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APOSTILA RESUMIDA DE: Performance PESO E BALANCEAMENTO PARA ALUNOS DE: PC, INVA e PLA Piloto Aluno: Eduardo Henrique Pinheiro Gonçalves PERFORMANCE, PESO E BALANCEAMENTO VELOCIDADES - IAS – VELOCIDADE INDICADA – É a velocidade lida diretamente no instrumento (Velocímetro). - CAS – VELOCIDADE CALIBRADA – É a VI corrigida para erros de instalação do velocímetro e instalação do tubo de pitot. - TAS – VELOCIDADE AERODINÂMICA – É a velocidade com que uma ACFT voa em relação ao ar, ou seja, é a velocidade calibrada corrigida para os efeitos de densidade do ar, e compressibilidade se houver (Acima de 250Kt). - EAS – VELOCIDADE EQUIVALENTE – É a velocidade calibrada corrigida apenas para efeitos de compressibilidade do ar - GS – VELOCIDADE SOLO – É a velocidade aerodinâmica corrigida para efeitos do vento atuante sobre a ACFT. - VX – VELOCIDADE DE MELHOR ÂNGULO DE SUBIDA – Velocidade onde a ACFT ganha altura no menor espaço horizontal possível. Sua razão de subida é inferior em relação a VY. - VXSE – VX EM CONDIÇÕES MONOMOTOR (SINGLE ENGINE) – Sempre menor que a VX. - VY – VELOCIDADE DE MELHOR RAZÃO DE SUBIDA – Velocidade onde a ACFT ganha altura mais rapidamente possível, porém em uma maior distância horizontal em relação a VX. - VYSE – VY EM CONDIÇÕES MONOMOTOR – Menor que a VY. - VMCg – VELOCIDADE MÍNIMA DE CONTROLE GROUND – Mínima de controle no solo. Engloba: - V1 – VELOCIDADE DE DECISÃO – Velocidade na qual o piloto deve julgar se executa ou aborta a decolagem na falha do motor crítico. Tem como limite inferior a VMCG e como superior a VR. O piloto deve escolher entre: - Continuar a decolagem, sendo que neste caso sairá da RWY e atingirá 35ft de altura sobre a cabeceira oposta, porém ainda dentro da CLEARWAY, ou; - Interromper a decolagem e ainda parar dentro da STOPWAY. 2 - VEF – VELOCITY ENGINE FAIL – Velocidade de falha de motor crítico. Maior ou igual a VMCG. - VMCa – VELOCIDADE MÍNIMA DE CONTROLE AIR – Mínima de controle no ar. Engloba: - VR – VELOCIDADE DE ROTAÇÃO – Velocidade calculada para tirar a ACFT do solo. Em aviões grandes, não pode ser igual a V1 e nem menor que a VMCA. - VLOFT – LIFT OF SPEED – Velocidade no instante em que a ACFT sai do solo. Ocorre logo após a VR. Tem como limite inferior a VR e como superior o TIRE SPEED LIMIT. - V2 – VELOCIDADE SEGURA DE DECOLAGEM E SUBIDA – Velocidade que a ACFT deve atingir quando cruza 35ft na cabeceira da pista. Com motor inoperante, a V2 deverá respeitar os seguintes mínimos: - SER MAIOR DO QUE A VMCA - SER MAIOR QUE A VELOCIDADE DE ESTOL - VS – VELOCIDADE DE ESTOL – É a menor velocidade que uma ACFT consegue manter vôo reto horizontal com potência mínima. Varia em função do flape, peso e posição do CG. Divide-se em dois tipos, para se facilitar o estudo: - VSO – PARA CONFIGURAÇÃO DE POUSO - VSI – PARA OUTRAS CONFIGURAÇÕES - VREF – VELOCIDADE DE REFERÊNCIA – Velocidade de referencia para pouso. Onde a ACFT na aproximação final cruza a cabeceira da pista a uma altura mínima de 50ft. Depende do peso e da posição do flape e não poderá ser menor que 1.3 da velocidade de estol. - VMBE – VELOCIDADE MÁXIMA PARA FRENAGEM – É a velocidade máxima em que se pode iniciar a frenagem sem exceder a capacidade do sistema de freios e pressão das rodas. É determinada pelo fabricante da ACFT. - VB – VELOCIDADE DE PENETRAÇÃO EM TURBULÊNCIA – É a maior velocidade que uma ACFT pode entrar em turbulência severa, sem ultrapassar o fator carga limite da ACFT constante em seu manual. - VRA – ROUGH AIR SPEED – VELOCIDADE EM AR TURBULENTO – É a velocidade recomendada para vôo em turbulência. As velocidades acima correspondem ao funcionamento normal da ACFT, contudo, ao se tratar de ACFTS com mais de um motor, temos que nas fases críticas (Aproximações, decolagens, perda de potência em vôo), devemos ter conhecimento de outros parâmetros de velocidade, nas quais ainda conseguiremos controlar nosso aparelho mesmo com a falha de um dos motores, e para tanto, colocaremos duas definições que serão a base do estudo das velocidades com um motor inoperante. - MOTOR CRÍTICO – É aquele na ACFT em que na ausência de seu funcionamento, proporcionará as piores condições de controlabilidade na ACFT, em virtude do efeito assimétrico que ocasionará. Nas ACFTS cujos motores giram no sentido horário para os ocupantes da ACFT, o motor crítico será aquele situado na asa esquerda, pois normalmente há uma tendência da ACFT sair para a esquerda 3 na decolagem devido ao torque do motor, e que na falha do motor esquerdo, esse torque se tornará aumentado devido a tração existir apenas na asa direita, enquanto na asa esquerda teremos apenas arrasto, o que fará com que a ACFT apresente tendência acentuada de guinar para a esquerda. - POTÊNCIA DE DECOLAGEM – É a potência máxima desenvolvida pelos motores em função de densidade naquele momento. É determinada pelo fabricante do motor e consta no manual de operações da ACFT. Em ACFTS com motores superalimentados torna-se necessário observar uma pressão de admissão máxima, a qual não poderá ser ultrapassada, o que ocasionará danos ao sistema de turboalimentação, facilmente observado entre esse limite pelo acendimento da respectiva luz no painel múltiplo de alarmes da ACFT. - VMCG – Menor velocidade onde consegue-se manter o controle da ACFT, durante decolagem, através das superfícies de controle aerodinâmicas, com o motor crítico inoperante e os demais em potência de decolagem. - VMCA – Menor velocidade onde um multimotor pode ser controlado com o motor crítico inoperante e os outros em potência de decolagem, e ainda executar uma curva com inclinação máxima de 5º para o lado do motor em pane. Para o cálculo desta velocidade são levados em consideração os seguintes fatores: - CG NA POSIÇÃO MAIS FAVORÁVEL - TREM DE POUSO RECOLHIDO - FLAPES E COMPENSADORES NA POSIÇÃO DE DECOLAGEM GLOSSÁRIO TÉCNICO DE BALANCEAMENTO - CENTRO DE GRAVIDADE – CG – Não é um ponto fixo, pois o mesmo varia em vôo ou com relação à distribuição do peso. Toda via esta variação ocorre sempre com relação aos três eixos imaginários, ou seja, o CG não pode ultrapassar limites estabelecidos pelo fabricante da ACFT, sendo que se isto ocorrer será observado o seguinte, entre outros: - AUMENTO DE CONSUMO - DIFICULDADE DE MANOBRAS - INSTABILIDADE EM VÔO - AUMENTO NA DISTÂNCIA DE DECOLAGEM - DANOS ESTRUTURAIS - DESGASTE NOS PNEUS - LINHA DE REFERÊNCIA (LINHA DE DATUM) – É uma linha perpendicular ao eixo da aeronave, sendo dela tomadas todas as medidas longitudinais. A posição da mesma é estabelecida pelo fabricante, e pode se situar dependendo da ACFT, no nariz, no bordo de ataque da asa, etc. Podemos observar que a linha de referência com relação ao CG forma um par de forças, e que necessitamos de definições para entendê-lo. - BRAÇO – É a distância da linha de referência ao ponto de aplicação do par de forças (no caso, o CG da ACFT) - MOMENTO – É o produto do peso do corpo multiplicado pelo seu braço. - MOMENTO TOTAL – É igual ao momento da ACFT vazio combinado com os momentos individuais dos pesos adicionais. - BRAÇO MÉDIO / BÁSICO – É o braço obtido pela divisão do momento total pelo peso total da ACFT. BRAÇO MÉDIO = MOMENTO TOTAL : PESO TOTAL 4 - ESTAÇÃO (STA) – É um plano vertical perpendicular ao eixo longitudinal da ACFT, contado a partir da linha de referência, medida em polegadas a partir da mesma, ou seja, esta corresponde a 1 POL, assim a STA 200 estará 200 POLEGADAS a frente da linha de referência, e a STA -200 estará 200 POLEGADAS atrás da linha de referência. - CENTRO DE GRAVIDADE – É um ponto médio de aplicação do peso numa ACFT ou cruzamento dos eixos longitudinal, lateral e vertical. Todos os momentos de uma ACFT terão o CG como ponto de apoio. - CORDA MÉDIA AERODINÂMICA (CMA) - É uma corda da asa onde está aplicada a resultante aerodinâmica média da asa, ou seja, onde se localiza o centro de pressão (CP), que é o ponto de aplicação da mesma.A estabilidade da ACFT está associada à posição do CG com relação percentual (%) do comprimento da CMA. - LIMITES DO CENTRO DE GRAVIDADE – São as posições extremas, traseiras e dianteiras, que o CG não deve ultrapassar quando do carregamento ou variação de peso de uma ACFT (consumo desigual de combustível, movimentação de passageiros no interior da ACFT, etc). O caminho percorrido pelo CG de uma ACFT até seus limites traseiro e dianteiro é denominado PASSEIO. O limite do CG pode ser dado de duas formas distintas, a saber: - EM PERCENTUAL DA CMA – Se o limite dianteiro de uma ACFT é determinado pelo fabricante como 16% da CMA, e que esta possui, por exemplo, 2 metro (200cm), o limite dianteiro ficará 32cm a frente da posição do CG. 200 x 16% = 32 cm Para o limite traseiro o cálculo é semelhante. - A ESTAÇÃO (STA) QUE O MESMO OCUPA – A distância em polegadas a partir da linha de referência. Os limites mais importantes de passeio do CG são com relação ao eixo longitudinal, pois as maiores variações ocorrem sobre o mesmo, podendo no entanto, ocorrer sobre os outros eixos (vertical e lateral), mas com pouca importância sobre o balanceamento da ACFT. Apresentamos a seguir, algumas características observados quando o CG ultrapassa seus limites: 1 – CG à frente do limite dianteiro (ACFT com nariz pesado): - AUMENTO DE CONSUMO - QUEDA DE AUTONOMIA - DIFICULDADE NO ARREDONDAMENTO - SOBRECARGA NA RODA DO NARIZ - OPERAÇÃO DE VÔO DIFICIL E PERIGOSA - COMANDOS PESADOS 2 – CG atrás do limite traseiro (ACFT com cauda pesada): - DIMINUIÇÃO NA VELOCIDADE DE CRUZEIRO - AUMENTO NA DISTÂNCIA DE DECOLAGEM - TENDÊNCIA DE DECOLAR ANTES DA VR - AUMENTO DA VELOCIDADE DE ESTOL - REDUÇÃO NA RAZÃO DE SUBIDA - QUEDA DA AUTONOMIA 5 - PERIGO DE SE ATINGIR O CP CAUSANDO INSTABILIDADE CATASTRÓFICA - ÍNDICE BÁSICO – É o número que representa o momento que nos dá a posição do CG em conjunto com o peso. PESOS E SUAS CARACTERÍSTICAS Para um adequado balanceamento, visando melhor rendimento, segurança e economia, teremos que tomar conhecimento dos diversos pesos de uma aeronave e suas características. - PB – PESO BÁSICO – É a somatória dos pesos da estrutura da ACFT, fuselagem, motores, fluidos hidráulico, rádios, extintores de incêndio, equipamentos de sobrevivência, poltronas para passageiros, etc. É determinado por meio de uma balança especial que pesará a ACFT isoladamente em seus pontos de apoio e que deverá ser em local nivelado, o que facilitará determinar o CG da ACFT. - PBO – PESO BÁSIO OPERACIONAL – É o peso da ACFT pronto para o vôo restando apenas os passageiros/carga e combustível, ou seja, é o PB acrescido do peso da tripulação (CREW) e suas bagagens e comissária (PANTRY). É o PB + CREW (Número de tripulantes multiplicado por uma constante que varia de país para país e de companhia para copanhia aérea, normalmente 70 a 75kg) + MANUAIS DE OPERAÇÃO + AIP + ÓLEO DOS MOTORES + MATERIAL DE HIGIÊNE DOS SANITÁRIOS OBS. A diferença entre o PBO e o PB consideraremos como itens operacionais - PAZC – PESO ATUAL ZERO COMBUSTÍVEL - É o PBO acrescentado da parte lucrativa de uma ACFT (PASSAGEIRO, CARGA E CORREIOS), restando, como o próprio nome diz, o abastecimento (TRIP FUEL). PBO + ACTUAL PAYLOAD = PAZC ACTUAL PAYLOAD: Número de passageiros multiplicado pela constante 75kg, somado ao peso da bagagem, verificados no check-in, peso da carga nos porões e correio é a CARGA PAGA (ACTUAL PLAYLOAD) - PAD – PESO ATUAL DE DECOLAGEM – É o PAZC acrescentado do combustível à decolagem (TAKEOFF FUEL), que é o combustível existente nos tanques quando do alinhamento e autorização para decolagem. O PAD É LIMITADO AOS SEGUINTES PESOS: - PMD – PESO MÁXIMO DE DECOLAGEM – É o maior peso em que uma ACFT poderá decolar, considerando as especificações do vôo, peso de pouso no destino, limitações da pista no AD de decolagem e no AD de destino, sendo calculado no gráfico de performance de uma ACFT e nunca poderá ser maior que o PMED. 6 - PMED – PESO MÁXIMO ESTRUTURAL DE DECOLAGEM – É o máximo peso em que uma ACFT poderá iniciar a corrida para decolagem, sendo determinado pelo seu fabricante devido a potência dos motores, limites estuturais da fuselagem e dos materiais, e poderá ser ultrapassado apenas pelo peso máximo de táxi (PMT). - PMT – PESO MÁXIMO DE TÁXI – É o peso da ACFT no momento em que inicia o taxi, podendo ser maior do que o PMED devido ao fato que queimará combustível durante o taxi, consequentemente, atingindo o PMED. - PMP – PESO MÁXIMO DE POUSO – É o peso máximo com que uma ACFT poderá operar em determinada RWY, sendo limitado por TEMPERATURA, COMPONENTE DE VENTO, OBSTÁCULOS NA CABECEIRA, RESISTÊNCIA DA PISTA, COMPRIMENTO, ELEVAÇÃO, GRADIENTE DE PISTA, ETC. Nunca poderá ser maior do que o PMED. É obtido nos gráficos de performance da ACFT. O PMP é o PAD subtraído do combustível gasto durante o vôo (TRIP FUEL). - PMEP – PESO MÁXIMO ESTRUTURAL DE POUSO – É o máximo em que a ACFT pode pousar sem danificar sua estrutura, sendo determinado pelo fabricante e constante do manual da ACFT (sempre menor que PMED devido ao fato de que no momento do pouso a ACFT terá uma velocidade que fará com que ocorra um incremento na quantidade de movimento do mesmo. Q = m.V Onde: Q = Quantidade de movimento m = Massa da aeronave V = Velocidade desenvolvida Uma ACFT ao pousar com peso acima do PMEP deverá passar por rigorosa e completa revisão estrutural (devido a este motivo que em eventual pane na decolagem, uma ACFT deve manter-se em vôo ou alijar combustível em área previamente determinada para esse fim, com a finalidade de diminuir seu peso de pouso. COMBUSTÍVEL - TAKEOFF FUEL – COMBUSTÍVEL DE DECOLAGEM – É a somatória do peso total de combustível existente nos tanques no momento do alinhamento na cabeceira da pista, na eminência do início da decolagem. É obtido multiplicando-se o total de litros pela densidade do combustível (Motores a Gasolina). EX: 300 Lb de gasolina x 0.72 (densidade da gasolina) Igual a 216kg. Nos motores a querosene já é informado em todos os parâmetros (CONSUMO, ABASTECIMENTO, COMB. RESTANTE, ETC) em termos de LIBRAS (Lb) onde: 1Lb = 0,453kg - TOTAL FUEL – ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEL – É a totalidade de combustível existente nos tanques antes de se acionar os motores. - TAXI FUEL – COMBUSTÍVEL PARA TAXI – É o peso total do combustível a ser gasto durante o táxi. - TRIP FUEL – COMBUSTÍVEL A CONSUMIR NA VIAGEM – É o combustível calculado no planejamento de vôo a ser consumido desde a decolagem até o pouso no destino. 7 - FUEL OVER DESTINATION – COMBUSTÍVEL RESERVA – É o peso do combustível existente nos tanques ao sobrevoar o destino, sendo ele calculado pela somatória dos seguintes pesos: - 10% DO TRIP FUEL (Compensando qualquer variação de consumo e vento) - COMBUSTÍVEL SUFICIENTE PARA ATINGIR ALTERNATIVA - COMBUSTÍVEL NECESSÁRIO PARA HOLDING POR 30min/1500ft NA ALTERNATIVA Ao analizarmos o PMED de uma aeronave, observamos que este é influenciado por vários fatores tais como: LIMITAÇÕES DE AERÓDROMO 1 – COMPRIMENTO DA RWY – Uma das principais limitações de um AD é o comprimento de sua pista, que poderá ser desmembrado nos seguintes: A) COMPRIMENTO FÍSICO OU REAL: É o comprimento de uma cabeceira à outra. B) COMPRIMENTO EFETIVO: É o comprimento real corrigido para topografia/relevo ou presença de linhas de transmissão de energia elétrica próximos a cabeceira da pista. É variável de ACFT para ACFT em função de sua performance de subida, seu comprimento máximo coincidirá com o comprimento de pista constante no ROTAER. C) COMPRIMENTO RETIFICADO: É o comprimento efetivo corrigido para efeito de gradiente de pista e vento. 2 – GRADIENTE DE PISTA – É um percentual originado da diferença de elevação entre as duas cabeceiras em relação ao comprimento físico. Para gradiente positivo, recebe o símbolo (+) e nome UPSLOPE (MORRO ACIMA) e para gradiente negativo, recebe o símbolo (-) e nome de DOWNSLOPE (MORRO ABAIXO).O gradiente positivo diminui o comprimento retificado da RWY, uma vez que a ACFT necessitará de mais pista para atingir a VR, enquanto o gradiente negativo aumenta o comprimento retificado, pois a ACFT atingirá a VR mais rapidamente, consequentemente, utilizando-se de menor comprimento de pista. OBS. A FAA não permite operações de ACFT comerciais a reação em RWY com gradiente de pista positivo ou negativo superior a 2%. Para determinação do gradiente de uma pista, utilizamos a relação entre diferença de elevação das cabeceiras e o seu comprimento físico. Ex: DIFERENÇA DE ELEVAÇÃO = 20 m COMPRIMENTO DA PISTA = 2000 m GRADIENTE: 2000/100% = 20/X% = X=1% 3 – VENTO – O efeito do vento é considerado nos gráficos de performance da ACFT, pois uma componente de vento de proa (HEADWIND) aumenta o PMD, pois a ACFT atingirá a TAS de decolagem em menor distância, devido a intencidade do vento adicionada à velocidade do vento relativo, assim uma componente de vento de cauda (TAILWIND) reduz o PMD, pois para um mesmo comprimento de pista, uma ACFT deverá ter maior aceleração para se atingir a mesma TAS, e para se aumentar a aceleração sem aumentar a potência dos motores (que já estão em potência de decolagem), deveremos diminuir o carregamento. Obs. O FAA determina que nenhuma ACFT decolará com componente de vento de cauda acima de 10kt e por recomendação da ICAO nenhuma ACFT deverá operar com vento de través acima de 35kt. Vento este que deverá ser medido a 50ft de altura, com a finalidade de se minimizar o atrito com o solo. 8 4 – TEMPERATURA – Sendo que a sustentação é diretamente proporcional à densidade do ar, e por sua vez esta é inversamente proporcional à temperatura, logo, a sustentação é inversamente proporcional à temperatura, e que um eventual aumento da temperatura diminuirá a sustentação, reduzindo consequentemente o peso de decolagem, para uma mesma velocidade de decolagem e mesmo comprimento de pista, então o PMD é inversamente proporcional à temperatura. 5 – PAVIMENTAÇÃO – Ou a NATUREZA DO PISO. Em virtude dos gráficos para cálculo de peso de decolagem de uma ACFT são feitos para superfícies compactadas, qualquer fator adverso a este deverá ser corrigido em conformidade com o manual da ACFT. Os suportes máximos da pista são dadas no AIP-BRASIL / ROTAER como segue: AUW/1, AUW/2, ETC... ONDE: AUW = PESO TOTAL DA ACFT. Os números após a barra indica a quantidade de rodas nas pernas principais do trem de pouso, em cada lado do eixo de simetria da ACFT. 6 – OBSTÁCULOS NA TRAJETÓRIA DE DECOLAGEM – Com a finalidade de sobrevoar a uma altura segura um determinado obstáculo na trajetória de decolagem, o piloto precisa saber a altura desse obstáculo e sua distância da cabeceira da RWY, bem como o vento atuante, com a finalidade de conhecer o gradiente de subida mínimo (na forma de razão de subida), para análise do PMO, uma vez que um aumento na razão de subida implicará na redução do PMD. VARIÁVEIS QUE PODEM MODIFICAR O PMD (MTOW) MTOW PERFORMANCE PLANEJAMENTO (Resistência Estrutural) PERFORMANCE Limitações: FIELD LENGHT LIMIT (COMPRIMENTO DE PISTA P/ DECOLAGEM): - TORA (TakeOff Runway Available) (COMPR. FÍSICO OU REAL) - ASDA (Accelerate-Stop Distance Available) (TORA + STOPWAY) - TODA (TakeOff Distance Available) (TORA+STOPWAY+CLEARWAY) - LDA (Landing Distance Available) (Distância Utilizável para Pouso) LDA – Distância necessária para que a ACFT cruze a cabeceira a 50ft e toque na área de pouso e pare em 60% desse comprimento sem utilizar o reversor. Comprimentos de Pista: - COMPRIMENTO FISICO OU REAL: - Comprimento EFETIVO da pista sem obstáculos. - COMPRIMENTO REITIFICADO: - Comprimento EFETIVO corrigido de SLOPE ou VENTO. SLOPE DE PISTA - Nunca poderá ser maior nem menor que 2%. - Média dos primeiros 60% de pista. SLOPE UP – MTOW diminui em virtude da redução de aceleração. UP HILL SLOPE DOWN – MTOW aumenta em virtude do aumento de aceleração. DOWN HILL 9 VENTO DE PROA (HW): Aumenta o MTOW. VENTO DE CAUDA (TW): Diminui o MTOW. EFEITOS DE DENSIDADE - TEMPERATURE: Quanto mais alta, menor densidade. Tração e MTOW reduzidos. - PRESSION ALTITUDE: Quanto mais alta, menor densidade. Tração e MTOW reduzidos. LIMITAÇÃO DE CLIMB - Limite do Gradiente dos Segmentos SEGMENTOS DE DECOLAGEM São 4 os segmentos, sendo que o gradiente do SEGUNDO SEGMENTO restringe o MTOW. - 1º SEGMENTO – Começa a v2 e termina em GEAR UP. Mudanças: Positive Climb e Gear Up (recolhendo) - 2º SEGMENTO – Começa com o Trem Guardado e termina 400ft (FAA). 400ft Altitude de Nivelamento (ICAO/VASP 820ft, GOL/F100 1000ft, A320/330 1500ft, etc). Mudanças: 2,4% Gradiente de Subida - 3º SEGMENTO – Segmento de Aceleração Mudanças: Recolhe FLAP e SLATS. Acelera para a GREEN DOT (Vel. De melhor subida mono) - 4º SEGMENTO – Segmento Final. Termina a 1500ft. 10 Mudanças: MCT – Maximum Continuous Thrust 1,2% Gradiente de Subida - GROSS FLIGHT PATH (TRAJETÓRIA BRUTA DE VÔO): - Desenho do Segmento. - Quando tudo ocorre dentro do programado. - NET FLIGHT PATH (TRAJETÓRIA LIQUIDA DE VÔO): - Trajetória de Segurança. - Desenho da Pior situação, que dependendo do número de motores, tem um percentual menor de gradientes. A trajetória LIQUIDA será sempre menor que a BRUTA. LIQUIDA < BRUTA 0.8% BIMOTOR 0.9% TRIMOTOR 1.0% QUADRIMOTOR LIMITAÇÃO DE OBSTÁCULO O MTOW é limitado por OBSTÁCULO quando houver na cabeceira da pista. Perto da NET FLIGHT PATH os obstáculos devem ser sobrevoados no mínimo com 35ft de altura. Caso o sobrevôo não seja possível em situações normais, o MTOW deverá ser diminuído. Neste caso ele é considerado LIMITADO POR OBSTÁCULO. LIMITAÇÃO EM FUNÇÃO DO BRAKE O MTOW estará limitado quando sua V1 tem valor maior que a VMBE. (Deve ser menor, ou no máximo, igual a VMBE). VMBE Vmáx para iniciar a frenagem da aeronave, em virtude da dissipação de energia térmica superior a capacidade do conjunto de freios. LIMITAÇÃO DE MÁXIMUM TAKE OFF POWER O MTOW está limitado de MTOP quando o tempo entre o BRAKE RELEASE e o início do quarto segmento de decolagem exceder o tempo máximo limitado na homologação do motor. LIMITAÇÃO POR TIRE SPEED LIMIT WEIGHT O MTOW estará limitado pela velocidade máxima dos pneus quando a VLOFT for maior que a velocidade permitida para os pneus da ACFT. Neste caso, haverá, obrigatóriamente uma redução de peso e este será considerado com máximo para esta condição. 11 O MTOW É LIMITADO POR: - FIELD - CLIMB - OBSTÁCULO O MAIOR VALOR LIMITARÁ - MTOP POR PERFORMANCE - BRAKE - TIRE SPEED LIMIT PLANEJAMENTO - Limitações: - MTOGW – MAXIMUM TAKEOFF GROSS WEIGHT - Peso Máximo Estrutural de Decolagem (PMED) - O MTOW poderá estar limitado pelo PMED, pois este peso é ditado pelo fabricante da ACFT e homologado pela autoridade competente e jamais poderá ser excedido. - MLW – MAXIMUM LANDING WEIGHT – Peso Máximo de Pouso (PMP) – Poderá de forma indireta, limitar o MTOW. MLW + TRIP FUEL = MTOW ANÁLISE FIELD ANÁLISE CLIMB O MENOR DESSES É O MLW MLGW (ESTRUTURAL) ACN/PCN - MZFW – MAXIMUM ZERO FUEL WEIGHT – Peso Máximo Zero Combustível - Limite Estrutural da Carga Paga (PAYLOAD) Se o MTOW estiver limitado pelo MZFW, a carga paga a disposição é a máxima estrutural da aeronave. Contudo, combustível poderá ser carregado até que seja atingido o próximo limitante. - PAVIMENTAÇÃO – - ACN (Aircraft Classification Number) – Peso da ACFT. - PCN (Pavement Classification Number) – Resistência estrutural da pista. PCN >ou= ACN Ex: PCN 23/F/B/X/T .... Sendo: PCN Nºclass/Pavimento/Subleito/Pneu/Avaliação - Número de Classificação da pista: 23 (Classificado pelos órgãos competentes) - Tipo de Pavimento: R – Rígido F – Flexível - Categoria de Subleito: A – Alta B – Média C – Baixa D – Ultra Baixa - Pressão de Pneus: 12 W – Alta X – Média Y – Baixa Z – Ultrabaixa - Método deAvaliação: T – Técnica e U – Por experiência PESOS - ESTRUTURAIS - OPERACIONAIS ESTRUTURAIS - No projeto: - Fator carga - Vel. Máx. - Pesos estruturais máximos. Os principais são: - MTOGW – MAXIMUM TAKEOFF GROSS WEIGHT (PMED) - MLGW – MAXIMUM LANDING GROSS WEIGHT (PMEP) - MZFW – MAXIMUM ZERO FUEL WEIGHT (PMZC) - MTW – MAXIMUM TAXI WEIGHT (PMT) A estrutura da ACFT é projetada para suportar esses pesos. Em caso de excessos, poderão ocorrer deformações na estrutura, que podem ser: - DEFORMAÇÕES ELÁSTICAS: Existe apenas sobre a ação de esforço. - DEFORMAÇÃO PLÁSTICA: Quando o corpo não volta a sua forma inicial. Deformação permanente. OPERACIONAIS - Utilizados diariamente. Os principais são: - EW – EMPTY WEIGHT OU BW - BW – BASIC WEIGHT (PB) – Avião vazio, fluidos, oleo, poltronas, equip., etc. - BOW – BASIC OPERATIONAL WEIGHT (PBO) BOW = BW + CREW + PANTRY - OW – OPERATIONAL WEIGHT (PO) OW = BOW + TO FUEL - TOW – TAKEOFF WEIGHT (PD) TOW = AZFW + TO FUEL TOW = OW + PAYLOAD - APL – ACTUAL PAYLOAD – Carga paga atual, soma dos pesos dos: - Passageiros - Bagagens - Cargas - Correios - LW – LOAD WEIGHT – Carga Útil, soma da APL + TOFUEL ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEL - TAKEOFF FUEL – Combustível medido na cabeceira da pista. 13 - TAXI FUEL – Comb. A ser consumido do estacionamento até a cabeceira. - TOTAL FUEL (BLOCK FUEL) – Comb. A bordo da ACFT antes da partida. - RESERVE FUEL – Comb. Transportado por segurança (HOLD+ALTERNATE) - TRIP FUEL – Comb. Estimado para consumo na estapa do vôo (ORIGEM-DEST) DETERMINAÇÃO DA CARGA PAGA MÁXIMA - MPL – MAXIMUM PAYLOAD – A determinação da MPL que a estrutura de uma ACFT pode suportar é calculada a partir da formula: MPL = MZFW – BOW ( CPM = PMZC – PBO) - DISPONÍVEL MÁXIMO – Como nem sempre é possível levar a CARGA MÁXIMA ESTRUTURAL em um vôo, devido à limitação de PMD, calculamos o DISPONÍVEL MÁXIMO: DISPONÍVEL = PMD – PO ESTUDEM BEM PARA O EXAME FINAL!!! 14 APOSTILA/RESUMO SOBRE PERFORMACE, PESO E BALANCEAMENTO AEROCLUBE DE GOIÁS – (62) 3264-8696 15
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