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Feito por Kelliany Guedes (@kelliany.nutri) Feito por Kelliany Guedes (@kelliany.nutri) DEFINIÇÃO: ➞ Também conhecido como processo de biotransformação; ➞ É qualquer processo biológico realizado por um organismo, que busque a eliminação (ou redução da atividade) de substâncias tóxicas ou biologicamente ativas (xenobióticas ou endógenas), dos fluidos corporais pela interação com o meio solvente. (Pujol, 2011) OBJETIVO: ➞ É a biotransformação, transformando elementos em questão, possibilitando que os mesmos sejam eliminados do organismo. ➞ Transformar toxinas não polares, em substâncias polares e hidrossolúveis para serem excretadas pela urina ou pela bile. O QUE SÃO XENOBIÓTICOS? ➞ Qualquer substância química ou molécula estranha ao sistema biológico que se originado meio externo ou interno a ele. ➞ São denominados de toxinas, quando exercem efeitos danosos ao organismo, reduzindo a vitalidade, tensionando as funções bioquímicas e o funcionamento orgânico, por acometer qualquer sítio ou função. ➞ Podem ser produzidas pela indústria, (pesticidas agrícolas, inseticidas, plásticos, produtos de limpeza e fármacos) ou pela natureza, através de vegetais e fungos. ONDE A DETOXIFAÇÃO SE PROCESSA? • Fígado (60%) • Intestino (20%) • Pulmão • Cérebro FASES FISIOLÓGICAS: ✓ Fase I - Objetiva introduzir um novo grupo funcional para modificar o grupo existente e assim transformar a substância apolar, em uma substância polar. ✓ Fase II – Objetiva Transformar as toxinas ativadas, em moléculas, para eliminação. ✓ Fase III – Eliminação FASE I – BIOATIVAÇÃO: ➞ Objetiva introduzir um novo grupo funcional para modificar o grupo existente e assim transformar a substância apolar em polar. » CYP – 450: ➞ O CYP450 é uma importante família de monooxigenases envolvida no metabolismo corporal. Em torno de 30 famílias de hemoproteínas que agem em diferentes substâncias, principalmente as drogas. » Molécula polar hidrofílica: - Molécula polar; - Com capacidade de ligação; - Substâncias reativas (as vezes mais reativas que a molécula original); - Capacidade irreversível de interação com o DNA, proteínas carreadoras, vitaminas e minerais. Feito por Kelliany Guedes (@kelliany.nutri) FASE II – BIOTRANSFORMAÇÃO E EXCREÇÃO: ➞ Objetiva transformar as toxinas ativadas (metabólitos reativos), formados na fase 1, em moléculas para eliminação. Ocorre em 2 etapas: 1- Síntese da molécula que será transferida (molécula doadora) 2 – Ligação do doador ao XENOBIÓTICO (conjugação). ✓ Sulfatação →conjugação com sulfato inorgânico; ✓ Conjugação com glutationa; ✓ Acetilação → conjugação com Acetil-CoA; ✓ Acilação → conjugação com aminoácidos glicina, taurina e glutamina; ✓ Glicuronidação → conjugação com o ácido glicurônico; ✓ Metilação → conjugação com o grupamento metil. NUTRIÇÃO E DETOXIFICAÇÃO • Cofatores na Fase I ➞ Tiamina, piridoxina, niacina, ácido fólico, cobalamina, vitamina C, ferro, magnésio, molibidêncio, enxofre, AGCC, etc. • Cofatores na fase II ➞ Serina, colina, ácido pantotênico, piridoxina, niacina, ácido fólico, cobalamina, vitamina C, metionina, taurina, glicina, tiamina, fósforo, selênio, etc. • Agentes antioxidantes: ➞ Carotenoides, ácido ascórbico, tocoferol, coenzima Q10, selênio, zinco, etc. ➞ Auxiliadores do processo, caso a fase II não ocorra de maneira adequada. » O Processo de Detoxificação: DETOXIFICAÇÃO INTESTINAL ✓ As bactérias benéficas do TGI são responsáveis: 1. Pela síntese de vitaminas 2. Pela degradação de toxinas 3. Prevenção da proliferação de bactérias patogênicas; 4. Produção de AGCC. ➞ Estes fatores contribuem para o adequado processo de detoxificação intestinal. ➞ A ocorrência de disbiose diminui a capacidade de detoxificação intestinal; DETOXICAÇÃO CEREBRAL ➞ Um grande número de xenobióticos tem características neurotóxicas; ➞ Detoxificação cerebral deficiente apresenta maior risco para doenças neurológicas. ➞ Portadores de Alzheimer e Parkinson - apresentam suscetibilidade genética para menor produção de CYP 450. DESEQUILÍBRIO NO PROCESSO DE DETOXIFICAÇÃO: • Incapacidade do organismo de efetuar adequadamente a fase I, a fase II ou ambas Feito por Kelliany Guedes (@kelliany.nutri) • Acúmulo de Toxinas e escassez de Nutrientes para a realização do Processo; • Ativação da fase I e falta de nutrientes para processar adequadamente a fase II; • Possibilidade de reabsorção do metabólito nos túbulos renais, retornando para a circulação; • Reabsorção intestinal, na presença de hipermeabilidade da mucosa. » Qual a contribuição da alimentação para o processo de DETOXIFICAÇÃO? 1. Positivo – Fornece os nutrientes essenciais para que a cascata bioquímica da detoxificação ocorra. 2. Negativo – Oferta as toxinas por meio de alimentos com agrotóxicos e cultivados com água e em solo contaminados. PARA ➞ Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA); ➞ Foi criado em 2001; ➞ Tem o objetivo de avaliar os níveis de resíduos de agrotóxicos nos alimentos de origem vegetal que chegam à mesa dos consumidores. » Imidacloprido – IMD ➞ O IMD é rapidamente absorvido pelo trato gastrointestinal e por contato, sendo rápido e uniformemente distribuído nos órgãos e tecidos. Dados da literatura mostram que as concentrações mais elevadas foram observadas nos órgãos de eliminação: fígado e rins. ➞ Resultados sugerem que a toxidade do IMD pode estar associada a alteração no metabolismo energético celular sendo a enzima Fof1-ATP sintase o principal alvo da ação tóxica deste inseticida, e que os metabólicos formados na biotransformação do IMD podem ser mais tóxicos do que o próprio IMD. » Acefato: ➞ Usado nas culturas de algodão, amendoim, batata, citros, feijão, melão, milho, soja e tomate; ➞ Relado de caso de tetraplegia em mulher de 55 anos que teve exposição contínua ao acefato. ➞ Pode afetar a fertilidade masculina.
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