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* Glicocorticóides, mineralocorticóides, andrógenos * ADRENAL OU SUPRARRENAL Epinefrina (adrenalina) mineralocorticóide glicocorticóide Hormônio sexual * CRH (hormônio liberador de corticotropina) ACTH- (corticotropina) cortisol cortisol Estresse * COLESTEROL Pregnenolona Aldosterona Cortisol Estradiol Androstenediona Testosterona progesterona 17 hidroxiprojesterona * cortisol Angiotensina II colesterol Retençao de H20 e Na . Vasoconstricao * REGULAÇÃO DA SÍNTESE DOS ESTERÓIDES SUPRARRENAIS Colesterol Pregnenolona Cortisol Testosterona Aldosterona ACTH Angiotensina II Eixo renina angiotensina aldosterona: retenção de água e sal * * Estresse? Adrenalina X cortisol * PADRÃO TEMPORAL NORMAL DE SECREÇÃO DO ACTH E CORTISOL 200 0 12:00 16:00 20:00 24:00 04:00 08:00 12:00 Krieger DT et al: J Clin Endocrinol Metab 1971; 32:266 * O cortisol tem produção diurna, com pico cedo pela manhã, seguido de um declíneo e um pico secundário, menor no final da tarde Chile agosto de 2010- 2 meses presos na mina. * Mecanismo de ação O corticoide lipossolúvel atravessa a membrana celular e liga-se ao receptor citoplasmático 2. O receptor forma um dímero 3. O complexo migra até o núcleo da célula Interferindo na síntese proteica. * MECANISMO DE AÇÃO ESTERÓIDE * CORTICOTERAPIA SISTÊMICA Corticosteróides ligam-se a receptores específicos glicocorticóide (GC) ou mineralocorticóides (MC). Ação GC ou MC do corticosteróide depende da afinidade maior ou menor por estes receptores. Efeito terapêutico ideal de um corticosteróide: • máxima atividade antiinflamatória, antialérgica e imunossupressora • mínima atividade retentora de sódio e flúidos * 50 n = 20 pacientes RESPOSTA DO CORTISOL AO STRESS CIRÚRGICO * Histórico: Phillip Hench e cols (Nobel -1950): primeiros a usar cortisona terapeuticamente (artrite reumatóide) Desde então: síntese de inúmeros compostos com atividade glicocorticóide (GC) Uso mostrou-se eficaz no tratamento de amplo espectro de doenças não endócrinas * GLICOCORTICÓIDES SINTÉTICOS Certas modificações estruturais alteram a reatividade cruzada do esteróide com o receptor mineralocorticóide, aumentando ou reduzindo sua atividade mineralocorticóide. Outras alterações aumentam ou diminuem a solubilidade em água, favorecendo sua administração parenteral (IV) ou ampliando sua potência tópica, respectivamente * METABOLISMO DO CORTISOL Taxa de secreção diária do cortisol em adultos normais: 10 2,7 mg/24hs (4,5 - 15,5 mg/24hs) Equivalente a 5 mg/dia de prednisona (meticortem ® ) * O O ESTRUTURA MOLECULAR DE ALGUNS CORTICOSTERÓIDES C11 * ESTRUTURA DOS GLICOCORTICÓIDES CH2OH 21 Grupo cetônico em C3 dupla ligação entre carbonos 4 e 5 hidroxila do carbono11 radical cetônico no carbono 17 A oxidrila do carbono 11 é fundamental para o efeito corticosteróide. A prednisona e a cortisona tem um O no carbono 11, devendo ser ativadas ( o hepatócito faz a transformação em oxidrila) para serem ativas, transformando-as respectivamente em prednisolona e hidrocortisona. * GLICOCORTICÓIDES SINTÉTICOS Meia-vida biológica caracteriza a duração da ação dos GC como: • Curta • Intermediária • Prolongada (efeitos são baseados na duração da supressão do ACTH após dose única do composto) * CORTICOTERAPIA SISTÊMICA Uso de GCs em Doenças Endócrinas 1) Reposição Hormonal: Insuficiência adrenocortical primária crônica (Doença de Addison) Pan-hipopituitarismo (Insuficiência adrenal 2ária) Hiperplasia adrenal congênita (Def. 21-hidroxilase) Status pós-adrenalectomia bilateral * CORTICOTERAPIA SISTÊMICA Uso de GCs em Doenças Endócrinas 2) Doses Farmacológicas / Terapêuticas: Insuficiência adrenal aguda (Crise adrenal) Crise tireotóxica Tiroidite subaguda (de Quervain) Exoftalmo maligno Hipercalcemia * CORTICOTERAPIA SISTÊMICA Indicações terapêuticas Reações e processos alérgicos: • Asma • Dermatite de contato Picada de insetos (abelhas) • Rinite alérgica Edema angioneurótico • Doença do Soro Reação a drogas • Urticária * CORTICOTERAPIA SISTÊMICA Indicações terapêuticas Doenças Vasculares e do Colágeno: Arterite de células gigantes • Arterite temporal Polimialgia reumática • Polimiosite Lúpus eritematoso • Artrite reumatóide Síndromes mistas do tecido conectivo * CORTICOTERAPIA SISTÊMICA Indicações terapêuticas Doenças Oftalmológicas: Uveíte aguda Conjuntivite alérgica Coroidite Neurite óptica / retrobulbar * CORTICOTERAPIA SISTÊMICA Indicações terapêuticas Doenças Pulmonares: • Asma brônquica Prevenção da síndrome do desconforto respiratório da criança Sarcoidose * CORTICOTERAPIA SISTÊMICA Indicações terapêuticas Doenças Dermatológicas: Dermatite atópica • Dermatoses Dermatite seborrêica • Pênfigo Líquen simples crônico (neurodermatite localizada) * CORTICOTERAPIA SISTÊMICA Indicações terapêuticas Doenças Neurológicas: Traumatismo raqui-medular Esclerose múltipla * CORTICOTERAPIA SISTÊMICA Indicações terapêuticas Doenças Renais e Transplantes de Orgãos: Síndrome nefrótico Prevenção e tratamento da rejeição (imunossupressão) * CORTICOTERAPIA SISTÊMICA Indicações terapêuticas Doenças Infecciosas: Septicemia por gram-negativos * CORTICOTERAPIA SISTÊMICA Indicações terapêuticas Doenças Hematológicas: Anemia hemolítica adquirida Anemia hemolítica autoimune Púrpura alérgica aguda Púrpura trombocitopênica idiopática Leucemia Mieloma múltiplo * CORTICOTERAPIA SISTÊMICA Indicações terapêuticas Doenças Gastrintestinais: Doença inflamatória do intestino Hepatite auto-imune * CORTICOTERAPIA SISTÊMICA Indicações terapêuticas Processos Inflamatórios Ósteo-Articulares: Artrites Bursites Teno-sinovites * CORTICOTERAPIA SISTÊMICA Outras indicações terapêuticas (em doenças não endócrinas): Supressão das reações hospedeiro X enxerto, nos casos de transplante de orgãos ou tecidos Doenças neoplásicas do sistema linfóide: linfomas e leucemias (em associação com a quimioterapia apropriada) * CORTICOTERAPIA SISTÊMICA Interação dos GCs com outras drogas Droga: Efeito: Anfotericina B Hipocalemia Diuréticos depletivos Hipocalemia de potássio Digitálicos Toxicidade digitálica Vacinas com vírus Reações alérgicas graves/ atenuados Infecções generalizadas Hormônio de Crescimento Inibição do efeito * CORTICOTERAPIA SISTÊMICA Perfil Farmacológico dos Glicocorticóides Meia-vida Meia-vida Duração Fármaco plasmática biológica da ação (minutos) (horas) terapêutica Cortisol (HC) 90 8 - 12 curta Cortisona 30 8 - 12 curta Prednisona 60 12 - 36 intermediária Prednisolona 200 12 - 36 intermediária Metilprednisolona 180 12 - 36 intermediária Triamcinolona 300 12 - 36 intermediária Betametasona 100 - 300 24 - 72 prolongada Dexametasona 100 - 300 24 - 72 prolongada * CORTICOTERAPIA SISTÊMICA Tabela de Equivalência Fármaco Potência Dose Antiinflamatória Equivalente(mg) Cortisol (HC) 1 20 Cortisona 0,8 25 Prednisona 4 5 Prednisolona 4 5 Metilprednisolona 5 4 Triamcinolona 5 4 Betametasona 20-30 0,75 Dexametasona 20-30 0,75 * Prednisona(Meticorten) e Supressão Adrenal: Relação Dose X Duração da Terapia (Thygeson, 1985) Dose Duração (única, matinal) 1 sem. 1 mês 6 meses 1 ano dias alternados – – – – (qualquer dose) < 7,5 mg/dia – – – – 10 mg/dia – – +/– + 15 mg/dia – +/– + ++ > 30 mg/dia + ++ +++ +++ Sinais indicam probabilidade de supressão do eixo HHA: –: rara; +/–: alguns; +:muitos; ++: maioria; +++: todos * CORTICOSTERÓIDES Mecanismo da Ação Anti-inflamatória: Supressão dos sinais flogísticos: dor, calor, rubor, edema e perda de função Bloqueio da via de metabolismo do ácido aracdônico, por inibição da fosfolipase A2 (passo inícial da cadeia): inibição da liberação de alguns mediadores químicos da inflamação: leucotrienos e endoperóxidos (prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxanos) * X CORTICÓIDES * Considerações gerais quanto ao manuseio dos Corticosteróides Tomando como base a Prednisona(Meticorten): Doses eqüivalentes a 40 mg/dia (8 vezes o nível fisiológico), por mais de uma semana resultam em supressão do eixo HHA; Doses < 20 mg/dia promovem supressão do eixo HHA somente após 30 dias de uso; * Considerações gerais quanto ao manuseio dos Corticosteróides Tomando como base a Prednisona(Meticorten), o tempo de recuperação do eixo HHA: • pode variar de 2 meses a 1 ano, se usadas doses 40 mg/dia, por períodos > 3 meses • não está bem estabelecido, se usadas doses < 20 mg/dia, por períodos de 2 a 4 semanas * Considerações gerais quanto ao manuseio dos Corticosteróides Atenção: Pacientes com história e/ou estigmas de uso prolongado de glicocorticóides, devem ser suplementados quando em situações de stress * Corticoterapia Sistêmica O uso terapêutico prolongado de glicocorticóides resulta em: • Efeitos colaterais sistêmicos • Supressão do eixo hipotálamo-hipófise- adrenal (HHA). O uso a curto prazo, não. * Perda de massa Glicogenólise Muscular ↑ da glicemia Mobilização da gordura Osteoporose ↑ da acidez Linfocitopenia ↓ K+ , ↓Ca+ , ↓ H+ Alterações do humor Ação antiinflamatória Antialérgica * Apetite aumentado Insônia Cefaléia Reatividade bronquial Reduzida Inflamação diminuída Hipertensão. Diarréia Osteoporose Retenção de sal. * Face em lua cheia Hipertensão arterial sistêmica Corcova de búfalo Obesidade centrípeta Hipoplasia adrenal Pele fina, Estrias Amenorréia e hirsutismo Fraqueza muscular Púrpuras Má cicatrização de feridas Osteoporose * Efeitos adversos da corticoidoterapia * Corticoterapia Sistêmica A suspensão do tratamento com glicocorticóides pode resultar em: • Quadro de insuficiência adrenocortical • “Síndrome da retirada ou deprivação de corticosteróides” * Corticoterapia Sistêmica Suspensão abrupta de terapia com GC pode resultar em “crise adrenal aguda”: • Hipotensão e choque • Hipertermia Desidratação • Taquicardia Náusea e vômito • Anorexia Fraqueza e apatia • Hipoglicemia Confusão mental • Desorientação * Corticoterapia Sistêmica Semelhanças entre “Síndrome da Retirada ou Deprivação de Corticosteróides” e Insuficiência Adrenocortical Secundária: Letargia e astenia • Anorexia Emagrecimento • Náuseas Descamação de pele • Hipertermia Artralgia e mialgia • Tonturas Hipotensão ortostática • Hipoglicemia * Corticoterapia Sistêmica Fatores que influenciam na supressão do eixo HHA: • Dose total do GC a ser usada: Baixa x Alta • Tempo de tratamento: Curto x Prolongado • Fracionamento da dose: Única x Múltipla * Corticoterapia Sistêmica Fatores que influenciam na supressão do eixo HHA: • Horário da administração: Manhã x Noite • Freqüencia: Alternada x Diária • Duração da ação: Curta x Intermediária x Longa * Planejamento para Suspensão de Terapia com Corticosteróides 1) Concentrar a posologia em dose única matinal 2) Reduzir doses, segundo esquema a ser visto adiante 3) Ao atingir faixa fisiológica do GC, trocar para hidrocortisona (HC) 20 mg/dia 4) Reduzir HC para 10 mg/dia, pela manhã * Planejamento para Suspensão de Terapia com Corticosteróides 5) Passar HC (10 mg) para dias alternados 6) Suspender HC quando cortisol plasmático basal 10 g/dl 7) Repor GC em situações de stress, até resposta normal do cortisol ao ACTH (> 20 g/dl) * Esquema para Retirada de Terapia com Corticosteróides Com base na Prednisona(Meticorten), em uso crônico (> 2 meses): • Reduzir a dose, segundo o esquema: Dose Alta Dose Média Dose Baixa (40-100 mg/d) (15- 40 mg/d) (5- 15 mg/d) 1/5 da dose 1/4 da dose 1/4 da dose por 2 semanas por 2 semanas por 1 semana • Tentar dias alternados após 1 a 2 meses * Esquema para Retirada de Terapia com Corticosteróides Com base na Prednisona(Meticorten), em uso por tempo intermediário (2 sem. a 2 meses): • Reduzir a dose, segundo o esquema: Dose Alta Dose Média Dose Baixa (40-100 mg/d) (15- 40 mg/d) (5- 15 mg/d) 1/4 da dose 1/3 da dose 1/3 da dose por 1 semana por 1 semana por 3 a 4 dias • Tentar dias alternados após 1 mês, naqueles com doses altas * Esquema para Retirada de Terapia com Corticosteróides Com base na Prednisona(Meticorten), em uso por tempo curto (< 2 semanas): • Reduzir a dose, segundo o esquema: Dose Alta Dose Média Dose Baixa (40-100 mg/d) (15- 40 mg/d) (5- 15 mg/d) 1/3 da dose por 3 a 4 dias redução gradual não necessária * Prednisona(Meticorten ®) e Supressão Adrenal: Relação Dose X Duração da Terapia (Thygeson, 1985) Dose Duração (única, matinal) 1 sem. 1 mês 6 meses 1 ano dias alternados – – – – (qualquer dose) < 7,5 mg/dia – – – – 10 mg/dia – – +/– + 15 mg/dia – +/– + ++ > 30 mg/dia + ++ +++ +++ Sinais indicam probabilidade de supressão do eixo HHA: –: rara; +/–: alguns; +:muitos; ++: maioria; +++: todos * Corticoterapia Emergencial Dose Cortisol Metil- Betametasona Prednisolona (Celestone) (mg/IV) (HC) Dexametasona Maciça 400 - 2.000 80 - 400 20 - 100 O uso de doses elevadas por até cinco dias, não é Acompanhado de efeitos adversos significativos. * Dose ALTA de Prednisona (Meticorten) 40-100 mg/dia USO CURTO: Proc. inflamatórios e alérgicos agudos graves; imunossupressão; dose de ataque em transplantes; analgesia e quimioterapia em câncer USO INTERMEDIÁRIO: Recidiva de processos inflamatórios graves ou degenerativos; imunos-supressão; iminência de rejeição de transplantes USO PROLONGADO (raramente utilizado): Proc. inflamatórios graves, rebeldes ou resistentes Indicações da Corticoterapia Sistêmica * Dose MÉDIA de Prednisona (Meticorten) 15 - 40mg/dia USO CURTO: Processos inflamatórios e alérgicos agudos leves e moderados USO INTERMEDIÁRIO: Exacerbação de processos inflamatórios e alérgicos; períodos de stress em reposição hormonal USO PROLONGADO: Manutenção de processos crônicos inflamatórios ou degenerativos; controle de imunossupressão de transplantes Indicações da Corticoterapia Sistêmica * Dose BAIXA de Prednisona (Meticorten) 5 - 15 mg/dia USO CURTO: Adjuvante no tratamento de processos infecciosos e inflamatórios agudos leves USO INTERMEDIÁRIO: Adjuvante no tratamento de processos infecciosos e inflamatórios crônicos leves USO PROLONGADO: Reposição hormonal; controle e manutenção de processos crônicos e quiescentes Indicações da Corticoterapia Sistêmica A oxidrila do carbono 11 é fundamental para o efeito corticosteróide. A prednisona e a cortisona tem um O no carbono 11, devendo ser ativadas ( o hepatócito faz a transformação em oxidrila) para serem ativas, transformando-as respectivamente em prednisolona e hidrocortisona.
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