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Questionario 01 11 DIP

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1 – O que foram as Gacacas ruandesas? 
Os Tribunais Gacacas foram instaurados, internamente, pelo governo ruandês, com o objetivo de julgar os 
acusados pelo massacre genocida. 
entre 2002 e 2012 foram julgadas quase 02 milhões de pessoas. 
30% delas absolvidas. 
10% condenadas à prisão perpétua 
quase 60% sentenciadas a penas de 05 a 25 anos de prisão 
A Gacaca pós-genocídio de 1934 era organizada em cortes, presidida por juízes eleitos de acordo com o seu nível 
de integridade. As Gacacas foram resgatadas pelo governo, após o massacre, sob a alegação de que 
proporcionariam maior celeridade e eficácia aos processos. De fato, vê-se que esses tribunais locais foram muito 
céleres e eficazes, entretanto, como eram compostos por membros das comunidades locais, eleitos pela 
população, leigos e sem formação jurídica, foram bastante criticados por órgãos internacionais, que alegaram falta 
de profissionalismo e imparcialidade nos julgamentos. O governo ruandês rebateu a essas críticas sustentando 
que essa era a única alternativa para julgar um número elevado de pessoas e crimes, pois caso fossem julgados 
no curso normal, a justiça levaria mais de 300 anos para que todas as sentenças fossem proferidas. 
2 – O que são as fontes primárias, secundárias e terciárias dos tratados? Quais são elas? 
As fontes do Direito Internacional, constituem os modos pelos quais o Direito se manifesta. 
Previstas no art. 38 do Estatuto da CIJ, estabelecem critérios para julgamento. 
Fonte Primária: Costumes (jusnaturalismo) e tratados (juspositivismo). 
Fonte Secundária: Princípios gerais de direito, jurisprudência internacional e doutrina. 
Fonte Terciária: analogia. Só pode ser utilizada se previamente autorizada pelas partes. 
3 – Quanto ao conteúdo, quais são os tratados pela Convenção de Viena? 
Intenções (soft law): Servem para a interpretação de tratados futuros, é uma exposição de motivos. Tratados de 
intenções não vinculam os países, é apenas para ajudar na interpretação. Deverá ser uma interpretação restritiva 
e não ampliativa. Exposição de motivos dos códigos dão uma base para a interpretação restritiva. Tratados de 
intenções: Itaipu foi precedido de tratados de intenções. A maioria é para justificar viagens de chefes de Estado. 
Firmas as intenções em relação a um país, uma política. 
Principiológicos (soft law): Parecido com os de intenções, mas falam sobre os princípios gerais, sobre questões 
previdenciárias, econômicas, trabalhistas, políticas. Na prática, servem para justificar gastos de viagem. Feitos 
com parceiros econômicos, políticos, etc. 
Jurídicos (hard law): Mais completos, fazem lei entre as partes. 
Técnicos (hard law): Criam regras, normativas. Tratam questões técnicas, servem geralmente para classificar 
questões científicas. São mais técnicos no sentido de definição 
de determinadas coisas. Pacificação de alguns pontos científicos, engenharia, química, espaço sideral. Ex. energia 
nuclear, plutão não é mais um planeta, o encontro da partícula de Deus. 
 – Quais são as fases do tratado internacional? 
Negociação: Fase preliminar. Fase prévia, de aproximação, troca de notas. 
Redação: Tem que ser escrito para poder registrar na ONU. É formal por essência, é o que o diferencia do 
costume. Técnico, pois, segue a linguagem jurídica. Segue padrão linguístico dos países envolvidos. 
Assinatura: Perdeu a importância, seu valor, após a necessidade de ratificação, tornou-se mais simbólica, embora 
tenha consequências jurídicas. É um costume da Convenção de Viena. 
Ratificação: Necessidade pela característica dualista dos países. Ato pelo qual a autoridade nacional informa aos 
demais atores do tratado que ele está valendo. Ato unilateral que exprime de forma definitiva, no plano 
internacional, a vontade do Estado signatário de se obrigar com o tratado. 
Promulgação: Não confundir promulgação com publicação. Fase interna, após a ratificação, se dá por Decreto do 
Presidente sendo publicado no Diário Oficial da União os que hajam prescindido do assentimento parlamentar. 
(Brasil) 
Registro dos Tratados Internacionais: Fase endógena externa final. Artigo 102 § 1º da Carta da ONU de 1945 
– Devem ser registrados pelo Secretariado da ONU. Itamaraty na época do governo Lula só registrava 
internamente, apenas no Mercosul. 
5 – Qual a competência do TPI? 
TPI (Tribunal Penal Internacional): é independente do sistema ONU, pune crimes contra humanidade, crime de 
guerra, invasão de Estados e crimes de genocídio. Julga pessoas e não Estados. 
6 – Qual sistema de ratificação adotado pelo Brasil? 
Sistema Brasileiro: Legislativista complexo. Ambas as casas do Congresso Nacional devem se manifestar, 
independente da matéria. 
7 – Como se divide a teoria do dualismo? 
Dualismo: O d. internacional e o d. interno formam dois sistemas independentes e distintos. 
Triepel (Alemanha), Anzillotti e Cavaglieri (Itália) são seus mais notáveis 
defensores: direito interno e direito internacional = 2 sistemas independentes 
distintos. 
A ordem jurídica interna compreende a Constituição e demais instâncias normativas 
vigentes no país, a externa envolve tratados e demais critérios que regem o 
relacionamento entre os diversos Estados. 
Direito internacional e direito interno = sistemas incompatíveis (analogia com a 
tomada de 2 e 3 pinos) 
Internamente faz o que quer, externamente pode fazer algo completamente 
diferente, são distintos! 
A norma externa só teria aplicabilidade no direito interno caso fosse recepcionada 
pelo mesmo, não havendo assim conflito 
 
o descumprimento da incorporação em seu ordenamento interno de uma 
norma externa com a qual houvesse se comprometido, ensejaria apenas a 
responsabilidade internacional do Estado, não podendo haver jamais 
imposição por parte dos demais signatários 
é possível tal distinção, segundo os dualistas, pois ambas as normas, internas e 
externas, atuam em esferas distintas, tendo origens e objetos diversos. 
 
Crítica ao Dualismo 
➔ enfraquece o direito internacional 
➔ impede a consecução de normas universais: se não adere a norma ela não 
tem validade dentro do seu país 
➔ protege déspotas, ditadores e estados absolutistas 
8 – Qual a importância do jusnaturalista Pufendorf para o DIP? 
Foi um dos expoentes da corrente jusnaturalista e criou o transpersonalismo, tendo os seus escritos influenciado 
de forma duradoura o ensino do Direito na maioria da Europa, com destaque para os países de tradição católica. 
No campo do Direito Público, Pufendorf ensina que a vontade do Estado é a soma das vontades individuais 
que o constituem e que tal associação explica o Estado. Nesta concepção a priori, Pufendorf demonstra 
ser um precursor de Jean-Jacques Rousseau e do "contrato social". 
Pufendorf defende a noção de que o direito internacional não está restrito à cristandade, mas constitui um 
elo comum a todas as nações, pois todas elas formam a humanidade. 
Pufendorf é um teórico da guerra justa. 
As suas obras são adotadas em muitas cadeiras de Direito Natural, mas a leitura do Direito Natural procura 
destacá-lo daquilo que é em geral a Ética, assumindo que a construção de um sistema de Direito Natural é diferente 
da construção de uma ética. 
A concepção de Estado é também inovadora para a época: visão na sua relação com a sociedade, que mais tarde 
é classificada como transpersonalismo. 
A visão transpersonalista traz que o Estado é um ente moral. Processo de divisão entre Estado e as pessoas que 
corporalizam esse Estado – pessoa física do soberano. Isto, porque, até aqui, falar de Estado e de soberano era 
a mesma coisa. Portanto, aqui o Estado é separado das pessoas físicas. 
Outra novidade igualmente importante diz respeito à soberania; Pufendorf subscreve a ideia de que a soberania 
não se cria na sociedade, não é criada por ninguém; quando muito, institui-se. 
Ideia de que o Estado é muito mais, e, sobretudo, distinto da soma das vontades individuais,isto é, mesmo numa 
perspectiva do Estado com base em contrato social, o que emerge desse acordo de vontades é mais do que a 
soma dessas vontades. 
Samuel Pufendorf: O direito natural se origina na razão, que criaria o direito, ao contrário da doutrina católica, 
que considerava a razão não como criadora do direito, mas o meio de descobri-lo. Um jusnaturalismo 
racionalista universal não é possível, porque os valores não são universais e só a lógica formal é, como 
princípio da não contradição. Comentário: Era Alemão, viveu entre 1632 e 1694. O jusnaturalismo 
racionalista não é possível no DIP porque os valores NÃO são universais, só a lógica formal o é, pelo 
princípio da não contradição. Realça o Cosmopolitismo do DIP, mas sua teoria é pouco aceita à época, porque 
a Europa vivia o surto do Nacionalismo Romântico. 
9- Malcolm Shaw fala em caráter anárquico... 
Malcom Shaw fala em “caráter anárquico”, tendo em vista o choque entre soberanias no espaço internacional. 
10 – Qual foi o impacto da Baía dos Porcos para a diplomacia? 
A Invasão da Baía dos Porcos (conhecida em Cuba como La Batalla de Girón) foi uma tentativa frustrada de 
invadir o sul de Cuba empreendida em abril de 1961 por um grupo paramilitar de exilados cubanos anticastristas (a 
chamada Brigada de Asalto 2506). O grupo fora treinado e dirigido pela CIA, com apoio das Forças Armadas dos 
Estados Unidos. O objetivo da operação era derrubar o governo socialista de Fidel Castro. 
O plano foi lançado em abril de 1961, menos de três meses depois de John F. Kennedy ter assumido a Presidência 
dos Estados Unidos. A arriscada ação terminou em fracasso. As forças armadas cubanas, treinadas e equipadas 
pelas nações do Bloco do Leste, derrotaram os combatentes do exílio em três dias e a maior parte dos agressores 
se rendeu. 
O ataque à Baía dos Porcos fazia parte da chamada "Operação Mangusto",[6] que tinha como objetivo derrubar o 
recém-formado governo comunista e assassinar o líder da Revolução Cubana, Fidel Castro. Depois de três dias 
de combates, os invasores foram vencidos e Fidel declarou vitória sobre o "imperialismo americano". 
Fidel Castro já esperava um ataque direto à ilha,[6] tendo sido alertado previamente por Che Guevara, que 
presenciara um ataque semelhante durante o golpe ocorrido na Guatemala. Com a invasão iminente, Fidel 
anunciou em discurso no dia 16 de abril de 1961, pela primeira vez, o caráter socialista da revolução e, no dia 
seguinte, teve início o ataque à ilha, na Praia de Girón, localizada na Baía dos Porcos. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jusnaturalismo
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Transpersonalismo&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Jacques_Rousseau
https://pt.wikipedia.org/wiki/Contrato_social
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_internacional
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cristandade
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89tica
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89tica
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Transpersonalismo&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cuba
https://pt.wikipedia.org/wiki/1961
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paramilitar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anticastrista
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Brigada_2506&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Central_Intelligence_Agency
https://pt.wikipedia.org/wiki/For%C3%A7as_Armadas_dos_Estados_Unidos
https://pt.wikipedia.org/wiki/For%C3%A7as_Armadas_dos_Estados_Unidos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Socialista
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fidel_Castro
https://pt.wikipedia.org/wiki/John_F._Kennedy
https://pt.wikipedia.org/wiki/Presid%C3%AAncia_dos_Estados_Unidos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Presid%C3%AAncia_dos_Estados_Unidos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bloco_do_Leste
https://pt.wikipedia.org/wiki/Opera%C3%A7%C3%A3o_Mongoose
https://pt.wikipedia.org/wiki/Invas%C3%A3o_da_Ba%C3%ADa_dos_Porcos#cite_note-MANGUSTO-6
https://pt.wikipedia.org/wiki/Comunista
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lideran%C3%A7a
https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Cubana
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fidel_Castro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imperialismo_americano
https://pt.wikipedia.org/wiki/Invas%C3%A3o_da_Ba%C3%ADa_dos_Porcos#cite_note-MANGUSTO-6
https://pt.wikipedia.org/wiki/Che_Guevara
https://pt.wikipedia.org/wiki/Golpe_de_Estado_na_Guatemala_em_1954
Através da CIA, o governo estadunidense treinou 1 297 exilados cubanos, a maioria deles baseados em Miami, 
para destituir o governo de Fidel Castro. Como o planejado apoio da Força Aérea Americana fora vetado pelo 
presidente Kennedy, temendo envolver o governo dos Estados Unidos de forma institucional e aberta, a operação 
foi lançada com pouco apoio logístico dos Estados Unidos e acabou fracassando. Castro, temendo uma nova 
invasão americana, decidiu apoiar a ideia russa de instalar mísseis nucleares no seu país, o que precipitaria em 
uma nova crise na região, desta vez com proporções bem maiores. 
o impacto da Baía dos Porcos para a diplomacia foi o estabelecimento do diálogo, nos termos do artigo 33 da 
Carta das Nações Unidas, com a criação à época, de um canal de comunicação direto entre os governos de 
Washington e Moscou, denominado linha vermelha entre a União Soviética e os Estados Unidos, a fim de 
resolver hostilidades como essa. Isto foi importante à época, devido ao atraso nas comunicações que eram 
transmitidos por telégrafos. Os países também compartilharam seus dispositivos de codificação, cuja primeira 
mensagem foi enviada no dia 30/08/1963 do Pentágono para o Kremlin Os Estados Unidos, soviéticos e a 
Inglaterra assinaram, em 1963, um tratado que proibiam testes com armas nucleares. Entretanto, em 1964, a China 
iniciou seus testes, já que não tinha nada a ver com o tratado entre os três países. 
11 – Crise diplomática conhecida como crise das Coreias. 
A tensão entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte tem origem na divisão de poder global após a Segunda Guerra 
Mundial (1939-1945). Durante o processo de ocupação das áreas tomadas pelo Japão, um ex-aliado nazista, os 
Estados Unidos ficaram com o sul da península Coreana, enquanto a União Soviética estabeleceu suas tropas no 
norte. Inspirados pela revolução comunista na China, em 1949, os norte-coreanos decidiram, no ano seguinte, 
tentar unificar as Coreias por meio de uma declaração de guerra ao Sul. Começava ali a Guerra da Coreia (1950-
1953), que tinha de um lado o apoio das tropas soviéticas e, do outro, a participação de militares americanos. O 
conflito foi encerrado com ambos os lados voltando para os limites do paralelo 38, a linha imaginária que marcava 
a divisão inicial entre os territórios comunistas e capitalistas. Apesar da assinatura do Tratado de Pan-munjom ter 
acabado com as batalhas imediatas, um acordo de paz nunca foi estabelecido, e Coreia do Sul e Coreia do Norte 
continuam oficialmente em guerra até hoje. Nas décadas seguintes, enquanto a Coreia do Sul modernizou sua 
indústria e virou um dos principais países exportadores da Ásia, a Coreia do Norte manteve o sistema comunista 
de governo, com rígido controle sobre os meios da produção. Ambos os países, no entanto, continuaram investindo 
fortemente em suas Forças Armadas. No Sul, o foco estava no treinamento das tropas e na aquisição de caças e 
tanques americanos. O Norte, por sua vez, desenvolveu um polêmico programa nuclear que culminou, em 2006, 
com o primeiro teste de uma bomba atômica do país comunista. O desenvolvimento da arma nuclear pela Coreia 
do Norte elevou as tensões a um novo patamar na península e provocou intensificação das sanções econômicas 
da ONU (Organização das Nações Unidas) contra o país. Paradoxalmente, analistas acreditam que a situação só 
não se desenvolveu em um novo conflito por causa da bomba atômica norte-coreana,que desencoraja um ataque 
do Sul. Mais recentemente, em março de 2010, um ataque com torpedo atribuído a um submarino norte-coreano 
provocou o afundamento da corveta Cheonan, da Marinha da Coreia do Sul. Ao menos 46 militares morreram na 
ação, fortemente condenada pela comunidade internacional. Parte da agressividade da Coreia do Norte pode ser 
atribuída à constante necessidade de ajuda internacional em questões básicas como alimentação e remédios. O 
governo norte-coreano, liderado pelo ditador Kim Jong-il, é incapaz de suprir as necessidades de sua população 
e constantemente usa a chantagem militar como forma de conseguir mais recursos. 
12 – O que é troca de notas? 
Troca de notas é uma fase de negociação 
“muito importante” (“animus contrahendi”; 
debates orais seguidos de ato protocolar diplomático; 
serve para auxiliar na elaboração do tratado; 
deixa claro o que quer; forma oficial; fica arquivado nas duas chancelarias; fonte complementar do DIP, caso caia 
na CIJ, pode locupletar e auxiliar a interpretação dos juízes em um eventual processo). 
13 – O que é hard power e como isso influencia nas normas de DIP? 
Hard Power: 
É o conjunto de vários elementos: Tecnologia, economia, território, população, armar nucleares, recursos naturais 
(petróleo). 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Miami
https://pt.wikipedia.org/wiki/For%C3%A7a_A%C3%A9rea_dos_Estados_Unidos
https://pt.wikipedia.org/wiki/John_F._Kennedy
https://pt.wikipedia.org/wiki/Governo_dos_Estados_Unidos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Crise_dos_m%C3%ADsseis_de_Cuba
É o poder de intimidação, de coação, etc. É conseguir as coisas por meio da força, a guerra é o seu limite. 
14 – A ONU tem órgãos para tratar de umbrela conventions, quais são eles? 
UNCLOS: A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), frequentemente referida pelo 
acrónimo em inglês UNCLOS (de United Nations Convention on the Law of the Sea), 
é um tratado multilateral celebrado sob os auspícios da ONU em Montego Bay, Jamaica, a 10 de Dezembro de 
1982, que 
define e codifica conceitos herdados do direito internacional costumeiro referentes a assuntos marítimos, como 
mar territorial, zona econômica exclusiva, plataforma continental e outros, e estabelece os princípios gerais da 
exploração dos recursos naturais do mar, como os recursos vivos, os do solo e os do subsolo. 
A Convenção também criou o Tribunal Internacional do Direito do Mar, competente para julgar as controvérsias 
relativas à interpretação e à aplicação daquele tratado. 
UNEP: O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, PNUMA (no Brasil) ou Programa das Nações 
Unidas para o Ambiente, PNUA (em Portugal) ou, em inglês, United Nations Environment Programme, 
UNEP, é um programa das Nações Unidas voltado à proteção do meio ambiente e à promoção do desenvolvimento 
sustentável. 
O PNUMA foi criado em 15 de dezembro de 1972 durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, sendo regido 
pela Carta da ONU. Tem como objetivo coordenar as ações internacionais de proteção ao meio ambiente e 
de promoção do desenvolvimento sustentável. Para isso, trabalha com grande número de parceiros, incluindo 
outras entidades das ONU, organizações internacionais, organizações ligadas aos governos nacionais e 
organizações não governamentais. 
UNEA: A Assembleia Ambiental das Nações Unidas (UNEA) é o maior fórum mundial de alto nível para 
questões de meio ambiente. Nela, chefes de Estado, ministros do Meio Ambiente, ativistas, presidentes de 
multinacionais, ONGs e outros convidados se reúnem para discutir e assumir compromissos globais com a 
proteção ambiental. 
15 – Qual a importância do que ficou conhecido no sudoeste africano? (Bustamante) 
Caso do Sudoeste Africano de 1962 – Livro Mazzuoli: No caso do Sudoeste Africano de 1962, fazendo 
referência ao sistema de registro da SdN (Liga das Nações), os juízes Bustamante e Jessup (contrariamente aos 
juízes Spender e Fitzmautice) sustentaram que um tratado não registrado poderia sim ser invocado pelas partes 
num processo perante a Corte, desde que, por qualquer meio idôneo, as partes lhe tivessem dado publicidade. 
 
16 – Existe hierarquia entre as cortes internacionais e nacionais? 
Não. Sistemas jurídicos distintos, independentes. 
17 – O que é sistema de ratificação parlamentar complexo? 
Sistema Brasileiro: Legislativista complexo (tem gente que entende que é obrigatório e tem gente que entende 
que não é obrigatório). Ambas as casas do Congresso Nacional devem se manifestar, independente da matéria. 
18 – Quais tipos de nulidade de consentimento são permitidos pela Convenção de Viena? Explique-os. 
 (Mazzuoli): Em uma única hipótese (a do art. 51) prevê a Convenção de Viena a nulidade (absoluta) do 
consentimento do Estado em obrigar-se pelo tratado. Trata-se do caso do consentimento obtido por coação 
do representante do Estado, 
nestes termos: “Não produzirá qualquer efeito jurídico a manifestação do consentimento de um Estado em obrigar-
se por um tratado que tenha sido obtido pela coação de seu representante, por meio de atos ou ameaças dirigidas 
contra ele”. 
A Comissão de Direito Internacional da ONU e a Conferência de Viena de 19681969 consideraram tal coação mais 
grave que a corrupção do representante do Estado, a ponto de nulificar o consentimento ab initio (dizendo que a 
sua manifestação não produzirá “qualquer efeito jurídico”). Assim, diferentemente dos casos de anulabilidade já 
analisados (especialmente o de corrupção do representante do Estado), a coação exercida sobre o representante 
de um Estado anula ex tunc o consentimento, que passa a ser tido como se nunca houvesse existido. 
19 – Direito dos povos, direito das gentes é nomenclatura correta ou incorreta? Explique seu ponto de 
vista. 
Tanto na doutrina como na prática das relações internacionais, não se descarta chamá-lo de direito das 
gentes (terminologia advinda do direito francês droit des gens). A justificativa para a utilização da expressão 
“gentes” (na concepção, entre outros, de Georges Scelle) está em ser o Direito Internacional Público não somente 
um direito vinculado a entes específicos, mas um direito de todo o mundo, a englobar não somente Estados, mas 
também povos e pessoas. 
20 – Quais as fases externas dos tratados? 
As fases internacionais de celebração de tratados, levadas a cabo pelo Poder Executivo dos Estados, as quais se 
desdobram nas negociações preliminares, na adoção do texto, na autenticação, na assinatura, na ratificação e na 
eventual adesão. (Mazzuoli) 
21 – Explique sobre o tribunal internacional penal de Ruanda. 
O Tribunal Penal Internacional de Ruanda, TPIR, tratou-se, como o próprio nome diz, de um tribunal 
internacional, criado pela ONU, no final de 1994, por meio da Resolução 955, com a finalidade de processar as 
pessoas responsáveis por genocídio e outras sérias violações ao Direito Internacional Humanitário cometidas no 
Estado de Ruanda, bem como nos Estados vizinhos. 
22 – Como é chamado um tratado internacional que cria normas de soberania compartida? 
Umbrella Conventions: Cobre áreas do globo onde não há soberania 
 No man’s land’s, que são zonas de exclusão usadas em guerras ou entre países. 
Todos são obrigados a observar, ainda que não sejam signatários. 
Conceito: Espécie de tratado internacional aplicável às questões relacionadas ao meio-ambiente (e etc.), em zonas 
internacionais de soberania compartida ou sem soberania. (Alto mar, oceanos e a Antártica. 
23 - Explique o princípio da sociedade internacional chamado descentralização. 
Vários são os criadores das normas de DIP. 
(Não há um poder centralizado como no direito interno). 
 É um dos princípios mais respeitados. Embora a ONU seja o principal, existem outros órgãos, como a EU, UA, 
Unasul (que não existe mais), ASEAN. O objetivo da ONU não é ter uma sede, ela, inclusive, delega poderes aos 
órgãos regionais. 
24 - O que significa ex aequo et bono?Significa equidade/analogia. Só pode ser utilizada se previamente autorizada pelas partes. 
 
25 - Explique o princípio da sociedade internacional chamado descentralização. 
Questão 23. 
26 - Explique em linhas gerais a crise da Bahia dos porcos. 
Conhecida em espanhol pelo nome de "La Batalla de Girón em Cuba", a Invasão da Baía dos Porcos ocorreu 
quando um contingente de exilados cubanos contrários a Fidel Castro, organizados pelos EUA, tentaram 
invadir a região sul de Cuba. Este episódio ocorreu no ano de 1961 e os exilados de Cuba foram apoiados 
pelo exército norte-americano e tiveram treinamento de agentes da CIA (Central Intelligence Agency). O 
objetivo era depor o governo socialista que tinha se instalado após a Revolução Cubana e derrubar Fidel 
Castro. Menos de três meses após John Kennedy assumir a presidência dos EUA, o plano da Invasão da 
Baía dos Porcos foi colocado em ação, mas acabou sendo um fracasso. Isso ocorreu devido ao 
equipamento e treinamento do exército cubano, financiado pelos países do Bloco do Leste, e acabaram 
https://www.infoescola.com/cuba
https://www.infoescola.com/historia/revolucao-cubana/
https://www.infoescola.com/biografias/john-kennedy/
vencendo os exilados em um período de 3 dias, sendo que grande parcela dos agressores foram presos 
pelas forças armadas de Cuba. Este confronto acirrou ainda mais o relacionamento ruim entre os Estados 
Unidos e Cuba e teve como consequência a Crise dos Mísseis. 
27 - Controvérsia da bandeira da ONU. 
Na bandeira figura o emblema oficial das Nações Unidas em branco num fundo azul. O emblema consiste 
numa projecção azimutal equidistante do mapa mundo (menos a Antárctica) centrada no Pólo Norte, rodeada de 
ramos de oliveira. Os ramos de oliveira são um símbolo de paz e o mapa mundo representa todos os povos do 
mundo. (Foi uma dificuldade chegar a isso). 
28 - Qual convenção atual foi influenciado pela paz de Deus? 
As Convenções de Genebra (1949) e seus Protocolos Adicionais compõe o núcleo do Direito Internacional 
Humanitário, o ramo do Direito Internacional que regula a condução dos conflitos armados, buscando limitar seus 
efeitos. 
Protegem especificamente as pessoas que não participam das hostilidades (civis, profissionais da saúde 
e humanitários) e as que deixaram de participar, como os soldados feridos, enfermos e náufragos e os 
prisioneiros de guerra. 
 As Convenções e seus Protocolos estipulam medidas a serem tomadas para evitar ou colocar um fim em todas 
as violações 
 Contêm normas estritas para lidar com as chamadas “infrações graves”. 
Os indivíduos responsáveis pelas infrações graves devem ser encontrados, julgados ou extraditados, seja qual for 
sua nacionalidade. 
29 - O que significa inexigibilidade de conduta póstuma no DIP? 
Inexigibilidade de Conduta Póstera: “a prática do costume não o torna obrigatório no futuro”. Mesmo após o 
costume ser considerado fonte do DIP, não gera exigibilidade da conduta. (Exemplo: É comum que os Estados 
ajudem outros quando são vítimas de desastres. Mas quando da passagem de um furacão nos EUA, todos os 
países ofereceram ajuda, com exceção da Coréia do Norte, contudo, ele não pode ser punido por isso.) 
30 - É possível a renúncia parcial de um tratado internacional? 
Renúncia Parcial: Em regra não pode. 
Três Exceções: 
a) essas cláusulas sejam separáveis do resto do tratado no que concerne a sua aplicação; b) resulte do tratado ou 
fique estabelecido de outra forma que a aceitação dessas cláusulas não constituía para a outra parte, ou para as 
outras partes no tratado, uma base essencial do seu consentimento em obrigar-se pelo tratado em seu conjunto; 
e 
c) não seja injusto continuar a executar o resto do tratado. 
 
31 - Explique o que é sociedade internacional. 
É uma sociedade de Estados + Organismos Internacionais, ONGIs, Empresas Internacionais e Indivíduos. 
32 - Qual foi a contribuição de Kelsen para o DIP? 
Monismo: O maior expoente foi Hans Kelsen. É a teoria que entende o Direito como ciência cartesiana, não aceita 
a existência de duas ordens jurídicas autônomas, independentes e não derivadas, nesse sentido, o d. internacional 
e o d. interno constituem o mesmo sistema jurídico. Há apenas uma única ordem jurídica que dá nascimento às 
normas internacionais e nacionais (norma fundamental). 
33 - De acordo com o art. 38, quais são as fontes do Direito Internacional Público? 
Artigo 38 A Corte, cuja função é decidir de acordo com o direito internacional as controvérsias que lhe forem 
submetidas, aplicará: 
https://www.infoescola.com/historia/crise-dos-misseis-de-1962/
a. as convenções internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabeleçam regras expressamente 
reconhecidas pelos Estados litigantes; (Fontes primárias, TRATADOS) 
b. o costume internacional, como prova de uma prática geral aceita como sendo o direito; (Fonte, sem hierarquia 
com os tratados, COSTUMES) 
c. os princípios gerais de direito, reconhecidos pelas nações civilizadas; 
d. sob ressalva da disposição do Artigo 59, as decisões judiciárias (só de tribunais internacionais) e a doutrina 
dos juristas mais qualificados (decisão/costume BR) das diferentes nações, como meio auxiliar para a 
determinação das regras de direito. (Fonte auxiliar) (As decisões brasileiras, ainda que sobre d. internacional só 
serão consideradas como ato unilateral, costume ou doutrina.) 
A presente disposição não prejudicará a faculdade da Corte de decidir uma questão ex aequo et bono (equidade, 
analogia), se as partes com isto concordarem. (Não aplica direto porque os países mudam muito e a história não 
se repete) 
34 - O que difere o Smart Power do Soft Power? Qual a importância de entender essa diferença? 
Soft Power: É a habilidade de obter o que se quer através de atração, ao invés de coerção ou punição. Poder 
brando, ele coopta as pessoas ao invés de coagi-las. 
Hard Power: Tecnologia, economia, território, população, armar nucleares, recursos naturais (petróleo). É o poder 
de intimidação, de coação, etc. É conseguir as coisas por meio da força, a guerra é o seu limite. 
Smart Power: É o equilíbrio entre o hard e o soft power em estratégia, poder de diplomacia. Envolve o uso 
estratégico da diplomacia, persuasão, capacitação, projeção de poder e influência de modo que seja rentável e 
legitima como políticas sociais". – Essencialmente envolve força militar e todas as formas de diplomacia. 
 
35 - Como foram constituídos os Tribunais Internacionais de Ruanda? 
embora tenha sido criado para ser um órgão de aplicação e execução da lei do Conselho de Segurança da ONU, 
era uma unidade autônoma e separada deste. 
 Ou seja, o TPIR e o Conselho de Segurança da ONU não podiam intervir um no funcionamento do outro e 
este era o objetivo. 
Importante salientar que, como já dito acima, o TPIR não foi instituído com a pretensão de ser um tribunal 
permanente e sim um tribunal ad hoc, que quando acabasse de julgar os acusados de crimes de sua 
competência, seria extinto, o que de fato ocorreu em 2015 após o seu 45º julgamento. 
Estruturalmente, o TPIR era formado por três órgãos: 
1. as câmaras de julgamento e de apelação; 
2. a promotoria e 
3. a secretária. 
 Havia três Câmaras de Julgamento sediadas em Arusha, Tanzânia e Haia. 
A quantidade de juízes e permanentes e juízes ad litem (que eram eleitos por determinado tempo) continham 
previsão nos artigos 11 e 12 do Estatuto do TPIR. 
 Os juízes concorrentes às eleições eram indicados pelos países membros da ONU em uma lista, a qual 
era apresentada pelo Conselho de Justiça à Assembleia Geral da ONU, responsável por eleger os juízes. 
Na indicação procurava-se proporcionar representatividade aos principais sistemas legais do mundo, sendo 
vedado haver dois juízes nacionais, do mesmo Estado, no tribunal. No caso desses juízes eleitos, o 
mandado era de quatro anos com possibilidade de reeleição. 
Já a promotoria, era composta por um promotor,indicado pelo Conselho de Segurança e nomeado pelo 
secretário geral da ONU, e uma equipe qualificada, sendo o promotor o responsável pela investigação e 
acusação das pessoas responsáveis pelos crimes objeto da jurisdição do tribunal. 
O promotor deveria atuar de forma independente, sem receber orientação de governos ou quaisquer outras fontes. 
Por fim, a Secretaria era responsável pela administração e os demais serviços do TPIR e era composta por um 
secretário, indicado pelo secretário geral da ONU e uma equipe qualificada. Tanto o promotor, quanto o secretário 
eram designados para um mandado de quatro anos, sendo possível a recondução. 
36 – É possível a renúncia parcial de um tratado? 
Questão 30. 
 
37 - Existe divisão na teoria monista? 
Monismo puro: Maior expoente foi Hans Kelsen 
Entende o direito como ciência cartesiana. 
Para os monistas o Direito internacional e o interno constituem o mesmo sistema jurídico. 
Há apenas uma única ordem jurídica que dá nascimento às normas internacionais e nacionais 
Não há fronteiras, assim como ciências exatas ou biológicas 
Norma fundamental: conceito de justo 
Sentimento de justiça ou injustiça é universal 
Acreditava em uma norma geral, existe um único direito, não dois 
Não existe isso de direitos diferentes 
Monismo puro não existe, só na cabeça de Kelsen 
Monismo moderado: prega uma equivalência entre as normas nacionais e internacionais, devendo possível 
conflito ser suprimido mediante critérios próprios, como o da revogação da lei mais antiga pela mais recente ou da 
lei mais genérica pela mais específica. Existe, muito pouco mas existe, ex: Monaco, Vaticano… 
Críticas ao monismo: em havendo origem comum para as normas nacionais e 
internacionais, como será possível escaloná-las? 
Pode-se propugnar pela supremacia do Direito Interno, reconhecendo, in casu, o 
direito internacional como mero desdobramento do direito interno? 
Pode-se defender a tese da supremacia das normas internacionais, considerando 
então que a autonomia estatal encontra seu limite no ordenamento internacional? 
O monismo tem duas posições: 
O Monismo como primazia do direito interno: O Direito Internacional tira a sua obrigatoriedade do Direito Interno, 
de forma a ser reduzido a um simples “direito estatal externo”. Não existem duas ordens jurídicas autônomas que 
mantenham relações entre si. Críticas: Essa teoria nega a existência do próprio Direito Internacional como um 
direito autônomo, independente. Ela o reduz a um simples direito estatal. 
O Monismo com primazia do Direito Internacional: Parte da não existência de diferenças fundamentais entre as 
duas ordens jurídicas. A própria noção de soberania deve ser entendida com certa relatividade e dependente da 
ordem internacional. O conflito entre o Direito Interno e o Direito Internacional não quebra a unidade do sistema 
jurídico, como um conflito entre a lei e a Constituição não quebra a unidade do direito estatal. O importante é a 
predominância do Direito Internacional; que ocorre na prática internacional, como se pode demonstrar com duas 
hipóteses: a) uma lei contrária ao DI dá ao Estado prejudicado o direito de iniciar um processo de responsabilidade 
internacional; b) uma norma internacional contrária à lei interna não dá ao Estado direito análogo ao da hipótese 
anterior. 
Monismo puro: Todos os direitos são uma coisa só. Constituem o mesmo sistema jurídico. Não há fronteiras, 
assim como as ciências exatas ou biológicas. Na prática, não existe nenhum país de monismo puro. 
Monismo Moderado: Prega a equivalência entre as normas nacionais e internacionais, devendo possível conflito 
ser suprimido mediante critérios próprios, como o da revogação da lei mais antiga pela mais recente ou da lei mais 
genérica pela mais específica. (iSuatine, Mônaco, Vaticano – Micro países) 
 
38 - Como é composta a CIJ? 
A CIJ é composto por quinze juízes de nacionalidades distintas (artigo 3º do Estatuto da Corte Internacional 
de Justiça) 
eleitos para mandato de nove anos pela Assembleia Geral das Nações Unidas e pelo Conselho de 
Segurança das Nações Unidas pelo voto da maioria absoluta a partir de uma lista de pessoas nomeadas 
por grupos nacionais na Corte Permanente de Arbitragem (artigo 4º). Está prevista a possibilidade de 
reeleição ao cargo (artigo 13). 
 
39 - Quem são os plenipotenciários e qual a função no DIP? 
Segundo a Convenção de 1969, todos os Estados têm capacidade para concluir tratados (art. 6º). 
Plenipotenciários: Técnicos, peritos, professores. Alguém que é muito foda em alguma coisa. Devem eles, 
porém, na realização de negociações junto ao governo de país estrangeiro, atuar por meio de seus representantes, 
devidamente habilitados a praticar atos internacionais em seu nome (plenipotenciários – detentores dos plenos 
poderes). 
 
40 – O que são fontes terciárias? Analogia 
Fonte Terciária: ex aequo et bono, significa analogia. Só pode ser utilizada se previamente autorizada pelas 
partes. 
 
41 - Alguns doutrinadores consideram que a crise diplomática entre as Coreias é o último resquício da 
Guerra Fria. Explique a frase. Você concorda? Fundamente. 
Concordo. Conflito estabelecido após a 2ª Guerra e Guerra Fria. Norte sistema comunista. Sul Sistema Capitalista. 
Embate entre as duas ideologias. Enquanto uma cresce, a outra constantemente usa de coerção militar pra 
conseguir manter necessidades básicas da população. 
 
42 - O que difere o monismo do monismo moderado? 
Monismo puro: Todos os direitos são uma coisa só. Constituem o mesmo sistema jurídico. Não há fronteiras, 
assim como as ciências exatas ou biológicas. Na prática, não existe nenhum país de monismo puro. 
Monismo Moderado: Prega a equivalência entre as normas nacionais e internacionais, devendo possível conflito 
ser suprimido mediante critérios próprios, como o da revogação da lei mais antiga pela mais recente ou da lei mais 
genérica pela mais específica. (iSuatine, Mônaco, Vaticano – Micro países) 
 
43 - Como podem ser classificados os costumes no DIP? 
Comunitário – Regional (De uma região – Ex. União europeia) 
Estatal – Local (Apenas um país possui o costume) 
Global – Universal (boa-fé, pacta sunt servanda – Ex. Um navio militar desarmado pede autorização para passar 
em águas brasileiras) 
Pacta sunt servanda (do Latim "Acordos devem ser mantidos"): é um brocardo latino que significa "os pactos 
assumidos devem ser respeitados" ou mesmo "os contratos assinados devem ser cumpridos" 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1930-1949/d19841.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1930-1949/d19841.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Assembleia_Geral_das_Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Corte_Permanente_de_Arbitragem
44 - Explique as formas que os tratados internacionais possam ser extintos mesmo que não haja vicio. 
Expiração do termo pactuado: Pode o tratado estipular um prazo (um lapso temporal) determinado para a sua 
vigência. Existindo termo final estabelecido, será nesse momento que o tratado automaticamente terminará. 
Condição resolutiva: O texto do tratado pode prever sua extinção ou o desaparecimento das obrigações dele 
decorrentes caso, no futuro, certo fato se produza (condição afirmativa) ou deixe de se produzir 
(condição negativa). 
Execução integral do objeto do tratado: O tratado pode ainda ser extinto tão logo seja o seu objeto integralmente 
executado, uma vez que, nessa hipótese, carece de sentido dar continuidade à sua existência. 
O tratado posterior: Trata-se do caso acima citado de ab-rogação superveniente do tratado, que tem lugar quando 
as partes de um determinado acordo decidem elaborar um novo instrumento, extinguindo o anterior. 
Impossibilidade superveniente de cumprimento do tratado: Regula o assunto o art. 61 da Convenção de 1969, 
segundo o qual a terminação do tratado terá lugar caso uma parte fique impossibilitada de cumpri-lo, quando essa 
impossibilidaderesulte da destruição ou do desaparecimento definitivo de um objeto indispensável ao cumprimento 
do tratado. 
Mudança fundamental das circunstâncias: A Convenção prevê também, no seu art. 62, a hipótese de extinção 
do tratado no caso de mudança fundamental das circunstâncias. 
Rompimento das relações diplomáticas e consulares: A Convenção de Viena de 1969, em uma regra bastante 
simples, dispõe que o rompimento das relações diplomáticas ou consulares entre partes num tratado não afeta as 
relações jurídicas estabelecidas entre elas pelo tratado, salvo na medida em que a existência de relações 
diplomáticas ou consulares for indispensável à correta aplicação do tratado internacional (art. 63). 
O estado de guerra: Alguns tratados celebrados entre Estados são imunes à guerra, a exemplo dos tratados de 
vigência estática, daqueles equivalentes a título jurídico, os de empréstimo, além, é claro, dos elaborados 
exatamente para vigorar durante o período de beligerância, como as Convenções da Haia de 1899 e 1907. Mas 
outros tratados existem que durante o período de guerra podem extinguir-se entre os Estados beligerantes 
inimigos. 
Suspensão da execução de um tratado em virtude de suas disposições ou pelo consentimento das partes: 
A suspensão da execução de um tratado pode dar-se em virtude de suas disposições ou em razão do 
consentimento das partes. É o que dispõe o art. 57 da Convenção de Viena, segundo o qual a execução de um 
tratado em relação a todas as partes ou a uma parte determinada pode ser suspensa: a) de conformidade com as 
disposições do tratado (seguramente essa é a melhor opção); ou b) a qualquer momento, pelo consentimento de 
todas as partes, após consulta com os outros Estados contratantes 
 
45 - História do DIP: paz de Deus e trégua de Deus. Explique e diferencie, destacando a importância. 
Paz de Deus: Distinção entre os beligerantes e não-beligerantes. Proibia a destruição das colheitas e dos 
instrumentos agrícolas. Impunha o respeito aos camponeses, aos comerciantes, aos peregrinos, às 
mulheres, aos viajantes e a todos os seus bens. Evitava o flagelo da fome. 
Trégua de Deus: Respeito à trégua e a suspensão dos combates durante o domingo e nos dias santos. 
Surgiu em 1027 e proibia a guerra da nona hora de sábado até a primeira hora da segunda-feira, com o 
objetivo de permitir a todos de cumprirem seu “dever dominical”. Os concílios de Latrão estenderam a 
trégua de Deus para toda a cristandade e as suas decisões foram incluídas no direito canônico. 
A importância é a humanização das guerras. 
 
46 - Quais são os tipos de tratados quanto ao número de participantes? 
Espécies (quanto aos integrantes): 
a) Universais ou Globais (Carta da ONU e Carta de Direitos Humanos); 
b) Transnacionais (Três ou mais, que não são da mesma região); 
c) Regionais ou Comunitários (Três ou mais, não precisa de registro na ONU); 
d) Bilaterais Regionais (Dentro de uma mesma divisão geográfica Brasil e Argentina); 
e) Bilaterais transnacionais (Diferentes divisões geográficas Brasil e África do Sul). 
 
47 – Um dos argumentos utilizados pelos negacionistas no DIP é que não há lei. Argumente. 
Não há lei: As normas do DIP, em muitos Estados, são também normas constitucionais (Como é o caso do Brasil 
– Art. 4º CR). O Direito Internacional é também direito interno em alguns países, conhecidos como monistas 
(Mônaco, Andôva). A lei não se resume ao texto promulgado pelo Parlamento, pois há países que adotam um 
direito consuetudinário (common law), leis morais ou leis divinas (Sharia, Torá, Bíblia). 
 
48 – Explique as fases internas dos tratados. 
 
 
A conjugação das fases internacionais com as fases internas de celebração de atos internacionais faz nascer um 
procedimento complexo dos poderes da União, em que se agregam as vontades do Poder Executivo (quadros 1, 
3 e 4) e do Poder Legislativo (quadro 2) para a perfeita formalização do acordo, o que dá um viés seguramente 
mais democrático ao processo de celebração de tratados. Trata-se de tendência característica dos textos 
constitucionais contemporâneos, em que a participação desses dois órgãos federais é indispensável para formar 
a vontade da nação em relação ao que foi acordado internacionalmente. 
Etapas internacionais 
1. Negociação e assinatura > 3. ratificação 
Etapas nacionais – internas 
2. Referendo parlamentar > 4. promulgação e publicação 
 
Negociação e assinatura > referendo parlamentar > ratificação > promulgação e publicação. 
(externa) (interna) (externa) (interna). 
 
1. Negociação e assinatura: todos os estados tem capacidade para concluir tratados 
Organizações internacionais também podem celebras tratados (convenção de Viena de 1986_ 
Seus representantes nas negociações devem ser habilitados a praticar atos internacionais. 
- Representantes plenipotenciários > possuem plenos poderes. 
Findas as negociações, dá-se o tratado por concluído (apto para prosseguir Às próximas fases) 
1.1 Negociação propriamente dita 
1.2 Adoção > ato jurídico que chancela o acordo das partes, chancelando o texto final do tratado como 
conveniente. 
Efeito jurídico da adoção: aplicação automática das regras finais do tratado (ex. disposições referentes à 
autenticação do texto, a maneira de entrega em vigor, a possibilidade de reservas, etc). 
Após a adoção, o tratado será autenticado 
1.3 Autenticação: significa documentar que a adoção aconteceu com sucesso. 
1.4 Assinatura: é o ato jurídico que encerra a primeira etapa do processo de formação dos tratados. A 
assinatura ainda não gera a obrigação de cumprimento do tratado, apenas vinculando juridicamente o Estado ao 
texto final do tratado. Os Estados ficam obrigados a não praticar atos que frustrem o objeto e a finalidade do tratado 
(art. 18 da Convenção de Viena de 1969). 
 
2. Referente parlamentar. 
3. Ratificação = confirmar: é o ato pelo qual o presidente da república confirma a assinatura de acordo 
elaborado pelos representantes plenipotenciários e exprime, definitivamente, no plano internacional, a 
vontade do estado em obrigar-se pelo tratado. 
À partir da ratificação o tratado se torna obrigatório 
No procedimento brasileiro, exige0se a aprovação parlamentar antes da ratificação (fase interna). 
A ratificação pode ser comparada à sanção presidencial de uma lei. Na fase interna, posteriormente, 
ainda haverá sua promulgação e publicação na imprensa oficial. 
I. Reservas: declaração unilateral feita por um Estado com o objetivo de excluir ou modificar os efeitos 
jurídicos de certas disposições do tratado em sua aplicação a esse Estado. Ocorre apenas em tratado multilaterais. 
Normalmente, o próprio tratado estabelece se as reservas são ou não permitidas. 
Todos os tratados internacionais concluídos por membros da ONU devem ser registrados e publicados pelo 
Secretariado das Nações Unidas 
Previsão constante do art. 102, § 1° da Carta da ONU (1945) e no art. 80 § 1° da Convenção de Viena (1969) 
Objetivo > desencorajar os acordos secretos. 
Os tratados não registrados NÃO perdem sua validade, apenas não poderão ser invocados perante órgãos das 
Nações Unidas. 
II. Registro e publicidade 
III. Extinção dos tratados: execução integral; consentimento mutuo; termo final; superveniência de condição 
resolutória; caducidade ou desuso; conflitos armados – exceto direito humanitário; denuncia; mudança substancial 
de circunstancias – quando circunstancia tiver sido condição essencial do consentimento das partes e a mudança 
modificar radicalmente o alcance das obrigações ainda pendentes de cumprimento; norma superior de jus cogens. 
Denuncia: Ato unilateral pelo qual um Estado exprime sua vontade de deixar de ser parte de um compromisso 
internacional. A denúncia pode ser prevista no tratado ou não. Se não houver previsão de denúncia no tratado, é 
a sua natureza que vai determina se o tratado pode ser denunciadoou não. Polemica sobre o procedimento 
brasileiro para denúncia. 
Os tratados de celebração de paz não admitem denúncia. 
 
49 - De acordo com o art. 60 da Convenção de Viena uma violação substancial é motivo para revogação 
unilateral. - Dê exemplo de uma violação substancial. 
O art. 60, § 3º, da Convenção considera como sendo violação substancial do tratado aquela consistente: 
numa rejeição do tratado não permitida pelo Código de Viena (alínea a); ou relativa à violação de uma 
disposição essencial para a consecução do objeto ou da finalidade do tratado (alínea b). 
Violação Substancial (Radical): Os países mudam de forma repentina (da noite para o dia), portanto não é 
qualquer motivo que vai levar a mudança do tratado, tem que uma violação substancial. 
3. Uma violação substancial de um tratado, para os fins deste artigo, consiste: 
a)numa rejeição do tratado não sancionada pela presente Convenção; ou 
b)na violação de uma disposição essencial para a consecução do objeto ou da finalidade do tratado. 
 
50 - Qual a grande contribuição de Hugo Grotius para o jusnaturalismo? 
Ele é considerado o pai do DIP, inclusive algumas correntes entendem que o DIP surgiu com ele. Sua grande 
contribuição foi a Laicização (tornar laico, afastar da religião) do Direito, dividindo o Direito Natural do Positivo. 
Defendia, ainda que o positivismo do DIP era um dos requisitos mínimos para um país ser reconhecido como tal e 
que este “mínimo” positivado, deveria ser sobre os Direitos Humanos. 
 
Hugo Grotius é conhecido como o “pai do DIP”, que defendeu a laicização do Direito, dividindo o direito natural do 
positivo. Acreditava que o DIP deveria ser positivado, e teorizou o “direito mínimo” que se trata a respeito da 
religião, oportunidade de gênero, divisão territorial, moeda, etc. Enquanto o jusnaturalista deveria tratar sobre 
aquilo que era natural entre os povos. 
Hugo Grotius: Laicização do Direito Natural: a lei moral se fundamenta na razão, que é autônoma. Admite a 
existência de um direito natural e um positivo. Divide o direito natural do positivismo no DIP. Comentário: 
Considerado o pai do DIP, na Idade Média já falava sobre coisas muito atuais. 
51 - O que difere dolo para fins de direito civil e direito internacional? 
O Dolo no DIP não é o dolo de má-fé do direito interno, mas sim crime político internacional, que vai ser julgado 
perante a CIJ. Já o dolo no direito civil é a má-fé subjetiva do indivíduo, representando a sua vontade no momento 
de cometer o vício. 
 
DIP: Seu consentimento é anulável, uma vez que o tratado ainda pode ser importante para o país pressionado. Há 
sanções no DIP que podem ir além da anulação do tratado internacional, já que é considerado um delito na Política 
Internacional. 
CIVIL: O dolo é um artifício malicioso, ardiloso, destinado a enganar parte na relação jurídica, gerando benefício 
para o agente do dolo ou para terceiro. O dolo hábil a gerar anulação do negócio jurídico é o dolo mau (dolus 
malus), erro provocado de má-fé, que viola a boa-fé objetiva com o intuito de prejudicar. 
 
52 - Em quais casos é permitido o uso da força militar segundo a carta da ONU? 
Artigo 41. O Conselho de Segurança decidirá sobre as medidas que, sem envolver o emprego de forças armadas, 
deverão ser tomadas para tornar efetivas suas decisões e poderá convidar os Membros das Nações Unidas a 
aplicarem tais medidas. Estas poderão incluir a interrupção completa ou parcial das relações econômicas, dos 
meios de comunicação ferroviários, marítimos, aéreos, postais, telegráficos, radiofônicos, ou de outra qualquer 
espécie e o rompimento das relações diplomáticas. 
Artigo 42. No caso de o Conselho de Segurança considerar que as medidas previstas no Artigo 41 seriam ou 
demonstraram que são inadequadas, poderá levar a efeito, por meio de forças aéreas, navais ou terrestres, a 
ação que julgar necessária para manter ou restabelecer a paz e a segurança internacionais. Tal ação poderá 
compreender demonstrações, bloqueios e outras operações, por parte das forças aéreas, navais ou terrestres dos 
Membros das Nações Unidas. 
 
53 - Qual importância do caso Niquaragua x EUA? 
Caso EUA versus Nicarágua (1986): EUA enviou tropas para o Nicarágua para manter o governo e evitar um 
golpe de Estado e afastar mais um governo de esquerda na América Central. 
Entraram contra os EUA na CIJ pela invasão. A CIJ decidiu contra os EUA, já que interferiu em uma situação 
interna sem autorização da Comunidade Internacional, sendo condenado a pagar uma indenização, que nunca foi 
paga, pois o EUA usou de seu poder para evitar a exigência. (Costume da Não-Intervenção) 
 
54 – Qual é o prazo para se registrar um tratado? 
Prazo: O mais breve possível, não especificou um prazo determinado. 
Sanções pelo não registro: Se não registra não pode levar como pleito à CIJ, ou qualquer órgão do sistema ONU. 
 
55 – Em línguas anglo saxãs.... Você entende que o DIP é realmente público? 
Posteriormente, adicionou-se o qualificativo “público” à expressão “direito internacional”, no intuito de diferenciá-lo 
do Direito Internacional Privado (conhecido, nos países anglo-americanos, pela terminologia mais 
adequada conflict of laws), cujas normas visam resolver conflitos de leis no espaço em relação a casos 
concretos sub judice com conexão internacional. Direito verdadeiramente internacional é o Direito Internacional 
Público, uma vez que o Direito Internacional Privado é “internacional” apenas pelo fato de resolver conflitos de 
normas (nacionais) no espaço com conexão internacional (ou seja, conflitos “internacionais” de leis internas). 
Ademais, o Direito Internacional Privado também deixa de ser propriamente internacional à medida que se 
encontra prioritariamente regido por normas domésticas estatais sobre conflitos de leis no espaço com conexão 
internacional. 
 
56 – Vários códigos influenciaram na formação do DIP. Qual a influência do Código de Manu para o de 
hoje? 
Fonte do direito de guerra para Convenção de Genebra.C 
Código de Manu na Índia: O livro VII se ocupava das relações externas do povo Hindu e ditava regras de 
diplomacia, proteção aos embaixadores (Primeiro a falar deles) do rei e da arte da guerra, regras e limites. Embora 
vários atribuam as encíclicas papais a origem das limitações de guerra, a origem está no Código de Manu que já 
proibia o uso de armas pérfidas, o ataque ao homem desarmado e o respeito as plantações, moradias e 
agricultores. Fonte do direito de guerra para Convenção de Genebra. 
 
57 – Explique o fracasso do DIP em solucionar a guerra civil na Síria. 
Falta de consenso. 
A guerra civil na Síria acontece desde 2011 e é considerada um dos grandes desastres humanitários dos últimos 
anos. Foi responsável por cerca de 470 mil mortes segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos e levou 
mais de 11 milhões de pessoas a sair de suas casas (refugiados). A mobilização estrangeira na guerra da Síria 
acontece de maneira direta e indireta, pois vários países apoiam distintos grupos. A mobilização americana, a 
princípio, ocorreu contra o Estado Islâmico. Nesse momento, os Estados Unidos bombardeavam posições 
controladas pelo grupo extremista para enfraquecê-lo. Hoje, os Estados Unidos também apoiam grupos rebeldes, 
como o Exército Livre da Síria e a Unidade de Proteção Popular. A Rússia, por sua vez, garante apoio ao governo 
de Bashar al-Assad e, até o momento, que a Síria não sofra sanções internacionais. Além disso, a Rússia aderiu 
ao conflito a partir de 2015 para reforçar a luta do governo sírio contra o Estado Islâmico e contra os rebeldes. 
O Irã também apoia o governo sírio, principalmente para evitar que milícias sunitas assumam o poder na Síria. O 
Irã envia tropas, armas e dinheiro para Bashar al-Assad. 
 
 
58 - É certo dizer que o Brasil é monista quando se trata da ratificação dos Tratados Internacionais? 
Monismo com base no artigo 5º, §2º - Para finsde d. humanos. (Exceção à regra) 
§2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos 
princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. 
Os direitos humanos são aqueles que limitam o Estado. Algum tratado que disponha sobre direito humanos possui 
vigência imediata no Brasil, tendo em vista não haver custeamento para tanto. Se o congresso decidir pela 
retirada de vigência, seu efeito é ex nunc. 
Para todas as normas em que não é monista, o Brasil é dualista. 
 
59 – Explique o princípio da sociedade internacional: princípio da abertura. 
Abertura: É aberta a novos integrantes devido a evolução histórica. Maior exemplo de falta de abertura: Palestina 
(existe em todas as formas e não consegue se tornar um Estado reconhecido). 
 
60 – Explique o caso do sudoeste africano. 
Caso do Sudoeste Africano de 1962 – Livro Mazzuoli: No caso do Sudoeste Africano de 1962, fazendo 
referência ao sistema de registro da SdN (Liga das Nações), os juízes Bustamante e Jessup (contrariamente aos 
juízes Spender e Fitzmautice) sustentaram que um tratado não registrado poderia sim ser invocado pelas partes 
num processo perante a Corte, desde que, por qualquer meio idôneo, as partes lhe tivessem dado publicidade. 
 
61 – Qual a diferença entre registro e publicação do tratado? 
Todos os tratados internacionais, concluídos por quaisquer membros das Nações Unidas, devem 
ser registrados e publicados pelo Secretariado da ONU. É o que dispõe o art. 102, § 1º, da Carta da ONU de 1945, 
segundo o qual “todo tratado e todo acordo internacional, concluídos por qualquer Membro das Nações Unidas, 
depois da entrada em vigor da presente Carta [ou seja, depois de 24 de outubro de 1945], deverão, dentro do mais 
breve prazo possível, ser registrados e publicados pelo Secretariado”, acrescentando que nenhuma parte em um 
tratado não registrado “poderá invocar tal tratado ou acordo perante qualquer órgão das Nações Unidas” (§ 2º). 
 
62 – Com base no artigo 2º, VI, é possível obrigar um estado soberano que não seja signatário a seguir um 
tratado? 
Em se tratando de Tratados Universais, há sanções mesmo para os Estados que não sejam signatários, conforme 
preceitua o artigo 2, IV, da Convenção da ONU, fazendo com que os não membros das Nações Unidas ajam de 
acordo com estes princípios em tudo o que for necessário à manutenção da paz e da segurança nacional. (Copiado 
dos outros questionários, não localizei tal artigo) 
 
63 – Críticas ao artigo 38 da CIJ que dispões sobre as doutrinas. 
Enunciados doutrinários não são vinculativos e incluem também ramos do direito interno. 
64 – Função da UNEA. 
UNEA: A Assembleia Ambiental das Nações Unidas (UNEA) é o maior fórum mundial de alto nível para questões 
de meio ambiente. Nela, chefes de Estado, ministros do Meio Ambiente, ativistas, presidentes de multinacionais, 
ONGs e outros convidados se reúnem para discutir e assumir compromissos globais com a proteção ambiental. 
 
65 – Explique os princípios jurídicos mínimos em comum. 
Princípios jurídicos mínimos em comum: O direito complexo (tributário, empresarial, civil e etc) fica a cargo dos 
Estados. É muito difícil ocorrer. 
 
66 – O que são as fontes secundárias do DIP? 
Fonte Secundária: Princípios gerais de direito, jurisprudência internacional e doutrina. 
 
67 – A corrupção, de acordo com a Convenção de Viena, pode ser anulada? 
Artigo 50: Corrupção – Restrita a invocação ao Estado Vítima. Exige que haja providencia interna para o país 
poder alegar. 
Artigo 50: Corrupção de Representante de um Estado Se a manifestação do consentimento de um Estado em 
obrigar-se por um tratado foi obtida por meio da corrupção de seu representante, pela ação direta ou indireta de 
outro Estado negociador, o Estado pode alegar tal corrupção como tendo invalidado o seu consentimento em 
obrigar-se pelo tratado. 
Pode anular o tratado. Típico de contratos representativos. Alegado pelo pais corrompido, o Estado corruptor não 
pode arguir. Alguns doutrinadores tratam por fraude (não confundir com dolo). Quando um Estado consente em 
ser vinculado por tratado como resultado de uma conduta fraudulenta de outro Estado negociar, o primeiro pode 
anular o consentimento. Quando um estado corrompe direta ou indiretamente o representante do outro Estado 
para obter consentimento, o estado representado pelo corrompido pode anular o consentimento desde que também 
anule a capacidade representativa deste chefe de Estado. 
 
68 – Um dos argumentos utilizados pelos negacionistas do DIP é que ele é político e não direito, explique. 
Ele é uma política internacional e não um direito internacional: Talvez a política esteja mais exacerbada no 
DIP, mas o direito interno também tem na política a sua origem. Direito sem política é tirania, é ditadura. Direito é 
o resultado final da política. 
 
69 – Na sua opinião, por que a Palestina ainda não é reconhecida como um país? 
A resolução 181 da ONU criou o estado de Israel (seis dias após a criação, Israel entrou em conflito com 22 países 
e ganhou, com a ajuda dos Estados Unidos). Em 1997, a resolução foi atualizada e mandaram Israel devolver o 
Sinai. Já a questão da Palestina, onde 90% das pessoas são muçulmanas, mas tem o passaporte judeu, porque 
não consegue ser reconhecida como um país. Por que? Porque as normas são definidas por aqueles que tem 
poder (visibilidade) 
 
70 – Caso das ilhas Minquiers. 
Nações Unidas 
(ONU). Corte 
Internacional de 
Justiça (CIJ); 
Resumo: 
Debate-se nesse caso a definição sobre a soberania das ilhas Minquiers e 
Ecrehos localizados no Canal da Mancha a ser fixada entre o Reino Unido e a 
França. As partes alegam posse da soberania do grupo de ilhas com fundamento 
em documentos e títulos de posse medievais/feudais ou posteriores. A Corte 
reconheceu a quebra do vínculo feudal, tendo em vista as várias ocupações 
sofridas no território por ambas as partes. O status de condomínio ou de “res 
nullius” foi afastado por meio de acordo especial. A disputa é originada 
historicamente pela submissão do território, ainda no período feudal, à dupla 
autoridade do Duke da Normandia, Rei da Inglaterra, e do Rei da França. 
Tratados dos Séculos 13, 14 e 15 relativos ao grupo de ilhas não possuíam 
cláusulas relativas à posse do grupo, todavia trouxeram a presunção de posse 
dos territórios pela Inglaterra. A Corte entendeu que convenção sobre direitos de 
pesca exclui qualquer questão sobre soberania, vez que não se aplica ao uso da 
terra e sim das águas, logo não serve de elemento para determinar a soberania 
do território. A Inglaterra colacionou aos autos vários documentos, desde épocas 
medievais, que demonstraram seu exercício de jurisdição administrativa, penal e 
civil nas Ilhas por vários séculos, não tendo a França obtido êxito em comprovar 
o seu domínio sobre o grupo de ilhas quanto a este aspecto tendo sido julgado e 
a causa em favor do Reino Unido como possuidor total da soberania sobre o 
grupo de ilhas e rochas desde que as mesmas são passíveis de apropriação, 
com, pois, nestas evidências. 
Descrição: 
Data do julgamento: 17/11/1953 - Águas internacionais – Ilhas - Soberania - 
Vínculo de Posse Feudal - Res Nullius – Condomínio - Direito de Pesca - Uso da 
terra – Evidência decisiva – Presunção de posse com base em tratado - Águas 
territoriais – Exercício de jurisdição e administração local como elementos 
demonstrativos de soberania – Exercício contínuo da soberania como elemento 
de prova da posse –Título feudal necessita ser trocado por outro válido de acordo 
com a lei do momento da troca – Título válido – Apropriação - Provas documentais 
– Título histórico – Lei internacional – Soberania territorial – Disputas 
internacionais. Legislação citada: Regimento da CIJ (artigo 32, §2), Convenção 
de 02/08/1839, Acordo Especial de 29/12/1950, Cartade 1200, Carta de 1203 
 
Como observa Rezek, a Corte já entendeu (no caso das Ilhas Minquiers e Ecréhous, de 1953) que o pacto não 
registrado poderia ser citado por uma das partes, como meio de auxiliar na compreensão do tema jurídico sub 
judice, e não invocado por essas mesmas partes, uma vez que a invocação do tratado em um julgamento na Corte 
levaria à ideia de se pretender fazer nele repousar suas razões. 
 
71- Cite 4 agências de inteligência e suas funções. 
CIA (Eua), ABIN (Br), Mossad (Israel), KGB (URSS). 
Os serviços de inteligência têm como objetivo primordial a obtenção de dados, produção e difusão de 
conhecimentos com fulcro em assessorar os chefes de Estado na tomada de suas decisões estratégicas. Outra 
atividade abrangida pelos serviços de inteligência consiste no que se chama de contra-inteligência, ou seja, “a 
prevenção, detecção, obstrução e neutralização das ameaças às informações, áreas, instalações, meios, pessoas 
e interesses a que a organização serve”. 
 
72 – Diferença entre embaixador e cônsul. 
Embaixador, cujo título oficial completo é Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário, é o funcionário 
diplomático de mais alto nível acreditado junto a um Estado estrangeiro ou organização internacional, 
encarregado de chefiar a missão diplomática de seu país que ostente a classificação 
de embaixada ou delegação, ou seu equivalente. Detém plenos poderes para representar o seu país e, em 
geral, para celebrar tratados entre o Estado que representa ("Estado acreditante") e o Estado que o acolhe 
("Estado acreditado" ou "Estado acreditador").[O embaixador goza dos privilégios e imunidades previstos 
na Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas. 
Modernamente, recebe o título de cônsul o funcionário de um Estado responsável, em país estrangeiro, 
pela proteção dos interesses dos indivíduos e empresas que sejam nacionais daquele 
Estado. Diferentemente do diplomata, que é o funcionário encarregado de representar o seu Estado 
perante um país estrangeiro ou organismo internacional, o cônsul não tem função de representação 
política junto às autoridades centrais do país onde reside, mas atua na órbita dos interesses privados dos 
seus compatriotas. As relações consulares são consideradas independentes das relações diplomáticas, 
de modo que a ruptura destas últimas não acarreta, necessariamente, o fim do relacionamento consular. 
 
73 – Explique a crise da Crimeia. 
A Crimeia é uma península localizada no sul da Ucrânia, no mar negro que possui uma área de 27 mil km ² e sua 
população é dividida entre: 58,5% origem russa; 22,4% etnia ucraniana e 12,1% tártara (a população tártara foi 
deportada no tempo da União soviética, por Stalin, numa só noite, durante a segunda guerra mundial, pois a 
população tártara apoiava os nazistas). Aproximadamente 77% da população considera-se de origem russa e 
apenas pouco mais de 10% fala ucraniano. Menos de uma semana após a fuga de Yanukovitch, o presidente Putin 
autorizou que forças russas invadissem e anexassem a Crimeia. O que foi feito em 27 de fevereiro de 2014, quando 
soldados russos mascarados, e sem as identificações das suas unidades entraram na Crimeia e invadiram e 
controlaram as estações de rádio e televisão, tomaram o controle das repartições públicas. locais e bloquearam o 
acesso para a Ucrânia. Duas semanas depois, no dia 16/03/2014, foi realizado um referendo na Criméia que 
decidiu, com 96,7% dos votos pela anexação da península ao território russo. O referendo foi realizado sob 
ocupação militar, contando com cerca de 30 mil soldados russos, levantou suspeitas e os EUA afirmaram que o 
referendo era algo ilegal, levando-o a não ser reconhecido internacionalmente. Os EUA, e demais países 
ocidentais, demonstraram total apoio a Ucrânia, acusando a Rússia de violar o memorando de Budapeste e 
exigiram que retirasse as tropas enviadas. As sanções permanecem até hoje, assim como as tropas. Entretanto, 
Putin permaneceu indiferente. Essa série de acontecimentos na Crimeia teve ainda como consequência uma 
guerra civil no leste da Ucrânia, que também busca pertencer à Rússia. 
 
74 – O que diferencia a sociedade internacional da sociedade de estados. 
Sociedade Internacional é diferente de Sociedade de Estados: A primeira é uma sociedade de Estados + 
Organismos Internacionais, ONGIs, Empresas Internacionais e Indivíduos. A segunda diz respeito aos Estados 
reconhecidos pela ONU e funciona como um cartório de países. Atualmente existem 193 países reconhecidos no 
mundo. Para serem reconhecidos os países precisam ter um propósito. 
 
75 – Como chamam as convenções internacionais de direito bélico? O que elas regulam? 
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76 – Quais as sanções pelo inadimplemento dos tratados internacionais? 
As sanções internacionais podem ser de diversos tipos. Veja um pouco mais sobre algumas delas: 
• Sanções diplomáticas: ocorre quando a ação tomada para expressar desaprovação com determinada ação 
de um país é feita não por medidas contra as relações econômicas ou militares, mas através de meios 
políticos e diplomáticos. Alguns exemplos de sanções diplomáticas são a redução ou remoção de laços 
diplomáticos, cancelamento ou limitação de visitas governamentais, fechamento de embaixadas ou ainda a 
retirada ou expulsão de missões ou pessoal diplomático. 
• Sanções militares: as ações de sanção militar podem ser feitas de forma menos agressiva, como um 
embargo para cortar o fornecimento de armas a determinado país, ou por ações mais agressivas, como 
intervenção ou ataques militares. 
• Sanções desportivas: esta forma de sanção busca afetar um país através de ação que prejudique a moral 
da população da nação afetada. Ocorre, por exemplo, quando as equipes desportivas de um país são 
proibidas de participar de eventos esportivos internacionais. 
• Sanções econômicas: são ações que restringem as relações comerciais de outras nações com o país 
punido. Este tipo de sanção pode ser ocorrer na forma de embargo econômico, que consiste em restrições 
de comércio e comercialização dirigidas ou não a setores específicos da atividade econômica. Alguns 
exemplos de sanções econômicas são: 
– a proibição de importação ou exportação de determinadas mercadorias, tais como alimentos e medicamentos; 
– a proibição de investimentos no país punido; 
– proibição de prestação de determinados serviços; 
– congelamento de contas bancárias ou outros instrumentos financeiros, como títulos e empréstimos. 
• Sanções comerciais: estas se enquadram na categoria de sanções econômicas, mas ao contrário do que 
parece, não funcionam como um bloqueio das relações de comércio. As sanções comerciais assumem, por 
exemplo, a forma de tarifas sobre importação, limitação do volume das importações ou imposição de 
obstáculos administrativos ao comércio. 
 
77 - Qual a importância do SAIPEM incident? 
The Saipem Incident (Malta versus Líbia): Conflito diplomático envolvendo questões de exploração de petróleo 
sobre a plataforma continental de ambos os países. 
Como a convenção estava fora de validade fora necessário o uso dos costumes para decidir o conflito. 
Malta processou a Líbia, que é uma grande exportadora de petróleo, porque ela nunca respeitou o mar territorial 
de Malta. A CIJ decidiu que Malta estava correta, ainda que o tratado estivesse vencido (1980), e, por incrível que 
pareça, a Líbia cumpriu, começando a pagar o pedágio para passar pelo mar de Malta, com medo das sanções 
econômicas. 
 Precedente: os mares territoriais serão “pedagiados”. Em 1980, uma plataforma de petróleo da empresa italiana 
Saipem,encomendada pela Texaco para perfurar em nome do governo maltês, 68 milhas a sudeste de Malta, teve 
que parar as operações depois de ser ameaçada por uma canhoneira Líbia. Tanto Malta quanto a Líbia 
http://www.consilium.europa.eu/pt/policies/sanctions/different-types/
http://www.politize.com.br/diplomata-o-que-faz/
http://www.infoescola.com/economia/embargo-economico/
http://www.infoescola.com/economia/embargo-economico/
reivindicaram direitos econômicos para a área e esse incidente gerou tensões. A questão foi submetida à Corte 
Internacional de Justiça em 1982, mas a decisão do tribunal em 1985 tratou apenas do delineamento de uma 
pequena parte do território contestado. 
 
78 - Características do DIP na antiguidade. 
Características: etnia, religiosidade, isolacionismo, hostilidade, instabilidade, precariedade e escasso comércio. 
 
79 - Explicar a frase em latim Opinio juris sive necessitatis. 
Opinio juris sive necessitatis: Ao costume não basta ser costume, tem que ter uma opinião formada da 
sociedade. 
 É o fator psicossocial: A crença popular que tal ato é obrigatório. Essa teoria foi assinada por François Geny, que 
tenta diferenciar o costume do mero hábito local. O costume, ainda que geral, que não goze de respeitabilidade do 
inconsciente coletivo, não pode ser considerado como fonte do DIP. O costume existe e mesmo quem o faz sabe 
que está errado, como p. ex. parar em fila dupla para pegar criança na escola. 
 
80 - Definir soft power. 
Soft Power: É a capacidade ou poderio, que um ator de Relações Internacionais (geralmente um Estado 
formalmente constituído) possui de impor ou fazer valer sua vontade sobre outro ator, se valendo de meios com 
contornos culturais fortes. Possuem uma forte inclinação para o campo das ideias. 
Obs: Hollywood é a maior máquina de soft power do mundo, influencia o padrão moral, étnico. Mesmo Bollywood 
sendo a maior produtora de filmes do mundo, não detém esse poder. 
81 - Explique a expressão realpolitik. 
também chamado de realismo político, é um termo criado na idéia de encontrar caminhos entre o ideal e o possível 
na política internacional para equilibrar as relações entre os Estados. 
 
R: Realpolitik é uma expressão utilizada para refere-se à política ou diplomacia baseada principalmente em 
considerações práticas, em detrimento de noções ideológicas 
 
Realpolitik/Realismo Político: Caminhos entre o ideal e o possível na política internacional para equilibrar as 
relações entre os países. Esse termo é usado, muitas vezes, de forma pejorativa. Pensadores como Maquiavel 
e Nietzsche defendem a Realpolitik como um tipo de realismo político segundo o qual as relações de 
poder tendem a prejudicar todas as pretensões de fundamentação moral, num tipo de ceticismo moral análogo ao 
do argumento de Trasímaco na República de Platão (em toda parte só existe um princípio de justiça: o interesse 
do mais forte). 
É diplomacia baseada em considerações práticas, em detrimento de ideologias. 
Usado de forma pejorativa, indicando tipos de política que são coercitivas, imorais ou maquiavélicas. 
Justiça não é outra coisa senão a conveniência do mais forte. 
 
82 - Definir Smart Power. 
Smart Power: É o equilíbrio entre o hard e o soft power em estratégia, poder de diplomacia. Envolve o uso 
estratégico da diplomacia, persuasão, capacitação, projeção de poder e influência de modo que seja rentável e 
legitima como políticas sociais". – Essencialmente envolve força militar e todas as formas de diplomacia. 
83 - No que influencia o momento da denúncia de um tratado internacional perante 
às cortes internacionais? 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nietzsche
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rela%25C3%25A7%25C3%25B5es_de_poder
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rela%25C3%25A7%25C3%25B5es_de_poder
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ceticismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tras%25C3%25ADmaco
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rep%25C3%25BAblica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Plat%25C3%25A3o
Momento da Denúncia: Estado opõe a nulidade ou anulabilidade do contrato no primeiro momento possível, sob 
pena de anuir o tratado e sanar o vício. Não pode esperar o momento mais conveniente para arguir, p. ex., quando 
o tratado deixa de ser vantajoso. 
QUEM CALA CONSENTE 
84 - Ônus da prova de um costume. Como se faz? 
Ônus da prova do costume no DIP: Cabe ao Estado que o alega como fonte do Direito Internacional. São 5 
fatores a serem comprovados: 
a) Duração: Bom tempo de ocorrência. Caso GPS: EUA queria cobrar e reclamou na ONU, sendo que a 
ONU entendeu que era um costume de 15 anos. Não existe um período, mas é claro que precisa de 
algum tempo para sedimentar. 
b) Regularidade e Reiteração: Tem que haver regularidade de ocorrência, frequência. 
c) Coerência: O Estado que alega deve praticar. Caso mar do sul da China: A China começou a criar 
umas ilhas para cobrar os navios que passam no seu mar, totalmente incoerente com o costume de não 
cobrar para que os navios, que não sejam militares, não precisem pagar. Inclusive ela não paga quando 
passa em outros mares e não é coerente querendo cobrar dos outros. 
d) Generalidade: Vários países fazem isso (se for global). Só é necessária quando o costume não é local 
(Estatal), ou seja, deve se provar a generalidade quando o costume for comunitário e global. 
e) Aceitação: Opinio juris sive necessitatis. Tem que ser aceito como alho certo. Os EUA tem costume de 
intervir nos países, mas é um costume errado, não deve ser aceito. 
 
85 - Qual a competência da corte internacional de justiça? 
CIJ (Corte Internacional de Justiça): Órgão máximo, corte da ONU, existem várias cortes internacionais, mas 
esta é a mais importante de todas. Não julga pessoas, se presta ao julgamento exclusivo de disputa entre 
Estados, que se submetem voluntariamente à jurisdição desta corte, ou seja, os países têm que aceitar 
serem processados. Sistema CIJ: Previsão de recursos internos. É diferente das cortes de d. humanos. 
 
86 - Segundo a Teoria clássica do DIP, quais os possíveis atores dos tratados? 
Atores: 
a) Admite-se dois tipos de atores: Estados Soberanos e Organizações Internacionais (Clássico) 
b) Exclui-se as empresas, pessoas e ONGI’s, não importando sua dimensão, poder político e econômico; 
(Clássico) (Crítica: Ignorar Google, Amazon, Apple é idiotice) 
c) Há defensores da possibilidade de firmar-se tratados internacionais com organizações semiestatais, 
paraestatais, beligerantes e insurgentes (Moderno) 
 
87 - Como a coação pode ser utilizada para anular um tratado internacional? 
Nulidade de Consentimento – Coação: Admite três formas – Política, econômica (jurisprudência CIJ) e militar 
(única textual). E dois sujeitos passivos – Contra o Estado e Chefe de Estado. 
Artigo 51: Coação de Representante de um Estado. Não produzirá qualquer efeito jurídico a manifestação do 
consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado que tenha sido obtida pela coação de seu 
representante, por meio de atos ou ameaças dirigidas contra ele. 
Artigo 52: Coação de um Estado pela Ameaça ou Emprego da Força. É nulo um tratado cuja conclusão foi obtida 
pela ameaça ou o emprego da força em violação dos princípios de Direito Internacional incorporados na Carta das 
Nações Unidas. 
 
Admite duas formas, aquela exercida sobre o Chefe de Estado e aquela sobre o Estado. Existe discussão sobre 
este tipo de nulidade, alguns entendem que coação não pode ser exercida contra uma pessoa jurídica de DIP, 
outros entendem que com a transparência e garantias internacionais, não há mais que se falar em coação de chefe 
de Estado. 
Contra o representante, os efeitos da nulidade são face o Estado coator. Contra o Estado os efeitos são erga 
civitatibus. 
O uso da força nas relações internacionais é proibido desde a fundação das Nações Unidas. 
A definição de coação é extremamente complexa. Os países do extinto bloco comunista discutiam se a Coação 
passível de anular um Tratado

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