aulas de inglês”. Você, acadêmico, é convidado a repensar 
como aprendeu ou tem aprendido a língua inglesa e como deseja ensinar esta 
língua dentro das propostas expostas nestas unidades. 
Que este livro de estudos faça com que você, caro acadêmico, reflita 
sobre os aspectos históricos, culturais e interculturais aqui abordados. Que 
seu senso crítico seja instigado e aguçado, e que depois de estudada cada uma 
destas unidades separadamente, que todas elas se unam e façam sentido para 
você, fazendo com que, de uma forma ou de outra, este estudo seja útil para 
sua vida pessoal e profissional. Boa leitura! Bons estudos!
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades 
em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é o 
material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um formato 
mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação 
no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir 
a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
UNI
V
VI
VII
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA LÍNGUA INGLESA – 
 DA INGLATERRA AO BRASIL ................................................................................ 1
TÓPICO 1 – CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA LÍNGUA INGLESA .......................... 3
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3
2 LIÇÃO DE INGLÊS ............................................................................................................................. 4
3 AS PRIMEIRAS INFLUÊNCIAS: OS CELTAS E OS ROMANOS ............................................. 6
4 OS POVOS DE ORIGEM GERMÂNICA E OS VIKINGS .......................................................... 8
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 12
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 13
TÓPICO 2 – OLD ENGLISH ................................................................................................................ 15
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 15
2 EM BUSCA DO CÁLICE SAGRADO ............................................................................................. 15
3 A CHEGADA DE SANTO AGOSTINHO AO INGLÊS .............................................................. 16
4 O ATAQUE DOS VIKINGS E SUAS CONTRIBUIÇÕES À LÍNGUA INGLESA ................. 19
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 22
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 23
TÓPICO 3 – MIDDLE ENGLISH – INGLÊS MÉDIO ..................................................................... 25
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 25
2 A BATALHA DE HASTINGS ............................................................................................................ 25
3 A INFLUÊNCIA SOCIAL NO VOCABULÁRIO DESTA ÉPOCA ............................................. 28
4 ALGUMAS DAS PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES DO INGLÊS MÉDIO 
 PARA O INGLÊS QUE CONHECEMOS ATUALMENTE .......................................................... 29
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 32
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 33
TÓPICO 4 – MODERN ENGLISH – INGLÊS MODERNO ........................................................... 35
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 35
2 A VIDA É UMA SIMPLES SOMBRA QUE PASSA ......................................................................35
3 INGLÊS AMERICANO ....................................................................................................................... 37
4 A GEOPOLÍTICA DO INGLÊS ........................................................................................................ 43
RESUMO DO TÓPICO 4 ....................................................................................................................... 46
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 47
TÓPICO 5 – A LÍNGUA INGLESA NO BRASIL ............................................................................. 49
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 49
2 SONHO AMERICANO? ..................................................................................................................... 49
3 COMO FOI QUE TUDO COMEÇOU NAS ESCOLAS BRASILEIRAS ................................... 51
4 O INGLÊS BRASILEIRO ................................................................................................................... 52
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 56
RESUMO DO TÓPICO 5 ....................................................................................................................... 57
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 58
sumário
VIII
UNIDADE 2 – A RELAÇÃO ENTRE CULTURA E SOCIEDADE: 
 O CONSUMO DE CULTURA E SUAS INFLUÊNCIAS 
 NAS AULAS DE LÍNGUA INGLESA ...................................................................... 61
TÓPICO 1 – DEFININDO A PALAVRA CULTURA ....................................................................... 63
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 63
2 O QUE É CULTURA? .......................................................................................................................... 64
3 DEFINIÇÕES DE CULTURA ............................................................................................................ 66
4 CULTURA E EDUCAÇÃO ................................................................................................................. 69
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 74
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 75
TÓPICO 2 – A RELAÇÃO ENTRE LINGUAGEM E CULTURA .................................................. 77
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 77
2 UM POEMA DE BERNARD WERBER ............................................................................................ 77
3 DEFINIÇÕES DE KRAMSH ............................................................................................................. 79
4 MULTILINGUISMO E MULTICULTURALISMO ....................................................................... 81
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 85
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 86
TÓPICO 3 – CULTURA E SOCIEDADE ............................................................................................ 89
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 89
2 O QUE É UM ICEBERG? .................................................................................................................... 89
3 APRENDENDO SOBRE CULTURAS .............................................................................................. 91
4 EVITANDO ESTEREÓTIPOS ........................................................................................................... 93
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 97
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 98
TÓPICO 4 – A CULTURA NAS AULAS DE INGLÊS ...................................................................... 101
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 101
2 EU QUERO IR PARA OS EUA! ......................................................................................................... 101
3 O ENSINO DE CULTURA NAS AULAS DE INGLÊS ................................................................. 104
4 QUAL ABORDAGEM SEGUIR? A CULTURA E O ENSINO DE LÍNGUAS 
 DE ACORDO COM OS PCN ............................................................................................................ 106
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 110
RESUMO DO TÓPICO 4 ....................................................................................................................... 114
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 115
UNIDADE 3 – TRAÇANDO PARALELOS ENTRE A HISTÓRIA, LITERATURA 
 E CULTURA DOS POVOS DE LÍNGUA INGLESA E SUA INFLUÊNCIA 
 NA ATUALIDADE E NAS AULAS DE INGLÊS ................................................... 119
TÓPICO 1 – CONHECENDO A IMPORTÂNCIA DA LÍNGUA QUE SE ENSINA ................. 121
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 121
2 QUAL É O STATUS QUE A LÍNGUA INGLESA ASSUME ATUALMENTE? ........................ 121
3 WORLD ENGLISHES E INGLÊS COMO LÍNGUA FRANCA .................................................. 123
4 WORLD ENGLISH – INGLÊS MUNDIAL .................................................................................... 127
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 129
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 130
IX
TÓPICO 2 – INTERCULTURALIDADE – DEFININDO O TERMO ........................................... 131
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 131
2 INTERCULTURALIDADE, SEGUNDO KRAMSCH ................................................................... 131
3 OS AUTORES “CROZET, LIDDICOAT E LO BIANCO” E SUAS DEFINIÇÕES ................. 133
4 DEFINIÇÕES BRASILEIRAS: GIMENEZ E SARMENTO ......................................................... 137
5 CORBETT: APRENDIZES INTERCULTURAIS COMO DIPLOMATAS 
 E ETNÓGRAFOS ................................................................................................................................. 138
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 140
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 141
TÓPICO 3 – A INTERCULTURALIDADENAS AULAS DE INGLÊS ........................................ 143
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 143
2 A INTERCULTURALIDADE NAS AULAS DE INGLÊS ............................................................ 143
3 SABERES, HABILIDADES, ATITUDES E VALORES PARA 
 O ENSINO INTERCULTURAL ........................................................................................................ 145
4 A INTERCULTURALIDADE DOS LIVROS DE INGLÊS ........................................................... 147
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 152
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 153
TÓPICO 4 – ALGUMAS ATIVIDADES INTERCULTURAIS ....................................................... 155
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 155
2 UMA PEDAGOGIA CULTURALMENTE SENSÍVEL PARA O ENSINO 
 DE LÍNGUA INGLESA ...................................................................................................................... 155
3 PROPOSTA DE ATIVIDADE 1 ......................................................................................................... 158
4 PROPOSTA DE ATIVIDADE 2 ......................................................................................................... 160
5 PROPOSTA DE ATIVIDADE 3 ......................................................................................................... 163
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 165
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 169
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 170
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................ 173
X
1
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA LÍNGUA 
INGLESA – DA INGLATERRA AO BRASIL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade tem por objetivos:
• contextualizar a história da língua inglesa, desde os seus primórdios até os 
dias atuais;
•	traçar a linha de evolução da língua de acordo com períodos históricos 
que fizeram contribuições linguísticas a ela;
•	diferenciar estruturalmente os três períodos que compreendem a história 
da língua: inglês antigo, inglês médio e inglês moderno;
•	abordar de forma crítica, contextualizando com os dias atuais, a geopolítica 
da língua inglesa de acordo com os reflexos históricos nela inseridos;
•	traçar paralelos históricos de sua influência e chegada ao Brasil, mais 
especificamente as implicações da língua no contexto social e escolar 
brasileiro.
Esta unidade está dividida em cinco tópicos, e no final de cada um deles você 
encontrará atividades que reforçarão o seu conhecimento.
TÓPICO 1 – CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA LÍNGUA INGLESA
TÓPICO 2 – OLD ENGLISH – INGLÊS ANTIGO
TÓPICO 3 – MIDDLE ENGLISH – INGLÊS MÉDIO
TÓPICO 4 – MODERN ENGLISH – INGLÊS MODERNO
TÓPICO 5 – A LÍNGUA INGLESA NO BRASIL
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA 
LÍNGUA INGLESA
1 INTRODUÇÃO
Por que, para muitos, aprender inglês é um bicho de sete cabeças? Por que, 
para a maioria dos alunos, a língua inglesa é chata? Por que temos professores 
frustrados alegando que seus alunos não se interessam pela aprendizagem deste 
idioma tão importante? A resposta pode parecer estranha, mas inglês não é um 
bicho de sete cabeças e pode ser muito mais do que uma língua a ser aprendida se 
professores souberem encantar seus alunos ao ensinar a língua que, segundo Crystal 
(2003), conta com três falantes não nativos a cada falante que é nativo (percebam 
que isto foi em 2003, imagine atualmente, o número já deve ter aumentado muito). 
É a língua da União Europeia, com 52 Estados de línguas diferentes; a língua da 
aviação – qualquer piloto de qualquer parte do mundo comunicar-se-á com a torre 
de comando em inglês; a língua que você usará como passaporte para qualquer 
lugar do mundo quando viajar; dos negócios, da tecnologia, entre tantas outras 
opções.
ESTUDOS FU
TUROS
Kachru, em 1985, através de pesquisas sobre os usos da língua inglesa como 
primeira, segunda ou língua estrangeira, elaborou uma proposta em que círculos demonstram 
quão grande se tornaria a expansão desta língua com relação aos seus usos. No círculo interno 
ficariam os países onde o inglês é falado como primeira língua, por exemplo: Inglaterra, Estados 
Unidos, Austrália etc. No círculo intermediário, no meio do gráfico, os países onde o inglês 
funciona como segunda língua, como: Índia, Singapura etc. Já os países como China, Rússia 
etc. encaixam-se na terceira divisão do círculo, chamado círculo em expansão, países onde 
o inglês é falado como língua estrangeira. Para melhor ilustrar o que aqui foi dito, analise a 
figura a seguir. Perceba o número de falantes em cada parte do círculo imaginando que este 
número é do ano de 1985. Muitos autores ainda hoje mencionam os círculos de Kachru em 
seus trabalhos, mas para você, acadêmico, a versão original foi proporcionada a fim de gerar 
reflexão desde já acerca do tema proposto para este tópico e, mais adiante, em tópicos que 
ainda serão estudados por você.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA LÍNGUA INGLESA – DA INGLATERRA AO BRASIL
4
FIGURA 1 – OS TRÊS CÍRCULOS DA LÍNGUA INGLESA
FONTE: Disponível em: <https://ilcea.revues.org/2499>. Acesso em: 10 abr. 2017.
Por isso, estudar e compreender o passado histórico se faz de suma 
importância para entendermos o atual status que a língua inglesa tomou, pois, ao 
aprender e ensinar esta língua é importante que tanto alunos quanto professores 
transmitam também com ela aspectos interculturais e histórico-críticos, pois, como 
veremos nas unidades 2 e 3, essa história colabora para diferenciadas opiniões e 
debates sobre língua, cultura e ensino.
2 LIÇÃO DE INGLÊS
Para começarmos a entender um pouco sobre a evolução histórica da língua 
inglesa, que tal começar com um poema de Richard Krogh, de título original “The 
English Lesson”? A tradução para o português nos ajuda a compreender como 
a língua possui certas similaridades de regras estruturais e gramaticais, mas, 
em contrapartida, muitas são as palavras que não seguem essas mesmas regras. 
Aprecie criticamente o poema e comece desde já a refletir sobre o assunto.
We'll begin with box, and the plural is boxes. 
But the plural of ox should be oxen, not oxes. 
Then one fowl is goose, but two are called geese. 
Yet the plural of moose should never be meese.
You may find a lone mouse or a whole lot of mice, 
But the plural of house is houses, not hice. 
If the plural of man is always called men, 
When couldn't the plural of pan be called pen?
 
Inner circle
e.g. USA. UK
320 - 380 million
Outer circle
Expanding circle
e.g. China,
Russia
500-1,000 
million
e.g. India,
Singapore
300-500 million
TÓPICO 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA LÍNGUA INGLESA
5
And I speak of a foot, and you show me your feet, 
But I give a boot – would a pair be called beet?
If one is a tooth and a whole set are teeth, 
Why shouldn't the plural of booth be called beeth?
 
If the singular is this and plural is these, 
Why shouldn't the plural of kiss be nicknamed kese?
 
We speak of a brother, and also of brethren, 
But though we say mother, we never say methren.
The masculine pronouns are he, his and him, 
But imagine the feminine she, shis, and shim! 
Lição de inglês
Nós começamos com box - caixa;o plural é boxes – caixas
Mas o plural de ox- boi é oxen - bois e não oxes.
Uma galinha é um goose – ganso e dois são chamados geese – gansos
Mas o plural de moose – alce nunca será meese
Você pode achar um mouse – rato solitário ou uma casa cheia de mice – ratos
Mas o plural de house – casa não é hice
O plural de man – homem é sempre men – homens
Mas o plural de pan – panela nunca é pen
Se eu falar de um foot – pé e você mostrar-me dois feet – pés
E se eu der um book – livro, um par seria beek?
Se um é tooth – dente um conjunto inteiro é teeth – dentes
Por que dois booths – cabines, não poderia ser chamado beeth?
Se o singular é this – esse e o plural é these – esses
O plural de kiss – beijo não poderia ser chamado kese?
Falamos de um brother – irmão e também de brethen - irmãos
Mas apesar disso falamos mother – mãe mas nunca falamos methern
Daí os pronomes masculinos são he – ele, his – dele e him – dele;
Mas imagine o feminino she – ela, shis e shim.
A tradução foi feita por nós para que você consiga compreender melhor os 
sentidos da primeira parte deste poema que se encontra na íntegra no site <http://
www.cupola.com/html/wordplay/english1.htm>. É a partir dele que iniciaremos 
nossas reflexões acerca de como uma língua evolui através de sua história e quão 
importante se faz o conhecimento da evolução da língua que você fala e da língua 
que você ensina para que possa aprendê-la de forma mais eficaz. Na leitura deste 
poema, perceba, caro acadêmico, quais são as palavras similares e quais são as que 
se destacam fora desta linha de similaridades. 
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA LÍNGUA INGLESA – DA INGLATERRA AO BRASIL
6
Você percebeu que a questão das irregularidades mais presentes foram os 
plurais irregulares na língua inglesa? Este é apenas um dos aspectos na evolução 
da língua que você passará a conhecer após o estudo desta unidade. 
DICAS
Para complementar seus estudos e adentrar mais um pouco nas especificidades 
da língua inglesa, procure assistir ao vídeo “English is crazy”, através do link: <https://www.
youtube.com/watch?v=ZXa8cO9mXFk>. Você perceberá mais singularidades e poderá traçar 
paralelos com o poema ‘lição de inglês’ e posteriormente poderá utilizar este vídeo em suas 
aulas.
3 AS PRIMEIRAS INFLUÊNCIAS: OS CELTAS E OS ROMANOS
Esta história começou há muito tempo. Segundo Schütz (2013), temos 
indícios de vida humana antes mesmo da última era do gelo – nada menos do que 
8000 anos atrás – nas ilhas britânicas. Nesse período tão distante, essas ilhas ainda 
não haviam se separado da Europa e tampouco os oceanos formaram o Canal da 
Mancha. Essa separação geológica aconteceu há cerca de 7000 anos. De acordo 
com sítios arqueológicos encontrados, essas terras que os romanos denominaram 
“Britannia” já abrigava cultura.
De acordo com o site Infoescola, o Canal da Mancha liga o Oceano Atlântico ao 
Mar do Norte. Tem cerca de 563 km de comprimento e separa Grã-Bretanha e França.
NOTA
De 700 a.C. a 100 a.D., a Inglaterra era habitada pelos celtas, grupo que 
habitou o que hoje é conhecido como França, Alemanha e Inglaterra. Era deles o 
domínio da cultura, língua, costumes, religião etc. Segundo Godinho (2001), os 
celtas não eram muito acostumados a organizar-se política e militarmente, esse 
talvez tenha sido o motivo pelo qual os inimigos os derrotaram e muito ou quase 
tudo da língua e cultura deles ter sido extinta pelo Império Romano. Através das 
histórias de Asterix e Obelix, podemos visualizar um pouco de como eram os celtas, 
suas vestimentas e características. No exemplo a seguir, além da vestimenta e 
características dos celtas, começamos a acompanhar também a sequência histórica 
de combates entre povos que foram os romanos.
TÓPICO 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA LÍNGUA INGLESA
7
a.C. é uma abreviatura muito conhecida nos livros de história e significa antes de 
Cristo. Já a abreviatura a.D. vem da expressão latina Anno Domini, que significa ano do Senhor, 
ou seja, anos após o nascimento de Cristo. 
NOTA
FIGURA 2 – ASTERIX E OBELIX
FONTE: Disponível em: <http://agibiteca.blogspot.com.br/2013/01/asterix-e-seus-amigos-
homenagem-e-um.html>. Acesso em: 10 abr. 2017.
Na imagem, você percebe uma romana exterminando dois celtas e 
ironizando a situação de que quem acabou vencendo o povoado em questão depois 
de muitas lutas foram ‘as’ romanas. Na verdade, existiam sim mulheres guerreiras 
na história das batalhas.
Os celtas até chegaram a invadir e conquistar o Norte da Itália, Macedônia 
e Tessália, além de saquear Roma em 390 a.C. A partir do século II a.C. a sorte 
começou a mudar para eles, assim que os romanos os expulsaram do norte da 
Itália. Júlio César, em 55 e 54 a.C., começa a sua invasão. Em 44 a.D. a ilha britânica 
é incorporada ao Império Romano até os limites da Caledônia, hoje Escócia. Essa 
ocupação durou cerca de 400 anos, tempo suficiente para que hábitos e costumes 
fossem aos poucos sendo substituídos. Vem deste acontecimento histórico o fato 
de muitas palavras se assemelharem com a língua portuguesa, pois juntamente 
com os romanos o latim veio junto (GODINHO, 2001).
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA LÍNGUA INGLESA – DA INGLATERRA AO BRASIL
8
4 OS POVOS DE ORIGEM GERMÂNICA E OS VIKINGS 
Em 420 a.D., os romanos retiraram-se da Inglaterra e voltaram a Roma, 
que passava por dificuldades. Foi a partir deste momento que outras tribos que 
cobiçavam a ilha britânica já estavam de olho para invadirem também a tão cobiçada 
terra. Ao sul da Alemanha, os frisões, que, segundo Godinho (2001), ainda mantêm 
o idioma frisão, falado na província de Friesland, na Holanda, e é um dos que mais 
se assemelha com o inglês, além de oferecer informações sobre o inglês anglo-
saxão e inglês antigo e subsídios de semelhança com os idiomas alemão, holandês 
e dinamarquês. Os jutos, mais ao norte, faziam fronteira com os saxões, e assim, 
invadiriam juntos as Ilhas Britânicas, mas os saxões eram os mais fortes e valentes. 
A origem da palavra “England” (1000 d.C.) foi dada aos anglos, embora os saxões 
tenham sido a tribo predominante na ilha. England deriva-se de “Angle-land”, ou 
seja, terra dos anglos. E é a partir deste período também que começamos com a 
história dos períodos do inglês. A seguir, um mapa para entendermos melhor as 
invasões descritas acima.
FIGURA 3 – AS ORIGENS DO INGLÊS
FONTE: Godinho (2001, p. 31)
O cristianismo deixa sua marca na história da língua inglesa em 432 a.D., 
quando St. Patrick tem a missão de levar o cristianismo à população celta da Irlanda. 
Já em 597 a.D., a igreja também manda missionários para converter os anglo-saxões. 
TÓPICO 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA LÍNGUA INGLESA
9
Assim, de forma pacífica e gradual, o cristianismo e o latim começam a influenciar 
a língua e os anglo-saxões. Já em 597 a.D., quem chega é Santo Agostinho, com a 
missão de converter os anglo-saxões ao cristianismo. De forma branda, o latim e o 
cristianismo vão aos poucos tomando conta do inglês e da população, mas sobre 
isso estudaremos mais profundamente adiante. 
Ao final do século VIII, os vikings – originários da Escandinávia – atacam a 
Inglaterra. Isto faz com que o idioma que falavam – o old norse – tivesse influenciado 
o antigo inglês, mas não se sabe exatamente em que aspectos o idioma influenciou, 
por ser muito similar ao antigo inglês. Segue uma tirinha de Hagar, personagem 
viking, para ilustrar o período histórico descrito.
FIGURA 4 – OS VIKINGS E HAGAR
FONTE: Disponível em: <http://inglesnodiaadia.blogspot.com.br/2011/08/historia-da-lingua-
inglesa-os-celtas.html>. Acesso em: 10 abr. 2017.
DICAS
– A série ‘Vikings’, disponível no Netflix, também traz a história das conquistas 
dos vikings na Inglaterra. Criada por Michael Hirst e filmada na Irlanda, é de 3 de março de 2013 
e pode complementar seus estudos sobre este período da história da língua inglesa.
O objetivo deste tópico de contextualização histórica termina por aqui. 
Você perceberá que a partir do domínio dosanglo-saxões, o próximo tópico 
complementará algumas informações para que seja pertinente o entendimento 
da evolução da língua inglesa com relação às três fases: inglês antigo, inglês 
mediano e inglês moderno. Espero que você esteja acompanhando esta história 
tão interessante e que, ao estudar a língua, possa fazer relações com o que foi 
desenvolvido neste tópico, bem como ensinar aos seus alunos esta língua tão cheia 
de histórias e influências.
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA LÍNGUA INGLESA – DA INGLATERRA AO BRASIL
10
Schütz (2013) nos presenteia com um resumo cronológico para entendermos 
melhor a evolução da língua inglesa. Observe atentamente as datas:
RESUMO CRONOLÓGICO DA EVOLUÇÃO DA LÍNGUA INGLESA
• 10.000 – 6.000 a.C. – Sítios arqueológicos evidenciam a presença do homem nas terras que 
se encontravam ainda unidas ao continente europeu e que os romanos posteriormente viriam 
a denominar de Britannia.
• 1.200 – 600 a.C. - Celtas se estabelecem na Europa e ilhas britânicas, marcando a partir daí 
sua presença na Europa por cerca de oito séculos, antes de sua quase completa assimilação 
pelo Império Romano.
• 55 e 54 a.C. – Primeiras incursões romanas de reconhecimento, sob o comando de Júlio 
César.
• 44 a.D. – Legiões romanas, à época do Imperador Claudius, invadem e anexam a principal 
ilha britânica.
• 50 a.D. – Os romanos fundam Londinium às margens do Tâmisa.
• 410 a.D. – Legiões romanas se retiram das ilhas britânicas para defender Roma de ataques 
dos bárbaros.
• 432 a.D. – St. Patrick inicia sua missão de cristianizar a Irlanda.
• 450 - 550 a.D. – Tribos germânicas (anglos e saxões) se estabelecem na Britannia após a 
saída das legiões romanas. Início do período Old English.
• 500 - 1100 – Período que corresponde ao Old English.
• 465 a.D. – Suposta data de nascimento do lendário Rei Artur.
• 597 a.D. – Chegada de missionários católicos para converter os anglo-saxões ao cristianismo. 
Inicia o primeiro período de influência do latim na língua anglo-saxônica.
• 600 a.D. – A Inglaterra encontra-se dividida em sete reinos anglo-saxões.
• 787 - 1000 a.D. – Ataques escandinavos (vikings).
• 871 a.D. – Coroação do King Alfred, rei dos saxões do oeste, reconhecido como rei da 
Inglaterra após ter expulsado os vikings.
• 1066 – Batalha de Hastings, em que os franceses normandos, liderados por William, derrotam 
Harold, conquistando a Inglaterra e dando início a um período de 350 anos de forte influência 
do francês sobre o inglês.
• 1066-1087 – Reinado de William I (William the Conqueror), primeiro rei normando.
• 1087-1100 – Reinado de William II, filho de William I e segundo rei normando.
• 1100-1135 – Reinado de Henry I, também filho de William I, o terceiro rei normando e o 
primeiro a ter uma esposa britânica (Mathilda of Scotland). É provável que Henry I tivesse 
algum domínio sobre o inglês, e foi em seu reinado que as diferenças entre as sociedades 
anglo-saxônica e normanda começaram a lentamente diminuir.
• 1100 – 1500 – Período que corresponde ao Middle English.
• 1204 – King John, Rei da Inglaterra, entra em conflito com o Rei Philip da França, marcando 
o início de um novo período de valorização do sentimento nacionalista inglês.
• 1300 – Robert of Gloucester faz referência à língua inglesa como sendo ainda uma língua 
falada na Inglaterra apenas por "low people".
• 1362 – Inglês é usado, pela primeira vez, na abertura do Parlamento Inglês.
• 1400 – 1600 – Período em que ocorrem com mais intensidade as mudanças de vogais (Great 
Vowel Shift).
• 1470 – Advento da imprensa, inventada por Gutenberg, dando início a uma padronização da 
ortografia e levando à disseminação da forma ortográfica do dialeto de Londres.
• 1500 até hoje – Período correspondente ao Modern English.
• 1516 – Henrique VIII cria o primeiro sistema postal da Inglaterra.
• 1558 – Início do reinado de Elizabeth I (filha de Henrique VIII) e da era elisabetana, período 
caracterizado por um substancial aumento do vocabulário do inglês e pelas monumentais 
obras literárias de Spenser, Shakespeare e Jonson.
IMPORTANT
E
TÓPICO 1 | CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA LÍNGUA INGLESA
11
• 1564 – Nascimento de William Shakespeare.
• 1603 – Morte de Elizabeth I e fim do período elisabetano.
• 1611 – A Igreja da Inglaterra publica a King James Bible, que exerceu grande influência na 
linguagem de então.
• 1616 – Falecimento de William Shakespeare.
• 1620 – Os Pilgrims chegam à América do Norte e estabelecem a Colônia de Plymouth.
• 1755 – Asmuel Johnson publica A Dictionary of the English Language, trazendo estabilidade 
à língua inglesa.
• 1762 – Bishop Robert Lowth publica Short Introduction to English Grammar, a primeira 
gramática influente da língua inglesa.
• 1776 – Declaração da independência dos Estados Unidos.
• 1700 – 1900 – Revolução Industrial, a qual alavancou o poderio econômico da Inglaterra, 
permitindo a expansão do colonialismo britânico e consequentemente da língua inglesa no 
século XIX.
• 1806 – Ano de publicação do primeiro dicionário de Noah Webster: A Compendious 
Dictionary of the English Language.
• 1890 – 1920 – Apogeu do Império Britânico.
• 1928 – Ano de publicação da primeira edição do Oxford English Dictionary (OED), em 12 
volumes e contendo cerca de 415 mil entradas.
• 1945 – Fim da Segunda Guerra Mundial, marca o início de um período de influência político-
militar dos EUA e uma consequente influência econômica e cultural decisiva para o papel do 
inglês como língua internacional nos dias de hoje.
• 1989 – Ano de publicação da segunda edição do Oxford English Dictionary (OED), em 20 
volumes e em CD-ROM, contendo mais de 500 mil entradas.
• 1985 – 1995 – Surgimento da Internet.
12
Neste tópico você conheceu um pouco da histórica formação da língua 
inglesa. Essa história deixou, em cada momento, marcas registradas de cada povo 
no vocabulário e estrutura da língua. Vamos lembrar um pouco dos povos que 
fizeram parte desta história:
• Celtas, que foram dominados pelos romanos.
• Os romanos, que dominavam o latim, foram conquistados pelos povos de 
origem germânica.
• Os últimos eram compostos por: frisões, jutos, anglo e saxões que trouxeram 
muitas marcas germânicas para a língua inglesa. 
• Os que mais se estabeleceram foram os anglo-saxões que mais tarde não foram 
dominados pela força, mas pela fé através de uma conversão um pouco quanto 
forçada. Além disso, foram também dominados pelo vocabulário cristão e pelo 
latim de Santo Agostinho e do cristianismo.
• Os Vikings também chegaram à Inglaterra, e diferentemente de Santo Agostinho, 
aniquilavam o que vinha pela frente. Com eles vieram também vocabulários e 
estruturas novas para o inglês.
RESUMO DO TÓPICO 1
13
1 Levando em consideração o primeiro tópico estudado, relacione as colunas 
de acordo com a primeira fase da história da língua inglesa. Se precisar, 
volte aos textos para revisar o estudado.
a) Celtas.
b) Romanos.
c) Povos de origem germânica.
d) Vikings.
( ) Frisões, jutos, saxões e os anglos vieram desta região e trouxeram influências 
dos idiomas alemão, holandês e dinamarquês.
( ) Foi o primeiro povoado a habitar a Inglaterra, por volta de 700 a.C. 
( ) Originários da Escandinávia, trouxeram com a sua invasão o idioma “old 
norse”, que influenciou fortemente a língua inglesa.
( ) Esse povoado invadiu a ilha britânica e trouxe o latim, por isso as 
similaridades de algumas palavras com a língua portuguesa.
 
2 Leia o texto a seguir para responder às perguntas. 
THE REPUBLIC OF SOUTH AFRICA
 
The Republic of South Africa is a country in the southern region of Africa. 
About forty-five million people live there.
The biggest city is Johannesburg; the capitals are Cape Town, Pretoria, 
and Bloemfontein. This is because the government is based in Pretoria, the 
parliament is in Cape Town and the Supreme Court is in Bloemfontein. 
 
One of South Africa's most known people is Nelson Mandela. He was its 
president from 1994 until 1999.
FONTE: Disponível em: <http://profjaime2.blogspot.com.br/2010/05/trabalhando-com-textos-cognatos-e.html>. Acesso em: 10 abr. 2017. 
a) Retire do texto todas as palavras que são similares a palavras da língua 
portuguesa. 
b) Elabore uma explicação baseada no desenvolvimento da história da língua 
inglesa que explicite o porquê do inglês possuir tantas palavras similares à 
nossa língua;
c) Para complementar, observe a figura abaixo e explique sua relação com as 
questões a e b.
AUTOATIVIDADE
14
FONTE: Disponível em: <http://estudio01.proj.ufsm.br/cadernos/ifmg/tecnico_automacao_
industrial/lingua_inglesa_i.pdf>. Acesso em: 10 de abril de 2017.
15
TÓPICO 2
OLD ENGLISH
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Todas as línguas passam por evoluções. Isso acontece com o vocabulário, 
com estruturas gramaticais e até mesmo com o som das palavras que vão mudando 
com o tempo. Quem é responsável por essas mudanças? Você já tem condições 
para responder a essa pergunta, pois foi para isso que o Tópico 1 foi escrito.
Se você respondeu: a história da língua do país de origem tem relação 
direta com essas mudanças, você acertou. Cada povo que passou pela Inglaterra 
deixou uma herança – para as pessoas da época infelizmente não deixou herança 
muito positiva quando aniquilava o povo. Essa herança foi com relação a costumes 
culturais e a própria estrutura da língua inglesa.
Neste tópico, você conhecerá um pouco mais profundamente essas 
mudanças e o que fez com que o inglês fosse classificado em três fases – inglês 
antigo é a primeira delas. Go ahead!
2 EM BUSCA DO CÁLICE SAGRADO
O período histórico que compreende a fase do inglês antigo estende-se de 
500 a 1100 a.D. De acordo com Schütz (2013), essa fase também pode ser conhecida 
como anglo-saxônica se comparado ao inglês moderno, pois com relação à 
pronúncia, vocabulário e gramática é uma língua quase irreconhecível. Um 
exemplo seria a tentativa de se rezar o Pai Nosso escrito no inglês antigo: menos de 
15% seria reconhecido na escrita e nada na pronúncia. Em contrapartida, Godinho 
(2001) afirma que as 100 palavras mais usadas da língua inglesa são oriundas dessa 
época.
Ainda de acordo com o autor, o inglês dos anglo-saxões não era um idioma 
uniforme, mas algumas de suas características perduram ainda hoje em frases do 
inglês falado na Inglaterra. Esse inglês também tem como característica o desprezo 
das características das influências dos romanos e celtas na língua. Para se ter uma 
ideia, as declinações em gênero (masculino, feminino e neutro) e a conjugação verbal 
eram características deste inglês que ainda sofria fortes influências germânicas.
16
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA LÍNGUA INGLESA – DA INGLATERRA AO BRASIL
3 A CHEGADA DE SANTO AGOSTINHO AO INGLÊS
A história da língua começa a mudar quando Santo Agostinho – a mando 
de Papa Gregório I – chegou do Mosteiro de Santo André, em Roma, no ano de 
597 d.C. (ou a. D.) com a missão de alfabetizar os anglo-saxões. No início ficou 
com medo e chegou mesmo a retornar a Roma, mas foi mandado de volta para 
continuar a sua missão (GODINHO, 2001). 
De acordo com Godinho (2001), Santo Agostinho descobriu então que a 
esposa do rei Ethelbert – do reino de Kent, local onde o santo chegou primeiro – 
era cristã, o que o fez ficar um pouco mais empolgado para continuar a sua missão 
cristã. O rei prometeu dar proteção ao santo em Canterbury, onde mais tarde 
construiria uma catedral. Posteriormente, já colhendo os frutos de seu trabalho, 
o próprio rei foi batizado, e desse ponto em diante a influência da fé e do latim 
espalharam-se entre os anglo-saxões. Com relação ao latim, essa influência foi tão 
forte na língua falada pelos anglo-saxões, que algumas palavras do vocabulário 
deles tiveram que ser adaptadas ou ressignificadas. Santo Agostinho virou bispo e 
mandou construir a primeira catedral de Canterbury – hoje ironicamente o chefe 
da igreja anglicana é chamado arcebispo de Canterbury, mesmo que não seja 
católico e nem more em Londres.
Segundo o site história do mundo UOL, a reforma inglesa – ou anglicana – 
aconteceu a mando de um rei e não de teólogos críticos à doutrina católica. O que levou o 
rei Henrique VIII na época a se desligar da igreja de Roma foi a não aceitação de seu pedido 
de divórcio na época pelo papa Clemente VI. Henrique VIII queria o divórcio de sua esposa 
Catarina de Aragão, pois esta não lhe dar um filho homem. Mesmo assim, o rei divorciou-se 
através do tribunal nacional, e foi excomungado pela igreja. Através do Ato de Supremacia, 
Henrique VIII passava a ser chefe supremo da igreja na Inglaterra, fundando assim a Igreja 
Anglicana.
NOTA
TÓPICO 2 | OLD ENGLISH – INGLÊS ANTIGO
17
FIGURA 5 – CATEDRAL DE CATEBURY
FONTE: Disponível em: <http://www.archdaily.com/387726/canterbury-cathedral-landscape-
design-competition>. Acesso em: 10 abr. 2017.
Agostinho de Canterbury (nascimento em torno do século VI e morte em 
26/05/604 ou 605), a não ser confundido com Santo Agostinho de Hipona, era um monge 
beneditino em um mosteiro em Roma quando, em 595 d. C. foi enviado pelo Papa Gregório, 
o Grande, para cristianizar a Inglaterra. Foi nomeado “Bispo dos Ingleses” e fundador da Igreja 
Inglesa, em Cantuária (Canterbury). Daí o seu título de Agostinho de Cantuária (Saint Augustine 
of Canterbury, Archbishop of Canterbury).
Fonte: Disponível em: https://www.britannica.com/biography/Saint-Augustine-of-Canterbury 
Acesso em 13 mar. 2021.
IMPORTANT
E
Agostinho decide voltar a Tagaste, para morar com seus amigos, e entregar-
se inteiramente ao serviço de Deus por meio da oração e o estudo. Mas no ano 
391, de visita na cidade de Hipona, é proclamado sacerdote pelo povo e ordenado 
padre pelo bispo Valério. Quatro anos depois é consagrado Bispo da cidade, daí o 
nome de Agostinho de Hipona.
18
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA LÍNGUA INGLESA – DA INGLATERRA AO BRASIL
FIGURA 6 – SANTO AGOSTINHO
FONTE: Disponível em: <Disponível em: https://www.britannica.
com/biography/Saint-Augustine-of-Canterbury>. 
Acesso em 13 mar. 2021.
Desta forma, com o processo de cristianização dos anglo-saxões, resquícios 
dos velhos hábitos dos celtas também foram rejeitados aos poucos. Exemplos dessa 
rejeição é o caso da festa do Halloween celebrado atualmente no dia 31 de outubro 
que foi considerada uma celebração pagã. De acordo com o site da BBC Brasil: 
O Halloween tem suas raízes não na cultura americana, mas no Reino 
Unido. Seu nome deriva de "All Hallows' Eve". "Hallow" é um termo 
antigo para "santo", e "eve" é o mesmo que "véspera". O termo designava, 
até o século 16, a noite anterior ao Dia de Todos os Santos, celebrado 
em 1º de novembro. Desde o século 18, historiadores apontam para um 
antigo festival pagão ao falar da origem do Halloween: o festival celta 
de Samhain (termo que significa "fim do verão"). O Samhain durava 
três dias e começava em 31 de outubro. Segundo acadêmicos, era uma 
homenagem ao "Rei dos mortos". Estudos recentes destacam que o 
Samhain tinha entre suas maiores marcas as fogueiras e celebrava a 
abundância de comida após a época de colheita. O problema com esta 
teoria é que ela se baseia em poucas evidências além da época do ano 
em que os festivais eram realizados. A comemoração, a linguagem e 
o significado do festival de outubro mudavam conforme a região. Os 
galeses celebravam, por exemplo, o "Calan Gaeaf". Há pontos em comum 
entre este festival realizado no País de Gales e a celebração do Samhain, 
predominantemente irlandesa e escocesa, mas há muitas diferenças 
também. Em meados do século 8, o papa Gregório 3º mudou a data do 
Dia de Todos os Santos de 13 de maio – a data do festival romano dos 
mortos – para 1º de novembro, a data do Samhain. Não se tem certeza se 
Gregório 3º ou seu sucessor, Gregório 4º, tornaram a celebração do Dia 
de Todos os Santos obrigatória na tentativa de "cristianizar" o Samhain. 
Mas, quaisquer que fossem seus motivos, a nova data para este dia fez 
com que a celebração cristã dos santos e de Samhain fossem unidos. 
Assim, tradições pagãs e cristãs acabaram se misturando.Já na literatura temos a famosa história de Rei Arthur e os cavaleiros da 
Távola Redonda. Resumidamente, Rei Arthur fora educado pelo mago Merlin – 
cuja figura representa os druidas, que eram sacerdotes da religião celta. O que 
TÓPICO 2 | OLD ENGLISH – INGLÊS ANTIGO
19
aconteceu na história, porém é que Rei Arthur estava em constante busca pelo 
Santo Graal – cálice usado por Jesus na última ceia – fazendo assim uma ponte 
entre o rompimento com as velhas crenças celtas e a cristianização da época 
(GODINHO, 2001).
FIGURA 7 – CAVALEIROS DA TÁVOLA REDONDA
FONTE: Disponível em: <http://baixacultura.org/pequeno-ensaio-para-o-final-e-
inicio-de-semana-2/>. Acesso em: 10 abr. 2017.
4 O ATAQUE DOS VIKINGS E SUAS CONTRIBUIÇÕES À 
LÍNGUA INGLESA
De acordo com Godinho (2001), a cultura na Inglaterra do final do século 
VII era o centro do conhecimento da Europa e de grande prestígio, e esse feito 
foi graças ao cristianismo. Mal sabiam que uma nova ameaça estava por vir: os 
Vikings. Você lembra, caro acadêmico, que falamos dos Vikings da sessão anterior? 
Retornaremos agora ao assunto aprofundando-o.
 Esse povo escandinavo – dinamarqueses, suecos e noruegueses – tornaram-
se violentos não se sabe exatamente o motivo. Além da busca e conquista de novos 
territórios, deixaram também uma grande herança não só de extermínio, mas de 
vocabulário também.
Uma das melhores contribuições, que muitos estudantes de inglês devem 
agradecer imensamente aos Vikings, foi a retirada de flexões de concordância do 
inglês antigo como era a maioria das línguas europeias: flexões de gênero, número 
e pessoa. Outra mudança feita por eles foi a “lei da economia”; palavras como 
leg (perna), skin (pele), law (lei) e get (múltiplas traduções) são monossilábicas e 
provavelmente escandinavas. Certas formas gramaticais como they e them (eles) 
também são presentes deles.
20
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA LÍNGUA INGLESA – DA INGLATERRA AO BRASIL
Quando anteriormente estudamos que a fusão entre o inglês dos anglo-
saxões e as novas regras e palavras trazidas pelos Vikings foi de grande importância 
para o inglês como o vemos atualmente, não podemos deixar de citar uma das obras 
mais importantes que comprova historicamente este processo de incorporação de 
algumas características das línguas nórdicas ao inglês – o Beowulf. Essa obra é um 
poema épico do inglês antigo com aproximadamente 3 mil versos e é a obra mais 
importante do inglês antigo. Narra a história do primeiro grande herói da cultura 
algo-saxã.
FIGURA 8 – BEOWULF
FONTE: Disponível em: <http://www.dailymail.co.uk/news/
article-2875579/Will-adaptation-epic-poem-Beowulf-new-
Game-Thrones-ITV-set-turn-3-000-line-Old-English-verse-
13-drama-epic-fights-battles.html>. Acesso em: 10 abr. 2017.
DICAS
Se você quiser saber mais sobre Beowulf, em 2007 foi lançado um filme 
nomeado como “A lenda de Beowulf”, que conta com ilustres atores como Anthony Hopkings 
e a aclamada atriz Angelina Jolie. Foi distribuído pela Paramount Pictures e pela Warner Bros 
Picures. “O ano era de 1016, auge do poder Viking. O rei Canute da Dinamarca herdara o trono 
inglês. Conquistara a Noruega e reinara a maior parte da Escandinávia e Britânia. Até 1042 os 
filhos de Canute continuaram no poder. Nesse mesmo ano, Edward “o confessor” quebrou 
essa linha de sucessão com o apoio de conde de Wessex e tornou-se rei. Como estranhava 
um pouco a vida e costumes normandos, procurava conselhos de Harold, filho do conde 
Wessex. Harold foi assumindo aos poucos as funções de rei, até que passou a governar o reino 
entre 1053 e 1066. Edward passou a se dedicar então à religião e à construção da Abadia de 
Westminster, onde mais tarde seria sepultado dentro dela.
TÓPICO 2 | OLD ENGLISH – INGLÊS ANTIGO
21
Hoje a Abadia de Wetsminster é conhecida por muitas ocasiões reais, como 
casamentos – Príncipe William e Kate casaram-se ali – funerais reais e coroação de monarcas 
britânicos. É atualmente uma igreja anglicana.
NOTA
FIGURA 9 - ABADIA DE WESTMINSTER
FONTE: Disponível em: <http://www.bbc.com/mundo/noticias/2011/04/110324_boda_
real_abadia_westminster_wbm.shtml>. Acesso em: 10 abr. 2017.
Porém, seu primo William, duque da Normadia, ao norte da França, alegava 
que Edward havia se comprometido em indicá-lo ao trono caso este morresse. 
Harold havia reforçado este pedido ao naufragar perto da costa normanda, mas 
isso só “no calor da hora”.
Quando Harold voltou à Inglaterra, rapidamente esqueceu a promessa 
feita, e logo que Edward morreu, assumiu o trono tornando-se Rei Harrold II. 
Mas, a promessa não cumprida gerou revolta e consequências catastróficas: lutas, 
mortes e uma nova história para a Inglaterra e para a língua inglesa (GODINHO, 
2001), e assim passamos a história para o inglês médio que você estudará no tópico 
a seguir.
22
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico você ficou conhecendo um pouco mais da história da evolução 
da língua inglesa, porém mais profundamente no período conhecido como inglês 
antigo (Old English). Esta fase da língua começou com:
• A chegada se Santo Agostinho e do latim novamente. A missão dele era a 
cristianização dos anglo-saxões.
• Chegada dos Vikings e rastros de destruição, mas contribuições à língua.
• Beowulf foi um poema épico que narra a história do primeiro grande herói da 
cultura anglo-saxã.
• Mais mudanças estavam para acontecer com a Inglaterra e com a língua inglesa 
com uma promessa não cumprida por Edward e Harrold. 
23
1 Depois de ter estudado a primeira fase da língua inglesa, conhecida como 
Old English – inglês antigo, analise as proposições a seguir e assinale V para 
as verdadeiras e F para as falsas:
( ) O inglês dos anglo-saxões concordava com as escolhas de vocabulário e 
gramática oriundas do latim, como por exemplo as declinações de gênero 
(masculino, feminino e neutro) e as conjugações verbais.
( ) Santo Agostinho foi um dos missionários que lutou pela cristianização dos 
anglo-saxões. As histórias do Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda 
ilustram esse período de transição.
( ) Quem definitivamente aboliu algumas das regras do latim foram os Vikings, 
pois prezavam pela ‘lei da economia’.
( ) Beowulf é o primeiro filme épico com três mil versos e é a obra prima do 
inglês antigo.
2 A origem dos dias da semana em inglês tem profunda relação com a história 
da língua inglesa. Leia as origens de cada dia da semana de acordo com a 
revista on-line “Mundo estranho”:
“Foi no Império Romano que a astrologia introduziu o uso popular da septimana 
(“sete manhãs”, em latim), convenção de origem babilônica. Inicialmente, os 
nomes dos deuses orientais foram substituídos por equivalentes latinos. Com o 
advento do cristianismo, o dia do Sol, solis dies, foi substituído por dominica, 
dia do Senhor; e o saturni dies, dia de Saturno, por sabbatum, derivado do 
hebraico shabbath, o dia de descanso consagrado pelo Velho Testamento. 
Os outros dias eram dedicados a: Lua (segunda); Marte (terça); Mercúrio 
(quarta); Júpiter (quinta) e Vênus (sexta-feira). Na Inglaterra, a semana de sete 
dias chegou só no século V, bem atrasada em relação ao resto da Europa – 
e adaptada de acordo com os deuses anglo-saxões. Marte foi substituído por 
Tiw, deus da guerra, dando origem a Tuesday; Mercúrio por Woden, deus da 
poesia: Wednesday; Júpiter por Thor, deus do trovão: Thursday; e Vênus por 
Friga, deusa do amor: Friday”.
FONTE: Disponível em: <http://mundoestranho.abril.com.br/historia/como-surgiram-os-
nomes-dos-dias-da-semana/>. Acesso em: 10 abr. 2017.
De acordo com a história da língua inglesa e de seu desenvolvimento, explique 
criticamente a origem dos nomes dos dias da semana em inglês, baseando sua 
resposta no texto acima e nos aspectos importantes do Tópico 2, que possam 
corroborar a sua resposta.
AUTOATIVIDADE
24
25
TÓPICO 3
MIDDLE ENGLISH – INGLÊS MÉDIO
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
O inglês médio predominou na língua inglesa aproximadamente entre os 
anos de 1100 a 1500. Uma das grandesparticularidades deste inglês é o predomínio 
de palavras francesas em seu vocabulário, sendo que esse fato se deu por conta da 
batalha de Hastings e com a vitória de um futuro rei que só falava francês, e assim 
sucessivamente nos próximos 300 anos. Juntamente com o rei e sua língua francesa, 
vieram também intelectuais, estudiosos entre outros tipos de profissionais de 
prestígio para a época. A língua francesa tomava conta das posições mais elevadas 
da sociedade de época, enquanto o povo de origem menos privilegiada – que eram 
a maioria na época - continuava falando do seu jeito: e este jeito era no inglês. Esta 
divisão de falares também é característica do inglês médio, sendo que algumas 
palavras de mesmo significado chegam a ter correspondente francês e inglês 
(GODINHO, 2001), como você verá mais adiante neste tópico.
2 A BATALHA DE HASTINGS
Então, acadêmico, preparado para agregar mais conhecimentos sobre a 
história da língua inglesa? Agora estamos entrando no Middle English, ou seja, o 
inglês médio. Esta história começa em 28 de setembro de 1066, quando William e 
seu exército atacaram o povo britânico com o principal objetivo em mente: depor o 
novo rei Harold II. Cerca de 2000 guerreiros da Normandia foram mortos, e é claro 
que muitos do lado inglês também. 
FIGURA 10 – IMAGEM DA BATALHA DE HASTINGS
FONTE: Disponível em: <http://imgur.com/gallery/nxmIo>. Acesso em: 10 abr. 2017.
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UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA LÍNGUA INGLESA – DA INGLATERRA AO BRASIL
Em 14 de outubro, nos campos de Hastings, William e Harold se encontraram. 
O último rei saxão era morto. O que romanos, saxões e dinamarqueses almejaram 
tanto, William conquista. No natal daquele mesmo ano, William era coroado na 
Abadia de Westminster como o rei William I da Inglaterra (GODINHO, 2001).
FIGURAS 11 - EDWARD, HAROLD II E WILLIAM
FONTE: Disponível em: <http://imgur.com/gallery/nxmIo>. Acesso em: 10 abr. 2017.
Com essa vitória, mais mudanças na língua e nos costumes ocorreram. 
O estilo francês tomava conta do sistema político e social naquela nova etapa de 
governo e duraria pelos próximos 400 anos. A língua francesa tomou conta dos 
assuntos oficiais, na corte, tribunais e da alta classe dominante.
Para você entender melhor este tópico, veja a sucessão dos reis da Inglaterra 
a partir de William (Guilherme) o conquistador:
• Em 1066, William vence a batalha de Hastings.
• 1154, um nobre francês, Henrique Plantageneta, parente de Guilherme, herdou 
a Coroa do Reino da Inglaterra, passando a chamar-se Henrique II (1154-1189).
• Henrique II foi sucedido por seu filho, Ricardo Coração de Leão (1189-1199). 
Dos dez anos de seu governo, Ricardo ausentou-se da Inglaterra por nove anos, 
liderando a Terceira Cruzada e lutando no continente europeu para manter seus 
domínios nas Ilhas Britânicas. Essa longa ausência causou o enfraquecimento da 
autoridade real e o fortalecimento dos senhores feudais.
• No reinado de João Sem-Terra (1199-1216), irmão de Ricardo, o enfraquecimento 
da autoridade real foi ainda maior. Após ser derrotado em conflitos com a França 
e com o papado, João Sem-Terra foi obrigado, pela nobreza inglesa, a assinar um 
documento chamado Magna Carta. Por esse documento, a autoridade do rei da 
Inglaterra ficava bastante limitada. Ele não podia, por exemplo, aumentar os 
impostos sem prévia autorização dos nobres. A Magna Carta estabelecia que 
o rei só podia criar impostos depois de ouvir o Grande Conselho, formado por 
bispos, condes e barões.
• Henrique III (1216-1272), filho e sucessor de João Sem-Terra, além da oposição 
da nobreza, enfrentou forte oposição popular. 
TÓPICO 3 | MIDDLE ENGLISH – INGLÊS MÉDIO
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• No reinado de Eduardo I (1272-1307), oficializou-se a existência do Parlamento. 
Durante os reinados de Eduardo II e de Eduardo III, o poder do parlamento 
continuou a se fortalecer. Em 1350, o parlamento foi dividido em duas câmaras: 
a Câmara dos Lordes, formada pelo clero e pelos nobres, e a Câmara dos Comuns, 
formada pelos cavaleiros e pelos burgueses.
Até hoje, a Inglaterra é uma monarquia parlamentarista.
FONTE: Disponível em: <http://www.sohistoria.com.br/ef2/centralizacaopoder/p2.php>. 
Acesso em: 10 abr. 2017.
A língua sofria mudanças conforme a população também se transformava 
diante de tantas invasões de diferentes línguas e culturas. O caso dos Vikings, 
por exemplo, mostra que este povo quando invadiu a Inglaterra, trouxe traços da 
Normandia, país de língua francesa. Esses tiveram que aprender francês fazendo 
adaptações na sua própria língua e atribuindo traços franceses a ela. Quando foram 
à Britânia, falavam um inglês então denominado “anglo-normando” (GODINHO, 
2001, p. 48).
 
Mais estranha ficou a situação dos ingleses derrotados: havia o francês, o 
“anglo-normando”, o latim e o próprio inglês – uma língua sem prestígio algum 
para a época. Quem imaginaria o que se tornaria esta língua depois de um tempo?
Foi neste contexto histórico que surgiu o inglês médio – ou Middle English 
– uma língua que foi deixando para trás as dificuldades complexas da gramática, 
como já foi mencionado no Tópico 2: Flexões gramaticais, como as dos gêneros dos 
adjetivos, da conjugação verbal etc. Uma das únicas conjugações que ainda temos 
presente ao aprender e ensinar a língua inglesa é o famoso verb to be – verbo ser 
e estar em inglês. Na pronúncia, infelizmente, havia mais linearidade em se falar 
como se escreve. Isto aos poucos foi mudando. 
Nenhum rei falava inglês no período de 300 anos após a batalha de 
Hastings. A classe dominante era toda normanda. A cultura francesa tomou conta 
da época, mas para os cidadãos comuns nada disso influenciava, pois o povo não 
era acostumado a falar com os seus superiores, e por isso não precisava aprender 
a língua que esses falavam.
Em nenhum momento a exigência dos normandos foi de proibir o falar 
inglês do povo, muito pelo contrário: a união entre todos era incentivada pelos 
novos governantes. Mesmo que o francês tenha influenciado muito o idioma, este 
não chegou a ser tão forte a ponto de eliminá-lo do falar do dia a dia. Algumas 
dessas influências serão melhores visualizadas na seção a seguir (GODINHO, 
2001).
28
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA LÍNGUA INGLESA – DA INGLATERRA AO BRASIL
3 A INFLUÊNCIA SOCIAL NO VOCABULÁRIO DESTA ÉPOCA
Entre 1066 e 1200, o inglês havia sido um pouco esquecido, e grande 
influência tinha o francês no falar do dia a dia. Interessante neste contexto de 
influências, mas não de mudanças e radicalizações do francês em detrimento do 
inglês, é fazermos a análise de como algumas palavras do vocabulário francês e 
inglês estavam ligadas a questões sociais da época. Por exemplo: profissões de 
mais prestígio e que eram mais utilizadas pela classe superior eram de origem 
francesa: tailor, que significa alfaiate e que era de grande valia para os poderosos 
da época é um exemplo. Já a palavra shoemaker, que significa sapateiro, é de origem 
anglo-saxã, pois para as classes inferiores esta profissão era de suma importância 
(GODINHO, 2001). Veja a seguir um pequeno quadro que ilustra esta afirmação:
QUADRO 1 – AS PALAVRAS DE ACORDO COM CADA CULTURA
FONTE: Disponível em: <http://www.sk.com.br/sk-enhis.html>. Acesso em: 10 abr. 2017.
De acordo com Godinho (2001), outras diferenças entre palavras inglesas 
de origem latina ou francesa com relação às anglo-saxãs está na musicalidade 
das palavras: enquanto as anglo-saxãs são monossilábicas como stop, build e send 
(parar, construir e enviar), as de origem latina ou francesa são polissilábicas e a 
tonicidade é na segunda sílaba como: desist, construct e transmit (desistir, construir 
e transmitir). 
No ano de 1204, os anglo-normandos foram derrotados do outro lado do 
canal da Mancha e perderam o Ducado da Normandia por culpa do rei John (João). 
Aqueles que tinham propriedades na Inglaterra e na França foram obrigados a 
declarar lealdade ao rei de um dos dois países. Isso fez com que aos poucos os 
normandos deixassemde se comportar como franceses e adotassem o inglês como 
primeira língua (GODINHO, 2001).
Em 1356, o prefeito e os vereadores de Londres decidiram que a língua dos 
tribunais não seria mais o francês, mas sim o inglês. No parlamento, esta decisão 
ocorreu somente depois da Guerra dos Cem anos que aconteceu entre Inglaterra e 
França nos anos de 1337 a 1453 (GODINHO, 2001).
TÓPICO 3 | MIDDLE ENGLISH – INGLÊS MÉDIO
29
De acordo com o site da revista Mundo Estranho, a Guerra dos Cem anos foi um 
dos maiores conflitos da Idade Média, entre duas das principais potências europeias: França e 
Inglaterra. Apesar do nome, durou mais de um século – segundo a definição dos historiadores, 
tudo começou em 1337, para terminar só em 1453. Acadêmico, leia a história inteira a partir 
desse link: <http://mundoestranho.abril.com.br/historia/o-que-foi-a-guerra-dos-cem-anos/>.
IMPORTANT
E
No reino, o inglês ainda não havia vencido, mas quando o rei Henry V 
começou a usar nas suas redações oficiais a língua inglesa, o negócio começou 
a mudar. Em 1415, ele atravessou o Canal da Mancha, derrotou franceses em 
Agincourt e assinou o primeiro documento em língua inglesa no solo francês. A 
partir de então o idioma oficial na Inglaterra passou a ser o inglês, e, de acordo com 
Godinho (2001), mais algumas foram as transformações linguísticas que veremos 
nos tópicos a seguir.
4 ALGUMAS DAS PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES DO INGLÊS 
MÉDIO PARA O INGLÊS QUE CONHECEMOS ATUALMENTE
Quando estamos aprendendo inglês, muitas vezes, agradecemos à língua as 
suas simplificações e facilidades em relação à língua portuguesa, ou simplesmente 
não entendemos essas diferenças, aprendemos a língua e, se somos professores 
dela, passamos esses ensinamentos também a nossos alunos. Por isso, este tópico 
é de suma importância, para a nossa prática pedagógica ao sabermos que vem 
justamente de uma histórica evolução da língua inglesa essas regras diferenciadas 
em relação à nossa língua materna.
 
A Guerra dos Cem Anos e suas conquistas não deixaram somente um 
legado para os livros de história, como também para a estrutura da língua inglesa. 
Algumas regras são oriundas desse tempo, que pouco a pouco foram sendo 
moldadas com o falar do dia a dia. Seguem algumas das principais mudanças de 
acordo com Godinho (2001): 
• Os gêneros feminino e masculino já não existiam mais. Por exemplo, em 
português temos feio e feia, já em inglês ugly equivale para ambos os sexos.
• Adjetivos passaram a ter somente flexão de singular e plural.
• Mesmo com muitas simplificações de plural, ainda hoje temos algumas palavras 
que “sobraram” das formas irregulares. É o caso de algumas que lemos no 
poema “lição de inglês” no início desta unidade: geese, brethen, oxen, men etc.
• O plural das palavras terminadas em –f ou –fe sendo transformadas para o 
plural em –ves também vieram desta época: half – halves (metade, metades), knife 
– knives (faca, facas), leaf – leaves (folha, folhas) são alguns exemplos.
30
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA LÍNGUA INGLESA – DA INGLATERRA AO BRASIL
• É desta época também a simplificação de verbos irregulares do inglês para o 
uso de verbos regulares com a terminação em –ed. Mesmo assim, ainda existe 
uma lista com 250 verbos irregulares usados na língua inglesa e que devem ser 
aprendidos pelo bom estudante da língua.
• A forma da terceira pessoa do singular usando –s na forma afirmativa do 
presente simples no inglês é outra regra deste período histórico. As terminações 
anteriormente eram –n ou –en passando então ao –th até chegarem ao –s.
DICAS
No link <https://www.youtube.com/watch?v=gZzKe1BC2XU>, você encontrará 
uma aula muito divertida na qual o professor de uma escola criou um rap para o ensino de 
alguns verbos irregulares da língua inglesa. Além de aprender, o vídeo faz com que de forma 
divertida você os memorize.
Em 1476, William Caxton introduziu na Inglaterra a invenção de Johann 
Gutenberg: a impressora móvel. Ele decidiu e publicou as primeiras edições de 
trabalhos de Chaucer – o pai da poesia inglesa, entre outros autores da época. 
Caxton aprendeu a imprimir, e quando se aposentou, decidiu montar uma 
tipografia em um recinto perto da Abadia de Westminster. A partir daí e graças a 
Caxton, a língua inglesa estava pronta para enfrentar desafios e mudanças que a 
história havia ainda de reservar para ela (GODINHO, 2001).
TÓPICO 3 | MIDDLE ENGLISH – INGLÊS MÉDIO
31
FIGURA 12 E 13 – WILLIAM CAXTON E A IMPRESSORA DE GUTEMBERG
FONTES: Disponível em: <http://www.britishmuseum.org/research/collection_online/collection_
object_details.aspx?objectId=3397263&partId=1&people=33557&peoA=33557-1-
7&sortBy=&page=1> e <http://nepo.com.br/2014/04/14/as-etapas-de-implantacao-de-
uma-nova-governanca-da-especie/prensa-de-gutemberg/>. Acesso em: 10 abr. 2017.
Gostou de conhecer um pouco mais sobre a história da língua inglesa, caro 
acadêmico? No tópico a seguir já estamos indo para a terceira fase desta história. 
Bons estudos!
32
RESUMO DO TÓPICO 3
• Neste tópico, você pôde conhecer um pouco mais sobre o inglês médio que 
predominou aproximadamente entre os anos de 1100 a 1500. 
• Um dos principais acontecimentos que marca o início das mudanças na língua 
ocorridas neste período foi a chegada de William – o conquistador, vindo da 
Normandia e trazendo a vitória e a língua francesa.
• Durante 300 anos a língua predominante dos reis foi o francês. O que fez com 
que o inglês permanecesse ativo foi o povo que falava a língua, indiferentes ao 
que acontecia no alto poder, e mais tarde em 1204, a derrota em uma batalha do 
outro lado do canal da Mancha. 
• Mudanças gramaticais importantes aconteceram neste período, e a ele podemos 
agradecer muitas das simplificações que hoje aprendemos nas aulas de língua 
inglesa e que facilitam o seu entendimento.
33
1 Analise as frases com relação ao tópico estudado e relacione as proposições 
para encaixar nas frases:
(1) Início do inglês médio.
(2) Batalha de Hastings.
(3) 1204.
(4) Guerra dos Cem anos entre França e Inglaterra.
(5) 1476.
( ) Guerra que ocorreu entre 1337 e 1453 e que resultou na vitória definitiva do 
inglês sob o francês.
( ) 28 de setembro de 1066.
( ) Ano em que os anglo-normandos foram derrotados e a língua francesa 
deixa de ter tanto prestígio.
( ) Importante ano para comemorar a introdução da impressora móvel, trazida 
por William Caxton.
( ) William e seu exército atacam o povo britânico e os franceses conquistam a 
Inglaterra.
2 Analise criticamente a origem de algumas palavras da língua inglesa 
retiradas do livro de Martinez (2003) “Inglês Made in Brazil”:
Blush
Do inglês antigo blyscan, “ficar vermelho”, significado que existe até hoje. O 
português importou duas palavras para a mesma coisa, nesse caso, de dois 
idiomas diferentes. O produto cosmético blush foi levado aos ingleses através 
da França, e por isso é conhecido em inglês (e português) também como rouge 
(“vermelho” em Francês). (p. 67).
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
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Franchising
Franchising vem de franchise, que hoje significa franquia. Franchising, então, 
é “administrar ou vender franquias”. Franchise significava “liberdade” em 
francês antigo, da raiz franc (‘livre’). (p. 40).
AUTOATIVIDADE
34
De acordo com o que foi abordado neste tópico, explique a origem dessas 
palavras elaborando um parágrafo explicativo sobre os aspectos históricos 
envolvidos: origem da palavra, contexto social em que ela poderia estar 
inserida, entre outros aspectos relevantes ao período.
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
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TÓPICO 4
MODERN ENGLISH – INGLÊS MODERNO
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
“A vida é uma simples sombra que passa [...]; é uma história contada por 
um idiota, cheia de ruído e de furor e que nada significa” (De Macbeth – 1603-
1607).
Você já ouviu falar em William Shakespeare? Com certeza sim. Iniciamos 
este tópico com uma frase dele, pois além de um renomado nome da literatura 
inglesa, o autor fez parte da história da evolução da língua, mais especificamente 
do período histórico denominado “inglês moderno”. Por ser um mestre na arte 
de inventar e reinventar palavras e expressões, as obras de Shakespeare são até 
hoje estudadas e defendidas em dissertações de mestrado, teses de doutorado, 
e por críticos literários, tão forte é a sua influência para a língua inglesa. Mas, 
não bastasse Shakespeare para a história deste período, outro fato de suma 
importância que vem unir forças a essa fase da língua, foi nada mais nada menos 
que a tradução da bíblia – um projeto audacioso do Rei James e que movimentou 
a sociedade da época. Este período é, pois, um aprofundamento da literatura e da 
intelectualidade da língua inglesa, o que traria fortes benefícios e a difusão cada 
vez mais abrangente da língua na sociedade da época. Todavia, a língua não só 
expandia linguisticamente falando: estava prestes a adentrar um novo e promissor 
continente: o americano.
2 A VIDA É UMA SIMPLES SOMBRA QUE PASSA... 
A primeira fase do inglês moderno ocorreu entre 1558 e 1603 e foi chamada 
de Elizabeth I. O inglês se expandia junto ao comércio internacional, literaturas, 
traduções etc. Alguns intelectuais desta época não acreditavam na força e poder 
deste inglês e optaram em escrever suas obras em outras línguas, como latim. São 
eles Isaac Newton, reconhecido pela história como físico e matemático; Francis 
Bacon, considerado o fundador da ciência moderna; Thomas Moore, homem de 
estado, diplomata, escritor, advogado e homem de leis; e William Harvey, médico 
britânico que pela primeira vez descreveu corretamente os detalhes do sistema 
circulatório do sangue ao ser bombeado por todo o corpo pelo coração (GODINHO, 
2001). 
O que mudaria este cenário de descrença na língua seria o movimento da 
Renascença vindo da Itália do século XVI e chegando à Inglaterra nos séculos XV e 
XVI. Da gráfica manual de Caxton passaríamos então à impressão mecânica. Entre 
36
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA LÍNGUA INGLESA – DA INGLATERRA AO BRASIL
1500 e 1640 na Inglaterra foram impressos aproximadamente 20 mil trabalhos, com 
isso a população ficava mais culta também, preferindo, de acordo com Godinho 
(2001), ler livros em inglês.
A Renascença não foi somente um tempo de novas ideias, mas também um 
novo tempo para o vocabulário e a liberdade e flexibilidade do uso de palavras já 
existentes. Muito disso ainda vemos hoje em dia, pois uma mesma palavra pode 
ser adjetivo e verbo, entre outras muitas possibilidades que a língua inglesa oferece 
ao falante.
Um dos maiores inventores e inovadores neste quesito foi William 
Shakespeare. De acordo com o site Ebiografia: 
William Shakespeare (1564-1616) nasceu em Stratford-upon-Avon, 
no condado de Warwick, Inglaterra, no dia 23 de abril de 1564, onde 
iniciou seus estudos. A família empobrecera e aos 15 anos foi trabalhar 
no açougue do pai. Com 18 anos, casa-se com a aldeã Anne Hathaway, 
oito anos mais velha que ele. Suas dificuldades financeiras se agravaram 
com o nascimento da filha e em seguida dos gêmeos.
Em 1586, abandona o lar e muda-se para Londres, onde se emprega 
como guardador de cavalos na porta do teatro. Logo estava prestando 
serviços nos bastidores, copiando peças ou representando pequenos 
papéis. Nessa época, período do reinado de Elizabeth I, Londres vivia 
uma intensa atividade artística. Shakespeare estudou muito e leu 
autores clássicos, novelas, contos e crônicas, que foram fundamentais 
para sua formação de dramaturgo.
Shakespeare passou a ser o copista oficial da companhia, representava 
e adaptava peças de autores anônimos. Logo estava escrevendo o 
maior número das peças apresentadas no Teatro Globo, ocupado pela 
companhia de Burbage, da qual fazia parte. (Disponível em: <https://
www.ebiografia.com/william_shakespeare/>. Acesso em: 10 abr. 2017).
Shakespeare “inventou” nada mais nada menos do que duas mil palavras 
além de muitas expressões usadas em suas obras e que ficaram marcadas até hoje. 
De acordo com Godinho (2011, p. 66-67):
Shakespeare falava um tipo de dialeto da região de Londres. Sua cidade 
natal situava-se perto da encruzilhada onde se encontravam os dialetos 
das três regiões principais: ao sul, a região dos condados em que o “r” é 
bem pronunciado; ao norte, a região dos antigos territórios controlados 
pelos dinamarqueses e escandinavos, o Denelaw, e ao leste, em direção 
a Londres, o inglês East Midlands, com o seu “r” quase mudo. Muitas 
dessas variações, especialmente de pronúncia, persistem até hoje. Da 
região do Denelaw, vinham formas gramaticais bem mais simples que, 
aos poucos, iam sendo incorporadas ao inglês de Londres. Por isso, 
Shakespeare tinha a opção de usar várias terminações de verbos, como 
por exemplo, tells (ele, ela conta) ou speaks (ele, ela fala), em vez das mais 
antigas e complicadas telleth e speaketh.
Ainda segundo o mesmo autor, Shakespeare contava com o dobro de 
vocabulário do que uma pessoa comum: nada mais nada menos do que 30 mil 
palavras, além de adorar a arte de inventar suas próprias novas. Nessa época em 
que Shakespeare escrevia, a curiosidade e as ambições naturais eram constantes, 
TÓPICO 4 | MODERN ENGLISH – INGLÊS MODERNO
37
por isso cientistas descobriram novas teorias para as coisas e aventureiros 
ambicionavam novos lugares a serem explorados. Povos como os de Portugal, 
Espanha e França já haviam explorado África e Américas, e os ingleses não podiam 
ficar para trás e ansiavam por explorações também. Walter Raleigh e Francis 
Drake eram alguns desses homens exploradores. Raleigh era o preferido da rainha 
Elizabeth I durante 10 anos pelo seu espírito de líder em explorações; esse espírito 
o levaria a criação de novas comunidades do Novo Mundo (GODINHO, 2001), e é 
o que exploraremos melhor na próxima seção.
3 INGLÊS AMERICANO
O ano era 1583, um ano marcado pelo sonho de uma conquista e o 
pesadelo de uma tragédia. Humphrey Gilbert, irmão materno de Walter Releigh 
tomou posse da Terra Nova (Newfoundland) em nome da Inglaterra, mas morreu 
afogado na expedição e seus homens foram obrigados a voltar para casa. Em 1584, 
Raleigh mostrou que mesmo com a tragédia de seu irmão, não desistiria do sonho 
exploratório. Contratou dois navios para a expedição e em 13 de julho chegaram 
ao continente norte-americano em um local nomeado como Roanoke Island (ilha 
Roanoke) (GODINHO, 2001).
Ao chegar às novas terras foram recepcionados muito bem por indígenas 
algonquinos. Tanto que quando voltaram à Inglaterra levaram dois deles, Manteo 
e Wanchese, como prova de que a empreitada ao novo mundo havia dado certo. 
Esse novo território foi nomeado Virgínia em homenagem a rainha Elizabeth I – 
que era conhecida como a rainha virgem (GODINHO, 2001).
Em 1585, outra viagem – esta com 168 homens – fora organizada por 
Raleigh a fim de colonizar a terra. Os indígenas Manteo e Wanchese foram levados 
junto. Com a chegada ao novo mundo, novas palavras tiveram que ser criadas, pois 
as coisas ali encontradas e maravilhadas pelos desbravadores foram nomeadas. 
Porém os ingleses, pouco acostumados com a vida no campo, não estavam 
conseguindo manter sua alimentação. De acordo com Godinho (2001), começaram 
então a saquear os indígenas, e é claro que esses não gostaram nem um pouco das 
atitudes dos visitantes. Estavam por começar uma guerra, mas por sorte Francis 
Drake – um aventureiro – estava passando por lá e salvou seus compatriotas da 
fúria

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