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VISÃO GERAL Podem se desenvolver em adultos ou crianças Muitas vezes descobertos durante exame de imagem abdominal Sintomas como dor abdominal As doenças císticas compreendem um grupo heterogêneo de doenças, que podem ser: Nas doenças císticas ocorre a formação de dilatações saculares originadas de segmentos do néfron, revestidas por células epiteliais e preenchidas por fluidos. Bases Patológicas das Doenças – Robbins & Cotran Bogliolo: Patologia – Geraldo B. Filho CLASSIFICAÇÃO RADIOLÓGICA DE BOSNIAK DOENÇA RENAL POLICÍSTICA AUTOSSÔMICA Pode ser de dois tipos: Doença Renal Policística Autossômica Dominante Doença Hereditária Autossômica dominante (ambos os alelos devem ser não funcionantes) Caracterizada por múltiplos cistos expansivos em ambos os rins que causam insuficiência renal devido à destruição do parênquima 5-10% doenças renais transplantes ou diálise Inicialmente apenas na porção dos néfrons = função renal mantida até a 4ª ou 5ª década Genética e Patogenia Gene PKD1 Cromossomo 16 85% casos Proteína integral da membrana policistina-1 Células epiteliais tubulares Interação célula-célula Gene PKD2 Cromossomo 4 15% casos Proteína integral da membrana policistina-2 Segmentos do túbulo renal e tecidos extra-renais Canal de cátion permeável a ca2+ Parece que a policistina-1 e a policistina-2 formam um complexo proteico que regula a quantidade de cálcio intracelular em resposta ao fluxo de fluido, talvez porque o fluido que se desloca através dos túbulos renais provoque uma flexão ciliar que abre os canais de cálcio. A mutação de qualquer um dos genes de PKD leva à perda do complexo de policistina ou à formação de um complexo aberrante. Acredita-se que o aumento de cálcio estimule a proliferação e a secreção a partir de células epiteliais que revestem os cistos, o que, em conjunto, resulta na formação de cistos. Além disso, os fluidos císticos mostraram conter mediadores, derivados das células epiteliais, que acentuam a secreção de fluido e induzem a inflamação. Resumindo... Aspectos Clínicos Assintomáticos até insuficiência renal Hemorragia e dilatação = dor Coágulos de sangue = cólica renal Rins aumentados Hematúria - proteinúria - poliúria e hipertensão Anormalidades extra renais o 40% doença policística do fígado o Baço, pâncreas e pulmão o Aneurismas saculares intracranianos o Anormalidades cardíacas Doença Renal Policística Autossômica Recessiva Patogenia e Genética É geneticamente distinta da doença renal policística do adulto Perinatal, neonatal, infantil e juvenil Lesões hepáticas associadas Gene PKHD1 Cromossomo 6 Expresso no rim do feto e do adulto, no fígado e pâncreas Fibrocistina Cílios primários de células tubulares Diferenciação dos ductos coletores e biliares Assim como na doença renal policística autossômica dominante, na recessiva nós também temos a influência de canais de cálcio que neste caso, inviabilizam a entrada de cálcio nas células causando a proliferação das células epiteliais da região levando a formação do cisto. Observação Fetos que apresentam tal patologia, podem produzir menores quantidades de líquido amniótico o que pode causar inadequado desenvolvimento pulmonar, ou seja, quadros de Hipoplasia pulmonar que pode cursar com achatamento de face e pés devido ficar ‘’ empresado’’ na barriga da mãe. Morfologia As neoplasias renais pode ser de dois tipos: MALIGNAS ou BENIGNAS. HISTOGÊNESE NEOPLASIAS RENAIS BENIGNAS Adenoma Papilar Renal Surgem do epitélio tubular renal Lesão frequente, achado incidental Nódulos < 5mm, amarelados, bem delimitados Microscopia: conformação papilar Angiomiolipoma Esporádicos Associados à esclerose tuberosa 25-50% (perda de supressores tsc1 e 2) Consiste em vasos, músculo liso e tecido Adiposo originários de células epitelioide perivasculares Importância clínica= suscetibilidade a hemorragia Oncocitoma Tumor raro 5-15% Tumores marrons, globosos, com cicatriz central Homens 3:1 indivíduos 50 - 80 anos Assintomático Composto de células eosinofilas Originário de células intercaladas dos ductos coletores Carcinoma de Células Renais Maioria esporádica 3% de todos os cânceres diagnosticados 6ª e 7ª década de vida Carcinomas decorrentes do epitélio tubular renal FATORES ETIOLÓGICOS Tabagismo (30%) Exposição a amianto, hidrocarbonetos aromáticos (derivados de Petróleo), chumbo, asbesto Obesidade feminina e exposição ao estrógeno (25%) Doença cística adquirida pós-diálise (25%) - mediadores inflamatórios e Fatores de crescimento Hipertensão arterial sistêmica Fatores hereditários - síndromes genéticas QUARDO CLÍNICO Dor em flanco (40%) Hematúria (40%) Massa palpável (35%) Síndromes paraneoplásicas (hipertensão, anemia, febre, hipercalcemia) Obstrução da veia renal e cava inferior - síndrome clínica de bloqueio de efluxo venoso. CLASSIFICAÇÃO HISTOPATOLÓGICA NEOPLASIAS RENAIS MALIGNAS Carcinoma de Células Clara 98% associado perda de sequência no braço curto do cromossomo 3 - gene VHL (Von Hippen-Lindau) Codifica proteína parte do complexo de ubiquitina ligase envolvido na marcação de proteínas para degradação (supressor tumoral) Quando VHL inativo = níveis de hif-1 elevados causando expressão inapropriada de genes que promovem angiogênese (VEGF) e regulação do ciclo celular Regulação do ciclo celular e na angiogênese Patogênese Responsável por 70% a 80% dos cânceres de células renais Geralmente em adultos (proporção de 2 homens: 1 mulher) Na maioria dos casos (95%) são esporádicos Carcinoma Papilar Responsável por 10% a 15% dos cânceres renais Ocorre nas formas familiares e esporádicas Anomalias Citogenéticas: Trissomias do 7 e 17 e perda do y nos pacientes do sexo masculino na forma esporádica Trissomia do 7 na forma familiar MET (proto-oncogene) - evidente na forma familiar e em pequena proporção na forma esporádica. Morfologia Carcinoma Cromófobo 5% cânceres renais Múltiplas perdas cromossômicas e hipodiploidia Originário de células intercaladas dos ductos coletores Bom prognóstico RESUMO INVASÃO TUMORAL DA VEIA CAVA INFERIOR ESTADIAMENTO SISTEMA TNM FATORES PROGNÓSTICOS Estágio da doença, tipo histopatológico, tamanho do tumor, invasão microvascular e grau nuclear. GRUPOS DE RISCO BAIXO: sem invasão microvascular, baixo grau nuclear e tamanho < 7 cm INTERMEDIÁRIO: um dos três fatores desfavoráveis está presente ALTO: invasão tumoral microvascular, grau nuclear 3 ou 4 e tamanho do tumor > 7 cm SÍTIOS DE METÁSTASE Ossos, fígado, pulmão, cérebro, glândula supra-renal, linfonodos distantes TUMOR DE WILMS OU NEFROBLASTOMA Neoplasia mais comum infância 95% casos início entre 6 meses e 6 anos Pico de incidência 2 -4 anos Homens = mulher 1% familiar Gene envolvido= WT-1 (supressor tumoral) Malformações congênitas geniturinárias Derivada de células blastomatosas Neoplasia trifásica (componente): o Epitelial o Estromal o Blastematoso CARCINOMA UROTELIAL DA PELVE RENAL 5% - 10% dos tumores renais primários se originam do urotélio da pelve renal Raro em indivíduos com menos de 40 anos de idade Clinicamente se tornam aparentes dentro de um período curto, por fragmentação, Produzem hematúria visível Podem bloquear o fluxo de saída urinário e levar a uma hidronefrose palpável e dor no Flanco Podem ser múltiplos, envolvendo a pelve, os ureteres e a bexiga A infiltração da parede da pelve e dos cálices é comum: prognóstico ruim Sítios de metástase: Ossos, fígado, pulmão, linfonodos locorregionais.
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