Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Infecção Hospitalar é a infecção adquirida após a admissão do paciente na unidade hospitalar e pode se manifestar durante a internação ou após a alta. Pela sua gravidade e aumento do tempo de internação do paciente, é causa importante de morbidade e mortalidade, caracterizando-se como problema de saúde pública. Segundo o Ministério da Saúde (Portaria no 930 de 27 de Agosto de 1992, Anexo II): “Infecção Hospitalar é qualquer infecção adquirida após a internação do paciente e que se manifesta durante a internação ou mesmo após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares”. As Infecções Hospitalares hoje também são classificadas como Infecção relacionada à Assistência em Saúde – IRAS. O hospedeiro é o elo mais importante da cadeia epidemiológica, pois alberga os principais microrganismos que na maioria dos casos desencadeiam processos infecciosos. A patologia de base favorece a ocorrência da IH por afetar os mecanismos de defesa anti-infecciosa: grande queimado; acloridria gástrica; desnutrição; deficiências imunológicas; bem como o uso de alguns medicamentos e os extremos de idade. Também favorecem o desenvolvimento das infecções os procedimentos invasivos terapêuticos ou para diagnósticos, podendo veicular agentes infecciosos no momento de sua realização ou durante a sua permanência. A infecção hospitalar é uma problemática que envolve uma pluralidade de ações, dentre elas, a aplicação de princípios e normas que cada profissional faz no exercício de suas atividades, a observação ativa, sistemática e contínua da ocorrência e da distribuição de tais infecções entre pacientes hospitalizados ou não. Quanto às condições que predispõem ao risco das infecções, essas, também, devem ser minuciosamente observadas com vistas à execução oportuna das ações de prevenção e controle. Os primeiros seres vivos foram as bactérias, que surgiram, há aproximadamente, 3,5 a 3,8 bilhões de anos, conforme indícios observados em fósseis na Austrália e Groenlândia. Não há registro de infecções em seres humanos, até cerca de 10.0000 a.C. ocasião em que ocorreu a revolução agrícola. Os primeiros registros de infecções, segundo diferentes relatos, em seres humanos, começam a aparecer, como mal de Pott – homem de Heideberg – 7.000 a.C, a hanseníase no Egito, cerca de 2000 anos a.C e, na Babilônia, na época de Hamurabi, 1.800 a.C. Quanto a peste, surgiu também na Babilônia, cerca de 1.000 anos a. C. Em múmias egípcias foram encontrados ovos de Schistosoma, cerca de 2.000 anos a.C. São impressionantes os registros sobre a peste, na idade média, quando foram dizimados cerca de 2/3 da população de alguns países da Europa. Da mesma forma, as epidemias de varíola foram muito temidas, até à introdução da primeira vacina para o ser humano, a vacina antivariólica, por Jenner, em 1796. O tifo exantemático teve papel importante na guerra dos trinta anos, na Europa, chegando mesmo a impedir determinada batalha, em decorrência da gravidade da doença nas tropas. Ademais, acometeu seriamente o exército de Napoleão, por ocasião da guerra contra a Rússia em 1812. A epidemia de meningite meningocócica que grassou pelo Brasil, no período de 1972 a 1975 foi uma das maiores, no gênero, da história da humanidade. No Brasil, os três primeiros livros ou tratados de medicina, foram de autores portugueses, que trabalharam em nosso país, com belas abordagens sobre doenças infecciosas existentes no país. Em 1683, Simão Pinheiro Mourão, que trabalhou em Pernambuco, publicou em Lisboa, na Oficina João Galrao, o interessante “Tratado Único das Bexigas e Sarampo”. Em 1.694, João Ferreira da Rosa, que também militou em Pernambuco, publicou em Lisboa, em 1694, o notável livro sobre febre amarela, intitulado” Tratado Único da Constituição Pestilencial de Pernambuco”. Em 1735, em pleno ciclo do ouro, o médico português, Luis Gomes Ferreyra, publicou, em Lisboa, um tratado sobre as principais doenças diagnosticadas e tratadas, nas regiões das minas, em Minas Gerais, sob a denominação de “Erário Mineral”, livro de belo conteúdo e excelente exposição didática. Primeiro período – 1683 a 1808 – Livros e pesquisas sobre infecções, por médicos estrangeiros, que trabalharam no Brasil Segundo período – 1808-1964 – Bases científicas da Infectologia brasileira Fundação de escolas médicas. Publicações de Wucherer e outros. Criação dos Institutos de Pesquisas Terceiro período – A partir de 1964: Fundação da Sociedade Brasileira de Medina Tropical – Juiz de Fora – 1965 Congressos Brasileiros de Infectologia Pediátrica – a partir de out/1978 Fundação da Soc. Brasileira de Infectologia Associações e Grupos Científicos – Infecção Hospitalar e outros, a partir da década de oitenta. A década de 70 viveu uma verdadeira reformulação das atividades de controle de infecção. Os hospitais americanos foram progressivamente adotando as recomendações emanadas de órgãos oficiais, substituindo seus métodos passivos por busca ativa, criando núcleos para o controle de infecção e aprofundando em estudos sobre o tema. No Brasil, juntamente com a implantação de um modelo altamente tecnológico de atendimento (cirurgia cardíaca), surgiram às primeiras Comissões de Controle de Infecção Hospitalar. Já nos anos 80 nos Estados Unidos, houve uma consolidação das experiências desencadeadas na década anterior devido à epidemia da AIDS, que se tornou um grande desafio, pois as medidas de prevenção e controle tiveram que ser implantadas para todos os pacientes independentes do risco presumido; além disso, foi um desafio constante para as ações educativas e de avaliação de risco. Este fator foi o mais significativo na prevenção e controle das IH com impacto sobre todos os hospitais do mundo. A gravidade, a letalidade da doença e inicialmente, a indefinição de suas formas de transmissão contribuíram para sensibilizar órgãos oficiais, hospitais e profissionais quanto à necessidade de adoção de medidas preventivas. Com isto, a saúde ocupacional, no que diz respeito aos agentes biológicos, foi se integrando ao controle de infecção, incluindo nas estratégias de vigilância a observação da equipe de saúde, para se identificar os fatores e procedimentos de risco e a adoção de medidas adequadas de controle. Em decorrência disso, em 1987 foram publicadas pelo Centers for Disease Control and Prevention (Centros para Controle e Prevenção de Doenças), normas de precauções universais e isolamento de substâncias corpóreas, definindo cuidados básicos a serem tomados com todos os pacientes, independentemente de seu diagnóstico, e em 1996, realizou-se uma ampla revisão destas medidas hoje denominadas de precauções baseadas na transmissão e precauções padrão. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), são realizados 234 milhões de operações por ano em todo o mundo. Deste total, cerca de um milhão de pacientes morrem em decorrência de infecções hospitalares. A cada 100 pacientes internados, estima-se que pelo menos sete em países desenvolvidos e 10 em países em desenvolvimento irão adquirir IRAS. Na Europa, anualmente, quatro milhões de pessoas adquirem IRAS, ocasionando aproximadamente 37.000 mortes, com um impacto financeiro de sete bilhões de euros. Nos Estados Unidos (EUA) ocorrem cerca de dois milhões de casos e 80.000 mortes por ano, com custo estimado entre 4,5 e 5,7 milhões de dólares. No Brasil, a OMS estima que entre 16 a 37 pessoas contraem infecções a cada 1.000 pacientes atendidos. Estimativas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), apontam que a taxa média de infecção hospitalar é de 9%, com uma letalidade de 14,35%. A microbiota normal humana apresenta vários e possíveis agentes causadores de infecções como Streptococcus, Staphylococcus, Neisseria, Klebsiella, Lactobacilluse Escherichia coli, enquanto que a via exógena inclui diferentes micro-organismos. Os principais micro-organismos causadores da IH são: Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter sp., Escherichia coli, Enterobacter sp. e Enterococcus sp. 1. Falta de higienização das mãos 2. Doenças preexistentes 3. Uso de medicamentos 4. Pouca disponibilidade de funcionários 5. Estrutura hospitalar deficiente ou mal planejada ‘’ SUPER BACTÉRIAS’’ O termo “super bactéria” é popularmente conferido às bactérias multirresistentes. Além de não ser tecnicamente correto, dá uma noção superestimada do risco dessas bactérias. As chamadas “super bactérias” na verdade são bactérias já conhecidas, presentes normalmente no corpo humano (por exemplo, intestino e pele), porém que se tornaram resistentes aos antibióticos hoje disponíveis, principalmente devido ao uso abusivo desses medicamentos dentro e fora do hospital. No ambiente hospitalar, são chamadas de bactérias multirresistentes. Quando um paciente adquire uma infecção por uma bactéria multirresistente, as opções terapêuticas para o seu tratamento são menores e a chance de uma adequada recuperação fica prejudicada. Em muitos casos, se faz necessária a utilização de antibióticos ou combinações menos usuais para o seu tratamento. QUAIS SÃO OS 5 PIORES? 1. Staphylococcus aureus (MRSA) – Pneumonia e Meningite 2. Burkholderia cepacia – Infecção pulmonar 3. Pseudomonas aeroginosa – Infecções de pele, pulmão 4. Clostridium difficile - Diarreia 5. Klebsiella pneumoniae – Pneumonia e Meningite. As infecções hospitalares são um problema multifatorial que exige uma série de ações de prevenção e de controle. Essas ações devem ser organizadas nos serviços de saúde, dentro do Programa de Controle de Infecção, conforme determina a Lei 9.431/1997. Entre as ações de prevenção e controle, destacam-se a higienização das mãos, a elaboração e a aplicação de uma série de protocolos de prevenção, a aplicação de medidas de precaução e isolamento, o gerenciamento do uso de antimicrobianos, protocolos de limpeza e desinfecção de superfícies. O programa de controle de infecções de cada unidade é elaborado e coordenado pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), conforme determina a Portaria/MS 2616/98, que traz diretrizes e normas para prevenção e o controle das infecções hospitalares. Lei Federal nº 6.431 de 1998, onde todos os hospitais brasileiros são obrigados a terem constituído uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), que deve elaborar o Programa de Controle de Infecções, definido como um conjunto mínimo de ações para reduzir ao máximo possível à incidência e gravidade das infecções hospitalares. Assim, quem não tiver constituído sua comissão ou se ela não for atuante, elaborando um programa de controle eficaz, já incorre em um delito e pode sofrer as consequências legais decorrentes desse erro. O Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH) é um conjunto de ações desenvolvidas deliberada e sistematicamente, com vistas à redução máxima possível da incidência e da gravidade das infecções hospitalares. Para a adequada execução do PCIH os hospitais deverão constituir Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), órgão de assessoria à autoridade máxima da instituição e de execução das ações de controle de infecção hospitalar. A CCIH deverá ser composta por profissionais da área de saúde, de nível superior, formalmente designados. Os membros da CCIH serão de dois tipos: consultores e executores. O presidente ou coordenador da CCIH será qualquer um dos membros da mesma, indicado pela direção do hospital. Os membros consultores serão representantes, dos seguintes serviços: 1. Serviço médico; 2. Serviço de enfermagem; 3. Serviço de farmácia; 4. Laboratório de microbiologia; 5. Administração. Os hospitais com número de leitos igual ou inferior a 70 (setenta) atendem os números com profissionais médicos e enfermeiros; Os membros executores da CCIH representam o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar e, portanto, são encarregados da execução das ações programadas de controle de infecção hospitalar; Os membros executores serão, no mínimo, 2 (dois) técnicos de nível superior da área de saúde para cada 200 (duzentos) leitos ou fração deste número com carga horária diária, mínima, de 6 (seis) horas para o enfermeiro e 4 (quatro) horas para os demais profissionais. Um dos membros executores deve ser, preferencialmente, um enfermeiro. A carga horária diária, dos membros executores, deverá ser calculada na base da proporcionalidade de leitos. Nos hospitais com leitos destinados a pacientes críticos, a CCIH deverá ser acrescida de outros profissionais de nível superior da área de saúde. Os membros executores terão acrescidas 2 (duas) horas semanais de trabalho para cada 10 (dez) leitos ou fração; Para fins desta Portaria, consideram-se pacientes críticos: o 1 pacientes de terapia intensiva (adulto, pediátrico, e neonatal); o 2 pacientes de berçário de alto risco; o 3 pacientes queimados; o 4 pacientes submetidos a transplantes de órgãos; o 5 pacientes hemato-oncológicos; o 6 pacientes com Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. COMPETÊNCIAS A CCIH do hospital deverá: Elaborar, implementar, manter e avaliar programa de controle de infecção hospitalar, adequado às características e necessidades da instituição, contemplando, no mínimo, ações relativas a: 1. Implantação de um Sistema de Vigilância Epidemiológica das Infecções Hospitalares, de acordo com o Anexo III, 2. Adequação, implementação e supervisão das normas e rotinas técnico-operacionais, visando à prevenção e controle das infecções hospitalares; 3. Capacitação do quadro de funcionários e profissionais da instituição, no que diz respeito à prevenção e controle das infecções hospitalares; 4. Uso racional de antimicrobianos, germicidas e materiais médico-hospitalares; 5. Avaliar, periódica e sistematicamente, as informações providas pelo Sistema de Vigilância Epidemiológica das infecções hospitalares e aprovar as medidas de controle propostas pelos membros executores da CCIH; 6. Realizar investigação epidemiológica de casos e surtos, sempre que indicado, e implantar medidas imediatas de controle; 7. Elaborar e divulgar, regularmente, relatórios e comunicar, periodicamente, à autoridade máxima de instituição e às chefias de todos os setores do hospital a situação do controle das infecções hospitalares, promovendo seu amplo debate na comunidade hospitalar, 8. Elaborar, implementar e supervisionar a aplicação de normas e rotinas técnico-operacionais, visando limitar a disseminação de agentes presentes nas infecções em curso no hospital, por meio de medidas de precaução e de isolamento; 9. Adequar, implementar e supervisionar a aplicação de normas e rotinas técnico-operacionais, visando à prevenção e ao tratamento das infecções hospitalares; 10. Definir, em cooperação com a Comissão de Farmácia e Terapêutica, política de utilização de antimicrobianos, germicidas e materiais médico-hospitalares para a instituição; 11. Cooperar com o setor de treinamento ou responsabilizar-se pelo treinamento, com vistas a obter capacitação adequada do quadro de funcionários e profissionais, no que diz respeito ao controle das infecções hospitalares; 12. Elaborar regimento interno para a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar; 13. Cooperar com a ação do órgão de gestão do SUS, bem como fornecer prontamente, as informações epidemiológicas solicitadas pelas autoridades competentes; 14. Notificar, na ausência de um núcleo de epidemiologia, ao organismo de gestão do SUS, os casos diagnosticados ou suspeitos de outras doenças sob Vigilância Epidemiológica (notificação compulsória), atendidos em qualquer dos serviçosou unidades do hospital, e atuar cooperativamente com os serviços de saúde coletiva; 15. Notificar ao Serviço de Vigilância Epidemiológica e Sanitária do organismo de gestão do SUS, os casos e surtos diagnosticados ou suspeitos de infecções associadas à utilização de insumos e/ou produtos industrializados. A concepção dos profissionais de que o controle de IH é de responsabilidade da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), dessa forma se excluem da sua responsabilidade pessoal, conferindo um super poder às comissões, que de fato, isoladamente, pouco podem fazer. Por outro lado, esta visão confere aos integrantes da comissão uma condição de superioridade, uma vez que é conhecida muito mais como fiscalizadora das medidas instituídas para o controle, do que parceiros que devem caminhar juntos nesta construção de uma nova práxis no controle de IH, que necessariamente deve ser coletiva. Vigilância Epidemiológica das infecções hospitalares é a observação ativa, sistemática e contínua de sua ocorrência e de sua distribuição entre pacientes, hospitalizados ou não, e dos eventos e condições que afetam o risco de sua ocorrência, com vistas à execução oportuna das ações de prevenção e controle. OBJETIVOS Determinar nível endêmico das IHs Obter as taxas endêmicas Analisar os dados para reconhecer as tendências das IHs, sítios envolvidos, fatores riscos, patógenos hospitalares, resistência antimicrobiana e ocorrência de surtos Tabulação, análise e divulgação dos dados Determinar áreas, situações e serviços que merecem atuação especial da CCIH Comparar dados entre hospitais em populações similares Avaliar o impacto das medidas de prevenção implementadas MÉTODOS DE COLETA Passivo: Notificação pelo médico ou enfermeira da unidade, falta de critérios de infecção uniforme, relutância de alguns médicos em admitir a infecção, dificuldade na detecção de surtos, revisão de prontuários na alta/óbito. Ativo: Membro da CCIH Busca ativa de casos Infecções não preveníveis são aquelas que ocorrem a despeito de todas as precauções adotadas, como se pode constatar em paciente imunologicamente comprometidos, originárias a partir da sua microbiota. O fato de existir infecções evitáveis, aproximadamente 30%, exige da equipe de saúde e das instituições, responsabilidade ética, técnica e social no sentido de prover os serviços e os profissionais de condições de prevenção, revelando-se em um dos pontos fundamentais em todo o processo. O controle das infecções hospitalares é inerente ao processo de cuidar, estando o enfermeiro capacitado para prestar um cuidado mais livre de riscos de infecções. As principais são: Infecção de sítio cirúrgico (ISC), Pneumonias hospitalares, como as pneumonias associadas a ventilação mecânica (PAV), Infecções do trato urinário associadas a cateter (ITU) e Infecções da corrente sanguínea associadas a cateter (IPCS). A Anvisa publicou normas com exigências para que os serviços de saúde realizem ações de prevenção e controle de infecções. Conheça algumas: RDC 42/2010: obriga todos os serviços de saúde a disponibilizar preparação alcoólica para a higiene das mãos pelos profissionais de saúde no ponto mais próximo ao local de assistência ao paciente. RDC 36/2013: institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde; RDC 222/2018: regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde, entre outras providências. Em situações em que os serviços de saúde não realizam ações de prevenção e controle de infeção, a Vigilância Sanitária local atua para fazer cumprir as normas sanitárias vigentes. Entre as ações de prevenção e controle, destacam-se a higienização das mãos, a elaboração e a aplicação de uma série de protocolos de prevenção, a aplicação de medidas de precaução e isolamento, o gerenciamento do uso de antimicrobianos, protocolos de limpeza e desinfecção de superfícies. A forma mais simples e efetiva de evitar a transmissão de infecções em ambiente hospitalar é a higienização de mãos. Pode ser por meio da lavagem com água e sabão ou por meio de fricção com álcool 70%. Essa recomendação vale tanto para profissionais de saúde quanto para visitantes e também pacientes. A atenção aos cuidados de precaução, sinalizados pela equipe de saúde, também devem ser observados, para se evitar transmissão de doenças e agentes nocivos no ambiente hospitalar. Como paciente, além de higienizar suas mãos, principalmente antes das refeições e após usar o banheiro, procure estabelecer uma boa comunicação com a equipe de saúde para entender com clareza os cuidados que lhe estão sendo direcionados e, dessa forma, contribuir ativamente com a sua recuperação. Uma boa LAVAGEM E HIGIENIZAÇÃO das mãos é vital na prevenção de quaisquer infecções adquiridas na atenção à saúde, a propagação da resistência antimicrobiana e outras ameaças emergentes à saúde. O relatório de progresso global da OMS de 2020 sobre WASH em unidades de saúde mostra que o primeiro relatório sobre os fundamentos revela que, globalmente, uma em cada quatro unidades de saúde não tem serviços básicos de água e uma em cada três não tem suprimentos para higienizar as mãos nos locais de atendimento. Isolamento/Precaução padrão Isolamento/Precaução de contato Isolamento/Precaução respiratório por gotícula Isolamento/Precaução respiratório por aerossol O tipo de isolamento é definido de acordo ao agente infeccioso confirmado ou suspeito. Muito já foi feito e é preciso fazer mais. Uma das dificuldades é conscientizar os gestores da saúde, em todos os níveis, sobre a importância do tema e a necessidade de investir recursos (financeiros e não financeiros) para fomentar ações efetivas de prevenção e controle de infecção. Ao mesmo tempo, é necessário conscientizar os profissionais de saúde quanto à adesão aos protocolos de prevenção de infecção e uso racional de antimicrobianos. E, principalmente, é imprescindível que todos os profissionais, pacientes e familiares adotem como prioridade a prática de higiene das mãos para a prevenção das Iras nos serviços de saúde.
Compartilhar