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AUTOESTIMA INFANTIL
Biológicas / Saúde
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F AUTOESTIMA INFANTIL. … DEFINIÇÃO | DESENVOLVIMENTO | DIFERENÇA ENTRE GÊNEROS | DESEJO x REALIDADE | SENSO DE APOIO SOCIAL | AUTOESTIMA CONDICIONAL | ORIGEM DOS VALORES E AUTOJULGAMENTOS | CONSISTÊNCIA COM O PASSAR DO TEMPO | RESUMINDO DEFINIÇÃO A autoestima é o julgamento que a criança faz sobre seu valor geral. Ela baseia-se na crescente capacidade cognitiva da criança de descrever e definir a si própria. DESENVOLVIMENTO DA AUTOESTIMA Antes da passagem dos 5 para os 7 anos, a autoestima das crianças pequenas não se baseia necessariamente na realidade. Elas tendem a aceitar o julgamento dos adultos, que geralmente dão um retorno positivo porém não crítico e, portanto, podem supervalorizar suas capacidades (Harter, 1990, 1993, 1996, 1998). Assim como o autoconceito geral, a autoestima na segunda infância (3 aos 6 anos) tende a ser tudo ou nada: “Eu sou bom” ou “Eu sou mau” (Harter, 1996, 1998). A aprovação de uma mãe ao desenho de seu filho de 3 anos, por exemplo, é uma importante contribuição para a autoestima dele. Só a partir da terceira infância (6 aos 12 anos) as crianças ________________________________________________________ Bee (2011), Dweck (2017) & Papalia (2013) Compilado por Drielle Costa | 2021 1 desenvolvem padrões internos fortes do seu próprio valor e sua autoestima se torna mais realista (Harter, 1990, 1996, 1998). Durante os anos de ensino fundamental e médio, as avaliações das crianças de suas próprias capacidades tornam-se cada vez mais diferenciadas, com julgamentos bastante separados sobre: amizades aparência física aceitação social do grupo habilidades acadêmicas ou atléticas apelo romântico e relacionamentos com os pais (Harter, 2006b) Um aspecto consistente de julgamentos de autocompetência entre as esferas é que eles se tornam menos positivos à medida que as crianças crescem. Os declínios podem estar baseados nas suas experiências. DIFERENÇAS ENTRE GÊNEROS Outro aspecto notável dos julgamentos de autocompetência é que eles diferem para meninos e meninas. Os desenvolvimentalistas acreditam que essas diferenças são influenciadas tanto por expectativas culturais quanto pelas experiências das próprias crianças. Inicialmente, os padrões e as crenças da cultura mais ampla influenciam esses ________________________________________________________ Bee (2011), Dweck (2017) & Papalia (2013) Compilado por Drielle Costa | 2021 2 valores; portanto, quase todos os meninos avaliam-se como competentes nos esportes, porque eles sabem que a cultura valoriza esse tipo de realização em homens. Entretanto, com o passar do tempo, as crianças passam a valorizar esferas nas quais elas experimentam realizações reais. Assim, à medida que as crianças crescem, tanto meninos quanto meninas que se consideram altamente competentes nos esportes, devido a seus sucessos reais, também valorizam altamente a realização esportiva (Jacobs et al., 2002). E a falta de habilidade demonstrada nos esportes leva a um declínio no valor depositado na realização esportiva entre crianças de ambos os gêneros. AUTOESTIMA BASEADA NA DISCREPÂNCIA ENTRE DESEJO X REALIDADE À medida que as crianças desenvolvem julgamentos de autocompetência em um domínio específico, elas também criam para si mesmas uma autoavaliação global que se mantém ao lado desses autojulgamentos. É essa avaliação global do próprio valor que geralmente é referida como autoestima. Entretanto, a autoestima não é meramente a soma de todas as avaliações isoladas que a criança faz sobre suas habilidades em diferentes áreas! Antes, como revela a pesquisa extremamente interessante sobre a autoestima de Susan Harter, o nível de autoestima de cada criança é produto de duas avaliações internas: o que ela gostaria de ser e o que ela acha que é (Harter, 1987, 1990, 1999) – uma lacuna entre seu self ideal e o que ela percebe como sendo seu self real (Harter, 2006a). Quando essa discrepância é pequena, a autoestima da criança é geralmente alta e vice-versa quando a criança se vê como fracassando no alcance de seus próprios objetivos e valores. ________________________________________________________ Bee (2011), Dweck (2017) & Papalia (2013) Compilado por Drielle Costa | 2021 3 Os padrões não são os mesmos para todas as crianças. Algumas valorizam altamente as habilidades acadêmicas; outras valorizam habilidades esportivas ou ter bons amigos. O segredo da autoestima, Harter propõe, é a quantidade de discrepância entre o que a criança deseja e o que a criança acha que realizou. Portanto, ser bom em alguma coisa (cantar, jogar xadrez, nadar ou ser capaz de conversar com os pais) não elevará a autoestima de uma criança a menos que ela valorize aquela habilidade em particular! AUTOESTIMA BASEADA NO SENSO GLOBAL DE APOIO SOCIAL Outra influência importante na autoestima de uma criança, de acordo com Harter, é o senso global de apoio que ela sente das pessoas importantes à sua volta, particularmente dos pais e dos amigos (DuBois et al., 2002; Franco e Levitt, 1998). Ou seja, se elas acham que os outros (pais e amigos) gostam delas como elas são, as tratam como uma pessoa ou acham que elas são importantes. Os achados da pesquisa de Harter apoiaram fortemente sua hipótese, assim como outras pesquisas (DuBois, Felner, Brand, Phillips e Lease, 1996; Luster e McAdoo, 1995): um escore baixo de discrepância, sozinho, não protege a criança completamente da autoestima baixa se ela não tiver apoio social suficiente. E uma família ou grupo igual afetuoso e acolhedor não garante autoestima alta se a criança não sentir que está satisfazendo seus próprios padrões! Uma combinação particularmente arriscada ocorre quando a criança percebe que o apoio dos pais depende do bom desempenho em alguma área – tirar boas notas, fazer parte do ________________________________________________________ Bee (2011), Dweck (2017) & Papalia (2013) Compilado por Drielle Costa | 2021 4 time de futebol, ser escolhido para tocar o solo na orquestra da escola, ser popular com os colegas de classe. Se a criança não está à altura do padrão, ela experimenta tanto uma discrepância entre ideal e realização quanto uma perda de apoio dos pais. AUTOESTIMA CONDICIONAL Quando a autoestima é alta, a criança é motivada a realizar tarefas. Entretanto, se a autoestima for contingente ao sucesso, a criança poderá ver o fracasso ou a crítica como uma indicação de seu valor e sentir-se incapaz de fazer melhor. Por exemplo, ao invés de tentar uma alternativa diferente para resolver um quebra-cabeça, como uma criança com autoestima incondicional faria, as crianças “incapazes” sentem vergonha e desistem (“se sou incapaz logo não há o que posso fazer pra conseguir”). Crianças cuja autoestima é contingente ao sucesso tendem a se sentir desmoralizadas quando fracassam. Frequentemente essas crianças atribuem o baixo desempenho ou a rejeição social às suas deficiências de personalidade, que acreditam serem incapazes de mudar. Crianças com autoestima não contingente, em contrapartida, tendem a atribuir o fracasso ou a decepção a fatores externos ou à necessidade de se esforçarem mais. Se de início forem mal-sucedidas ou rejeitadas, elas persistem, tentando novas estratégias até encontrar alguma que funcione (Erdley et al., 1997; Harter, 1998; Pomerantz e Saxon, 2001). Elas possuem o que é chamado de “Mentalidade de Crescimento”, ou seja, diferente das crianças com autoestima contingente ao sucesso, que possuem uma mentalidade fixa, ________________________________________________________ Bee (2011), Dweck (2017) & Papalia (2013) Compilado por Drielle Costa | 2021 5 crianças com mentalidade de crescimento acreditam que suas capacidades não são fixas e imutáveis, mas sim que com esforço elas