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DIREITO Civil R2 4.2

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PREPARATÓRIO PARA OAB
Professor: Dr. Flávio Tartuce
DISCIPLINA: DIREITO CIVIL
Capítulo 4 Aula 2 
PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES
 DA OBRIGAÇÃO - PARTE I
Coordenação: Dr. Flávio Tartuce
01
Principais Classificações da Obrigação
Parte I
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
www.r2direito.com.br
1. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO OBJETO: 
1. 1. OBRIGAÇÃO POSITIVA DE DAR 
Podemos conceituar a obrigação positiva de dar (obligatio ad dandum) como sendo aquele em que o sujeito 
passivo compromete-se a entregar alguma coisa, certa ou incerta. Nesse sentido, há, na maioria das vezes, 
a intenção de transmissão de propriedade de uma coisa, móvel ou imóvel, como na compra e venda. 
Interessante verificar então as duas modalidades de obrigacão de dar, a específica que tem como conteúdo 
uma coisa certa e a genérica também denominada obrigação de dar coisa incerta. 
1. 1. 1. DA OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA (arts. 233/242 CC).
Como vimos, também denominada obrigação específica, estará presente nas situações em que o devedor se 
obriga a dar uma coisa individualizada, móvel ou imóvel, cujas características foram acertadas pelas partes, 
geralmente em um instrumento negocial. 
1. 1. 2. DA OBRIGAÇÃO DE DAR COISA INCERTA (arts. 243/246 CC)
Também denominada obrigação específica. A expressão coisa incerta indica que a obrigação tem um objeto 
indeterminado, pelo menos inicialmente, sendo o mesmo somente indicado pelo gênero e quantidade, 
restando uma indicação posterior quanto à qualidade que, em regra, cabe ao devedor. Assim, coisa incerta 
não quer dizer qualquer coisa, mas coisa indeterminada, porém suscetível de determinação futura. A 
determinação se faz pela escolha, também denominada concentração, que constitui um ato jurídico 
unilateral. 
1. 2. OBRIGAÇÃO POSITIVA DE FAZER 
A obrigação de fazer (obligatio ad faciendum) é constituída pela prestação de um serviço, ou execução de 
uma tarefa por parte do devedor, sujeito passivo da relação obrigacional. Aqui, interessante relembrar as 
modalidades possíveis de obrigação de fazer:
A) Obrigação de fazer fungível-aquela em que tarefa ou prestação pode ser realizada pelo devedor ou por 
outra pessoa, situação em que o credor pode mandar executar o ato à custa do devedor (arts. 633 e 634 
CPC), caso haja recusa ou mora deste, sem prejuízo de indenização por perdas e danos (art. 249 CC). 
B) Obrigação de fazer infungível-aquela em que a prestação só pode ser executada pelo próprio devedor 
ante a natureza da tarefa ou por disposição no instrumento obrigacional. Constitui uma obrigação 
personalíssima ou "intuitu personae". 
1. 3. OBRIGAÇÃO NEGATIVA DE NÃO FAZER 
A obrigação de não fazer (obligatio ad non faciendum) é aquela em que o devedor se compromete a não 
praticar determinada ato, que até poderia praticar se não houvesse se obrigado. Seu conteúdo é uma 
abstenção, um ato negativo. 
Aula 2
02
Caso o devedor pratique o ato que se obrigou a não praticar, tornar-se-á inadimplente, podendo o credor 
exigir o desfazimento do que foi realizado. Entretanto, há casos em que somente resta o caminho da 
indenização por perdas e danos. A obrigação de não fazer é sempre pessoal e só pode ser cumprida pelo 
próprio devedor (obrigação personalíssima e indivisível).
2. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AOS SEUS ELEMENTOS 
2. 1. OBRIGAÇÕES SIMPLES - são as que se apresentam somente com um sujeito ativo (credor), um sujeito 
passivo (devedor) e uma única prestação.
2. 2. OBRIGAÇÕES COMPOSTAS - são as que se apresentam com pluralidade de objetos (obrigações 
compostas objetivas cumulativas ou obrigações compostas objetivas alternativas) ou pluralidade de sujeitos 
(obrigações compostas subjetivas ativas e passivas, obrigações solidárias). Vejamos as primeiras: 
- OBRIGAÇÕES COMPOSTAS OBJETIVAS CUMULATIVAS (ou conjuntivas) - são aquelas compostas pela 
multiplicidade de prestações; devendo o sujeito passivo entregar cumprir todas, sob pena de 
inadimplemento. Desse modo, a inexecução de uma das prestações envolve o descumprimento 
obrigacional. Geralmente, essa forma de obrigação é identificada pela conjunção e, de natureza aditiva.
- OBRIGAÇÕES COMPOSTAS OBJETIVAS ALTERNATIVAS (ou disjuntivas) - também compostas pela 
multiplicidade de objetos, porém estes estão ligados pela conjunção disjuntiva ou, podendo haver duas ou 
mais opções ao sujeito passivo. O devedor se desonera com o cumprimento de somente uma das 
prestações. 
Observação: Há ainda as OBRIGAÇÕES FACULTATIVAS, consideradas por nós como modalidade de 
obrigação simples, eis que inicialmente há como prestação somente um objeto. Nessas o devedor oferece 
uma segunda opção, a qual poderá o credor aderir de acordo com a sua vontade. Entretanto, não há em 
relação à tal opção, um dever por parte do sujeito passivo, podendo o credor aceitar ou não a proposta 
realizada (faculdade).
2. 3. ESTUDO ESPECIAL DAS OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS (arts. 264 a 285 CC) - ocorrem quando há 
pluralidade de credores ou devedores (ou ambos). Os principais efeitos da solidariedade são os seguintes:
 - Havendo vários devedores, cada um responde pela dívida inteira, como se fosse um único devedor. O 
credor pode escolher qualquer um e exigir a dívida toda (solidariedade passiva). 
 - Se houver vários credores, qualquer um deles pode exigir a prestação integral, como se fosse único credor 
- (solidariedade ativa). 
Desse modo, a solidariedade, desse modo, pode ser assim classificada:
 - Solidariedade ativa - pluralidade de credores. Situações previstas em lei (artigo 2º da Lei de Locação para o 
caso de locadores, por exemplo) ou por força do contrato.
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A 
violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do
material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).”
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03
 - Solidariedade passiva - pluralidade de devedores. Situações decorrentes de previsão legal (exemplificamos 
com a solidariedade entre locatários art. 2º da Lei nº 8.245/91 -, e entre comodatários art. 585 do Código 
Civil) ou convenção das partes. 
 - Solidariedade mista (ou recíproca) - pluralidade de devedores e credores. Situações na grande maioria das 
vezes originárias de convenção contratual, mas em alguns casos também previstas em lei (locação, havendo 
pluralidade de locadores e locatários). 
Regra básica para decorar: A solidariedade não se presume, 
resultando da lei ou da vontade das partes (art. 265 CC).
2. 3. 1. REGRAS RELACIONADAS COM A SOLIDARIEDADE ATIVA: 
 - Cada um dos credores pode exigir a prestação por inteiro, conforme regra do art. 267 do novo Código 
Civil. Qualquer credor poderá também promover medidas que visam receber o seu crédito, bem como 
constituir em mora o devedor. 
 - Qualquer co-credor poderá ingressar em juízo, visando a satisfação patrimonial. 
 - Caso um dos credores se tornar incapaz, este fato não influenciará na solidariedade prevista.
 - Enquanto não for demandado por algum dos co-credores, o devedor pode pagar a dívida a qualquer um, 
conforme art. 268 do Código Civil. 
 - O pagamento feito a um dos credores extingue inteiramente a dívida, o mesmo ocorrendo em caso de 
novação, compensação e remissão.- A conversão da prestação em perdas e danos não extingue a solidariedade. 
 - O credor que tiver remitido (perdoado) a dívida ou recebido o pagamento responde aos outros pela parte 
que lhes caiba (art. 272 nCC).
 - Caso um dos credores faleça, seu crédito passará aos seus herdeiros, sem a solidariedade, exceção para o 
caso de uma obrigação indivisível.
2. 3. 2. REGRAS RELACIONADAS COM A SOLIDARIEDADE PASSIVA. 
 - O credor pode escolher qualquer devedor para o cumprimento da prestação. Poderá exigir e receber de 
um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, o valor da dívida comum. Se receber de um dos 
devedores parcialmente, os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto, conforme 
prevê o art. 275 do Código Civil atual. 
"Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A

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