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Política e Teoria Geral do Estado - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) - Direito

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MARIA EDUARDA FAGUNDES CARVALHO – 2020/1 1 
 
Política e Teoria do Estado I 
º
1. A disciplina “Ciência Política” – CP 
1.1. Ou a política como ramo do conhecimento e possui três fases. 
1ª fase: Vai de Aristóteles até o início do século XIX, divide-se em 3 subitens. 
→ Filosofia política: ramo do conhecimento que estuda as últimas causas e os primeiros 
princípios da vida em sociedade. 
→ Sociologia: ramo do conhecimento que estuda as relações sociais e os fenômenos da vida 
social. 
→ Ciência política: ramo do conhecimento que estuda a sociedade a partir das suas relações 
de poder (kratos). 
Na Grécia Antiga estes 3 subitens eram implícitos, sendo nomeados e agrupados empiricamente 
somente como “política”. 
Aristóteles observava as relações entre os cidadãos da pólis e conclui que o homem era um animal 
político (zoon politikon) por natureza. 
 2ª fase: Desenvolve-se ao longo do século XIX. 
→ Sociologia como ramo autônomo, desvinculando-se do estudo misturado da política, ainda 
pouco definida. 
Sem aparato sociológico, os projetos políticos tendem a fracassar. Um exemplo disso foi a Proclamação 
da República e outras difusões estadunidenses aplicadas no Brasil como modo de reprodução, mas 
acabaram falhando por ter uma estrutura social totalmente distinta da original, que acabara por ocasionar 
o retrocesso do coronelismo. 
Augusto Comte: Para uma sociedade progredir, ela teria que buscar o consensus – da aceitação de 
governantes, das normas e da organização político-social. 
 3ª fase: Século XX nos EUA. 
A ciência política começa a se tornar um ramo. 
Inaugurada preliminarmente com Maquiavel como matéria, ainda que não como ramo autônomo. “Arte 
de conquistar e exercer o poder”. 
Ganha autonomia no século XX, nos EUA, depois da I Guerra Mundial. 
Surge pelo estudo dos anglo-saxônicos sobre as relações de poder entre as sociedades políticas a partir 
do momento em que os EUA se tornam a potência dominante após as Grandes Guerras. 
Criação de instituições para este estudo: IPSA (International Political Science Association) e APSA 
(American Politican Science Association) que se reúnem de quatro em quatro anos até hoje. 
 
MARIA EDUARDA FAGUNDES CARVALHO – 2020/1 2 
 
1.2. Ciência Política no Brasil e no RS. 
Como é uma ciência relativamente nova, não há definição estipulada de maneira consensual, sendo ainda 
uma incógnita em seus componentes científicos de termos, matérias e até definições de objeto. 
Em 1945 houve o advento da TV e do rádio, aprimorando a disseminação de informações. Percebeu-se 
que o místico não faz ciência. 
Posição curricular no Brasil e RS: Ingressou nestas regiões após a II Guerra Mundial, e, até hoje, poucas 
universidades a têm como autônoma. 
1.3. 
Objeto material (parte da realidade objetiva que é estudada): sociedade. 
Objeto formal (perspectiva de pesquisa): relações do poder. 
2. A disciplina ‘Teoria (Geral) do Estado’ – TGE 
2.1. Gênese histórica da “Teoria Geral do Estado” – TGE 
Surgiu no começo do século XIX, na Alemanha desunificada, por estudos de professores para auxiliar as 
lideranças alemãs a construir um Estado que unisse os pequenos povos. Ademais, os poderes locais não 
eram bem vistos pelo papa e a Igreja queria a criação de um grande império sob seu comando. Esta 
unificação foi lente e gradual, por não ter um forte centro, como os outros países. 
J.K. Bluntschli (1808-1881): em 1852 escreve o 1º livro de TGE intitulado “The Theory of the State”. 
Outros escritores alemães importantes: G. Jellinek, Hans Kelsen e Herman Heller. 
Por tabela, Thomas Ellwein afirmou que o nazismo foi controlado pela não unificação alemã, já que 
existiam 2000 unidade políticas muitos judeus conseguiram escapar pelas várias fronteiras. 
2.2. Posição curricular da TGE no Brasil e no RS 
No 2º ano do curso de Direito existia a cadeira de Direito Público Constitucional. 
Promulgada a Constituição Polaca de 1937, Vargas separou as cadeiras de modo sistematizado e 
intervencionista para evitar críticas à Constituição. Esta interferência teve como objetivo evitar a influência 
que os professores universitários detinham na política da época. 
Com o decreto-lei nº 2639/1940 de 27 de setembro de 1940, esta matéria foi desmembrada para a 
criação da então duas novas cadeiras: 
Teoria Geral do Estado no 1º ano: Lecionada pelos antigos professores de D.P.C. que foram direcionados 
somente a este recorte, para que não houvesse menções à constituição. 
Direito Constitucional no 2º ano: Ministrada por indicações de pessoas alinhadas ao governo, sem 
ingresso por concurso público. 
2.3. 
Objeto material: Estado 
Objeto formal: Generalidade de conceitos relacionados ao Estado. Sínteses, compilatórios e 
qualificativos gerais. 
As sínteses, os compilatórios e qualificativos gerais se referem às outras áreas horizontais (jurídicas, 
filosóficas, sociológicas, psicológicas, antropológicas, econômicas e históricas) para buscar o 
aperfeiçoamento do objeto material (que é o Estado), concedendo-o, ao mesmo tempo, com o fato social 
e uma ordem que visa atingir os seus fins com eficácia e justiça. 
MARIA EDUARDA FAGUNDES CARVALHO – 2020/1 3 
 
3. A combinação: a disciplina ‘Política e Teoria do Estado’ 
Em 1994, a portaria nº 1886 do MEC determinou a junção das disciplinas TGE e CP, resultando na PTE. 
 
º
1. O termo ‘Estado’ e 2. Dificuldades para conceituação 
Conceituar o Estado é muito difícil diante das tantas perspectivas possíveis. 
O termo “Estado” em: 
Sentido Amplíssimo: Qualquer ou toda sociedade politicamente organizada, com poder de mando de 
última instância, mesmo que não apresente as notas da soberania moderna, sem uma burocracia, sem 
fronteiras, sem um território delimitado. 
Sentido Amplo (clássico): Comunidade com consciência de unidade, com território delimitado por 
fronteiras, dotado de poder político soberano. Sociedade política consolidada no século XVII com a Paz 
de Vestfália em 1648 após a Guerra dos Trinta Anos, em que há o reconhecimento dos estados entre si. 
“Estado Nacional Moderno” 
Sentido Estrito: Não tem mais o sentido de “sociedade política “, mas só uma parte, sendo esta o 
conjunto dos mecanismos que controlam o poder político soberano (aparato ou aparelho de poder). 
Preocupado com a manutenção da lei, da ordem pública, do bem comum, é um estado de repressão. 
Sentido Estritíssimo: Como sendo a pessoa jurídica instituída pelo direito público, caracterizada pelos 
órgãos de poder político interno, atua nas relações jurídicas materiais e processuais. O Estado como 
elemento de responsabilidade civil frente às pessoas privadas. 
 
Modos de conceber o Estado: 
→ Visão Unidimensional (um ângulo). 
Kelsen: visão do Estado sob perspectiva jurídica, das normas. Para ele, o Estado é redutivo ao Direito. 
Ideia de pirâmide normativa e escalonamento de normas: 
Norma fundamental: pressuposto lógico que todas as outras normas encontram um fundamento de 
validade. Oriundo desta, o poder constituinte possui normas e preceitos que regulam a criação de leis. 
 
Grau primário ou legislativo: função de elaborar leis; esse nível observa o procedimento estabelecido 
pela constituição. 
 
Grau secundário: o processo judicial ou administrativo (sentenças, procedimentos), aplica as normas 
criadas pelo nível primário. 
Existe dependência e subordinação entre as normas do ordenamento jurídico. Uma norma só é norma 
porque encontrou fundamento de validade em outra norma. 
Todas as normas do ordenamento jurídico são normas de criação e de execução, exceto a primeira (que 
só cria) e a última (que só executa). 
Outros pensadores: Comte e Marx. 
→ Visão bidimensional 
Jellinek: Dimensão jurídica de Kelsen + dimensão social-política, não jurídica. 
MARIA EDUARDA FAGUNDES CARVALHO – 2020/1 4 
 
Se o Estado é escalonamento, ele também é influenciado pela sociedade, ou seja, existe uma relação 
entre fatos e valores. Sustentava que o ordenamento jurídiconão era apenas lógico-dedutivo, mas 
também tem um sentido teleológico = a ideia de buscar fins, éticas, valores do Estado. 
→ Visão tridimensional 
Miguel Reale: Direito composto por fatos, valores éticos e normas, de influência recíproca, que 
constituem uma causa circular cumulativa (virtuosa) ou viciosa (negativa). 
Normas - Kelsen (sistema político) + Valores - Jellinek (índole moral do povo) + Fatos - Reale (herança 
histórica. 
A reforma deve começar pelas normas! Mudar as normas é veloz e instrui os indivíduos a agirem de uma 
determinada maneira, pois, caso contrário, sofrerão punições. Um exemplo disto é dirigir alcoolizado: é 
mais fácil e eficaz proibir essa prática cobrando multa ou prendendo os infratores do que esperar uma 
mudança nos valores da sociedade. 
Os valores são os mais contraindicados para isso, pois leva-se décadas, ou até mesmo séculos, para 
alterar o conjunto moral de qualquer sociedade. As normas são prontamente implementadas. 
→ Visão pentadimensional 
Professor Cezar Saldanha: 
Três 
projeções
Causas
Perguntas a 
responder
Respostas à 
pergunta
Unidades 
Didáticas
Aspectos do 
Estado
Disciplinas 
Conexas
Material
De que é feito o 
estado?
Substrato do 
Estado
TEORIA SOCIAL
Enquanto 
Fenômeno 
Sociologia, 
Geografia, 
Economia
Formal
Por que o 
Estado é o que é 
e não alelo?
Morfologia do 
Estado
TEORIA POLÍTICA
Enquanto 
Organização
Ciência Política
Final
Para que existe 
o Estado?
Finalidades do 
Estado
TEORIA 
TELEOLÓGICA
Enquanto Meio
Filosofia, 
Política, Ética
Efeciente
Que(m) fez (faz) 
o Estado?
Origem do 
Estado
TEORIA 
JUSTIFICATIVA
Enquanto 
Resultância
História da 
Filosofia, 
Antropologia
Norma Instrumental
Por que meio é 
constituído e 
opera o Estado?
Metodologia 
Operacional do 
Estado
TEORIA JURÍDICA
Enquanto 
Ordenamento
Todas as 
ciências 
jurídicas
Fato
Valor
 
 
3. Definição pelas cinco causas 
Material – É o povo + território (materialidade do Estado), a sociedade, o substrato do estado, estuda-o 
enquanto fenômeno social. 
Formal – Trata do porquê do Estado ser o que é, sem ser outra coisa. Resposta morfológica, estudo da 
forma: soberania, unidade, teoria política e sua organização. 
Final – Para que o Estado existe, visa atingir o bem comum, a dignidade da pessoa humana, o estado 
pode/deve dar os meios para o desenvolvimento pleno do ser humano, mas não pode jamais ser o fim. 
Esta é sua finalidade. 
MARIA EDUARDA FAGUNDES CARVALHO – 2020/1 5 
 
Eficiente – Responde à indagação de quem fez/faz o Estado: origina-se a partir da natureza social humana, 
por questões naturais de sobrevivência, os seres se agrupam. 
Instrumental – Metodologia operacional do Estado, leis e normas. 
“O Estado é um povo, reunido em território soberano, tendo como finalidade a busca do bem comum, 
fruto da natureza social do ser humano, constituído e operado pelo Direito”. 
 
º
1. A unidade política antiga ORIENTAL – UPAO. 
±4.000 a.C. → Egito, Assíria/Caldéia, Israel, Pérsia, China, etc. 
→ Unidade política mal delineada. 
→ Carência de uma teoria política. 
Havia uma “mistura”, os elementos da sociedade não eram separados e bem determinados: Política, 
Religião, Economia, Ciência, Ética, Artes eram um conjunto impreciso, sem clareza de cada item e 
unidade. 
→ Eram predominantemente autocracias ou monarquias despóticas. 
→ Fortemente teocráticas e religiosas. 
→ Predomínio de uma casta sacerdotal > sociedade extremamente hierarquizada. 
 
2. A unidade política antiga GREGA – UPAG. 
 
→ Ausência da Unidade Política Grega: multiplicidade de cidades-estados partilhando a mesma 
tradição cultural, mas em alianças e guerras constantes. 
 
→ Religião, moral, política e economia ainda se mesclam na prática, mas as autoridades não têm mais 
caráter divino. 
Pólis: Denominação da unidade política cingida aos limites de uma cidade, um todo genérico, 
econômico, social e cultural, capaz de sustentar e garantir vida autônoma bastante em si, por meio de 
uma atividade como um poder específico, a política. 
Aristóteles: ideia da política > Phronesis – o ser humano busca a prudência, a vida virtuosa. “Os fins são 
buscados”. 
Democracia (politéia): participação dos cidadãos na vida da pólis. Democracia direta: deliberação em 
praça pública “Sofras a lei que tu mesmo fizeste”. Idion. 
→ Cidadãos – eram a minoria: homens com mais de 21 anos, que fossem atenienses e filho de pais 
atenienses + que tivessem a vida privada do trabalho preenchida para que só assim possam 
participar da vida pública. Koinon. 
→ Mulheres, escravos, estrangeiros e menores reclusos ao espaço privado. 
→ A escravidão propiciava o tempo livre para que os cidadãos pudessem participar da politéia. 
→ Na esfera pública não existiam cargos, remunerações, benefícios econômicos. 
→ Caráter coletivo, inexistia a noção de pessoa humana com dignidade e direitos humanos 
fundamentais. 
 
MARIA EDUARDA FAGUNDES CARVALHO – 2020/1 6 
 


3. A unidade política antiga ROMANA – UPAR. 
 
→ 
→ 
→ 
→ 
→ 
→ 
 
º
1. Considerações preliminares 
→ 
 
MARIA EDUARDA FAGUNDES CARVALHO – 2020/1 7 
 
→ 
 
→ 
→ 
 
→ 
 
2. Características gerais do feudalismo 
MARIA EDUARDA FAGUNDES CARVALHO – 2020/1 8 
 
3. Características políticas RMF 
→ 
→ 
4. Funções do rei medieval feudal 
 
 
 
 
 
5. Legado do RMF 
 
→ 
MARIA EDUARDA FAGUNDES CARVALHO – 2020/1 9 
 
→ 
→ 
→ 
→ 
 
º
1. Características (e legado) do EBCTNM. 
→ 
→ 
→ 
MARIA EDUARDA FAGUNDES CARVALHO – 2020/1 10 
 
→ 
→ 
→ 
2. Condições (quatro mudanças) que o viabilizaram. 
 
 
 
 
 
3. Funções do rei do EBCTNM – Hexapartição dos poderes. 
 
→ 
FUIN
FUAD
FUGOV
FUJUD
FULEG
FUNÇÕES DO REI
MARIA EDUARDA FAGUNDES CARVALHO – 2020/1 11 
 
→ 
 
 
 
O rei mantém 4/5 funções (5 se considerarmos as duas divisões dentro da FUJUD): FUIN, FUGOV (+ 
federativa, mas continua pequena, quase nada), FUAD e FUJUD. 
FULEG + Parlamento = POLEG – Exercida pelos 1ºs lordes e depois pelas câmaras dos comuns: 
representação parlamentar. 
O problema era que executar e julgar vida a legislação ainda competiam ao rei. > Ainda não havia um 
Estado de Direito propriamente. 
“Não foi a Inglaterra que fez o parlamento, mas o parlamento que fez a Inglaterra” – Tamanho impacto. 
Sistema de poder: “Executivismo arcaico”. 
Doutrinador: John Locke (1632-1704). 
 
Terceira fase: Tripartição. 
Século XVIII, na Inglaterra, motivado pelo U.K. Settlement act = atos aprovados que foram fazendo o 
judiciário sair das mãos do rei > ato de estabelecimento deu poder e autonomia ao poder judiciário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FUIN
FUADFUGOV
FUJUD
REI
FULEG + 
PARLAMENTO 
= POLEG 
FUIN
FUAD
FUGOV
REI
POLEG 
FUJUD 
3º imparcial 
 
MARIA EDUARDA FAGUNDES CARVALHO – 2020/1 12 
 
O rei ainda mantém a FUIN, FUAD e FUGOV (ainda quase nada). 
Esta série de atos deu algumas garantias aos juízes, que antes eram subordinados ao rei: sem a anuência 
dos reis, ganham AUTONOMIA (inamovibilidade, irredutibilidade salarial, + liberdade p/ julgar). 
Doutrinador: Montesquieu (obra: o espírito das leis) = Inaugura a teoria da tripartição dos poderes: 
 
*As flechas apontam para os dois sentidos →, não consegui colocar no gráfico. 
Poderes autônomos, cada um limita o outro e também ocupam o mesmo plano. = Trancar, paralisar, deter 
o poder. = Estado + liberal; democrático de direito. 
Separação dos poderes: (1) independência e (2) harmonia entre os 3. 
Sistema poder: “Executivismo clássico (e monárquico)”, pois o poder executivo ainda detém chefias. 
Absolutismo preponderava o poder executivo (do rei), que vai perdendo estes poderes gradualmente: 
Na bipartição, não legisla mais; Na tripartição, não julga mais. 
Estados liberais – estado mínimo, fraco > mas com a sociedade forte > A tripartição caiu perfeitamente 
na confederação estadunidense. A união é mínima,recursos são estaduais, pessoais, privados. 
A tripartição funciona muito mais em um país estruturalmente liberal do que em um Estado Social. 
O Brasil não é uma sociedade forte “de baixo p/ cima” > Precisa da intervenção estatal para sobrevivência, 
dependência. 
 
Passagem do século XVIII para o século XIX: Transições sócio-econômico-políticas. 
→ UK: Revolução Industrial 
→ Migração rural = Grande urbanização (problemas sociais). 
→ Surgimento do operariado. 
→ Novos problemas afetam a vida coletiva. 
→ Economia e finanças públicas bem mais complexas. 
Políticas: FUGOV começa a crescer > necessidade de delegação. 
Surge a FUGOV moderna frente às necessidades de novas políticas públicas. Como vai se fazer esse 
governo? FUGOV cada vez + complexa. 
Governar é desgastar-se, contrariar interesses, errar, corromper-se... por isso foi necessário um 
mecanismo de responsabilização dos que dirigem a vida moderna. 
CE - Chefia de 
Estado. "FUIN"
CA - Chefia adm. 
"FUAD"
CG - Chefia de 
governo. "FUGOV"
POEXE = 
3 funções
1668/1669
POLEG
1701,1702/1720
POJUD
MARIA EDUARDA FAGUNDES CARVALHO – 2020/1 13 
 
2 maneiras de superar o impasse da cumulação: 
Chefia de Estado + Chefia de Governo = Presidencialismo temporário e eletivo! Os monarcas, pelo 
contrário, eram hereditários e vitalícios. 
Ingleses: C.E. – Cabia aos monarcas; C.G. – Cabia ao 1º ministro. 
Quarta parte: Tetrapartição. 
Ao longo da 2ª metade do século XIX na Europa, em razão de uma reforma eleitoral (entre 1801-1834). 
→ Cria a figura do poder ministerial (1º ministro) = Substituição do rei na FUGOV + Poder árbitro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema de poder: “Governamentalismo de Elite”. 
Doutrinador: Benjamin Constant (avant la lettre, em 1818 – uso do poder árbitro). 
O primeiro país a utilizar o modelo de Benjamin foi o Brasil com o Poder Moderador no Império. Ideia 
da tetrapartição > poder superior. 
 
Quinta fase: Pentapartição. 
Século XX, 1º pós Guerra Mundial, com a Constituição de Weimar (11/08/1919), Alemanha. 
→ Saímos do Estado Liberal e iniciamos o Estado Social (1º período contemporâneo). 
Massas reivindicando no espaço público > Direitos sociais. 
→ Função administrativa pública civil e militar independente da Chefia de Estado. 
Poder moderador/árbitro (rei ou presidente) 
Chefe da adninistração. FUIN + FUAD 
FUGOV: Poder 
ministerial (1º 
ministro)
POLEG: escolhe o 
ministro pelo 
parlamento
POJUD
Partidos de “quadros” 
parlamentares: + nobres, 
oligárquicos, etc. Não é plural. 
Eleitorado: voto ainda censitário, 
nem todos votavam. 
MARIA EDUARDA FAGUNDES CARVALHO – 2020/1 14 
 
 
 
 
 
 
FUAD – Administração pública civil e militar = burocrática, + técnica, + autônoma, pessoas especializadas 
(de hierarquia, adm. de carreira, promoção por merecimento) – Influência Weberiana. 
No Brasil, dentro da administração há politicagem, indicações de pessoas sem técnica somente por 
ideologia. O que não pode acontecer! Muitas mudanças a cada mudança de governo a cada 4 anos, não 
há uma estabilidade contínua. > Solução: despartidarizar a administração. 
Sistema de poder: “Governamentalismo de massas”. 
 
Sexta fase: hexapartição. 
Século XX, no 2º pós guerra, após o nazismo e o fascismo. 
→ Mesma estrutura da pentapartição + órgão supremo de sobrevalor como controle 
 = TRIBUNAL CONSTITUCIONAL. 
Responsável por garantir valores, ordem, segurança, bem estar, desenvolvimento, igualdade, liberdade, 
justiça; Direitos fundamentais da pessoa humana. 
→ Deram-se conta que nem todas as leis são justas e constitucionais de fato, que podem criar 
injustiças. 
Lei fundamental de Bonn (23/05/1945). 
Iniciou no Estado Social Contemporâneo – 2º período. 
Nível supremo do ordenamento jurídico – Controle Constitucional, órgão a parte, imparcial. 
Hans Kelsen - A Venezuela foi talvez a primeira em falar de uma Corte Suprema. Mas, a Áustria é conhecida 
por. 
Exercício do gov. 
Chefia de Estado 
- FUIN
FUGOV - 1º 
ministro
FULEG -
Parlamento
FUJUD -
Judiciário
FUAD - Adm. 
pública e militar
Partidos de massas/ideológicos. 
Eleitorado: direitos de voto foram 
tornando-se universais. 
 
MARIA EDUARDA FAGUNDES CARVALHO – 2020/1 15 
 
 
E a composição? O presidente (C.E.) deve indicar? No Brasil, o presidente indica os ministros do S.T.F. 
Não é parcialidade? 
Cada país tem o seu Tribunal Constitucional e sua maneira de nomeação. 
Países europeus em média fixam mandato de “x” anos. 
Brasil e EUA tem vitaliciedade, os ministros ficam até bem velhos, senão quando morrem. 
Sistema de poder: “Governamentalismo de massas com Tribunais Constitucionais”. 
Doutrinadores: L. Favoreu, G. Enterria. 
 
Exposição total feita com o intuito de mostrar que o poder concentrado absoluto fora se desvinculando 
com os desdobramentos liberais (partes 2, 3 e 4) e sociais (5 e 6). 
 
4. Subtipos (3) de EBCTNM: Inglaterra, França e Portugal. 
→
→
→
º
MARIA EDUARDA FAGUNDES CARVALHO – 2020/1 16 
 
1. Advento do Estado Liberal. – Sucedeu o Absolutismo. 
 
 
 
2. Legado do Estado Liberal (SO-RE-LI-CO). 
 
 
 
MARIA EDUARDA FAGUNDES CARVALHO – 2020/1 17 
 
 
3. Duas linhas do liberalismo: E. BURKE x DOCTOR PRICE. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA EDUARDA FAGUNDES CARVALHO – 2020/1 18 
 
º º º
1. Contexto (tempo e espaço). 
 
→ 
→ 
→ 
→ 
→ 
→ 
→ 
→ 
2. As 7 características. 
 
 
 
MARIA EDUARDA FAGUNDES CARVALHO – 2020/1 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA EDUARDA FAGUNDES CARVALHO – 2020/1 20 
 
 
 
 
 
 
 
 
º
→ 
→ 
MARIA EDUARDA FAGUNDES CARVALHO – 2020/1 21 
 
→ 
→ 
→ 
→ 
→ 
→ 
→ 
→ 
MARIA EDUARDA FAGUNDES CARVALHO – 2020/1 22 
 
→ 
→ 
→ 
→ 
→ 
→ 
→ 
1. Autoritarismos e totalitarismos. 
1.1. Classificações dos regimes de governo. 
1.2. Origem do totalitarismo e do autoritarismo. 
 
MARIA EDUARDA FAGUNDES CARVALHO – 2020/1 23 
 
 
1.3. Características comparadas.

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