Mulheres em Situação de Violência

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mulheres em situacao de violencia 
 
Violência é o ato de oprimir ou sujeitar alguém a 
fazer alguma coisa pelo uso da força 
OMS determina a violência contra a mulher com 
um grave problema de saúde pública, uma 
violação dos direitos humanos e uma questão 
política, cultural, policial e judicial 
Efeitos sociais: afeta o bem-estar, segurança, 
possibilidades de educação e desenvolvimento 
pessoal e autoestima 
• Efeitos na saúde podem ser diretos ou 
indiretos e podem ocorrer anos após a 
violência de fato 
Violência contra a mulher é qualquer conduta de 
discriminação, agressão ou coerção ocasionada 
pelo fato da vítima ser mulher 
• Violência física: ação que cause dano à 
integridade física da pessoa 
• Violência doméstica: forma mais comum 
que ocorre em ambiente doméstico ou em 
uma relação de familiaridade, 
afetividade ou coabitação 
• Violência moral: ação destinada a 
caluniar, difamar ou injuriar a honra ou 
a reputação, sendo muitas vezes a 
primeira forma sofrida pela mulher 
• Violência psicológica: ação que tem como 
objetivo degradar ou controlar as ações, 
comportamentos, crenças ou decisões de 
outra pessoa 
• Violência sexual: ação que obriga a 
pessoa a manter o contato sexual, seja 
físico ou verbal, ou a participar de outras 
relações sexuais contra a sua vontade 
o Independe do praticante e, 
muitas vezes, não deixa marcas 
típicas 
o É considerado estupro qualquer 
contato forçado que envolva 
órgãos sexuais 
Maioria das denúncias costumam ser de 
mulheres de cor parda 
Pandemia aumentou os casos de violência contra 
a mulher 
Lei Maria da Penha: lei que coíbe a violência 
doméstica e familiar contra a mulher 
• Maria da Penha era uma farmacêutica 
que, por duas vezes, foi vítima de 
tentativa de homicídio 
Indicadores de violência: transtornos crônicos / vagos 
/ repetitivos, início tardio do pré-natal, 
companheiro muito controlador, síndrome do 
intestino irritável, transtornos na sexualidade, 
complicações em gestações anteriores, abortos de 
repetição, depressão / ansiedade, dor crônica em 
qualquer parte do corpo ou mesmo sem 
localização precisa, dor que não tem nome ou 
lugar, história de tentativa de suicídio, lesões 
físicas que não se explicam de forma adequada, 
fibromialgia 
Muitas vezes, a mulher não reconhece o ato como 
uma violência ou ainda apresenta sentimentos, 
como vergonha, humilhação, culpa, medo, 
esperança de mudança, proteção do 
companheiro, menosprezo pelo problema 
Abordagem deve ser indireta para criar vínculos, 
mas pode ser mostrada de forma direta a partir 
de exemplos 
Atendimento deve ser realizado na presença de 
outra mulher, de forma humanizada e empática, 
com respeito e atenção 
Equipe multidisciplinar deve ser muito coesa 
para evitar a revitimização e juízos de valor 
Casos de violência contra a mulher exigem 
notificações compulsórias, independente da 
confirmação, e necessitam da comunicação a 
uma autoridade policial 
Todas as violências são potencialmente danosas 
e podem provocar grandes transtornos físicos e 
emocionais, além de tornar a vítima mais 
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suscetível a outros tipos de violência e ideações 
suicidas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Acompanhamento: manter a paciente vinculada ao 
serviço de saúde (agendar de 3 a 5 retornos) e 
possibilidade de encaminhamento a serviços de 
apoio (conselho tutelar, delegacia da mulher, 
pronto atendimentos) 
• Se a mulher sofreu violência sexual nas 
últimas 72 horas, ela deve ser 
encaminhada imediatamente para um 
serviço especializado em atendimento de 
violência sexual para profilaxia de ISTs 
e gravidez indesejada 
Redução dos números deve partir da 
conscientização, promoção de campanhas 
educativas que visem a prevenção e a proteção 
das mulheres, melhoria dos registros 
ambulatoriais e hospitalares, capacitação dos 
recursos humanos para prevenção e atendimento 
 
 
 
Violência sexual é sempre uma emergência 
Problema de saúde pública decorrente de uma 
desigualdade de gênero e que se configura como 
uma “doença pandêmica” 
Há uma diferença muito grande em relação à 
idade da vítima: faixa mais acometida em 
mulheres é no início da adolescência (12 a 14 
anos), enquanto nos homens é de 4 a 8 anos 
Redução do número de notificações durante a 
pandemia 
Estupro = constranger alguém, mediante 
violência ou grave ameaça, a ter conjunção 
carnal ou a praticar ou permitir que com ele se 
pratique outro ato libidinoso 
• 2009: alteração no código penal coloca 
estupro de vulnerável aquele que ocorre 
em menores de 14 anos 
• 2018: alterações no código penal que 
permitem a denúncia por qualquer 
cidadão e tornam irrelevante o 
consentimento e a experiência sexual 
prévia da vítima 
Notificação compulsória imediata (em até 24 
horas) é obrigatória para os profissionais da 
saúde 
Lei do minuto seguinte: atendimento completo e 
integral da vítima de violência sexual, incluindo 
a coleta sexológica 
Classificação do tempo de atendimento: 
• Atendimento imediato = até 5 dias da 
violência sexual 
o Cuidado para não revitimizar a 
vítima 
o Avaliar a gravidade das lesões 
o Considerar a idade e as datas da 
última menstruação e da última 
relação sexual consentida 
o Considerar as condições mentais 
e cognitivas da vítima 
o Buscar possíveis sinais de 
submissão química 
o Presença de doenças crônicas 
o Analisar as chances de 
reincidência da violência 
o Obter informações sobre troca de 
roupa, banho, higiene dental, 
evacuação e urina 
• Atendimento ambulatorial = após 5 dias 
da violência sexual 
• Atendimento da mulher gestante 
Classificação do nível de gravidade: sem evidência 
de violência, casos leves, casos moderados, casos 
graves, casos com risco de morte (necessita de 
um atendimento terciário) 
Abuso sexual é cometido por pessoas conhecidas, 
em geral, pelo protetor da vítima 
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Acolhimento: triagem diferenciada, presença de 
uma pessoa de confiança, atendimento 
humanizado e empático, equipe interdisciplinas 
preparada, ambiente reservado com confiança e 
respeito, garantia de sigilo e privacidade, 
respeito à autonomia da paciente capaz, 
ausência de julgamento de valor, 
reconhecimento de sinais de violência não 
declarada 
Prontuário médico é o principal documento de 
registro médico e deve seguir uma base comum 
Exame físico deve ser completo, incluindo a 
abordagem ginecológica caso seja necessária 
• Só se toca na paciente se houver 
consentimento 
• Observar lesões específicas, de 
imobilização ou sujeição, de 
silenciamento, por deslocamento ou 
arrasto, derivadas de atos libidinosos 
• Exame sexológico: exame da regiões 
anal, perianal e himenal, coleta de swabs 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exames complementares: bacterioscopia, cultura, 
sorologia, função hepática, hemograma, testes 
rápidos, beta-HCG 
Exames de interesse forense: sangue da pessoa 
agredida, dosagem alcoólica / toxicológica, beta-
HCG, urina, swabs, absorvente, papel higiênico, 
roupa íntima 
Contracepção de emergência é protocolo 
obrigatório para mulheres em idade fértil 
Profilaxia para ISTs depende do protocolo usado 
no sistema de atendimento 
• Para HIV, é recomendada até 72 horas e 
se houve ejaculação 
 
 
 
Violência sexual é uma violência de gênero e 
pode se apresentar de diferentes formas 
Conjunção carnal = introdução peniana na 
vagina completa ou incompleta 
Acolhimento em casos de violência sexual é 
essencial e começa já na recepção 
• Não é questão de habilidade e 
identificação, mas de dignidade humana 
• Local adequado de atendimento, olhar 
humanizado e sem julgamentos 
o Violência sexual é a única em 
que a vítima é responsabilizada 
pela violência que sofreu e tem 
seu relatoquestionado 
Para crianças / adolescentes, a coleta de 
informações importantes sobre o ato em si deve 
ser feita com o acompanhante para evitar causar 
danos psíquicos com a revitimização 
Para o atendimento médico pericial, deve-se 
haver o registro da ocorrência, o que difere do 
atendimento médico de emergência 
• Requisição deve vir da autoridade 
policial ou judiciária 
Tipos de perícia: estupro (pode ocorrer em 
ambientes necroscópicos), aborto, infanticídio 
(assassinato do bebê logo após o parto) 
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A maioria dos atos libidinosos não deixa marcas 
que podem ser verificadas na perícia 
Pesquisa de vestígios físicos: exame geral para busca 
de edemas, equimoses, escoriações, mordeduras, 
mutilações 
• Coleta de sujidade pode auxiliar na 
identificação do local de ocorrência do ato 
• Minoria das perícias dá positiva no 
âmbito físico 
• Posição ginecológica para identificação 
de lesões genitais e himenologia 
• Posição urológica para análise de lesões 
anais e perianais 
Coleta de vestígios biológicos: uso de swabs em 
regiões relatadas pela vítima ou que se perceba 
manchas / lesões 
• Pele, ânus e boca = até 24 horas 
• Vagina = até 72 horas 
Exames complementares para a perícia: pesquisa de 
espermatozoides, PSA (funciona como teste de 
triagem), DNA, toxicológico (urina) 
• Positividade do toxicológico é um 
qualificador do feito (aumento da 
gravidade criminal) 
Registro no prontuário é fundamental, porque há 
90% de subnotificação de casos de estupro 
Não se pode recusar atendimento a vítimas de 
estupro nos hospitais (saúde sempre vem antes 
da perícia) 
• Lesão é muito mais psíquica que física 
 
 
 
Foco do atendimento médico deve ser o que cabe 
no momento, descartando-se julgamentos, juízos 
de valor e busca de respostas 
Em casos de violência doméstica, há protocolos 
de afastamento da vítima e dos filhos 
Uma das maiores dificuldades da abordagem 
clínica é a vítima entender que foi uma vítima 
Para denúncias tardias, realiza-se exame físico 
com solicitação de sorologia e análise do 
prontuário da época (quando existe) 
• Prazo para notificação compulsória e 
comunicação à autoridade policial é de 24 
horas após a ciência do fato, não da 
ocorrência 
Primeiro contato é fundamental para não perder 
a vítima (criação de vínculo) 
 
 
 
Hoje, as mulheres ainda precisam de uma 
proteção do Estado, porque ainda há reflexos do 
sistema patriarcal 
Constituição prevê que homens e mulheres são 
iguais perante a lei, assim como o Código Civil, 
estipula os mesmos direitos para ambos 
• Para usufruir de alguns direitos, grupos 
vulneráveis precisam ser colocados em 
pé de igualdade 
Na sociedade patriarcal, a mulher é criada para 
servir o homem e a família 
• Até 2002, o Código Civil previa que 
mulheres eram parcialmente incapazes 
de exercer seus direitos 
• Direito ao voto veio, apenas, em 1932 
• 1962: Estatuto da Mulher Casada 
Muitas vezes, a mulher acaba aceitando certas 
violências para manter o casamento e a família, 
além da existência de uma dependência 
econômica e emocional 
Ações afirmativas do Estado para as mulheres 
são sob a forma de leis protetivas 
• Lei Maria da Penha: prevê um sistema 
integrado de proteção contra qualquer 
tipo de violência (física, psicológica, 
sexual, patrimonial, moral) cometida no 
âmbito doméstico e familiar ou de afeto 
o Trata-se de uma das melhores 
leis protetivas das mulheres, 
uma vez que, por ser 
multidisciplinar, prevê uma rede 
de proteção 
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o Medidas protetivas costumam 
gerar polêmicas, mas são 
extremamente eficazes 
✓ Concedidas em até 24 
horas e fiscalizadas 
✓ Há avaliação do risco 
para a criança antes da 
determinação da guarda 
• Lei Carolina Dieckmann: invasão de 
dispositivos informáticos 
• Lei do minuto seguinte: prevê todo o 
auxílio e atendimento de vítimas de 
violência sexual 
• Lei Joana Maranhão: prazo para 
denúncia e punição começa a contar a 
partir da maioridade da vítima 
• Lei do feminicídio: qualificação do 
homicídio em razão do gênero 
• Lei 13718: divulgação de fotos íntimas 
• Artigo 147 do Código Penal: stalking 
o Detenção do ex que não aceita o 
término do relacionamento antes 
de chegar ao feminicídio 
o Agregada, anteriormente, à 
contravenção penal de 
perturbação da tranquilidade 
Todas as formas de violência devem ser 
combatidas, mas nem todas estão cobertas pelo 
direito penal 
A reincidência de casos de violência está 
intimamente relacionada à dependência da 
mulher em relação ao homem 
• Quando a mulher volta a morar com seu 
agressor, o Estado não pode mais 
protegê-la se não houver um novo crime 
e uma nova denúncia 
Principais meios de denúncia: 
• 180 = central de atendimento à mulher 
• 190 = denúncia de casos de emergência 
(polícia militar) 
• Qualquer delegacia faz atendimento à 
mulher, mas pode-se comparecer à 
delegacia da mulher ou acessar 
delegacias eletrônicas 
 
 
 
 
 
A grande maioria dos abusos sexuais começa na 
infância 
Depoimento especial = escuta diferenciada para 
crianças e adolescentes vítimas de abusos 
sexuais (estabelecido por lei apenas em 2017) 
• Oitiva realizada por videoconferência 
• Minimiza a revitimização 
o Relato é limitado ao que é 
estritamente necessário para 
cumprir sua finalidade 
Muitas denúncias de abuso sexual acontecem 
nas escolas, as quais são vistas como ambientes 
de proteção 
Violência sexual é definida como todo ato sexual, 
tentativa de consumar um ato sexual ou 
insinuações sexuais indesejadas, além de ações 
para comercializar ou usar de qualquer outro 
modo a sexualidade de uma pessoa por meio da 
coerção por outra pessoa, independentemente, 
da relação desta com a vítima 
• Abuso sexual é toda forma de relação ou 
jogo sexual entre um adulto e uma 
criança ou adolescente, com o objetivo de 
satisfação desse adulto e / ou de outros 
adultos 
o Pode acontecer por meio de 
ameaça física ou verbal ou por 
manipulação / sedução e pode ou 
não apresentar contato físico 
o Na maioria dos casos, o abusador 
é uma pessoa conhecida 
Sinais de abuso sexual: lesões, hematomas, doenças 
sexualmente transmissíveis, mudanças bruscas 
de comportamento, alterações de humor, 
sonolência, perda ou excesso de apetite, baixa 
autoestima, isolamento social, evasão escolar, 
medo do escuro ou de ficar sozinho, autolesão, 
ideação suicida, dificuldades de ligação afetiva e 
amorosa, dificuldades em manter uma vida 
sexual saudável, dependência de substâncias 
• Presentes na menor parte dos casos 
• Costumam não ter testemunhas e não 
deixar marcas 
Estima-se que as denúncias que chegam aos 
órgãos de proteção correspondem a 10% do 
número real de casos de abuso sexual 
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Suspeito é do sexo masculino em 87% dos 
registros e, em 73% dos casos, ocorre dentro da 
própria casa 
• É frequente que a violência seja cometida 
por aqueles que deveriam proteger as 
crianças (“pequeno poder”) 
o Abuso intrafamiliar é o mais 
comum e é realizado por alguém 
de confiança da vítima 
(sentimento de lealdade) 
Mulheres são as principais vítimas, sendo que 
81% dos casos começa antes da maioridade da 
vítima, necessitando de tempo para assimilar 
• Muitas crianças nem sabem que foram 
abusadas ou são mantidas por ameaças 
• Sentimentos de culpa e vergonha 
Retratação = relatos que não são levados a sério 
pela família e acabam sendo declarados como 
“falsos” perante a justiça 
• Fatores: vínculo vítima-agressor, 
dependência econômica, descrença da 
principal figura de apoio (principalmente 
por laudos inconclusivos), vitimização 
secundária, idade, ausência de diálogo 
pela rigidez familiar 
Abuso sexual em meninos é subnotificado 
justamente por conta do patriarcalismo 
• Maior sentimentode vergonha (“perda 
da masculinidade”) 
• Maioria dos abusadores é do sexo 
masculino e heterossexual 
o Em casos de mulheres 
abusadoras, há o sentimento de 
que deve estar pronto 
• Crença na força de combate masculina 
• Muitos adolescentes vivenciam uma 
ereção ou até uma ejaculação durante a 
violência (reação fisiológica) 
Violência contra crianças é um sério risco a sua 
integridade física e mental, bem como uma 
violação aos seus direitos 
Exposição precoce à violência é reconhecida como 
a principal causa de mortalidade prematura e de 
transtornos na idade adulta 
• Para escapar do sofrimento emocional, 
muitas vítimas colocam em prática 
estratégias de sobrevivência prejudiciais 
(comportamentos dissociativos e de 
risco), exacerbando a vulnerabilidade e 
aumentando o risco de novos episódios de 
violência 
Inocência do agressor, muitas vezes, deve-se a 
ausência de provas suficientes, fazendo com que 
muitas crianças não se sintam protegidas 
Pesquisas indicam que falsas denúncias de 
abuso sexual são mínimas (de 2 a 4%) 
 
 
 
Hoje em dia, principalmente em delegacias 
especializadas, o delegado está treinado a 
manter a integridade das partes 
Polícia acompanha a retira dos pertences de uso 
pessoal e imediato para levar ao abrigo 
No caso do agressor não poder ser preso em 
flagrante, o registro de um boletim de ocorrência 
faz com que ele precise responder judicialmente 
Se forem tomadas as providências necessárias 
pela família e garantidos o apoio e a proteção, o 
desenvolvimento da criança é muito mais 
saudável mesmo frente ao caso 
• O que costuma agravar as repercussões 
na vida adulta é a desqualificação da fala 
e a não proteção da vítima 
Mulheres trans fazem uso das leis protetivas 
normalmente 
Quando o homem faz uso da sua posição de 
poder, determina-se o caso como crime a assédio 
Denúncias de abuso sexual podem ser feitas por 
qualquer cidadão 
O registro de um boletim de ocorrência indica 
uma vontade de que se investigue o crime