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Diagnóstico de gravidez

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Anne Marques – 5º semestre de Medicina na Universidade Salvador 
 
ó 
• Quanto mais cedo for feito, mais cedo será o 
encaminhamento e adesão ao pré-natal. 
Nesse sentido, o início precoce do pré-natal é 
essencial para a redução dos elevados índices 
de mortalidade materna e perinatal; 
• O diagnóstico da gravidez pode ser feito 
através de três tipos: 
 Diagnóstico clínico; 
 Diagnóstico hormonal; 
 Diagnóstico ultrassonográfico. 
 
• Se baseia nos sinais e sintomas da gravidez. 
Sinais de presunção: 
4 semanas: 
• Atraso menstrual – atraso da menstruação 
de até 90 dias, pois depois de 90 dias já é 
chamada de amenorreia; 
5 semanas: 
• Náuseas: geralmente são matinais, acometem 
aproximadamente 50% das gestantes e 
tendem a melhorar no segundo/terceiro 
trimestre. Podem ser acompanhadas de 
vômitos; 
• Apetite exacerbado – geofagia, pagofagia; 
• Congestão mamária: mamas edemaciadas e 
doloridas; 
• Sinal de Hunter: 
aumento da melanina 
provoca a aréola 
pigmentada; 
• Colostro: secreção 
leitosa provocada pelo aumento da prolactina; 
• Sinal de Halban: aumento da lanugem – 
Hipertricose; 
• Rede de haller: aumento da vascularização das 
mamas, a qual é observada na inspeção 
estática; 
 
 
 
 
• Tubérculos de Montgomery: hipertrofia das 
glândulas sebáceas 
que se localizam ao 
redor do mamilo; 
6 semanas: 
• Polaciúria: aumento da 
frequência e diminuição da quantidade urinária 
devido a compressão da bexiga pelo aumento 
do volume do útero gravídico. 
Sinais de probabilidade: 
6 semanas: 
• Aumento do volume uterino devido ao 
aumento do concepto, formação do líquido 
amniótico e da placenta; 
 É avaliado pelo toque combinado; 
 Segundo alguns autores, o volume uterino 
está compatível com o tamanho de uma 
tangerina. 
8 semanas: 
• Sinal de Hegar: alteração da consistência 
uterina (consistência pastosa), principalmente 
na região do istmo; 
 
• Sinal de Piskacek: alteração da forma uterina, 
abaulamento do fundo 
de saco posterior - 
local da implantação do 
embrião e a projeção 
de crescimento uterino 
ao longo da gestação. 
 
 
• Sinal de Nobile-budin: 
até a 20ª semana de gestação, o útero adquire 
forma esférica, ocupando os fórnices vaginais 
laterais; 
 
 
 
 
 
 
 
• Sinal de Osiandier: a vascularização da vagina 
se intensifica, e as veias se hipertrofiam. O 
pulso vaginal pode se tornar reconhecível nos 
fundos de saco laterais; 
• Sinal de Kluge: coloração violácea da vagina; 
• Sinal de Jacquemier ou de Chadwick: coloração 
violácea da vulva. 
 
16 semanas: 
• Aumento do volume abdominal devido ao 
aumento do volume uterino – mais comum em 
primigestas. 
Sinais de certeza: 
14 semanas: 
• Sinal de Puzos: as mãos ficam encurvadas, 
para melhor reconhecer o contorno do fundo 
do útero e a parte fetal que o ocupa. Com 
uma das mãos imprimindo súbito impulso ao 
polo fetal, esse sofre um deslocamento, 
chamado "rechaço fetal" realizado com a 
gestante em decúbito dorsal. 
 
18 semanas: 
Percepção e palpação dos movimentos fetais: a 
paciente já percebe os movimentos 
20/21 semanas: 
Ausculta fetal: é o sinal de certeza mais 
importante e pode ser feita com 10/11 semanas 
com o sonar doppler, 20/21 semanas com o pinar 
e com 7 semanas através da ultrassonografia 
transvaginal. 
 
• Possui alta sensibilidade e alta especificidade 
para diagnóstico precoce de gravidez; 
• Dosagem da gonadotrofina coriônica humana 
(HCG), a qual começa a ser produzida pelo ovo 
depois de 7/8 dias da sua fecundação; 
 Métodos biológicos: Já foram bastante 
atualizados, mas hoje em dia foram 
abandonados; 
 Métodos imunológicos; 
 Rádio imunológicos (RIA); 
 Enzima-imunoensaio (ELISA) 
Para ampliar a captação precoce das gestantes, o 
Ministério da Saúde, por intermédio da Rede 
Cegonha, incluiu o Teste Rápido de Gravidez nos 
exames de rotina do pré-natal, que pode ser 
realizado na própria UBS, o que acelera o processo 
necessário para a confirmação da gravidez e o 
início do pré-natal. Toda mulher da área de 
abrangência da unidade de saúde e com história 
de atraso menstrual de mais de 15 dias deverá 
ser orientada pela equipe de saúde a realizar o 
Teste Imunológico de Gravidez (TIG), que será 
solicitado pelo médico ou enfermeiro. Este teste 
é considerado o método mais sensível e confiável, 
embora seja também um teste caro. Alguns 
testes urinários têm baixa taxa de resultados 
falsos positivos, mas elevada taxa de resultados 
falsos negativos, o que pode atrasar o início do 
pré-natal; 
ß-HCG: 
A dosagem de gonadotrofina coriônica humana 
(ß-HCG) para o diagnóstico precoce da gravidez, 
com a utilização de medidas quantitativas 
precisas e rápidas, tornou este teste 
mundialmente reconhecido para confirmar a 
ocorrência de gravidez. O ß-HCG pode ser 
detectado no sangue periférico da mulher grávida 
entre 8 a 11 dias após a concepção. Os níveis 
plasmáticos aumentam rapidamente até atingir 
um pico entre 60 e 90 dias de gravidez. A maioria 
dos testes tem sensibilidade para detecção de 
gravidez entre 25 a 30mUI/ml. Resultados falsos 
positivos ocorrem na faixa entre 2 a 25mUI/ml. 
Do ponto de vista prático, níveis menores que 
5mUI/ml são considerados negativos e acima de 
25mUI/ml são considerados positivos. 
 
Considerando-se que 11% a 42% das idades 
gestacionais estimadas pela data da última 
menstruação são incorretas, pode-se oferecer à 
gestante, quando possível, o exame 
ultrassonográfico, que, além de melhor 
determinar a idade gestacional, auxilia na detecção 
precoce de gestações múltiplas (inclusive, 
evidencia o tipo de placentação nestes casos) e de 
malformações fetais clinicamente não suspeitas; 
O exame deve ser realizado entre 10 e 13 
semanas, utilizando-se o comprimento cabeça–
nádega para determinar a idade gestacional. A 
partir da 15ª semana, a estimativa de idade 
gestacional será feita pela medida do diâmetro 
biparietal. Todavia, os possíveis benefícios da 
ultrassonografia de rotina durante a gestação 
sobre outros resultados permanecem ainda 
incertos, de modo que a não realização deste 
exame não constitui omissão, nem diminui a 
qualidade do pré-natal. 
Ultrassonografias durante a gestação: 
4 semanas: aparecimento do saco gestacional; 
5-6 semanas: vesícula vitelina; 
6-7 semanas: batimentos cardiofetais já podem 
ser auscultados; 
11-13 semanas: dissolução do saco gestacional; 
11-12 semanas: cabeça fetal. 
• Se o atraso menstrual for superior a 12 
semanas, o diagnóstico de gravidez poderá ser 
feito pelo exame clínico e torna-se 
desnecessária a solicitação do TIG; 
• O diagnóstico da gravidez pode ser efetuado 
em 90% das pacientes por intermédio dos 
sinais clínicos, dos sintomas e do exame físico 
em gestações mais avançadas; 
• As queixas principais são devidas ao atraso 
menstrual, à fadiga, à mastalgia, ao aumento 
da frequência urinária e aos enjoos/vômitos 
matinais. 
A gestação é um fenômeno fisiológico e deve ser 
vista pelas gestantes e equipes de saúde como 
parte de uma experiência de vida saudável que 
envolve mudanças dinâmicas do olhar físico, social 
e emocional. No entanto, devido a alguns fatores 
de risco, algumas gestantes podem apresentar 
maior probabilidade de evolução desfavorável. São 
as chamadas “gestantes de alto risco”. 
Fatores relacionados às características 
individuais e às condições sociodemográficas 
desfavoráveis: 
• Idade menor do que 15 e maior do que 35 
anos: maior risco de descolamento prematuro 
de placenta, hipertensão, diabetes mellitus, 
inserção baixa de placenta, entre outras 
patologias; 
• Ocupação da gestante: esforço físico 
excessivo, carga horária extensa, rotatividade 
de horário, exposição a agentes físicos, 
químicos e biológicos, estresse; 
• Situação familiar insegura e não aceitação da 
gravidez, principalmente em se tratando de 
adolescentes; 
• Situaçãoconjugal insegura; 
• Baixa escolaridade (menor do que cinco anos 
de estudo regular); 
• Altura menor do que 1,45m: maior incidência 
de desproporção céfalo-pélvica; 
• IMC que evidencie baixo peso, sobrepeso ou 
obesidade. 
Fatores de risco que podem indicar 
encaminhamento ao pré-natal de alto risco: 
O pré-natal de alto risco abrange cerca de 10% 
das gestações que cursam com critérios de risco, 
o que aumenta significativamente nestas 
gestantes a probabilidade de intercorrências e 
óbito materno e/ou fetal. Atenção especial deverá 
ser dispensada às grávidas com maiores riscos, a 
fim de reduzir a morbidade e a mortalidade 
materna e perinatal 
Fatores relacionados às condições prévias: 
• Cardiopatias; 
• Pneumopatias graves (incluindo asma 
brônquica); 
• Nefropatias graves (como insuficiência renal 
crônica e em casos de transplantados); 
• Endocrinopatias (especialmente diabetes 
mellitus, hipotireoidismo e hipertireoidismo). 
Fatores de risco que indicam encaminhamento 
à urgência/ emergência obstétrica: 
• Síndromes hemorrágicas (incluindo 
descolamento prematuro de placenta, 
placenta prévia), independentemente da 
dilatação cervical e da idade gestacional; 
• Suspeita de pré-eclâmpsia: pressão arterial > 
140/90, medida após um mínimo de 5 minutos 
de repouso, na posição sentada. Quando 
estiver associada à proteinúria, pode-se usar 
o teste rápido de proteinúria; 
 Obs.: edema não é mais considerado 
critério diagnóstico, pois pode ser 
fisiológico devido a gravidade; 
• Sinais premonitórios de eclâmpsia em 
gestantes hipertensas: escotomas cintilantes, 
cefaleia típica occipital, epigastralgia ou dor 
intensa no hipocôndrio direito; 
• Eclâmpsia: crises convulsivas em pacientes 
com pré-eclâmpsia.

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