Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Wathyson Alex de Mendonça Santos UFNT – Medicina, 5º Período No brasil, estima-se que haja mais de 100 mil mineiros, sendo que cerca de 4 mi de trabalhadores são empregados • Silicose (2000): cerca de 2 mi de trabalhadores expostos à sílica • Asbestose (2013): quase 6 mi de trabalhadores expostos mundialmente e 46 mil mortes em decorrência da doença • Carvão: 3 a 4 mil trabalhadores na produção de carvão • Silicose: sílica cristalina inalada → contato com a água e no interior de macrófagos → produção de espécies reativas de oxigênio e de nitrogênio → produção de citocinas pelos macrófagos → atração quimiotática de células inflamatórias para a região alveolar → + citocinas/ERO/ERN → passagem de partículas para o interstício e estímulo à proliferação intersticial de fibroblastos dando início à fibrogênese • Asbestose: inalação das fibras de amianto → deposito nas bifurcações do bronquíolo respiratório e do ducto alveolar → acúmulo de macrófagos alveolares e o desenvolvimento de uma reação inflamatória que se estende centrifugamente nos bronquíolos respiratórios terminais e no interstício alveolar adjacente → recrutamento de fibroblastos → colágeno • Silicose: pneumoconiose decorrente da inalação de poeira contendo sílica livre cristalina + reação tissular caracterizada por fibrose pulmonar ➢ Doenças associadas: principalmente a TB deve ser sempre suspeitada nu paciente com sintomas de silicose • Asbestose: consiste na inalação das fibras de amianto, que são um grupo de silicatos fibrosos ➢ Além da fibrose, o asbesto é a principal causa ocupacional de câncer de pulmão e de pleura Silicose • Agudo: meses/5 anos + intensa exposição ➢ Dispneia, tosse, perda de peso, fadiga, dor e febre pleurítica • Acelerada: 5/10 anos + concentrações elevadas de poeira ➢ Dispneia progressiva, hipoxemia e distúrbio ventilatório • Crônica: forma mais comum, 10/15 anos de exposição em ▼ [Sílica] ➢ Tosse crônica, dispneia ao esforço Asbestose • Manifestação clínica tardia ➢ Dispneia é o sintoma mais insidioso e frequente, pode evoluir com o tempo ➢ Na fase final apresentam hipoxemia, baqueteamento digital e cor pulmonale Diagnóstico precoce + Interrupção da exposição • Controle clínico dos sintomas • Não há um tratamento específico • O uso de oxigenoterapia domiciliar para os pacientes hipoxêmicos e o transplante pulmonar para casos avançados selecionados são tratamentos comprovados. • Na silicose o tratamento da TB, quando presente, e a quimioprofilaxia, quando for o caso, também são necessários. Definição e Classificação Fisiopatologia Epidemiologia Diagnóstico História de exposição + Características radiológicas compatíveis (na dúvida → TC) • Silicose → RX na forma aguda: opacidade bilateral; acelerada: opacidades regulares + áreas em vidro fosco e aumento de linfonodos mediastinais e hilares; crônica: vários nódulos arredondados < 10 mm e aumento dos linfonodos hilares e mediastinais • Asbestose: RX com placas pleurais (presente em 80% dos casos), presença de opacidades irregulares com predomínio nas bases • As doenças respiratórias ocupacionais são consequências da exposição às substâncias nocivas no ambiente de trabalho. • O risco de ocorrência vai depender: da concentração da substância inalada, do seu tamanho, das suas características físico-químicas e da exposição acumulada • O foco aqui serão as pneumoconioses • Pneumoconioses: doença com padrão restritivo causado pela inalação de poeiras inorgânicas ➢ Fibrogênicas: exposição a sílica, amianto, carvão e poeira mista ➢ Não fibrogênicas: inalação de poeiras metálicas • Tabagismo, poluição do ar, doenças crônicas e fatores genéticos • As condições de proteção respiratórias são precárias nessas atividades Fatores de risco Quadro clínico Etiologia Tratamento Prevenção
Compartilhar