Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO O ciclo da vida humana abrange o período pré-natal, o nascimento, crescimento, fase adulta, envelhecimento, dentre outras fases que formam o desenvolvimento de um indivíduo. Souza (2015) expressa que esse desenvolvimento ocorre no campo físico, cognitivo e psicossocial. Com isso, diante os inúmeros processos que ocorrem no ciclo de vida de uma pessoa, é fundamental que haja uma discussão cada vez mais abrangente acerca das etapas envolvidas nesse ciclo. Fato que contribuiu para o desenvolvimento dessa sucinta revisão bibliográfica, pois como explica Coelho (2021), essa revisão diz respeito a uma revisão geral de pesquisas já existentes acerca de um tema. OÓCITO O gameta feminino, popularmente conhecido como ovo ou óvulo, recebe o nome de oócito, como explica a Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução – SPMR – (201?). Ainda segundo a SPMR, a sua produção ocorre nos ovários, através da oogénese (processo meiótico), junto ao processo de foliculogénese. [...] durante o desenvolvimento, o oócito para o processo meiótico em metafase II, sendo nesta fase da meiose que se encontra o oócito na ovulação e que permite a fertilização. O gâmeta feminino contém o ADN materno, bem como as mitocôndrias, RNAs mensageiros e proteínas que suportam a fertilização e o desenvolvimento embrionário. (SPMR, 201?, site online). O Grupo Cemise (2021) descreve que o oócito é a maior célula do corpo humano, expondo que esse tamanho implica diretamente na dificuldade na criopreservação, dada a quantidade de água presente no interior da célula. Quanto aos estágios envolvidos no oócito, é possível mencionar a vesícula germinativa (imaturo), a metáfase I (imaturo) e por último, a metáfase II (maduro). Um artigo da NeoVita (2019) explica que o primeiro estágio indica que o óvulo está imaturo, presente na Profáse I da primeira divisão meiótica. Na Metáfase I, a vesícula germinativa não é mais vista e o corpúsculo polar ainda não foi extraído. (NEOVITA, 2019, site online). Seguido da Metáfase II, onde já há a maduração do óvulo e consequentemente o mesmo encontra-se preparado para ser fertilizado. FERTILIZAÇÃO A fertilização ou fecundação, é marcada pelo momento em que o espermatozoide (gameta masculino) se junta ao ovócito (gameta feminino) no intuito de formar uma célula diploide, como explica Scarano (2011). Nesse sentido, buscando a reprodução, a fecundação normalmente irá ocorrer na tuba uterina. Frantz (201?) Indica que esse processo ocorre de forma rápida e sucessiva, explicando que ao acontecer de forma natural, os espermatozoides são lançados no corpo da mulher na ejaculação e fazem uma verdadeira corrida até a tuba uterina (FRANTZ, 201?, site online). Dessa forma, ainda segundo o estudo, as etapas que fazem parte da fertilização são: coroa radiada; zona pelúcida; fusão das membranas; condensação dos cromossomos maternos; pronúcleos feminino e masculino; zigoto; clivagem; mórula; blastócito. O Grupo GINECO (2013) indica que após a fecundação, por volta da terceira semana, ocorre a divisão do óvulo em centenas de células, o que dá origem ao blastócito citado anteriormente. Em seguida, na quarta semana, é possível observar o embrião com três planos distintos, sendo eles o interno, o médio e o externo. Já na quinta semana, o embrião tem cerca de 4 mm, apresentando o tubo neural que será responsável pela medula espinhal e o cérebro. E por último, por volta da sexta semana, o embrião mede 6 mm e o seu crânio encontra-se quase formado. (GINECO, 2013, site online). SEGMENTAÇÃO Após a fase da fertilização, existem inúmeros processos que precisam ser concretizados para que uma nova pessoa seja de fato formada. Para tanto, após a formação do zigoto, ocorre o que a literatura chama de segmentação. Segundo Santos (2021) esse processo ocorre, inicialmente, em decorrência de uma série de divisões mitóticas iniciadas pelo ovo. Essa divisão dará origem a células intituladas de blastômeros. A autora descreve ainda que a quantidade de vitelo em um ovo, guiará o processo de segmentação, fato que explica o porquê do desenvolvimento embrionário variar de uma espécie para outra. No que diz respeito a espécie humana, é possível afirmar que a segmentação é do tipo holoblástica e igual, pois segundo Santos (2021), a divisão ocorre em toda a extensão do zigoto. [...] até o momento em que há apenas oito células, estas estão agrupadas frouxamente, ou seja, elas não estão formando uma aglomeração em íntimo contato. Somente após a terceira clivagem ocorre a união das células, que se mantêm em contato, mais externamente, graças às zonas de oclusão e, mais internamente, através de junções do tipo gap. (SANTOS, 2021, site online) Depois que ocorrerem algumas segmentações, tem-se uma mórula, que será descrita diante. MÓRULA De acordo com Fernandes (2019), a mórula é formada cerca de três dias após a fertilização, através da tuba uterina. A autora a descreve como maciça e repleta de células, sendo este o primeiro estágio embrionário. Essas células, por sua vez, ~são topipotentes, ou seja, são células indiferenciadas capazes de formas tanto um organismo adulto quanto tecidos extraembrionários, como a placenta. (FERNANDES, 2019, site online). O estudo segue descrevendo que a mórula possui uma camada interna (massa celular interna), que é circundada por uma massa celular externa por meio de uma camada. Fernandes (2019) explica que a mórula possui cerca de 12 a 32 blastômeros. BLÁSTULA Após a chegada da mórula ao útero, surge a cavidade blastocística, que começa a se desenvolver no interior. Fernandes (2019) explica que em decorrência da reorganização das células, há o surgimento dessa alteração. O interior dessa cavidade é preenchido por fluido, originado do útero, que penetra pela zona pelúcida. Essa cavidade é chamada também de blastocele. Nesse momento, o embrião deixa de ser chamado de mórula e passa a ser chamado de blástula. (FERNANDES, 2019, site online). 1fonte: (FERNANDES, 2019) Assim, observa-se então que ao contrário da mórula, a blástula apresenta um aspecto oco, devido a um espaço preenchido com liquido que no decorrer do aumento do seu volume na cavidade, faz com que haja a separação dos blastômeros em trofoblasto e embrioblasto, como segue explicando Fernandes (2019). GÁSTRULA As gástrulas surgem com a etapa da gastrulação, que é descrita através do processo que forma camadas germinativas. Fernandes (2019) afirma que existem três camadas germinativas que dão origem aos tecidos embrionários. Nesse sentido, a autora explica que: A gastrulação se inicia com o surgimento de uma linha conhecida como linha primitiva (originada por uma camada de células denominadas epiblastos, é uma diferenciação do embrioblasto que ocorre anteriormente ao processo de gastrulação). Ao se desenvolver, a linha primitiva gera algumas estruturas, como o nó primitivo (que corresponde a extremidade cranial da linha), o sulco primitivo (que é uma depressão na linha primitiva) e a fosseta primitiva (onde se encerra o sulco primitivo). Tanto o sulco quanto a fosseta primitiva são formados devido à invaginação de epiblastos. (FERNANDES, 2019, site online). Diante disso, há a imigração de algumas células, processo que resulta na formação do mesoderma (camada intermediária). Já a camada mais interna, intitulada de endoderma, ocorre em razão do deslocamento das células hipoblásticas. Fernandes (2019) diz ainda que a camada mais superficial, é dada em decorrência da camada de epiblasto, que forma o ectoderma. NÊURULA A neurulação é conhecida como o último estágio, e é através dela que ocorre a formação do sistema nervoso do embrião, conhecido aqui como nêurula. Segundo Fernandes (2019) a notocorda induz o acontecimento desse processo. [...] o sistema nervoso é derivado do ectoderma. O ectoderma localizado acima da notocorda sofre um espessamento, e, com isso, forma a placa neural. A partir daí o ectoderma formador da placa neural passa a serchamado de neuroectoderma, por ser uma “especialização” do ectoderma que dará origem ao sistema nervoso. (FERNANDES, 2019, site online). Há aqui o chamado processo de dobramento na região central, realizado através da placa neural. Esse processo, segundo Santos (201?) é o que irá formar o sulco neural. Paralelamente, a notocorda é formada abaixo do tubo nervoso, tubo este que se origina através do momento em que o suco é findado. Diante do exposto, é perceptível que a evolução do desenvolvimento dos seres humanos, é realizada através de inúmeras etapas que precisam ser concretizadas, o que induz a um número de pesquisas expressivo, tendo em vista que os assuntos a serem tratados são de suma importância para que o ciclo de vida ocorra de forma segura e eficaz. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA COELHO, B. Revisão bibliográfica. 2021. Disponível em: https://blog.mettzer.com/revisao-bibliografica/. Acesso em: 08 jul. 2021. GRUPO CEMISE. Criopreservação de oócitos (vitrificação). Disponível em: http://grupocemise.com.br/cemisevida/conteudo/1495/criopreserva-o-de-o-citos-vitrifica-o. Acesso em: 08 jul. 2021. GRUPO GINECO. Fecundação. Disponível em: https://www.gineco.com.br/saude-feminina/gravidez/fecundacao. Acesso em: 08 jul. 2021. FERNANDES, J. O que é uma mórula, blástula, gástrula e nêurula? Disponível em: https://blog.jaleko.com.br/o-que-e-uma-morula-blastula-gastrula-e-neurula/. Acesso em 08 jul. 2021. FRANTZ. Fecundação humana: entenda como ocorre esse processo. Disponível em: https://www.nilofrantz.com.br/fecundacao-humana-entenda-o-processo/#1. Acesso em: 08 jul. 2021. NEOVITA. O desenvolvimento embrionário. 2019. Disponível em: https://www.neovita.med.br/blog/fertilizacao/o-desenvolvimento-embrionario/. Acesso em: 08 jul. 2021. https://blog.mettzer.com/revisao-bibliografica/ http://grupocemise.com.br/cemisevida/conteudo/1495/criopreserva-o-de-o-citos-vitrifica-o https://www.gineco.com.br/saude-feminina/gravidez/fecundacao https://blog.jaleko.com.br/o-que-e-uma-morula-blastula-gastrula-e-neurula/ https://www.nilofrantz.com.br/fecundacao-humana-entenda-o-processo/#1 https://www.neovita.med.br/blog/fertilizacao/o-desenvolvimento-embrionario/ SANTOS, V. Segmentação. 2021. Disponível em: https://www.biologianet.com/embriologia-reproducao-humana/segmentacao.htm. Acesso em: 08 jul. 2021. SCARANO, W. R. Fecundação. 2011. Disponível em: https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Prof_Wellerson/Embri ologia/documentos/Fecundacao2011.pdf. Acesso em: 08 jul. 2021. SOUZA, F. 8 períodos do desenvolvimento humano. 2015. Disponível em: https://www.psicologiamsn.com/2015/10/8-periodos-do-desenvolvimento-humano-psicologia. html. Acesso em: 08 jul. 2021. https://www.biologianet.com/embriologia-reproducao-humana/segmentacao.htm https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Prof_Wellerson/Embriologia/documentos/Fecundacao2011.pdf https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Prof_Wellerson/Embriologia/documentos/Fecundacao2011.pdf https://www.psicologiamsn.com/2015/10/8-periodos-do-desenvolvimento-humano-psicologia.html https://www.psicologiamsn.com/2015/10/8-periodos-do-desenvolvimento-humano-psicologia.html
Compartilhar