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04_Atualidades_do_Mercado_Financeiro

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1 
 
 
 
 
 
 
 
Banco do Brasil 
Escriturário 
 
1 - Os bancos na Era Digital: Atualidade, tendências e desafios2 - Internet banking. 3 - Mobile 
banking. 4 - Open banking. 5 - Novos modelos de negócios .................................................... 1 
6 - Fintechs, startups e big techs. ...................................................................................... 13 
7- Sistema de bancos-sombra (Shadow banking) .............................................................. 17 
8- Funções da moeda. 9 - O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais 
criptomoedas .......................................................................................................................... 19 
10 - Marketplace ................................................................................................................ 27 
11 - Correspondentes bancários ........................................................................................ 29 
12 - Arranjos de pagamentos ............................................................................................. 30 
13 - Sistema de pagamentos instantâneos (PIX) ............................................................... 31 
14 - Segmentação e interações digitais. 15 - Transformação digital no Sistema Financeiro
 ............................................................................................................................................... 33 
 
 
 
Olá Concurseiro, tudo bem? 
 
Sabemos que estudar para concurso público não é tarefa fácil, mas acreditamos na sua 
dedicação e por isso elaboramos nossa apostila com todo cuidado e nos exatos termos do 
edital, para que você não estude assuntos desnecessários e nem perca tempo buscando 
conteúdos faltantes. Somando sua dedicação aos nossos cuidados, esperamos que você 
tenha uma ótima experiência de estudo e que consiga a tão almejada aprovação. 
 
Pensando em auxiliar seus estudos e aprimorar nosso material, disponibilizamos o e-mail 
professores@maxieduca.com.br para que possa mandar suas dúvidas, sugestões ou 
questionamentos sobre o conteúdo da apostila. Todos e-mails que chegam até nós, passam 
por uma triagem e são direcionados aos tutores da matéria em questão. Para o maior 
aproveitamento do Sistema de Atendimento ao Concurseiro (SAC) liste os seguintes itens: 
 
01. Apostila (concurso e cargo); 
02. Disciplina (matéria); 
03. Número da página onde se encontra a dúvida; e 
04. Qual a dúvida. 
 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhar em e-mails separados, 
pois facilita e agiliza o processo de envio para o tutor responsável, lembrando que teremos até 
cinco dias úteis para respondê-lo (a). 
 
Não esqueça de mandar um feedback e nos contar quando for aprovado! 
 
Bons estudos e conte sempre conosco!
1682404 E-book gerado especialmente para JOAO AFONSO VIEIRA JR
 
1 
 
 
 
Com o surgimento de novas tecnologias, o setor bancário tem desenvolvido uma série de soluções 
que visam melhorar e amparar os seus clientes, trabalhando diretamente com suas preferências. 
O foco das instituições financeiras é fornecer seus produtos e serviços de maneira totalmente digital, 
permitindo a sua contratação por meio da internet, dispositivos móveis e computadores pessoais. 
É preciso lembrar que um banco mantém um grande conjunto de serviços e produtos, e não somente 
a conta dos clientes (que é um dos principais serviços), mas também empréstimos, financiamentos, 
investimentos e outros. 
Essa iniciativa dos bancos na era digital visa agregar valor junto ao usuário, que preza por sua 
liberdade em gerir suas finanças de qualquer local, sem a necessidade de se deslocar até uma agência 
para poder tomar qualquer atitude em relação a sua conta. 
Um banco digital é uma instituição que não oferece atendimento presencial. Também são chamados 
de bancos virtuais ou bancos 100% online. 
Da abertura da conta bancária ao esclarecimento de dúvidas, todas as necessidades dos clientes 
podem ser resolvidas pelo computador ou aplicativos. Sem fila, sem burocracia e sem precisar sair de 
casa. 
São novas propostas – algumas ainda em consolidação – que estão em busca de resolver problemas 
como tarifas elevadas, falta de transparência, conflito de interesses, entre outros. 
O objetivo é ter mais agilidade no atendimento e, assim, atingir um número maior de consumidores. 
Os principais serviços que um banco digital oferece são: conta-corrente digital sem tarifa; cartão de 
crédito, em muitos casos sem anuidade; investimentos; seguros; consórcios; empréstimos. 
 
Banco Digitalizado versus Banco Digital 
O banco digital se caracteriza por oferecer serviços de forma totalmente digital. Diferente dos bancos 
digitalizados, que oferecem plataformas digitais e canais interativos, esse tipo de banco (digital) dispensa 
a necessidade de presença do cliente na agência bancária, assim a principal diferença entre eles está nos 
serviços online e presencial. 
Os bancos digitais surgiram da necessidade de desburocratizar os processos dos grandes bancos com 
tecnologia focando na experiência do cliente com segurança, transparência e agilidade. Além disso, por 
resolverem todas as necessidades dos clientes pelo computador ou aplicativos, esses bancos possibilitam 
a inclusão bancária de milhões de pessoas ao viabilizar a utilização simplificada do dinheiro. 
 
Para diferenciar os dois casos, a Febraban destaca três características principais dos bancos digitais: 
 
Processo não presencial: captura digital de documentos e informações do cliente e coleta eletrônica 
de assinatura; 
Canais de atendimento 100% eletrônicos: todas as contratações de produtos e consultas são feitas 
online ou por telefone; 
Resolução de problemas por múltiplos canais virtuais: já teve que resolver algum problema que 
começou com uma ligação e terminou com um e-mail ou mensagem de WhatsApp? Pois é, essa realidade 
é bastante comum nos bancos digitais. 
 
As vantagens dos bancos digitais para os clientes 
 
Encontrar o produto certo 
Com a transformação digital e o acesso direto a todas as opções de produtos disponibilizados pelo 
banco, o cliente pode escolher, dentre todos eles, aquele que melhor se encaixa em sua demanda. 
 
Contar com mais mobilidade 
Liberdade de locomoção e de poder acessar a qualquer momento as finanças, independentemente do 
local do mundo onde estiverem. 
A maioria dos bancos já fornece aplicativos que podem ser instalados nos dispositivos móveis e 
utilizados para realizar algumas tarefas básicas de uma conta digital. 
 
 
1 - Os bancos na Era Digital: Atualidade, tendências e desafios2 - Internet 
banking. 3 - Mobile banking. 4 - Open banking. 5 - Novos modelos de negócios 
 
1682404 E-book gerado especialmente para JOAO AFONSO VIEIRA JR
 
2 
 
Ter atendimento personalizado 
O Big Data é uma tecnologia de armazenamento de dados que pode ser utilizado para a melhoria da 
relação entre a empresa e o cliente. Isso porque, a instituição pode armazenar milhares de informações 
acerca do consumidor, facilitando a análise técnica de suas preferências e montagem de um catálogo 
personalizado de produtos. 
Diversos bancos já estão utilizando essa tecnologia para a sugestão de investimentos de acordo com 
a personalidade de seus clientes. 
 
Gerir suas finanças com mais liberdade 
Possibilidade de gerir totalmente as suas finanças de forma digital, evitando deslocamentos até a 
agência em qualquer situação. 
 
Pagar menos tarifas 
Com um atendimento totalmente online, a necessidade de abertura e manutenção de agências diminui. 
Esse é um dos principais custos de uma instituição bancária, e sem ele é possível reduzir 
consideravelmente as tarifas cobradas para os produtos digitais. 
Existem ainda, as chamadas contas digitais, que são abertas de forma gratuita e têm alguns produtos 
atrelados a elas, sem que haja tarifas, sendo realizadas cobranças apenas quando passarem de um 
número específico de utilização de serviços da conta.Para os bancos as vantagens em adotar o digital está em : melhorar o relacionamento com o cliente; 
menor índice de abandono já que consumidor da nova era não quer ser refém de serviços bancários 
analógicos; maior capacidade de investimentos e organização. 
 
Tendências 
Os novos consumidores bancários são pessoas que estão adeptas das novas tecnologias. 
A pandemia do coronavírus obrigou as pessoas a mudarem completamente seus hábitos cotidianos, 
fazendo com que elas buscassem ainda mais os meios tecnológicos. 
Para atender as expectativas destes consumidores bancários as instituições financeiras precisaram 
investir em inovação como: 
 
Inovação com segurança 
Assim como ocorre com as instituições tradicionais, as novas soluções de atendimento ao cliente 
precisam mostrar-se estáveis, sólidas e confiáveis. 
A transparência será um fator essencial nessa relação, mais ainda nesses tempos em que legislações 
de proteção aos dados pessoais entram em vigor mundo afora. 
 
Inovação e personalização 
Respeitando os limites no uso dos dados pessoais de seus consumidores, os novos serviços bancários 
deverão explorar ao máximo o conhecimento do perfil e dos hábitos de cada cliente para oferecer 
soluções cada vez mais personalizadas, capazes até mesmo de antecipar desejos e necessidades. 
 
O toque humano 
Mas, para que todo esse investimento em tecnologia ganhe a simpatia e a confiança do consumidor, 
é preciso dar-lhe um toque humano. 
Inovações tecnológicas são muito eficientes para atrair novos clientes, mas não são suficientes para 
mantê-los. Cabe às empresas definir quando e com que intensidade introduzir intervenções humanas na 
aparentemente eficiente interação digital. 
É importante que cada empresa faça o acompanhamento da jornada do seu cliente, identificando os 
pontos em que a comunicação meramente digital se mostra insuficiente para levá-lo ao engajamento. 
Portanto, aos olhos dos novos consumidores bancários, a solução parece estar num equilíbrio entre 
inovação digital e relacionamento humano. 
 
Desafios 
 
Apesar de todos os benefícios que apresentam frente aos bancos tradicionais, as agências online 
enfrentam obstáculos como a crescente concorrência de fintechs, regulamentações mais rígidas e o 
aumento no número das fraudes de identidade. 
1682404 E-book gerado especialmente para JOAO AFONSO VIEIRA JR
 
3 
 
O avanço das redes sociais e de outros canais digitais de comunicação deu maior autonomia de 
escolha e foi responsável por mudanças significativas no perfil do consumidor, que agora tem ao seu 
alcance uma enorme variedade de empresas e produtos. 
 
Embora os bancos digitais tenham mais facilidade para se moldar ao cliente digital, que espera um 
atendimento facilitado, sem burocracia e disponível 24 horas por dia, a conquista de novos clientes ainda 
é uma das maiores dificuldades desse setor. 
Por outro lado, os bancos mais antigos e consolidados encontram menos obstáculos na aquisição e 
retenção de novos clientes, por diversos motivos. Um deles ainda é a falta de confiança de uma parcela 
dos consumidores em relação aos procedimentos realizados integralmente online. 
A dificuldade em fidelizar clientes da era digital também é um grande desafio para estas instituições 
financeiras. O consumidor da era digital exige, entre outras coisas, que as empresas disponibilizem 
diversos pontos de contato para um atendimento rápido e conciso. 
Além disso, ele também cobra mais transparência na forma como elas lidam e compartilham as 
informações pertencentes aos seus clientes, e isso se estende aos bancos digitais. Se a opção atual não 
está alinhada aos seus princípios, o cliente moderno não hesita até encontrar uma que atenda aos seus 
requisitos. 
 
Internet Banking, Banco Virtual 
 
O internet banking é uma forma de acessar, pelo seu computador, as informações do banco ou 
instituição financeira. Essa ferramenta facilita os pagamentos e transações. 
O internet banking ou banco virtual nada mais é do que ter acesso a uma área pessoal dentro do site 
da sua instituição ou banco. Ele permite que o cliente acesse sua conta corrente ou informações da 
poupança, ou outros produtos, pela internet. 
Com a ferramenta é possível verificar o saldo, realizar transferências, efetuar pagamentos e outras 
transações. 
Para utilizar o internet banking, é preciso ter uma senha. Em geral, esse procedimento é feito 
presencialmente em alguma agência, mas várias instituições financeiras mais modernas, como as 
fintechs ou bancos digitais, permitem que você crie ou solicite a senha de forma também digital – pelo 
aplicativo ou site, por exemplo. 
Com seu login e senha, basta entrar no site, digitar as informações e começar a usar os serviços 
digitais. 
Em alguns casos, também pode ser necessário instalar um programa de sua instituição financeira em 
seu computador para que o acesso seja autorizado. Tudo varia conforme o seu banco. 
 
Vantagens do Internet Banking 
 
Organização financeira 
Com o internet banking você não precisa anotar as contas no papel e nem imprimir extratos de 
depósitos e transferências bancárias. 
Uma vez registradas, o sistema salva todas as informações que você precisa. Por exemplo, se você 
quiser gravar dados de uma conta para a qual faz transferências todo mês, isso vai te ajudar a poupar 
mais tempo. 
Comprovantes de pagamento, depósito e transferência também podem ser salvos em PDF e 
organizados em pastas no seu computador. 
 
Facilidade 
Verificar a fatura do cartão de crédito, realizar um pagamento em cima da hora e olhar seu saldo. Esses 
são alguns exemplos do que você pode fazer a qualquer hora, em qualquer dia da semana, sem sair de 
casa. 
 
Economia – de tempo e dinheiro 
O usuário não precisa se deslocar até uma agência e também não precisa pagar por um extrato 
bancário – já que, pelo internet banking, você tem acesso fácil, bem ali, na tela do seu computador. 
Para pequenos empresários, essa pode ser uma forma de pagar funcionários, organizar fluxo de caixa 
e pagar fornecedores, por exemplo. 
 
 
1682404 E-book gerado especialmente para JOAO AFONSO VIEIRA JR
 
4 
 
Segurança 
Não precisa se preocupar, pois a ferramenta é segura. Ter alguns cuidados como não fornecer a senha 
a terceiros ou não acessar o site de qualquer computador, são, claro, sempre muito importantes. 
Também é fundamental seguir as instruções de segurança da sua instituição – como usar um token 
ou aplicativo para gerar códigos de acesso, ou criar camadas extras de segurança no próprio app (como 
cadastro da biometria e senha de acesso). 
 
Mobile Banking 
 
Mobile banking é a oferta de serviços bancários por meio de aplicativos que podem ser baixados em 
celulares, tablets, relógios tecnológicos e outros dispositivos móveis. 
Diretamente do seu dispositivo, o cliente consegue realizar diferentes transações financeiras, tais como 
consulta a saldos e a extratos, transferências, pagamento de contas, aplicações etc. 
O mobile banking está revolucionando a forma como as pessoas lidam com a vida financeira. 
Praticamente todos os serviços que antes só podiam ser realizados nas agências bancárias ou nos caixas 
eletrônicos, agora estão ao alcance das mãos. Tudo pode ser feito pelo celular. 
Cada banco desenvolve e oferece aos clientes um aplicativo móvel. Quando instalado, o usuário 
consegue acessar a sua conta através de uma senha eletrônica, diferente da senha do cartão. Esse 
cadastro é a única forma de conseguir acesso dinheiro da conta e realizar operações financeiras. 
Muitos imaginam que o mobile banking não é seguro, já que os processos são realizados pelo celular. 
Acontece que existem recursos de segurança pensados para proporcionar aos clientes total segurança 
na hora de acessar a conta. Primeiro, a senha eletrônica, que é diferente da senha do banco. 
Outro recurso de segurança é a verificação por meio do iToken, um gerador de senhas automático que 
muda a cada novo acesso. Isso significa que os bancos tomam cuidadosim com a segurança. Usar o 
mobile banking possui o mesmo risco de realizar qualquer outro serviço online. Ou seja, quase zero. 
Assim existem várias vantagens de utilizar essa ferramenta, entre elas: Nada de filas na hora de utilizar 
os serviços bancários, já que os serviços ficam disponíveis diretamente no celular; Comodidade e 
praticidade; Realizar transações em qualquer lugar, a qualquer horário; Maior controle sobre os gastos e 
investimentos; Taxas reduzidas com relação às transações realizadas na agência. 
 
Modelo de Bank as a Service 
 
Diversos setores ingressaram em uma jornada digital e o bancário não poderia ser diferente. Isso 
porque o interesse de consumidores em serviços mais convenientes e disponíveis só tende a aumentar. 
A exigência é por um maior controle e autonomia, além de quebra de barreiras geográficas e limitações 
de horário de funcionamento. 
Dessa forma é natural que as empresas busquem novas maneiras e formatos de oferecer serviços 
financeiros aos seus clientes, de preferência sem precisar lidar com todo o investimento e esforço 
operacional. A partir desse pensamento Bank as a Service (BaaS) é uma alternativa a ser levada em 
conta. Por outro lado, bancos que possuem seu core bancário disponível através de APIs e com 
capacidade operacional ociosa podem rentabilizar esta capacidade ociosa disponível que, até então, 
estava simplesmente gerando despesas. 
O BaaS permite que startups, fintechs e demais empresas possam oferecer serviços financeiros aos 
seus clientes, sem a obrigação de operar como uma instituição bancária. Logo, serviços como cartão de 
crédito, pagamentos de contas, transferências, saques e depósitos, antes oferecidos exclusivamente por 
bancos, podem ser oferecidos por qualquer empresa. Basta uma conta digital e um cartão integrados a 
um aplicativo, para que o usuário tenha acesso a uma experiência completa de banco digital. 
Banking as a Service, ou BaaS, é uma solução tecnológica que permite que qualquer empresa comece 
a oferecer produtos financeiros sem precisar de um banco ou ter que se tornar um para isso, 
independentemente do seu ramo de atuação. 
Ou seja, é permitir que mesmo negócios que não são voltados para esse mercado passem a se 
posicionar como instituições financeiras, oferecendo todos os serviços de um banco digital, tais como: 
conta digital; cartão de débito; cartão de crédito; transferências; pagamentos, entre outros. 
 
No modelo de BaaS, a instituição financeira fornece um conjunto de APIs ( Application Programing 
Interface - um conjunto de instruções e padrões de programação que fazem a ligação entre um ponto e 
outro) públicas, normalmente por meio de um portal acessível a desenvolvedores registrados. Tais APIs 
serão responsáveis pela comunicação entre o software do banco e os de terceiros e a partir delas que 
1682404 E-book gerado especialmente para JOAO AFONSO VIEIRA JR
 
5 
 
desenvolvedores independentes, fintechs, instituições não financeiras conseguem acessar as diversas 
das funcionalidades de um banco, criando seus próprios recursos em cima dos já existentes. 
Logo, trata-se de uma integração direta de serviços digitais de bancos licenciados aos produtos de 
outras empresas não bancárias, o que garante a organização em questão a oportunidade de ofertar tais 
serviços, sem ter de adquirir uma licença bancária própria. 
Este ambiente, usualmente está disponível através do modelo Plataform as a Service (PaaS) 
implementado por nuvem híbrida, ou seja, conta com parte dos serviços em nuvem privada e demais em 
nuvem pública. O resultado é uma aceleração na entrega de novas aplicações de negócio em parceria 
com terceiros, aumentando o consumo destas APIs públicas. 
 
O modelo BaaS viabiliza produtos e serviços financeiros com mais agilidade nas operações e com uma 
redução na burocracia. Entre os principais benefícios do BaaS, é possível citar: Oferta de serviços 
financeiros sem a necessidade de se tornar um Banco; Plataforma personalizável; Segurança dos dados, 
etc. 
Além disso, há a da figura do cliente. A partir do BaaS é possível a conquista de novos clientes através 
do aumento do portfólio com serviços financeiros e uma melhor compreensão do consumidor por meio de 
dados captados pelo BaaS. 
 
Questões 
 
01.(BRB - Escriturário - IADES/2019). O sistema bancário vem passando por um processo acelerado 
de transformação digital. Entretanto, o nível de maturidade digital varia de banco para banco. A respeito 
desse assunto, assinale a alternativa correta. 
(A) Uma característica do banco digital é a realização de processos não presenciais, como o envio de 
informações e documentos por meio digital e a coleta eletrônica de assinatura para a abertura de contas. 
(B) Um banco digital é o mesmo que um banco digitalizado, visto que ambos apresentam o mesmo 
nível de automação dos processos. 
(C) A oferta de canais de acesso virtual representa o mais alto nível de maturidade digital. 
(D) O banco digitalizado dispensa o atendimento presencial e o fluxo físico de documentos. 
(E) Por questão de segurança, o banco digital permite a consulta de produtos e serviços financeiros 
por meio de canais eletrônicos, mas ainda não permite a contratação. 
 
02.(BRB - Escriturário - IADES/2019). Quanto às diferenças entre bancos digitalizados e bancos 
digitais, assinale a alternativa correta. 
(A) Um banco digital pode permitir que o próprio cliente ajuste o respectivo limite de transferência ou 
do cartão de crédito e, por medida de segurança, demandar que tal cliente dirija-se a um caixa eletrônico 
ou agência para concluir o processo. 
(B) Permitir que o cliente abra a própria conta corrente sem precisar sair de casa e não cobrar taxa de 
manutenção da conta são os únicos requisitos obrigatórios que diferenciam um banco digital de um banco 
digitalizado. 
(C) Para que um banco seja considerado digital, basta que disponibilize um ambiente de internet 
banking e aplicativos móveis, mesmo que, por medida de segurança, seja necessário instalar softwares 
de segurança adicionais que possam comprometer a experiência do cliente. 
(D) Demandar que o cliente se dirija a um caixa eletrônico para desbloquear o respectivo cartão ou 
senha de internet é aceitável para bancos digitalizados, mas não para bancos digitais. 
(E) Disponibilizar serviços gratuitos e pacotes padronizados de serviços, tais como os exigidos pela 
Resolução nº 3.919, art. 2º , inciso I, do Banco Central, é o que define um banco como digital. 
 
03.(BRB - Escriturário - IADES/2019). A pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2019 revelou 
que, entre 2017 e 2018, as transações realizadas por meio de canais digitais cresceram 16%, totalizando 
60% das transações bancárias. A respeito do uso dos canais digitais, assinale a alternativa correta. 
(A) O aumento das transações com movimentação financeira nos canais digitais evidencia o aumento 
da confiança do cliente na segurança do canal. 
(B) A abertura de conta por meio de canal digital somente pode ser efetuada pelo internet banking. 
(C) O mobile banking somente pode ser usado para transações sem movimentação financeira. 
(D) São considerados canais digitais o internet banking, o mobile banking e os correspondentes no 
País. 
(E) Internet banking e mobile banking são canais digitais mutuamente excludentes, ou seja, o cliente 
tem que informar ao banco qual canal quer usar para acessar as transações bancárias. 
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6 
 
Gabarito 
01. A / 02. D / 03. A 
 
Comentários 
01. Resposta: A 
Banco digital não é o mesmo que banco digitalizado. 
Um banco digital é 100% online; ele nasceu assim. Não há agências nem atendimento presencial. 
Tudo é feito via internet. 
Já um banco digitalizado é aquele que tem grande parte de seus serviços digitalizados, ou seja, na 
internet, mas ainda é possível ir até a agência presencialmente para resolver seus problemas. Bons 
exemplos são o Itaú, o Bradesco, o Banco do Brasil etc.,que têm seus serviços presenciais, mas também 
online, por isso são digitalizados, não digitais. 
 
02. Resposta: D 
No banco digital tudo é feito via internet ou aplicativo, sem a necessidade de ir em uma agência 
bancária. 
 
03. Resposta: A 
Há muitos recursos de segurança pensados para proporcionar aos clientes total segurança na hora de 
acessar a conta pela Internet Banking e Mobile banking, desta forma a confiança dos clientes estão 
aumentando cada vez mais. 
 
OPEN BANKING 
 
Na esteira do Pix e da agenda do Banco Central (BC) de incentivo à competitividade no Sistema 
Financeiro Nacional (SFN), a chegada do Open Banking deve trazer mais opções de produtos e serviços 
financeiros, com menos custos, além de mais transparência aos clientes finais, que terão mais autonomia 
sobre sua vida financeira. 
Na prática, o cliente será dono de seus dados financeiros e poderá escolher quando e com quais 
empresas vai compartilhá-los. 
O Open Banking é um conjunto de regras e tecnologias que vai permitir o compartilhamento de dados 
e serviços de clientes entre instituições financeiras por meio da integração de seus respectivos sistemas. 
O princípio fundamental do Open Banking é o consentimento do usuário, ou seja, as empresas 
deverão, obrigatoriamente, compartilhar informações de um cliente (seja pessoa física ou jurídica), se ele 
solicitar e autorizar a transmissão dos dados para outra instituição. 
Não é um aplicativo que vai permitir o compartilhamento, nem um produto. Os clientes poderão pedir 
para suas instituições financeiras compartilharem seus dados, se assim desejarem, por meio dos 
aplicativos já existentes das respectivas instituições. 
Novos produtos e serviços devem surgir a partir do desenvolvimento do Open Banking no país, mas 
sempre seguindo o conjunto de regras estabelecido para a criação do conceito. 
Cada país pode adotar o Open Banking conforme as suas características e liberar o compartilhamento 
de dados até certo nível, mas, de modo geral, o objetivo da aplicação do novo conjunto de regras é 
promover a concorrência, a eficiência e oferecer novos produtos para o consumidor final. 
No Brasil, está previsto o compartilhamento de dados cadastrais, usados para abrir uma conta em 
banco, tais como: dados pessoais (nome, CPF/CNPJ, telefone, endereço, etc.); dados transacionais 
(informações sobre renda, faturamento no caso de empresas, perfil de consumo, capacidade de compra, 
conta corrente, entre outros); e dados sobre produtos e serviços que o cliente usa (informações sobre 
empréstimos pessoais, financiamentos, etc). Tudo sempre com o consentimento do usuário. 
O processo de liberação dos dados vai acontecer de forma gradual ao longo de ano de 2021 
No Brasil, apenas instituições financeiras que funcionam sob algum tipo de regulação oficial do BC 
poderão participar. 
Sendo que as instituições financeiras classificadas como S1 (instituições que possuem porte igual ou 
superior a 10% do PIB ou que tenham atividade internacional relevante) e S2 (instituições de porte entre 
1% e 10% do PIB) serão obrigadas a participar do Open Banking. São elas: Banco do Brasil, Bradesco, 
Caixa Econômica, Itaú, Santander, BNDES, Citibank, Credit Suisse, entre outros. 
As demais instituições têm adesão voluntária ao Open Banking. Instituições de pagamentos, como Pic 
Pay, Mercado Pago, Nubank, etc., poderão escolher se vão participar ou não do novo ecossistema. 
Embora a participação compulsória não valha para todas as empresas, uma característica importante 
do Open Banking é a reciprocidade. Ou seja, todas as empresas que aderirem terão o direito de receber 
1682404 E-book gerado especialmente para JOAO AFONSO VIEIRA JR
 
7 
 
dados de seus concorrentes, mas também serão obrigadas a compartilhar os dados de suas respectivas 
bases – quando os clientes consentirem. 
Portanto, se uma fintech ou outra instituição, que tem participação voluntária, quiser entrar no Open 
Banking, deverá obrigatoriamente compartilhar os dados de seus clientes, caso eles peçam, com qualquer 
outro banco ou fintech participante do Open Banking. 
As instituições receptoras dos dados terão um prazo máximo de 12 meses para acessar os dados, 
segundo as regras do Banco Central. Depois disso, o cliente precisará renovar o consentimento 
 
Vantagens do Open Banking 
O Open Banking parte do princípio que os dados do consumidor são de sua propriedade e não do 
banco ao qual ele está vinculado. 
Hoje, o Brasil enfrenta uma grande assimetria de informações. Para exemplificar: se um cliente tem 
conta no banco A,essa instituição detém o histórico de crédito desse cliente, que indica, por exemplo, se 
ele é ou não um bom pagador. 
Mas se o cliente deseja pedir um empréstimo no banco B, no qual não possui conta aberta, ele terá 
dificuldade. Isso acontece porque o banco B não tem dados suficientes para aferir a capacidade de 
pagamento da pessoa para liberar ou não o crédito porque é o banco A que tem essas informações. 
Assim, a operação se torna mais arriscada para o banco B e ele tende a não conceder o crédito. 
O cliente fica, então, dependente da instituição na qual tem conta e sujeito às suas taxas, o que 
incentiva ainda mais a já alta concentração bancária no país. 
 
O Open Banking pretende reduzir essa barreira de entrada, democratizando não só os empréstimos, 
mas diversos tipos de produtos financeiros, para que os bancos, fintechs, instituições de pagamentos, 
possam compartilhar as informações entre eles e o cliente tenha o direito de escolher qual instituição 
oferece as melhores condições para cada serviço financeiro. 
Na prática, é como se o Open Banking permitisse que o cliente construísse seu “próprio banco”. A 
pessoa poderá escolher acessar crédito no banco A, que tem a melhor taxa, investimentos na corretora 
B, que tem baixa taxa de corretagem e cartão de crédito na fintech C, que não tem anuidade, por exemplo. 
Dessa forma, segundo o Banco Central, o Open Banking vai priorizar a experiência do cliente e a 
diversidade e representatividade dos participantes. 
 
As mudanças com o Open Banking 
 
Com o cliente tendo controle do compartilhamento de seus dados, fica muito mais fácil abrir contas e 
adquirir produtos e serviços em diferentes instituições ao mesmo tempo. 
Do lado das empresas, a corrida será pela atenção do consumidor. Isso porque, mesmo tendo conta 
na instituição, nada garante que o cliente vai consumir e utilizar os serviços dela. Por isso, o banco ou a 
fintech que oferecer a melhor experiência em serviços financeiros tende a conquistar os clientes. 
Os bancos tradicionais, que hoje possuem uma gama grande de produtos, precisarão investir mais na 
experiência do cliente, enquanto as fintechs, que hoje oferecem uma melhor experiência, precisarão 
aumentar o portfólio de produtos e serviços. O Open Banking vai incentivar esse equilíbrio entre os 
participantes do sistema financeiro. 
A tendência é o surgimento de novos modelos de negócios e mais concorrência entre as empresas, o 
que vai beneficiar os consumidores, que terão mais opções disponíveis e, provavelmente, produtos mais 
baratos. 
Open Banking vai incentivar a inovação e a criação de novos produtos, além de ampliar a distribuição 
e concorrência. 
 
Funcionamento 
 
O passo a passo de acesso e uso do Open Banking ainda não foi completamente definido, mas 
algumas etapas já são conhecidas. 
Em relação à liberação de dados: se o cliente quiser que o banco A, no qual tem conta, compartilhe 
dados dele com a fintech B, ele precisa iniciar o processo na instituição que vai receber os dados. Ou 
seja, deve solicitar o compartilhamento à fintech B que vai avisar o banco A, que o cliente solicitou os 
dados. Feito isso, o banco A, vai confirmar com o cliente se ele realmente solicitou a liberação. Se o 
cliente confirmar e der seu consentimento, o banco A transmite a informação para a fintech. É parecido 
com o procedimento adotado na portabilidade de crédito. 
1682404 E-book gerado especialmentepara JOAO AFONSO VIEIRA JR
 
8 
 
Por exemplo, com o Open Banking em funcionamento, um cliente do Bradesco poderia cotar as taxas 
que seriam cobradas se ele pedisse um empréstimo pessoal no Itaú. O cliente faria a solicitação da 
cotação, por meio do app ou internet banking do Itaú, sem necessariamente ter uma conta no banco. O 
Itaú então acionaria o Bradesco, que, por sua vez, mandaria uma mensagem dentro do seu app para o 
cliente confirmar que solicitou os dados. 
Feito isso, o Bradesco envia a informação ao Itaú, que de posse dos dados, pode abrir uma conta ou 
avaliar a concessão de crédito mais rapidamente a partir do histórico do cliente. 
Em relação ao uso de produtos e serviços que vão surgir a partir da implementação do Open Banking, 
há uma série de possibilidades. A experiência do cliente será um dos pontos centrais no Open Banking. 
Como o cliente terá muito mais opções disponíveis para usar, as instituições devem investir em soluções 
simples, intuitivas e na boa usabilidade das plataformas para atrair mais clientes. 
A recomendação do BC é que o fluxo de autorização para compartilhar os dados e usufruir do Open 
Banking seja semelhante à do acesso direto na instituição – por meio do app ou internet banking. Ou seja, 
a ideia é que o cliente autorize o procedimento por meio de reconhecimento facial, biometria ou senha, 
assim como ocorre com os demais serviços que o cliente usa no banco hoje. 
 
Serviços disponíveis no Open Banking 
 
Considere dois exemplos práticos de tipos de serviços que poderemos encontrar com o uso do Open 
Banking: 
 
Situação 1 
Um banco receptor da informação não precisará que o cliente seja seu correntista para fazer uma 
análise de crédito, basta que o banco no qual o cliente tem conta informe seus dados, a partir do seu 
consentimento. 
Por exemplo, o Matheus, que é cliente do banco A, decide comprar um lustre novo para a sua casa 
em uma loja online de material de construção. 
Ao chegar no checkout vai se deparar com as formas de pagamento e entre elas poderá ver a opção 
“crédito do banco B”, no qual não possui uma conta. 
Ao selecionar essa opção, uma mensagem vai aparecer na tela para que ele indique em qual banco 
tem conta e, portanto, onde está o dinheiro. Ele indicará o banco A. 
Ao fazer isso, ele receberá uma mensagem, por meio do app do banco A, avisando que o 
compartilhamento de dados foi solicitado e ele autoriza a operação. Feito isso, o banco B, que viu seu 
histórico de crédito, aprova o empréstimo para a compra na loja e ele consegue finalizar o pagamento em 
minutos usando um microcrédito de um outro banco. Esse tipo de operação já deverá estar disponível em 
2021. 
 
Situação 2 
Será possível encontrar produtos de diferentes instituições financeiras no mesmo aplicativo, desde que 
essas empresas fechem parcerias entre si. Na prática, seria possível o banco ofertar um produto seu no 
canal de um concorrente. 
Por exemplo, a Daniela poderia abrir o app da fintech C e encontrar um financiamento imobiliário 
fornecido pelo grande banco D e contratá-lo pelo próprio app da fintech. Isso seria possível porque a 
fintech C (que tem uma boa experiência, mas não tem esse tipo de produto) deseja atrair o cliente para o 
seu domínio, enquanto o banco D (que possui um portfólio grande de produtos, mas não tem boa 
experiência em seu app), não quer deixar de ofertar seu produto ao cliente. 
Assim, outra expectativa relacionada ao Open Banking é o surgimento de marketplaces que vão 
agregar diversos produtos de diferentes bancos e instituições financeiras. 
Já esse segundo exemplo será possível com o Open Banking funcionando de maneira plena e deve 
demorar um pouco mais para se tornar realidade. 
 
Início do funcionamento 
 
Os usuários finais terão acesso aos serviços e novas opções disponibilizados pelo Open Banking a 
partir de 15 de julho de 2021 – embora a primeira fase de implementação tenha início no dia 1º de fevereiro 
de 2021 para as instituições participantes. 
 
 
 
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9 
 
Qualquer empresa pode ter acesso aos dados financeiros? 
 
Não. Os dados financeiros do cliente só serão compartilhados se ele desejar e com as instituições que 
ele quiser – desde que esses bancos ou fintechs sejam regulados pelo BC. 
Não vai existir a possibilidade de o cliente solicitar que uma empresa que não está no escopo do Open 
Banking acesse os dados de seu banco, por exemplo. 
A única maneira de uma empresa estar no escopo do Open Banking e não ser regulada pelo BC é se 
ela for uma parceira de uma instituição participante. 
Mas essa figura “parceira”, por regra, não pode ser regulada pelo BC, portanto não pode ter acesso a 
dados provenientes do Open Banking. 
Ou seja, considere que o Banco do Brasil fez uma parceria com a Conta Azul, empresa de software, 
para fazer um upgrade em sua plataforma de gestão. A Conta Azul vai auxiliar o BB nesse processo de 
melhoria, mas não terá acesso aos dados que o BC eventualmente vai receber via Open Banking. 
Inclusive, essas empresas parceiras devem ser, em sua maioria, companhias de tecnologia que vão 
oferecer melhorias para as participantes conseguirem operar de forma mais ágil dentro do ecossistema 
do Open Banking. 
 
As empresas têm acesso aos dados por tempo indeterminado? 
 
Não. O BC definirá alguns limites para que as empresas acessem os dados. O prazo máximo é de 12 
meses. Passado esse período, o usuário precisará renovar seu consentimento para que a instituição 
utilize a informação novamente. 
 
Esse prazo de duração do acesso vai variar de acordo com o objetivo do uso dos dados. Por exemplo, 
o acesso ao histórico de crédito pode ter duração de três meses, enquanto o acesso aos dados cadastrais 
seis meses. Se após esse período a empresa receptora dos dados usá-los para algum fim, poderá ser 
punida pelo BC. 
 
Tenho como saber quem tem acesso aos dados? 
 
Como o cliente decide se quer compartilhar os dados e com quem, ele saberá quais instituições têm 
acesso às suas informações financeiras porque ele mesmo autoriza o processo – além do fato de as 
empresas terem acesso às informações por tempo limitado. Mas, no longo prazo, pode ficar inviável fazer 
a gestão desses dados pessoais. 
Por exemplo, poucas pessoas acessam a página do Facebook que mostra quais empresas têm acesso 
aos seus dados a partir do momento em que o usuário faz o login nos ambientes dessas empresas usando 
a rede social. É a mesma lógica. Passados alguns anos, nem todo mundo deve fazer uma gestão das 
instituições financeiras que terão seus dados. 
Esse será um dos grandes desafios do Open Banking: como o consumidor vai administrar seus dados 
e organizar o seu consentimento para diferentes instituições. E, por enquanto, não há uma solução para 
isso. 
 
Custos 
 
O consumidor final não pagará nada ao solicitar o compartilhamento de seus dados da sua instituição 
para outra. Ou seja, o banco transmissor da informação não poderá fazer cobranças. 
Por outro lado, o banco receptor dos dados poderá cobrar o cliente apenas nos casos em que oferecer 
serviços adicionais que agreguem dados e o cliente optar por contratá-los – nos moldes do que o Flipper 
ou o Guiabolso oferecem hoje. 
Ainda não há mais detalhes de possibilidades de cobrança para os clientes PF ou PJ. 
Já a instituição detentora dos dados poderá cobrar a instituição receptora, se a mesma solicitar dados 
cadastrais diferentes do mesmo cliente mais de duas vezes em um mês, segundo o BC. Os eventuais 
valores cobrados serão definidos no grupo de trabalho do Open Banking. 
 
Open Banking é seguro? 
 
O Open Banking no Brasil funcionará sob a regulação do Banco Central. Toda e qualquer instituição 
participante precisará estar sob o guarda-chuva do BC como instituição financeira (como os bancos 
1682404 E-book gerado especialmente para JOAO AFONSO VIEIRA JR
 
10 
 
tradicionais) ou como instituição de pagamento (empresas que não podem conceder empréstimose 
financiamentos, como Nubank, Mercado Pago, etc.). 
Assim, as empresas participantes estão sujeitas a punições por parte do BC. Na prática, se alguma 
das instituições não seguir as regras do Open Banking ao operar nesse ambiente, o BC pode aplicar 
multas, excluir a empresa do Open Banking, e, no limite, decretar a falência ou liquidação da instituição. 
Por isso, a tendência é que todas as instituições participantes sigam as regras à risca, assim como elas 
seguem hoje na oferta de outros tipos de serviços. 
Além disso, todo envio e recebimento de informações dentro do ecossistema do Open Banking estará 
protegido pela Lei Complementar n° 105/2001, do Sigilo Bancário, que proíbe o compartilhamento de 
dados para instituições não participantes do Open Banking, bem como proíbe a venda de informações de 
consumidores para terceiros. 
Somado a isso, o arcabouço do Open Banking também está sob o guarda-chuva da Lei Geral de 
Proteção de Dados (n° 13.709/2018) – que entrou em vigor neste ano e que abrange diversas áreas, além 
da financeira – e dá autonomia para o cliente em relação ao seus dados. 
De qualquer maneira, a regulação é rígida no Brasil. Há um perímetro de atuação do Open Banking 
bem definido. No Reino Unido, por exemplo, uma entidade não regulada pode prestar serviço de 
compartilhamento de dados, o que não será permitido aqui. 
A ideia é que o BC fiscalize todos os participantes do Open Banking e os puna, caso necessário, em 
prol do bom funcionamento do sistema. 
 
Responsáveis da implementação Open Banking no Brasil 
O BC criou uma convenção (ou grupo de trabalho) com os principais representantes de instituições 
financeiras e de pagamentos do país com o objetivo de definir as regras de funcionamento em conjunto 
para que todas as categorias do sistema financeiro tenham os mesmos direitos e deveres dentro do 
ecossistema do Open Banking. 
Nesse grupo de trabalho estão: a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a Associação Brasileira 
das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), ABFintechs, que representa os interesses das 
fintechs, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a Associação Brasileira de Bancos (ABBC), 
Associação Brasileira de Instituições de Pagamentos (Abipag), a Associação Brasileira de Internet 
(Abranet), entre outras, além de um conselheiro independente. 
 
Papel do Banco Central no Open Banking 
 
O BC é o juiz do ecossistema do Open Banking. A autoridade monetária estabelece a estrutura inicial 
do processo de implementação do Open Banking e aprova o conteúdo da convenção. 
Na prática, o BC é o responsável pela fiscalização e punição das instituições participantes. A ideia é 
que tudo o que acontece no âmbito do Open Banking seja observado de perto pelo BC – portanto, a 
tendência é que a operação e dinâmica do Open Banking sejam seguras. 
 
O que são as APIs e como se relacionam com o Open Banking? 
 
A API (Application Programming Interface, em inglês, ou Interface de Programação de Aplicativos) é o 
recurso que permitirá às instituições compartilhar as informações no ecossistema do Open Banking de 
maneira padronizada. 
Vale dizer que a API não foi criada para o Open Banking. É um elemento universal de tecnologia, que 
já é amplamente usado hoje na integração de sistemas em diversos âmbitos. Basicamente, é a forma 
como todos os softwares “se falam” dentro da internet. 
Para facilitar a compreensão, a API é uma espécie de ponte que conecta aplicações diferentes por 
meio de uma mesma linguagem. Por exemplo, a Uber usa uma API do Google Maps para que tenha os 
mapas no seu aplicativo, bem como o Airbnb também usa uma API para mostrar as localizações dos 
imóveis disponíveis para aluguel. 
Dessa maneira, as APIs vão permitir o fluxo de troca de dados de clientes entre as instituições de 
forma ágil e segura. Ágil porque todas as instituições receberão e enviarão as informações no mesmo 
padrão e seguro porque todo o processo será supervisionado pelo BC. 
Outra maneira de entender a API é considerá-la como um contrato, com cláusulas que os participantes 
precisam seguir para conseguir se comunicar. 
O problema de não padronizar as APIs são as disfunções que poderiam ser geradas na troca de 
informações, justamente pela falta de cláusulas “nesse contrato”. 
1682404 E-book gerado especialmente para JOAO AFONSO VIEIRA JR
 
11 
 
Por exemplo, o banco A informa o saldo de R$ 100 da conta do cliente João para o banco B, juntamente 
com o nome completo dele e o número da conta. 
Mas o banco B tem como padrão uma leitura de números com pontos em vez de vírgula e, quando o 
saldo entra em seu domínio, ele não consegue traduzir o valor em R$ 100, o que gera um erro na leitura 
da informação pelo banco B, por exemplo. 
Seria um detalhe, mas em uma escala que envolve milhares de contas pode atrapalhar muito o 
funcionamento do sistema. Então, a API vai padronizar o formato dos números como se fosse uma das 
cláusulas de um contrato. 
No fim do dia, a API será a estrutura por trás da experiência do Open Banking, que vai facilitar a 
integração de informações e a visualização de forma rápida e simples para o consumidor – viabilizando 
uma boa experiência. 
O formato da API que será utilizado no Brasil ainda está em discussão e será desenvolvido pelo grupo 
de trabalho do Open Banking (veja mais sobre isso abaixo). 
 
Relações com o PIX 
 
O Open Banking e o Pix são diferentes. Enquanto o Pix é um meio de pagamento instantâneo, o Open 
Banking é um conjunto de regras sob o qual o sistema financeiro nacional vai atuar. 
São recursos independentes, mas que podem atuar em conjunto. Ambos fazem parte da agenda de 
inovação e mais competição do BC e têm cronogramas que andam em paralelo. 
O Pix é uma ferramenta que pode ajudar o Open Banking a evoluir do puro compartilhamento de 
informações para a movimentação do dinheiro de forma instantânea. 
Além disso, a criação recente da figura do iniciador de pagamento (PISP), aprovada pelo BC como 
entidade regulada, vai possibilitar que essa relação entre Pix e Open Banking se consolide. 
Na prática, com o PISP será possível acessar o banco ou outra instituição financeira por canais que 
não necessariamente são o aplicativo ou o internet banking do banco. Assim, será possível iniciar as 
transferências por canais como WhatsApp, Mercado Pago, iFood, entre outros, e efetuá-las com Pix – 
embora o Pix não seja a única opção nesse caso, já que será possível usar outras formas de transação 
como TED, DOC ou boleto. 
 
Soluções Mobile e Service Design 
 
Os celulares atualmente disponibilizados no mercado possuem diferentes meios de se comunicar 
através de interfaces e protocolos. É muito comum referenciarmos recursos como 3G, Wifi, Bluetooth, 
NFC etc. 
Tendo tantos canais de comunicação, assim como os serviços disponibilizados pelos sistemas 
operacionais mobile, cresce consideravelmente os pontos de controle a serem aplicados durante o 
desenvolvimento de aplicações seguras. Identificar e dimensionar estes controles tornou-se uma tarefa 
mais complexa e que exige cada vez mais dos arquitetos de soluções mobile. 
O desenvolvimento de soluções mobile empresariais é a prática de criar e implantar aplicativos 
confiáveis, portáteis e escaláveis em dispositivos móveis, a fim de facilitar a interação de grandes 
organizações com clientes, parceiros e funcionários. 
O objetivo do desenvolvimento de aplicativos mobile corporativos é possibilitar a conectividade em 
qualquer lugar, sem descumprir os requisitos de segurança e confiabilidade que são essenciais para 
organizações de grande porte. 
 
Já a principal função do Service Design, ou Design de Serviço, é o estudo das interações entre todos 
os indivíduos envolvidos na execução de um serviço ou produção de um produto, seja ele o consumidor 
final ou um dos funcionários de sua empresa1. 
Service Design é uma das áreas de design mais importantes e impactantes para empresas e marcas. 
Tamanha relevância deve-se ao fato de que ametodologia do Design de Serviço permite que se atinja os 
resultados de forma mais clara e com uma significativa redução da margem de erro. 
A sua concepção tem como principal fundamento melhorar um serviço ou criar um novo, para que 
atenda à necessidade do consumidor. Com as melhores práticas do design, o Service 
Design compreende o perfil do usuário e seus anseios para propor um produto ou serviço competitivo e 
relevante. 
 
1 https://agenciagrup.com.br/service-designs-solucoes-para-definir-sua-persona/ 
1682404 E-book gerado especialmente para JOAO AFONSO VIEIRA JR
 
12 
 
A compreensão de que todos nós somos consumidores com desejos e necessidades diferentes é 
fundamental para a construção de uma experiência relevante, inesquecível e inovadora. Por isso, cada 
dia que passa, vemos mais empresas com estratégias que buscam encantar o cliente, com forte apelo ao 
emocional. 
O Design de Serviço procura entender qualquer problema de forma holística, ou seja, ele vai analisar 
todos os agentes envolvidos na produção dos produtos, atuar em todas as variáveis do seu negócio. A 
atividade de planejar, organizar pessoas, infraestruturas e comunicação melhora a interação entre 
empresas e consumidores. 
Os princípios básicos do Service Design estão em: propor uma solução que deverá atender à 
expectativa de um consumidor, responder como será a experiência de quem produzirá tal produto e como 
a empresa irá conciliar seus valores com a entrega ao consumidor final. 
Essencialmente, o Service Design tenta responder a algumas perguntas básicas que dizem respeito à 
experiência das pessoas ao interagirem com determinado serviço. 
Como deve ser a experiência do consumidor ao usar este serviço? 
Como deve ser a experiência do funcionário ao prestar este serviço? 
Como uma empresa se mantém fiel à sua missão e se mantém relevante para o consumidor, ao mesmo 
tempo? 
Utilizando metodologias do Design, o Service Design trabalha para entender o perfil dos consumidores, 
seus desejos e suas necessidades a fim de garantir que determinado serviço seja competitivo para o 
mercado e relevante para quem o usa. 
As metodologias utilizadas tornam o Service Design sempre em aprimoramento para melhor atender 
as expectativas dos consumidores e reduzir ao máximo as dúvidas e reclamações. 
 
Questões 
 
01.(BRB - Escrituário - IADES/2019).Por meio do Comunicado nº 33.455/2019, o Banco Central 
aprovou os requisitos fundamentais para a implementação do Sistema Financeiro Aberto (open banking) 
no Brasil. De acordo com o modelo proposto, o conceito de open banking refere-se à (ao) 
(A) integração de plataformas e infraestruturas de sistemas de informação para fins de 
compartilhamento de produtos e serviços entre as instituições financeiras, sendo vedada a identificação 
do cliente. 
(B) atribuição de uma nota de crédito ao cliente (credit score), que poderá ser consultada por qualquer 
instituição financeira, mediante prévio consentimento. 
(C) compartilhamento de dados cadastrais, produtos e serviços pelas instituições financeiras, mediante 
prévia autorização, por meio de sistemas de informações integrados que garantam uma experiência 
simples e segura ao cliente. 
(D) inclusão do nome do cliente em um cadastro positivo para fins de compartilhamento de dados, 
produtos e serviços pelas instituições financeiras, garantindo ao cliente acesso a taxas de juros menores. 
(E) implementação de uma interface de integração digital para compartilhamento de dados entre 
instituições financeiras, com base no princípio de que os dados pertencem às instituições, e não aos 
usuários. 
 
02. (BRB - Escriturário - IADES/2019). Acerca de conceitos e aplicações do design de serviços no 
contexto bancário, assinale a alternativa correta. 
(A) O foco do design de serviços é aprimorar apenas a experiência em serviços digitais, como 
aplicativos móveis, internet banking e outros. 
(B) Queixas recorrentes de clientes são indicativos de que o design de serviço poderia ser aprimorado. 
(C) A aplicação correta da metodologia sugere que os especialistas devem se reunir e projetar um 
design que, posteriormente, deverá ser seguido por toda a organização. 
(D) Um dos princípios do design de serviços é ser centrado no ser humano. Entende-se, com isso, que 
o design deve se concentrar apenas na experiência do cliente. 
(E) Soluções móveis devem aplicar apenas o design da experiência do usuário (ux design), e não o 
design de serviço. 
 
Gabarito 
01.C / 2. B 
 
 
 
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13 
 
Comentários 
01. Resposta: C 
 
O Open Banking, ou sistema financeiro aberto, é a possibilidade de clientes de produtos e serviços 
financeiros permitirem o compartilhamento de suas informações entre diferentes instituições autorizadas 
pelo Banco Central e a movimentação de suas contas bancárias a partir de diferentes plataformas e não 
apenas pelo aplicativo ou site do banco, de forma segura, ágil e conveniente. 
 
 
 
Startups 
 
Um grupo de pessoas2 iniciando uma empresa, trabalhando com uma ideia diferente, escalável e em 
condições de extrema incerteza. 
Tudo começou durante a época que chamamos de bolha da internet, entre 1996 e 2001. Apesar de 
usado nos EUA há várias décadas, só na bolha ponto.com o termo "startup" começou a ser usado por 
aqui. Significava um grupo de pessoas trabalhando com uma ideia diferente que, aparentemente, poderia 
fazer dinheiro. Além disso, "startup" sempre foi sinônimo de iniciar uma empresa e colocá-la em 
funcionamento. 
Investidores dizem que qualquer pequena empresa em seu período inicial pode ser considerada uma 
startup. Outros defendem que um startup é uma empresa inovadora com custos de manutenção muito 
baixos, mas que consegue crescer rapidamente e gerar lucros cada vez maiores. 
No entanto, há uma definição mais atual, uma startup é caracterizada por ser um modelo de negócios 
repetível e escalável que cresce de uma forma muito mais rápida e eficiente em comparação a uma 
pequena ou média empresa tradicional (PME). 
De fato, muitas Startups são empresas em fase inicial, sendo que possuem propostas inovadoras e, 
um grande potencial de crescimento. Além disso, normalmente, elas utilizam a tecnologia e o meio digital 
para suas operações. 
 
Características de uma Startup 
Inovação 
A inovação é a capacidade de propor soluções criativas para resolver um problema. Essa característica 
é essencial em uma Startup, já que esse tipo de negócio precisa oferecer produtos e soluções únicas ao 
mercado. 
 
Escalabilidade 
As Startups são negócios escaláveis. Ou seja, elas conseguem crescer sem aumentar seus custos 
proporcionalmente. Por isso, esse tipo de negócio é tão vantajoso, tendo a capacidade de aumentar seu 
faturamento em um ritmo muito maior do que o crescimento das despesas. 
 
Flexibilidade 
Toda Startup precisa ser ágil e dinâmica. Esse modelo de negócio exige que as decisões sejam 
tomadas com rapidez, se adequando à demanda do mercado atual e sempre otimizando a sua forma de 
trabalho. 
 
Repetição 
Para saber o que é Startup, você deve entender que elas precisam ser repetíveis. Ou seja, elas tem 
que ser capazes de entregar o mesmo produto ou serviço em larga escala. Para tais empresas, é preciso 
que o produto ou serviço seja replicado e reproduzido de forma simples. Tenha como exemplo os serviços 
de streaming que, diferentemente das antigas locadoras, entregam o mesmo filme várias vezes seguidas. 
 
Tipos de Startups 
Essas empresas são muito variadas e, por isso, podem atuar de diversas formas. Alguns dos principais 
modelos de Startups são: 
 
2https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/o-que-e-uma-startup,6979b2a178c83410VgnVCM1000003b74010aRCRD 
6 - Fintechs, startups e big techs 
 
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14 
 
B2B (Business to Business) 
O modelo B2B, que em em português significa “negócio para negócio”, atende outras empresas e não,o consumidor final. Um exemplo é o site Alibaba, que ficou famoso por conectar fornecedores e 
empreendimentos. 
 
B2C (Business to Consumer) 
Esse modelo, que em português significa “negócio para consumidor”, envolve o fornecedor de produtos 
ou serviços e o consumidor final. Existem diversas Startups B2C que são cases de sucesso. O Uber, por 
exemplo, é um Marketplace que conecta motoristas (prestadores de serviços) com passageiros 
(consumidores finais). 
 
B2B2C (Business to Business to Consumer) 
Em português, esse modelo significa “negócios para empresas para consumidores”. O iFood é um 
ótimo case de startup B2B2C. Ele faz parceria com outras empresas, que são os restaurantes, para 
facilitar a venda aos clientes finais. 
 
Modelo de negócios das Startups 
 
SaaS 
O Software as a Service (SaaS), ou software como serviço, oferece um serviço na nuvem. Assim, ele 
funciona como um software autônomo, capaz de automatizar os serviços manuais. Esse modelo de 
negócios é indicado principalmente para o público empresarial. 
 
Marketplace 
Esse tipo de negócio conecta oferta e demanda por meio de uma plataforma digital. Nela, os clientes 
podem encontrar vários vendedores ou prestadores de serviço, como se fosse um shopping virtual. Muitos 
falam que o marketplace é a evolução do e-commerce. 
Esse modelo de Startup é indicado para quem pretende focar em um nicho de mercado e construir um 
negócio altamente escalável. Por exemplo, grandes empresas como Uber, Facebook, Airbnb e Mercado 
Livre são marketplaces ou usam os princípios desse modelo de alguma forma. 
 
Assinatura 
O modelo de assinaturas é bem amplo e se difundiu com o avanço das tecnologias. Um exemplo é o 
streaming, que possibilita a entrega constante de serviços em troca de um valor mensal. Esse modelo é 
vantajoso para o empreendedor que quer garantir uma receita fixa. Mas, é necessário que a proposta da 
empresa esteja muito bem construída, para assim evitar cancelamentos. 
 
Redes Sociais 
Neste modelo de negócios, o serviço é oferecido gratuitamente ao consumidor que, em troca, visualiza 
publicidade. Esse modelo é muito comum em aplicativos. Ele é vantajoso pois o cliente usufrui do serviço 
gratuitamente, mas podem haver aqueles que se sentem incomodados com um excesso à propaganda. 
 
Fintech 
 
A palavra fintech é uma abreviação para financial technology (tecnologia financeira, em português). 
Ela é usada para se referir a startups ou empresas que desenvolvem produtos financeiros totalmente 
digitais, nas quais o uso da tecnologia é o principal diferencial em relação às empresas tradicionais do 
setor. 
As fintechs podem oferecer as mais diversas soluções, como cartão de crédito, conta digital, cartão de 
débito, empréstimos, seguros, entre outros. 
Esses serviços inovadores não se resumem a bancos digitais. Apesar de estarem sob um mesmo 
nome, essas empresas podem oferecer produtos e serviços diferentes entre si. 
A maioria delas permite que os clientes controlem os produtos inteiramente através de smartphones, 
sem nunca precisar pisar em uma agência ou corretora. 
 
 
 
 
 
1682404 E-book gerado especialmente para JOAO AFONSO VIEIRA JR
 
15 
 
Áreas de atuação que uma fintech pode ter: 
 
Fintechs de pagamento 
As fintechs de pagamento surgem para facilitar a vida do cliente quando o assunto é compra e venda. 
Podem oferecer novidades em cartões de crédito ou máquinas de cartão, por exemplo. Nessa categoria, 
entra o Nubank, que surgiu como uma empresa de cartão de crédito sem taxas e anuidade, além de 
cobrar juros rotativos abaixo da média de mercado. 
 
Fintechs de crédito ou empréstimo 
Já pensou aproximar quem precisa de dinheiro e quem pode emprestar cobrando juros menores? Bem, 
é essa a ideia das fintechs de crédito ou empréstimo. Elas possuem estrutura enxuta e realizam análise 
de crédito a partir de soluções tecnológicas para melhorar a dinâmica dos serviços financeiros. Um 
exemplo é a Geru. 
 
Fintechs de crowdfunding 
Ter uma ideia de negócio é fácil. O difícil é tirar essa ideia do papel e conseguir capital para materializá-
la. A Catarse, primeira plataforma de crowdfunding (financiamento coletivo) do Brasil — outro ótimo 
exemplo para compreender o que é uma fintech —, foi aberta para facilitar esse processo. 
 
Fintechs de Bitcoins 
Com a febre dos Bitcoins mundo afora, surgiram fintechs para facilitar as transações dos investidores 
por aqui. Empresas como a Mercado Bitcoin cresceram muito em pouco tempo, aproveitando o interesse 
pela novidade digital. 
 
Fintechs de controle financeiro 
Para quem precisa manter as finanças em ordem, vieram as fintechs de controle financeiro. Um 
exemplo desse tipo é o Organizze, que auxilia no controle de despesas pelo celular, permitindo a criação 
de categorias de gastos e definição de metas. 
 
Fintechs de investimento 
Para oferecer mais facilidade na hora de fazer o dinheiro render, vieram as fintechs de investimentos. 
A Toro surgiu para ressignificar o conceito de corretora de valores, oferecendo a melhor experiência digital 
de investimentos do mundo. 
 
Vantagens das fintechs 
 
No geral, as fintechs são conhecidas por oferecer soluções financeiras inéditas, menos burocráticas, 
mais intuitivas de serem usadas – afinal, elas normalmente estão disponíveis no smartphone do cliente – 
e com custos baixíssimos, às vezes inexistentes, para os usuários. 
Um exemplo são os cartões de crédito sem anuidade ou as contas digitais gratuitas. 
Tudo isso graças à tecnologia. Por já terem nascido no mundo digital e não contarem com grandes 
estruturas físicas, como as agências bancárias, seus custos são muito reduzidos. Por isso muitas 
oferecem produtos livres de taxas e conseguem escalar rapidamente. 
Em resumo, as fintechs chegam no mercado trazendo produtos financeiros inovadores. Em muitos 
casos, eles foram desenhados para serem mais simples e vantajosos para os clientes. 
 
As fintechs são seguras? 
 
No Brasil, nos Estados Unidos e em grande parte dos países do mundo, o setor financeiro é vigiado 
de perto pelo governo. 
Todas as empresas que criam produtos para este setor – sejam novos meios de pagamento ou cartões 
de crédito, por exemplo – precisam seguir uma série de regras e normas específicas. 
O Banco Central é uma das instituições que regula o mercado e monitora as atividades do setor 
financeiro no Brasil. Mesmo fintechs precisam seguir regras rígidas para oferecer seus produtos à 
população. 
Por serem geralmente novas, nem sempre as fintechs possuem marcas reconhecidas pelo público. 
Uma das formas de saber se uma fintech (banco, corretora, ou qualquer outra empresa que ofereça 
serviços financeiros no Brasil) existe de verdade é por uma consulta no banco de dados do Banco Central. 
Basta acessar o link e digitar o nome da empresa ou o CNPJ no campo de buscas. 
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Qual a diferença entre fintech e startup? 
 
Uma fintech também pode ser, no início, uma startup. Podemos dizer que as fintechs são uma espécie 
de evolução das startups do setor financeiro 
As fintechs são empresas de serviços financeiros que se diferenciam pelo uso da tecnologia e 
inovação. 
As startups, por sua vez, são empresas inovadoras que ainda estão em estágio inicial — acabaram de 
chegar ao mercado, geralmente não apresentam lucro de início, mas têm grande potencial de rápido 
crescimento. 
A grande diferença entre elas é que a startup não necessariamente faz parte do setor financeiro. Ela 
pode atuar no mercado de entretenimento, seguros, alimentação, tecnologia, vestuário, ou qualquer outro 
do mercado. 
 
Big techs 
 
As Big Techs são uma das grandes responsáveis por moldar a forma das pessoas trabalharem, 
comunicarem, comprarem, venderem e consumirem determinados produtos ou serviços. 
Apesar da economia estar contraída e muitas empresas batalharem para sua sobrevivência no 
mercado, as empresas de tecnologia estão acumulando riquezas e influênciade maneiras, que antes 
eram invisíveis. 
As Big Techs são as grandes empresas de tecnologia, que predominam o mercado. Inicialmente essas 
organizações geralmente estão localizadas no Vale do Silício, criam um modelo de negócios escalável e 
ágil. 
O principal motor dessas empresas é a inovação, pois sempre estão definindo novas tecnologias e 
serviços, constantemente atualizando produtos e dispositivos para atender todas as demandas. 
As companhias precisam definir novas tecnologias e serviços continuamente, atualizando produtos e 
dispositivos para atenderem às demandas e se manterem relevantes. 
Cada Big Tech têm uma mistura diversificada de aplicativos e serviços em nuvem, produtos e acúmulo 
de dados, enquanto outros têm um foco mais singular. As maiores empresas do mundo já controlam cerca 
de 80% do mercado, entre as 5 principais estão a Apple, Amazon, Alphabet, Microsoft e Facebook 
Cada uma com sua especialidade, elas possuem dominância a nível global. Essas grandes da 
tecnologia, além de mudarem o comportamento e consumo das pessoas, põem em questionamento 
questões sobre privacidade, proteção de dados e influência no mercado financeiro 
 
Questões 
 
01. (BRB - Escriturário - IADES/2019). A respeito das definições de startups e dos respectivos tipos 
e nichos de atuação, assinale a alternativa correta. 
(A) Startups B2B são as que têm outras empresas como consumidores finais e, para se manterem 
competitivas, precisam evitar que o respectivo modelo de negócio seja repetível. 
(B) Startups são empresas nascentes escaláveis ou não, desde que atuem com negócios digitais 
inovadores e em cenários minimamente estáveis. 
(C) Toda empresa no respectivo estágio inicial pode ser considerada uma startup, exceto franqueadas, 
por se tratarem, na verdade, de filiais de empresas cuja marca já é consolidada. 
(D) Fintechs são bancos digitais que aproveitam o alcance da internet para ofertarem serviços 
financeiros a um custo menor e nos quais o foco está na experiência do usuário. 
(E) Startups B2B2C são as que atuam com modelos de negócio repetível e escalável em parceria com 
outras empresas, visando à realização de vendas para o cliente final. 
 
02. (Prefeitura de Campo Bom/RS - Assistente Administrativo - FUNDATEC/2019). 
“Empreender no Brasil não é fácil, ainda mais se o negócio nasceu há pouco tempo. Entretanto, as 
nacionais estão recebendo mais atenção a cada ano e, com a ajuda de investidores, aceleradoras e 
incubadoras, o cenário vem se abrindo aos novos empreendedores. Em 2018, seis empresas iniciantes 
conseguiram se firmar como unicórnios, termo utilizado para se referir às que alcançam valor de mercado 
avaliado em, pelo menos, US$ 1 bilhão. Seja no setor financeiro, de educação ou transporte urbano, o 
cenário para as novas empresas tem se expandido, segundo Rafael Ribeiro, diretor-executivo” (Fonte: 
canaltech.com.br, de 28/12/2018). 
 
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A reportagem aborda um termo para designar empresas recém-criadas e rentáveis, que começou a 
ser popularizado nos anos 1990, quando houve a primeira grande "bolha da internet". Muitos 
empreendedores com ideias inovadoras e promissoras, principalmente associadas à tecnologia, 
encontraram financiamento para os seus projetos, que se mostraram extremamente lucrativos e 
sustentáveis. O termo significa o ato de começar algo, normalmente relacionado com companhias e 
empresas que estão no início de suas atividades e que buscam explorar atividades inovadoras no 
mercado. Trata-se: 
(A) Do Bitcoin. 
(B) Do Crowd-Innovation. 
(C) Das Startups. 
(D) Do E-Commerce. 
(E) Do Online-to-Offline. 
 
Gabarito 
01. E / 02. C 
 
 
 
SISTEMA DE BANCOS - SOMBRA (SHADOW BANKING) 
 
Com a globalização, os mercados financeiros de todo o mundo ficaram cada vez mais interligados e 
dependentes entre si. Mas apesar dos benefícios que essa integração trouxe, os riscos envolvidos em 
cada mercado deixaram de ter um caráter local e passaram a comprometer o mundo inteiro. Nesse 
contexto, um dos principais fatores de preocupação atualmente é a operação do controverso sistema de 
shadow banking. 
 
Shadow banking 
 
O shadow banking3, também conhecido em português como “sistema bancário sombra”, é um conjunto 
de operações e intermediários financeiros que fornecem crédito em todo o sistema financeiro global de 
forma “informal”. 
Ou seja, por meio de uma série de atividades paralelas ao sistema bancário, algumas instituições e 
agentes conseguem realizar financiamentos de forma indireta, sem passar por nenhuma supervisão ou 
regulação. 
Estas empresas intermediárias do segmento financeiro não participam do sistema bancário tradicional. 
Ou seja, estão "à sombra" do sistema, por isso o nome. 
O sistema financeiro tradicional é organizado em função dos bancos e da relação que eles possuem 
com os governos de cada país. No entanto, como consequência da evolução mundial em termos de 
globalização e aumento de tecnologia, nos dias atuais existem diversas alternativas dentro do segmento. 
Assim passou a existir essas novas formas de trabalhar com operações financeiras com o nome de 
"shadow banking”. 
 
Dentre os intermediários não-regulamentados que podem fazer parte do shadow banking estão os: 
Bancos de investimento; 
Fundos de hedge; 
Operações com derivativos e títulos securitizados; 
Fundos do mercado monetário; 
Companhias de seguros; 
Fundos de capital privado; 
Fundos de direitos creditórios; 
Factorings e fomentadoras mercantis; 
Empréstimos descentralizados (peer-to-peer lending). 
 
 
3 https://www.suno.com.br/artigos/shadow-banking/ 
7- Sistema de bancos-sombra (Shadow banking) 
 
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A grande questão em relação ao shadow banking é a falta de fiscalização. Eles não sofrem com o 
mesmo rigor imposto aos bancos tradicionais, algo que pode apresentar maiores riscos a todas as partes 
envolvidas. 
Apenas para ilustrar essa questão, podemos citar duas das obrigações que uma instituição bancária 
regulamentada precisa seguir: 
 
O banco precisa ter patrimônio líquido suficiente para cobrir todos os seus compromissos financeiros 
- inclusive com os seus clientes. 
O banco é obrigado a estabelecer processos que permitam a verificação dos seus clientes com o intuito 
de impedir o uso dos seus recursos de maneira ilegal. 
Como um shadow banking deixa de ser regulamentado e fiscalizado, ele também não precisa seguir 
todas as exigências. Neste ponto, vale reforçar que citamos apenas dois exemplos de uma série de 
requisitos que instituições bancárias seguem. Sem a obrigatoriedade, quem garante que uma empresa 
fará todos os processos exigidos? Com isso, claro, aumenta-se o risco do negócio. 
 
Existência do Shadow banking 
 
Instituições que praticam o shadow banking geralmente servem como intermediários entre credores e 
tomadores de empréstimos, fornecendo crédito e capital para investidores e corporações. 
Mas como essas instituições não são bancárias, elas não recebem depósitos tradicionais como um 
banco tradicional. Por isso, muitas operações feitas por essas instituições possuem maiores riscos de 
mercado, de crédito e de liquidez, além de não possuir uma reserva de capital para servir como garantia. 
Críticas e riscos envolvidos no shadow banking 
 
O setor bancário paralelo desempenha um papel crítico ao atender crescente demanda por crédito no 
mercado global. Porém, embora muitos argumentam que a atuação desse sistema bancário paralelo pode 
aumentar a eficiência econômica, sua operação gera preocupações quanto ao risco sistêmico de sistema 
financeiro. 
Muitos acreditam, por exemplo, que o shadow banking foi o principal responsável pela crise de 2008 – 
a maior recessão econômica desde a Grande Depressão dos anos 1930. 
Isso se deve porque, na véspera da crise de 2008, o sistema financeiro paralelo nos Estados Unidos 
tinha crescido aproximadamente o mesmo tamanho do sistemabancário tradicional do país. Por isso, 
quando os junk bonds imobiliários criados pelo shadow banking começaram a derreter, os investidores 
correram para tentar resgatar seu capital. 
Mas como todas essas operações estavam completamente alavancadas (ou seja, sem nenhum lastro 
ou garantia real), não haviam fundos para honrar nenhum compromisso. Logo, esse problema se alastrou 
por todo o mercado financeiro, desencadeando todo o restante da crise e afetando profundamente a 
economia mundial. 
 
Regulação e limitações propostas ao shadow banking 
 
Após a crise de 2008, as autoridades do mundo inteiro se empenharam para aprovar uma série de 
medidas que regulasse e limitasse a operação do shadow banking. Porém, apesar das reformas, 
principalmente aquelas aprovadas pelo Congresso americano, essas instituições ainda não estão sujeitas 
aos mesmos regulamentos que os bancos depositários tradicionais. 
Isso significa que o shadow banking ainda permanece ativo e altamente alavancado, com uma alta 
proporção de dívida em relação aos seus ativos de garantia. Por isso, muitos acreditam que o esse 
sistema ainda pode estar expondo os mercados financeiros de todo mundo a um risco sistêmico 
excessivo. 
 
 
 
 
 
 
 
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FUNÇÕES E TIPOS DE MOEDAS4 
 
Funções da moeda 
 
A moeda possui diversas funções. Vamos conhece-las: 
 
 Instrumento de Troca 
Toda peça monetária representa um direito sobre riquezas existentes, permitindo ao seu portador 
adquirir certa quantidade dessas riquezas, à sua escolha, até onde alcance o valor facial indicado. É muito 
mais cômodo possuir esse bônus que qualquer outro bem. 
A introdução da moeda nas transações comerciais dissociou a anterior troca direta "in natura" (uma só 
operação) em duas fases distintas: 
a) Troca de bens ou serviços produzidos pelo indivíduo, por moeda (operação de venda); 
b) Troca de moeda por bens ou serviços produzidos pelo indivíduo, por moeda (operação de compra). 
A progressiva divisão do trabalho, vindo a dificultar o regime de troca direta, em que as mercadorias 
funcionavam como instrumento de troca, deu lugar à adoção da moeda para preenchimento dessa função. 
A posse da moeda representa liquidez imediata para quem a possui. Liquidez é a capacidade da moeda 
se transformar em algum ativo, sem custos, ou vice-versa, de um ativo se transformar em moeda 
 
Denominador comum monetário 
Possibilita que sejam expressos em unidades monetárias ou valores de todos os bens e serviços 
produzidos pelo sistema econômico. É um padrão de medida. Racionaliza informações econômicas 
constrói sistema agregado de contabilidade social, produção, investimento, consumo, poupança; 
 
Reserva de Valor 
A moeda permite armazenar e conservar os valores para utilização oportuna. Isto é, pode ser 
acumulada para a aquisição de um bem ou serviço no futuro. O requisito básico para que a moeda 
funcione como reserva de valor é a sua estabilidade diante dos preços dos bens e serviços, já que a 
inflação corrói o poder de compra da moeda, e a deflação (queda de preços) a valoriza. 
 
Função liberatória: 
Liquida débitos e salda dívidas, poder garantido pelo Estado; 
 
Padrão de pagamentos: 
Permite realizar pagamentos ao longo do tempo, permite crédito e adiantamento, viabiliza fluxos de 
produção e de renda; 
 
Instrumento de poder: 
Instrumento de poder econômico, conduz ao poder político, permite manipulação na relação Estado-
Sociedade. 
 
Características da moeda 
 
A moeda apresenta, ainda, algumas características essenciais. Segundo Adam Smith, a moeda se 
caracterizaria principalmente por sua: 
 
Indestrutibilidade e inalterabilidade: 
A moeda deve ser suficientemente durável, no sentido de que não se destrua ou se deteriore, à medida 
que é manuseada na intermediação das trocas”. (...) Além disso, a indestrutibilidade e a inalterabilidade 
são obstáculos à sua falsificação (...). 
 
4 VASCONCELLOS, M. A. S.; GARCIA, M. E. Fundamentos de Economia. São Paulo: Saraiva, 2000. 
ROSSETTI, J. P. Introdução à economia. 16º ed.– São Paulo: Atlas, 1994. 
 
8- Funções da moeda. 9 - O dinheiro na era digital: blockchain, bitcoin e demais 
criptomoedas 
 
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Homogeneidade: 
Duas unidades monetárias distintas, mas de igual valor, devem ser rigorosamente iguais. ] 
 
Divisibilidade: 
A moeda deve possuir múltiplo e submúltiplos em quantidade tal que tanto as transações de grande 
porte quanto as pequenas possam realizar-se de tal que tanto as transações de grande porte quanto as 
pequenas possam realizar-se sem dificuldade. 
 
Transferibilidade: 
Outra característica essencial da moeda diz respeito à facilidade com que deve processar-se sua 
transferência, de um possuidor para outro. É desejável que tanto a mercadoria quanto a cédula não 
tragam quaisquer marcas que identifiquem seu atual possuidor. Embora, de um lado, esta característica 
reduza a segurança dos que possuem a moeda em uso, de outro lado, facilita o processo de troca. 
 
Facilidade de manuseio e transporte: 
Se o porte da moeda for dificultado, sua utilização certamente será pouco a pouco descartada. 
 
Tipos de moedas 
 
Definem-se três tipos de moedas: 
 
Moedas metálicas: 
Emitidas pelo Banco Central, constituem pequena parcela da oferta monetária e visam facilitar as 
operações de pequeno valor e/ou como unidade monetária fracionada (troco); 
 
Papel moeda: 
Também emitido pelo Banco Central, representa parcela significativa da quantidade de dinheiro em 
poder do público; 
 
Moeda escritural ou bancária: 
É representada pelos depósitos à vista (depósitos em conta corrente) nos bancos comerciais (é a 
moeda contábil, escrituradas nos bancos comerciais). 
 
O papel moeda e as moedas metálicas em poder do público (famílias e empresas) são denominados 
moeda manual. 
 
Questões 
 
01. (TCE/AM - Auditor – FCC/2015) São funções da moeda: 
(A) meio de pagamento e reservas internacionais. 
(B) meio de pagamento, unidade de conta e reserva de valor. 
(C) reserva de valor e seguro contra a inflação. 
(D) meio de pagamento e preço da moeda estrangeira. 
(E) meio de pagamento e custo do dinheiro. 
 
02. (BNDES - Profissional Básico - Comunicação Social – CESGRANRIO) As moedas-mercadoria, 
usadas como intermediárias de troca nas economias de mercado, são constituídas de substâncias que 
devem ter certas características físicas ou químicas, dentre as quais NÃO figura a 
(A) flexibilidade. 
(B) durabilidade. 
(C) homogeneidade. 
(D) divisibilidade. 
(E) facilidade de transporte. 
 
Respostas 
 
01. Resposta: B 
São funções da moeda: 
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Meio de pagamento (Instrumento de troca), Unidade de conta (Medida de valor) e Reserva de valor 
(Instrumento de reserva de valor). 
 
02. Resposta: A 
Divisibilidade – não se trata de divisão física da moeda, trata-se da divisão centesimal, centavos, no 
caso do nosso Real. 
Transferibilidade – a moeda passa, transfere-se de um possuidor a outro, de mão em mão. 
Homogeneidade– é necessário que unidades monetárias com mesmo valor sejam iguais, 
homogêneas. 
Transportabilidade– é uma qualidade essencial da moeda, a facilidade de transporte e manejo de 
grandes somas representadas por algumas cédulas, diferentemente do passado, quando o peso dos 
metais e as moedas-mercadorias dificultavam o transporte e o manuseio, o que demonstra a evolução da 
moeda. 
Indestrutibilidade e inalterabilidade – a moeda deve ser durável; à medida que circula de mão em mão, 
ela não deve facilmente se dilacerar, rasgar. A inalterabilidade, além disso, dificulta a falsificação, o crime 
de moeda falsa. 
 
O DINHEIRO NA ERA DIGITAL 
 
Segundo o Banco Central Europeu, as moedas virtuais são uma forma não regulamentada de dinheiro 
virtual, comumente distribuído e controlado por seus desenvolvedores. Este dinheiro é usado e aceite 
entre membros

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