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Maria Luiza Peixoto FMT LXII CARACTERÍSTICAS GERAIS DO RIM • Corresponde a 0,5% do peso corporal • Localização: T12 a L3 (direito mais abaixo, devido ao fígado) • Néfron é a unidade funcional do rim → Alça de Henle → Túbulo contorcido distal → Túblo contorcido proximal → Ducto coletor → Cápsula de Bowman • Responsável pela homeostase de eletrólitos e fluidos do organismo HORMÔNIOS COM AÇÃO DIRETA NO RIM: • aldosterona: que atua aumentando a reabsorção de sódio • arginina: aumenta a reabsorção de água • paratormônio (PTH): aumenta a reabsorção de cálcio e ativa a vitamina D • peptídeos natriuréticos: aumentam a excreção de sódio e água FUNÇÕES • Ativação da vitamina D • Excreção • Eritropoetina -> ação na medula óssea, produção das células vermelhas • Gliconeogênese • Equilíbrio ácido-base • Equilíbrio hidroeletrolítico • Manutenção da pressão • Regulação do volume do fluixo extracelular • Manutenção da osmolaridade ESTRUTURA RENAL Região cortical: metabolismo intenso e grande presença de mitocôndrias Região medular: baixa vascularização e menor densidade mitocondrial Córtex sustenta a medula. A medula não consegue fazer metabolismo aeróbico em grande intensidade, devido à ausência de muitas mitocôndrias NÉFRON Unidade funcional do rim → Néfron cortical (presente no córtex) → Néfron justaglomerular (medula renal) FILTRAÇÃO GLOMERULAR • 180l de plasma são filtrados por dia • Remoção de produtos indesejáveis Maria Luiza Peixoto FMT LXII CORPÚSCULO RENAL Glomérulo + cápsula de Bowman Possui 3 barreiras para o filtrado BARREIRA DE FILTRAÇÃO Sua importância é dizer o que vai ser filtrado e o que vai ser barrado no glomérulo, tem 3 componentes: 1. Capilares Fenestrados: esse tipo de capilar apresenta poros, para barrar as células sanguíneas. As moléculas maiores do que 42 angstrons (Å) são barradas, e as moléculas menores que 20 angstrons passam pelos poros 2. Membrana basal: tem colágeno tipo IV, portanto, é rica em cargas negativas. Tudo o que for negativo (moléculas) terá dificuldade para passar pela membrana. Albumina tem 35 angstrons, portanto, só pelo tamanho ela consegue passar pelos poros, mas essa molécula tem carga negativa, ou seja, a membrana basal barra a sua passagem por conta da formação de uma força de repulsão entre as duas cargas negativas. 3. Podócitos: os podócitos são células epiteliais que envolvem os capilares. Os podócitos formam pedicelos que envolvem a membrana basal. Pedicelos tem um espaço entre si, que chama-se fenda de filtração. Essa fenda de filtração é formada por proteínas, formando barreira contínua, formando um ‘diafragma’. Essas proteínas podem barrar pelo tamanho ou carga. O pedicelo pode relaxar e aumentar o tamanho da fenda ou pode contrair e diminuir o tamanho da fenda. TÚBULO PROXIMAL Reabsorção isosmótica (proteína não) Reabsorção de glicose, aminoácidos, sais e água Absorção de H+ RAMO DESCENDENTE DA ALÇA DE HENLE O sangue que passa ao lado está com alta osmolaridade, o que vai fazer com que a água saia do ramo em direção ao interstício. • Impermeável à passagem de íons • Permeável à passagem de água • Hiperosmótico -> muito concentrado RAMO ASCENDENTE DA ALÇA DE HENLE • Hiposmótico -> pouco concentrado • Saída de NaCl • Ação da aldosterona • Aumenta a osmolaridade do sangue. TUBULO DISTAL • Faz reabsorção e secreção • Reabsorção regulada por paratormônio, vitamina D e aldosterona no finaal do túbulo • Controla água e sódio • Secreta o excesso de base, ou de ácido (bicarbonato e H+) Cerca de 90% (no túbulo distal) do filtrado foi reabsorvido, mas os 10% remanescentes ficam para o ajuste fino. Nesse ajuste fino a reabsorção ou não, depende do estado do corpo do indivíduo, portanto, é regulado de acordo com as necessidades individuais. Mecanismo contracorrente O filtrado seguirá em direção contrária ao sangue Acontece nos néfrons justaglomerulares, que possuem vasos retos paralelos à alça de Henle. É retirado soluto e solvente A medula renal é bastante osmolar. A água migra para o interstício e deste parte dela para o vaso reto. Íons absorvidos no interstício e parte migra para os vasos retos. Ao final o filtrado está hiposmolar com relação ao plasma. A quantidade de água no interstício medular precisa permanecer quase constante; caso contrário, a medula irá sofrer um grau significativo de edema ou constrição. Maria Luiza Peixoto FMT LXII TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR Influenciada por dois fatores: a pressão de filtração resultante e o coeficiente de filtração • A TFG média é de 125 ml/min • Pressão hidrostática é influenciada pela pressão arterial, porém entre 80 – 180mmHg não altera a TFG, pois existe a capacidade de constrição e dilatação • Pressão capsular mantida, graças ao ajuste nas arteríolas aferentes e eferentes → Vasodilatadores: prostaglandinas, NO, bradicinina e dopamina. → Vasoconstritores: angiotensina II, endotelina, vasopressina e noradrenalina • Anti-inflamatórios inibem a COX -> inibição da prostaglandina -> lesão renal -> tira o fator de compensação -> hemorragia gástrica • Controlada de 2 maneiras 1. Resposta Miogênica A resposta miogênica está relacionada à habilidade intrínseca do músculo liso vascular de responder a mudanças na pressão. 2. Retroalimentação tubuloglomerular A retroalimentação (ou feedback) tubuloglomerular é um mecanismo de sinalização parácrina pelo qual mudanças no fluxo de líquido na alça de Henle alteram a TFG. ESTIMATIVA DA TFG Ureia é reabsorvida, então não pode servir de parâmetro. APARATO JUSTAGLOMERULAR Mácula densa: conjunto de células especializadas que atuam na percepção do fluxo tubular distal. Ela é sensível a mudanças na concentração de NaCl e afeta a liberação de renina pelas células justaglomerulares. A renina é secretada quando a concentração de NaCl ou a pressão sanguínea caem. Renina vai ativar a renina-angiotensina aldosterona PERCURSO PELO NÉFRON TUBULO PROXIMAL Filtração do plasma nos glomérulos normalmente deixa a maior parte das proteínas plasmáticas no sangue, mas algumas proteínas menores e peptídeos podem passar através da barreira de filtração. A maioria das proteí-nas filtradas é removida do filtrado no túbulo proximal, de forma que normalmente apenas traços de proteínas aparecem na urina. Mesmo sendo pequenas, as proteínas filtradas são muito grandes para serem reabsorvidas pelos transportadores ou por canais. A maior parte delas entra nas células do túbulo proximal por endocitose mediada por receptores na membrana apical. Uma vez no interior das células, as Maria Luiza Peixoto FMT LXII proteínas são digeridas nos lisossomos. Os aminoácidos resultantes são transportados através da membrana basolateral e absorvidos no sangue. A digestão renal de pequenas proteínas filtradas, na verdade, é um método importante pelo qual peptídeos sinalizadores podem ser removidos da circulação. REABSORÇÃO DA GLICOSE Reabsorção acoplada ao sódio: transporte ativo indireto (secundário) 1. O Na+ que se move através de seu gradiente eletroquímico usa a proteína SGLT para levar a glicose para o interior da célula, contra o seu gradiente de concentração. 2. A glicose difunde-se para fora da célula através da sua superfície basolateral usando a proteína GLUT. 3. O Na+ é bombeado para fora pela Na+-K+-ATPase. A reabsorção de água e de solutos do lúmen tubular para o líquido extracelular depende de transporte ativo. TÚBULO DISTAL A parte inicial do túbulo contorcido distal é um segmento diluidor, visto que não há também a reabsorção de água. Nele, irá ocorrer a reabsorção de 5% de NaCl, em média, e 9% de cálcio presente no filtrado glomerular. As células desse segmento são do tipo cuboidee com bastante quantidade de mitocôndrias, disponibilizando um número significativo de energia para realizar o transporte ativo. Tanto o sódio quanto o cloro são reabsorvidos por transporte ativo secundário do tipo simporte, que é mantido pela bomba de sódio e potássio localizado na membrana basolateral. À medida que o cloro entra na célula, ele irá chegar ao sangue por difusão facilitada, com a ajuda de uma proteína canal presente na membrana. TUBULOS COLETORES Essa região é responsável por realizar a reabsorção de solutos, contribuindo com 3%, em média, da reabsorção do filtrado glomerular. Ela irá ocorrer pela via transcelular e os solutos são o sódio, cloreto, H+ e bicarbonato, sendo reabsorvidos com o auxílio de transportadores específicos. Em relação aos íons H+ e bicarbonato, eles estão envolvidos na regulação do equilíbrio acidobásico, portanto, no ducto coletor encontra-se uma célula responsável pela sua eliminação Maria Luiza Peixoto FMT LXII Células intercaladas do Tipo A e Tipo: desempenham um papel importante na regulação ácido- base Tipo A – Acidose Secretam íons de hidrogênio mediante um transportador de hidrogênio potássio-ATPase. Os íons hidrogênio são secretados para o lúmen tubular e, para cada íon hidrogênio secretado, um íon bicabornato fica disponível para a reabsorção através da membrana basolateral. Tipo B- Alcalose Secretam bicarbonato para o lúmen tubular, enquanto reabsorvem íons hidrogênio na alcalose. DIABETES MELLITUS X INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA EVOLUÇÃO DA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA • Hiperfiltração • Espessamento da membrana basal • Microalbuminúria • Proteinúria • Hipertensão • Aumento da Creatinina • Desequilíbrio gidroeletrolítico • Hipertensão • Redução da função excretora: acúmulo de uréia, ácido úrico, creatinina e fosfato • Hipocalcemia (devido à sintese de vit D) • Hipercatabolismo • Eritropoetina: anemia • Acidose metabolica REFERÊNCIAS: • Silverthorn • Jaleko • Anotações da aula
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