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Metabolismo dos aminoácidos funções dos aminoácidos: -blocos estruturais de peptídeos e proteínas (principal) - Alguns são neurotransmissores e outros são precursores deles. - síntese de diversas moléculas nitrogenadas como o organismo adquiere aminoácidos: -síntese e degradação normais de proteínas (protein turnover) - dieta rica em proteínas - aminoácidos - jejum ou diabetes não controlada (utilização de aminoácidos em momentos de necessidade de muita energia) metabolismo dos aminoácidos: no fígado como começa a metabolizar aminoácidos: 1) remoção do grupo amino, sobrando cadeia carbônica, por duas formas: -transaminação -desaminação oxidativa produto final -> uréia 2)esqueletos carbonados- a cadeia carbônica que sobra pode seguir vários caminhos como: -glicose -ácidos graxos -oxidação de atp -caminhos que os aminoácidos podem seguir. destino dos aminoácidos: 1)unidades monoméricas para a biossíntese de proteínas 2)metabolismo energético -> a oxidação de aminoácidos equivale entre 10 a 15% das necessidades energéticas 3)precursores de compostos nitrogenados:heme, aminas biologicamente ativas , nucleotídeo (monômeros dos ácidos nucléicos) e coenzimas (nadh). classificação dos aminoácidos: -glicogênicos: que formam glicose ex:alanina, glutamina, cisteína (não essenciais) valina, metionina e treonina (essenciais) -glico e cetogênicos: formam glicose e corpos cetônicos ex: tirosina (não essencial), triptofano, fenilalanina, isoleucina (essenciais) -cetogênicos:formam corpos cetônicos ex: leucina e lisina (essenciais) obs: não essenciais são os que a gente produz e os essenciais são os que são ingeridos pela dieta. obs: glicogênicos -> vão para a gliconeogênese formar glicose cetogênicos -> formam acetil-coa e acetoacetato transaminação: -transferência de grupo amino para outro composto (para alfa-cetoácido) o que precisa para ter a transaminação: -aminoácido - alfa-cetoglutarato (intermediário do ciclo de krebs) -aminotransferases (ou transaminases - enzimas para catalisar as transaminações) explicação: o aminoácido vai transferir o seu grupamento amina para o alfa-cetoglutarato a partir da ação de enzimas (aminotransferases) que vão necessitar de uma coenzima/cofator derivado da vitamina b6. -coenzima: piridoxal fosfato (plp) obs: as aminotransferases catalisam reações que são reversíveis. - aminoácido vai transferir o grupo amino (nh3) pro alfa-cetoácido (segundo carbono tem uma cetona). há uma troca entre o grupamento amino e o grupamento cetona. desse modo: o aminoácido vai se tornar um alfa-cetoácido e o alfa-cetoácido vai se tornar o aminoácido (um se converte na estrutura do outro). síntese do glutamato transferência do alfa-amino para o alfa-cetoglutarato obs: quando o alfa-cetoglutarato receber o grupamento amino do aminoćido ele vai formar o glutamato. explicando: a alanina quando transamina vai formar o piruvato e o alfa-cetoglutarato vai formar o glutamato. enzima: alanina transaminase (alt) coenzima: piridoxal fosfato - plp (sempre) obs: alfa-cetoglutarato tem papel central no metabolismo dos aminoácidos pois ele é receptor dos grupos aminos. segundo exemplo mais comum: (alanina e aspartato) -aspartato forma oxaloacetato -aspartato transaminase (ast) -coenzima (plp - piridoxal fosfato) o aumento das enzimas transaminases pode acontecer devido à: - lesões musculares -doenças hepatobiliares -infarto agudo no miocárdio obs: as transaminases estão distribuídas nos compartimentos intracelulares. -citosol (alt) -mitocôndrias (ast) a importância diagnóstica da determinação das enzimas no plasma: 1)alanina aminotransferase (alt): - doenças hepáticas (bem específica para o fígado) - também chamada de tgp de transaminase glutâmico pirúvica, que está relacionada aos produtos dessa transaminação (glutamato e piruvato). 2)aspartato aminotransferase (ast): -ou tgo -> transaminase glutâmico oxalacético (produto é glutamato e oxalacetato). -infarto do miocárdio -doenças musculares -doenças hepáticas desaminação: vai retirar o grupo amino do esqueleto carbônico sem transferência. nos hepatócitos o glutamato: 1)transaminação- aspartato 2)desaminação oxidativa - libera amônia, espécie extremamente tóxica que deve ser convertida em uréia para ser eliminada (para onde vai o grupo amino) enzima: glutamato desidrogenase vai catalisar a saída do grupo amino em forma de amônio, separando o esqueleto carbônico. amônia -A amônia está presente no sangue (pois o tempo todo estamos metabolizando compostos nitrogenados) em baixas concentrações. -concentrações plasmáticas elevadas podem causar neurotoxicidade. -a amônia plasmática é convertida em uréia no fígado -forma atóxica de eliminação. -A amônia livre é tóxica e seu transporte no sangue acontece por meio de grupos amino ou amida. - A glutamina é um importante transportador de amônia no sangue (carga líquida zero) para o fígado. glutamato + amônia = glutamina (glutamato e amônia são os substratos para a síntese de glutamina, eles vão reagir devido a enzima glutamina sintetase) ---> a glutamina vai chegar ao fígado e lá, sobre a ação da enzima glutaminase ela vai se separar novamente em glutamato e amônia ---> enzimas presentes no fígado: glutamina sintetase e glutaminase. quais são os transportadores de amônia do sangue para o fígado? glutamina e alanina -transportadores do grupo amino entre tecidos e fígado - evita acúmulo de amônia no sangue) -estão em grande quantidade no sangue para fazer esse transporte da amônia e evitar sua circulação livre. alanina -principalmente pelo músculo -A transaminação do piruvato forma alanina; a alanina do fígado é convertida em piruvato por transaminação (inverso da reação). -o piruvato no fígado vai pra gliconeogênese que forma glicose que vai para os músculos -o glutamato vai desaminar, liberar amônia que vai entrar no ciclo da uréia. determinação de amônia: pode ser utilizada na avaliação de funções hepáticas e renais -Excesso de amônia e excesso de aminoácidos metabolizados podem acometer essas funções, sendo as renais relacionadas a eliminação da ureia. toxicidade da amônia: -não é bem definida -funções hepáticas comprometidas -> acima de 1000 umol/l hiperamonemia elevada (excesso de amônia na corrente sanguínea). hiperamonemia -A hiperamonemia é um forte indicador de distúrbios da homeostase do nitrogênio. -principais causas: podem ser causas genéticas como em enzimas do ciclo da uréia ou podem ser adquiridas tipo 1)insuficiência renal 2)infecções urinárias 3)hiperalimentação proteica 4)enfermidade hepática severa (como uma cirrose) -a função hepática está comprometida e pode representar defeitos genéticos no ciclo da uréia ou doenças hepáticas -> é uma emergência médica -> a amônia tem efeito neurotóxico que afeta o snc -> intoxicação por amônia pode causar: tremores, discurso inarticulado, sonolência, vômito, edema cerebral e visão borrada. -> altas concentrações podem levar a coma e a morte uréia -a excreção final da amônia é feita sob a forma de uréia, sendo específica do fígado com enzimas dele. -na produção de uréia no ciclo: 1) as duas primeiras reações acontecem nas mitocôndrias 2) as outras reações acontecem no citosol até formar a uréia ciclo da uréia nos mamíferos, o ciclo da uréia é a forma de escolha para a secreção de nitrogênio. as principais fontes de nitrogênio para o ciclo da uréia: -amônia (por desaminação) -aspartato (por via direta) 1)formação de carbamoil fosfato: -a amônia é condensada ao bicarbonato para ser condensada no ciclo -> carbamoil fosfato Esse passo depende de: atp e da enzima carbamoil sintetase. obs: acontece nas mitocôndrias 2)formação da citrulina: O carbamoil fosfato vai reagir com a ornitina a partir da enzima ornitina carbamoilase e originar a citrulina. obs: também está acontecendo nas mitocôndrias mas após a formação de citrulina ela vai para o citosol. obs: ciclo da ornitina= ciclo da uréia 3)síntese de argininosuccinato: a citrulina vai se condensar ao aspartato e dar origem ao argininosuccinato (enzima: argininosuccinatosintetase) obs: a uréia tem 2 nitrogênios, sendo um da amônia e um do aspartato. 4)clivagem do argininosuccinato: o argininosuccinato vai se clivar e formar arginina e fumarato que é componente do ciclo de krebs. (enzima: argininosuccinase) arginina: é degradada e dá origem a uréia e a ornitina (enzima: arginase) -ureia vai pelo sangue até os rins e é eliminada na urina -a ornitina é reciclada e recomeça o ciclo da uŕeia destino da uréia: saída do fígado -> difusão -> transportada no sangue até os rins -> excretada na urina -parte da ureia difunde do sangue para o intestino e lá a enzima urease bacteriana vai quebrar ela em co2 e nh4 (amônia em pequenas quantidades). parcialmente é perdida nas fezes e reabsorvida no sangue. obs: insuficiência renal -Níveis plasmáticos de uréia aumentam (pois tem dificuldade de serem eliminados pelos rins). -maior transferência de uréia do sangue para o intestino pois como os rins não conseguem eliminar eles vão para o intestino para uma parte ser eliminada. -excesso de amônia no intestino pois os rins não conseguem processar -> hiperamonemia obs: a determinação da uréia plasmática pode ser utilizada na avaliação de funções hepáticas e renais bicicleta de krebs A bicicleta de Krebs, em fisiologia, é uma interação entre o ciclo de Krebs e o ciclo da ureia. O ciclo da ureia produz, em uma das suas reações intermediárias, o fumarato, que será liberado no citosol da célula, e poderá assim ser utilizado no ciclo de Krebs.
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