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Beatriz Tianeze de Castro | SOI V | P5 - MEDICINA Introdução Definição Falência articular caracterizada pelo desgaste da cartilagem e por alterações ósseas, como os osteófitos (bicos de papagaio). Articulações Acometidas Fatores de Risco Geral ♦ Envelhecimento aumenta a vulnerabilidade articular. ♦ Obesidade. ♦ Displasia congênita. ♦ Doença de Legg-Perthes. ♦ Deslocamento da epífise da cabeça femoral. ♦ Mutações genéticas, como o polimorfismo que diminui a quantidade do gene do fator de diferenciação do crescimento 5 (GDF5). Beatriz Tianeze de Castro | SOI V | P5 - MEDICINA ♦ Raramente é herdado. ♦ 30% dos indivíduos com OA no joelho herdaram a patologia. ♦ 50% dos indivíduos com OA nas mãos e nos quadris herdaram a patologia. ♦ Uso repetido da articulação. ♦ Desalinhamento da articulação. Mecanismos Protetores Protetores Articulares ♦ Cápsula articular. ♦ Ligamentos articulares. ♦ Músculos. ♦ Aferentes sensoriais. ♦ Osso subjacente. Cápsula e Ligamentos Protegem a articulação, proporcionando um limite para a excursão, fixando a amplitude de movimento da articulação. Líquido Sinovial Reduz o atrito entre as superfícies da cartilagem articular, por meio da molécula lubricina, que é uma glicoproteína mucinosa secretada pelos fibroblastos sinoviais e age lubrificando a região. Nervos Aferentes Sensoriais Disparam com frequências diferentes ao longo de toda amplitude de movimento da articulação, proporcionando o feedback aos músculos e tendões por intermédio da medula espinal. Músculos e Tendões Por causa do feedback, assumem a tensão correta nos pontos apropriados na excursão articular. Além disso, aqueles que cruzam como uma ponte, proporcionam a potência e aceleração apropriadas. Cartilagem Fisiologia Principais macromoléculas ♦ Colágeno tipo 2. ♦ Agrecano. Colágeno tipo 2 Beatriz Tianeze de Castro | SOI V | P5 - MEDICINA Confere resistência à tração. Agrecano Macromolécula de proteoglicano acoplada ao ácido hialurônico que confere rigidez compressiva. Condrócitos ♦ Células dentro do tecido avascular, que sintetizam todos os elementos da matriz. ♦ Produzem enzimas que desintegram a matriz, as citocinas e os fatores de crescimento, gerando um feedback autócrino/parácrino que modula a síntese de moléculas da matriz. Patologia Características Imprescindíveis ♦ Perda da cartilagem hialina. ♦ Aumento na espessura e na esclerose da placa óssea subcondral. ♦ Crescimento elevado de osteófitos nas margens articulares. ♦ Distensão da cápsula articular. ♦ Sinovite nas articulações. ♦ Fraqueza dos músculos que cruzam a articulação. Cartilagem ♦ Depleção gradual de Agrecano. ♦ Expansão da matriz colágena firmemente trançada. ♦ Perda de colágeno tipo 2. Condrócitos ♦ Apresentam papel fundamental no equilíbrio entre a produção e a degradação da matriz cartilaginosa e consequentemente da manutenção da função da cartilagem. ♦ Sintetizam os elementos da matriz extracelular. ♦ Produzem enzimas proteolíticas que degradam as metaloproteinases, agrecanases, desintegrina e metaloproteinases. ♦ Expressam citocinas pró- inflamatórias, como a IL-1 ß e o TNF-a; e os fatores de crescimento, como o TGF ß. Inicialmente A cartilagem mostra fibrilação e irregularidade superficiais. Progressão ♦ Surgem erosões focais, as quais se estendem para osso subjacente. ♦ Condrócitos sofrem mitose e aglomeração. Beatriz Tianeze de Castro | SOI V | P5 - MEDICINA ♦ Depleção de proteoglicanos na matriz que circunda os condrócitos. ♦ A matriz colágena sofre dano, onde as cargas negativas dos proteoglicanos ficam expostas, e a cartilagem sofre tumefação. Processo Primeiro Ocorre algum evento que causa alteração na função do condrócito, como os estímulos ocasionados pelas citocinas pró-inflamatórias, especialmente a IL-1 ß e o TNF-a. Segundo Gera-se o processo catabólico. Terceiro Resultando em um adelgaçamento da cartilagem e deterioração da sua qualidade mecânica. Quarto A consequente perda da força de tensão para suportar cargas causa uma transmissão de uma força maior aos condrócitos e ao osso subcondral. Quinto Os condrócitos, sob ação dessas forças, liberam + enzimas proteolíticas. Sexto O osso subcondral desenvolve microfraturas, gerando endurecimento e perda da reversibilidade à compressão. Quadro Clínico Dor Ocasionada pela sinovite e pela pressão hemostática dentro do osso, que estimula as fibras nociceptivas. Inicialmente Dor episódica, induzida frequentemente por 1 ou 2 dias de utilização hiperativa de uma articulação enferma. Progressão ♦ Dor contínua. ♦ Dor noturna e diurna. ♦ Rigidez matinal de curta duração (<30 minutos). ♦ Deformação dos joelhos. Diagnóstico Exames Laboratoriais São de pouca utilidade, visto que em fase aguda da inflamação apresentam resultados normais. Radiografia ♦ Avaliação do grau de comprometimento articular. Beatriz Tianeze de Castro | SOI V | P5 - MEDICINA ♦ Diminuição do espaço articular. ♦ Esclerose do osso subcondral. ♦ Cistos subcondrais. ♦ Existência de osteófitos. Ressonância Magnética ♦ Revela a extensão da patologia em uma articulação osteoartrítica. ♦ Lacerações meniscais. ♦ Lesões ósseas. Conduta Terapêutica Conduta Não Farmacológica Primeiro Evitar as atividades que sobrecarregam a articulação, conforme evidenciado por estarem causando dor. Segundo Melhorar a força e o condicionamento dos músculos que atravessam a articulação como uma ponte, a fim de aprimorar a sua função. Terceiro Remover as cargas que atuam sobre a articulação, seja redistribuindo-as dentro da articulação com uma órtese ou tala, seja reduzindo a carga suportada pela articulação durante o apoio do peso corporal com uma bengala ou muleta. Quarto Correção do desalinhamento no plano frontal (varo-valgo). Conduta Farmacológica Acetaminofeno Analgésico inicial de escolha em pacientes com OA no joelho, no quadril ou nas mãos para controlar os sintomas. AINES orais e inibidores da COX-2 ♦ Naproxeno. ♦ Salsalato. ♦ Ibuprofeno – mais poderoso. AINES tópicos ♦ Diclofenaco Na gel a 1%. Injeções intra-articulares ♦ Glicocorticoides. ♦ Ácido hialurônico. ♦ Indicados para OA ocasionada por inflamação sinovial.
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